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GABRIELA RIBAS – MÓDULO IV: SEMANA 10
AÇÃO PERFURO CONTUNDENTE – ARMAS DE FOGO
CLASSIFICAÇÃO
As armas de fogo possuem algumas classificações:
Quanto a Alma do Cano
Pode ser lisa ou raiada com depressões de forma helicoidal cavadas ao longo do cano, separadas por cristas (cheios) paralelas em que o metal não está rebaixado. As raias imprimem movimento de rotação ao projetil, tornando seu deslocamento mais estável. 
Quanto ao Funcionamento
Tiro único (espingarda) ou repetição, que pode ser simples (revólver, pistola – tem o movimento de aliviar e voltar para reposicionar o cartucho), semi-automático e automático (fuzis). 
Quanto ao porte
Fixas (canhão), móveis (movimentadas em cima de um veículo - bazuca), semi-portáteis e portáteis que podem ser longas (fuzil, carabina e espingarda – 2 raiadas e 1 lisa) e curtas (revolver e pistola), metralhadoras e sub-metralhadoras. 
- O revólver possui um tambor com, normalmente, 6 cartuchos. O gatilho é acionado e depois ele retorna ao local de origem. O tambor é recarregado. A pistola possui carregador através do cano que vai expulsando os cartuchos através do gás da explosão. O fuzil pode ser de vários tipos. 
Quanto ao calibre
Pode ser real com diâmetro da boca das armas entre dois cheios e calibre nominal referido pelo número dado pelo fabricante. Sistema de medida de calibre: o europeu é uma escala em mm (7.65mm; 9mm) e o sistema anglo-americano possui escala em frações de polegada. Por exemplo centésimos (EUA) – 22, 32 e 38; e milésimos (inglês) 220, 320 e 380. 
As espingardas possuem alma lisa e por isso o calibre é nominal é medido pelo cartucho e não pela boca do cano. O número do calibre é igual ao número de esferas de chumbo com o mesmo diâmetro da câmara da arma, necessário para formar uma libra de peso (1 libra = 453,6g). Os calibres vão do menor para o maior: 36, 32, 28, 24, 20, 16 e 12. A escopeta é uma espingarda com cano serrado; arma de defesa pessoal. 
CARTUCHO
O cartucho é o conjunto do projetil, estojo, carga de pólvora e espoleta. Na espingarda tem espoleta, carga de pólvora, bucha, balins e bucha fechando o balil que pode ser de plástico ou de papelão. 
1 – O projetil pode ser de alma raiada que é um projetil único ou de alma lisa que são projetis múltiplos, podendo usar um, a chamada “bala ideal”. 
 Projetis de arma de guerra são constituídos de um núcleo de chumbo revestido por uma capa de liga metálica dura (blindagem). Os revólveres usam projetis de chumbo nu. A ponta é ogival (armaduras), truncada ou plana. Alguns artifícios são utilizados com o objetivo de deformar o projetil para aumentar a transferência da energia para o alvo. 
As balas podem ser bala dum-dum (bala explosiva); balas “soft-point”, balas “soft nose” e balas com pontas escavadas “hollow point”. Os projetis deformáveis são parcialmente blindados, tendo a parte dianteira nua, sendo frequentemente serrilhada longitudinalmente, na metade anterior para que se abram em forma de aletas. 
2 – O estojo é a parte do cartucho que recebe e acomoda as demais. Nas armas raiadas é feito de latão, apresentando um pequeno orifício na base onde se aloja a espoleta. 
3 – A carga antigamente era a pólvora negra e atualmente é uma mistura de nitroglicerina e nitrocelulose. 
4 – A espoleta é qualquer tipo de pólvora em um cartucho, a sua queima tem que ser iniciada a partir de um dispositivo com material que se inflame e transmita sua chama à pólvora. 
5 – A bucha é uma espécie de tampão de cartão, cortiça, serragem prensada ou plástico que separa a carga de pólvora dos balins. 
Quando o legista vai fazer a perícia, ele tem que achar o projetil para ver as raiações porque cada uma tem raiações próprias. 
BALÍSTICA
A balística é a parte da mecânica que estuda o movimento dos projetis e as forças envolvidas na sua impulsão, trajetória e efeitos finais. A balística interna abrange o conhecimento dos propulsantes e do mecanismo das armas. A balística externa é o conhecimento das trajetórias e a balística terminal são os efeitos produzidos no alvo. 
Balística interna: o impulso dado a um projetil depende da potência da carga que determina a velocidade que sai da boca da arma, esta velocidade é o elemento mais importante na formula da energia cinética. Numa 38SW comparada a uma 357MG de mesmo peso: o MG tem muito mais carga e velocidade e, portanto, gera uma lesão final muito maior pois tem mais energia lesando muito mais do que o 38 comum. Ao ser empurrado ao longo do cano da arma, o projetil é forçado a girar em torno do seu eixo longitudinal, já que seu diâmetro externo é ligeiramente superior ao calibre real da arma fazendo um sulco oblíquo no corpo do projetil. O movimento do projetil em direção ao alvo é chamado de translação (balística externa). 
Balística Terminal - Lesões de Entrada
1 – Orla de Escoriação: lesão da epiderme por ação contundente. Após a epiderme, a derme é rompida quando o limite de sua elasticidade é ultrapassado, resultando em um diâmetro menor que o calibre do projetil. 
2 – Orla de Enxugo: resulta da transferência para a derme das impurezas que o projetil carregou ao deslizar ao longo do cano. A forma do orifício e das orlas de escoriação e de enxugo vai depender do ângulo de incidência do tiro. Se for perpendicular é um orifício arredondado, se for obliquo o orifício produz maior contato e maior atrito com a pele do lado em que o ângulo é mais agudo, assumindo forma ovalar, excêntrico e circunscrito por orlas de escoriação e de enxugo mais largas do lado de onde veio o projetil.
3 – Orla Equimótica: traduz reação vital com sangramento, hemorragia ao redor do orifício de entrada.
4 – Lesão em Sedenho: incidência muito obliqua, com extensa faixa de escoriação e trajeto subcutâneo. 
Quando entra o tiro borda de escoriação e enxurgo. Se for muito perto pode ter esfumaçamento e queimadura. Se for muito perto tem zona de tatuagem (menos de 45cm)
Tiro a queima roupa (curta distancia): além das lesões produzidas pelo projetil, somam-se às causas pelo “cone de explosão” que é o conjunto dos gases superaquecidos (chama), grãos de pólvora incombusta e dos resíduos da combustão. 
	
Orla ou Zona de Queimadura: provocada pela chama;
Orla ou Zona de Esfumaçamento ou de Tisnado: provocados pelos resíduos da combustão (fuligem);
Orla ou Sona de Tatuagem: provocada pela pólvora incombusta, que se incrusta na derme.
Tiro encostado: deve saber se o tiro tem plano ósseo abaixo ou não. Com plano ósseo ocorre quase sempre no crânio, os gases e demais elementos do cone de explosão não ultrapassam o plano ósseo, refletindo-se para os lados e para trás, entre o periósteo e o couro cabeludo, rompendo a pele e provocando a lesão em forma de estrela, chamada de lesão de “buraco de mina” ou “lesão de Hofffman”. No crânio forma-se um cone com base interna – sinal de Bonnet. 
Tiro encostado sem plano ósseo: não há ruptura da pele, mas expansão dos gases, com levantamento da epiderme e impressão da arma na pele. Poderá também ocorrer zona de esfumaçamento. O orifício é circular com as margens queimadas ou escoriadas. Geralmente há impregnação do cano e da alça de mira da arma.
Lesões de saída
Forma irregular bordos evertidos, sangrantes, não guarda relação com o calibre do projetil. Podemos eventualmente encontrar mais de um orifício de saída, dado pela fragmentação do projetil.
Lesões Internas
Dependem da velocidade do projétil, elas penetram, fazem um túnel o projétil vira dentro do órgão, faz zona de pressão que lesa muito o tecido, quanto maior a velocidade maior a lesao

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