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Universidade Federal do Rio Grande do Norte Deart – Departamento de Artes Disciplina – Praticas Educativas em Dança Moderna Discente Michael Stefferson Silva dos Santos Análise descritiva do Trabalho Pastorale, Mary Wigman de 1929 Mary Wigman é uma das expoentes da dança expressionista alemã. Sua obra Pastorale de 1929, apresenta um minimalismo, pois sua obra coreográfica se encontra num palco sem nenhum elemento cênico, usa um vestido longo que apoia sua dramaturgia, como também utiliza-se de um vocábulo de movimento bastante comedido. Sendo assim, demostra-se bastante ênfase em suas mãos e braços, mas não deixa-se de utilizar as pernas e o tronco, elementos primordiais na dança moderna. Desta forma, partindo da coreologia como pressuposto para essa análise, verifica-se que o fator de movimento Fluência surge bastante claro, tendo assim sua qualidade de movimento livre, já que os membros apendiculares possuem essa “facilidade” em razão de estarem livres no espaço. O peso revela-se como leve, o tempo em momento transita a meio ao rápido e o lento, e o espaço indireto. O trabalho de Mary Wigman começa ao chão, subvertendo assim os repertórios do seu tempo, os movimentos lentos aparecem bastantes perceptíveis, com o fim de poder atrair atenção até a mudança de nível, no qual já em pé foi capaz de aumentar sua velocidade e demostrar alguns movimentos em conjunto com o corpo inteiro. Desse modo, as pernas movimentam-se encruzilhadas, como um caminhar, levando também as mãos, o tronco e a cabeça. Em seguida, todo o corpo lentamente cede a gravidade, transitando assim para o nível médio e posteriormente até o nível baixo, em virtude disso, acaba terminando sua coreografia como a começou, já que seu corpo está deitado e apenas uma das mãos está em constante movimento. Em suma, Mary Wigman denota ao ciclo da vida, sua sintaxe de movimento transfigura-se em uma metáfora do vislumbre do nascimento, da vida e a morte. Pastorale que traduzido para o português chama-se pastoral tem uma abordagem ampla nas artes e literatura, que constitui-se pelo trato idealizado do estilo de vida dos pastores, Wigman nos mostra um “estilo de vida” em conexão com a natureza, mostrando assim, as mudanças das estações na disponibilidade de água no seu corpo.
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