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Unidade I I - Dança RITMO E DANÇA Professora Lilian Vieira Dança - Conceitos e Definições A dança é uma forma de expressão artística que está diretamente ligada ao contexto social, politico e religioso do meio em que está inserida. “ Entendemos por Dança uma das linguagens artísticas não verbais, patrimônio de todos os seres humanos, na qual se manifestam a visão subjetiva sensível, estética, e emocional de si mesmo, da sociedade e do mundo em que estão inseridos, utilizando como fonte e instrumento de expressão e comunicação seu próprio corpo, segundo as possibilidades deste”. (STOKOE, 1980) Dança: Objetivos Promover e desenvolver de forma consciente: As capacidades físicas como: agilidade, coordenação, equilíbrio , flexibilidade, força, resistência, potência muscular, cardiorrespiratória, mobilidade articular, ritmo e alinhamento biomecânico do movimento. Os aspectos sócio afetivos como: cooperação, sociabilização, solidariedade, liderança, compreensão, laços de amizade e estimulam a auto expressão. O aspecto cognitivo: por meio de estímulos ao raciocínio, atenção, concentração, criatividade, senso estético, percepção, consciência corporal, noção espaço-temporal. Dança: Funções A dança tem a possibilidade de desenvolver o homem de forma integral, nos aspectos sócio-afetivo-cognitivo e podemos dizer que ela possui algumas funções específicas, divididas em 6 tópicos: Função de Auto-Expressão; Função de Comunicação; Função de Diversão e Prazer Estético; Função de Espiritualidade; Função de Identificação Cultural; Função de Ruptura do Sistema e Revitalização da Sociedade. Elementos que compõem a Dança A matéria prima da dança é o seu “próprio corpo”, que conscientemente ocupa e se desloca pelo espaço das mais variadas maneiras, empregando em seus movimentos uma determinada força de acordo com o objetivo a ser realizado, em um tempo pré-estabelecido. Vamos observar os elementos que compõem a Dança: corpo espaço tempo força Corpo Corpo: Músculos, tendões, ligamentos, ossos, articulações, coração, pulmões (respiração), cabeça, olhos, queixo-boca, pescoço, tronco, membros superiores, membros inferiores, órgãos, pele; Movimentos do Corpo: Estender, Curvar, Torcer, Rodar, Elevar, Cair, Girar, Balançar, Sacudir, Suspender, Desmoronar. Passos: Andar, Correr, Saltar/Saltitar, Galopar , Deslizar . Espaço Forma: Desenhos do corpo no espaço. Nível (altura do movimento): Alto, médio e baixo. Direção: Frente, atrás, lados: direito e esquerdo, diagonais: direita e esquerda. Tamanho: Grande, pequeno. Lugar: No mesmo lugar, através do espaço. Foco: Interno, externo. Caminho: Direto, Indireto Tempo Batida: Pulso Tempo: Rápido, lento, pausa. Acento: Forte, fraco. Duração: Longa, curta. Força Peso: Leve, pesado. Energia: Compacta, solta. Fluência: Livre, controlada. Fundamentos da dança Vejamos agora quais são os fundamentos principais da dança: Locomoção: são meios do corpo se deslocar pelo espaço usando as variações de direção, de nível, de tempo e formas de execução. Transferência: é a mudança ou deslocamento do peso corporal. Exemplo: quando uma bailarina se prepara para dar uma pirueta, ela está com o peso corporal dividido entre os dois membros inferiores. Para realizar o movimento de giro sobre uma perna, é necessário que ela transfira o peso corporal apenas para um membro inferior. Fundamentos da dança Giro: são movimentos de rotação em torno do próprio eixo longitudinal, sobre um pé apenas, podendo ser executados no lugar ou se deslocando. O giro também é conhecido como pivô ou pirueta, que pode ser concretizado para dentro (en dedans) ou para fora (en dehors). O movimento é composto de cinco componentes: cabeça, braços, tronco, pernas e pés, e todos devem trabalhar simultaneamente. A Pirueta possui quatro fases: 1 - Preparatória: é a acomodação do corpo, base técnica para iniciar o movimento. Nesta fase é importante o alinhamento das estruturas como ombros e crista ilíaca; aquisição do tônus necessário do tronco para o controle postural; encaixe do quadril (ísquios alinhados ao calcâneo). Fundamentos da dança Fundamentos da dança 2 - Impulsão: coloca o corpo no eixo central e é responsável pelo ritmo da velocidade do movimento o corpo deverá trabalhar com forças antagônicas (tronco alongando ao máximo para cima e pés com toda a sua base de sustentação empurrando o chão); flexionar as pernas, sem alterar a postura ereta do tronco; transferir o peso da base de duas pernas para uma, dando o impulso necessário para o movimento rotacional. Fundamentos da dança 3- Giro: é o movimento rotacional no seu ápice marcação de cabeça ou ponto fixo no espaço, ajuda a direcionar espacialmente o movimento em deslocamento e a manter o equilíbrio(Componente fundamental para o sucesso do giro). os braços (MMSS) também têm um papel importante na impulsão e velocidade do movimento, quanto mais próximo ao tronco (menor o atrito com o ar), maior a velocidade do giro. Fundamentos da dança 4 - Aterrissagem: é o processo de desaceleração e parada do giro. os dois pés devem tocar o chão, descendo da meia ponta (dedos) para pés inteiros apoiados no chão; os joelhos também flexionam para ajudar no amortecimento da aterrissagem. Os saltos possuem três fases: impulsão, voo e amortecimento da queda, respectivamente . Além disso, dividem-se em saltos grandes e pequenos, com deslocamento e sem deslocamento, que podem ser realizados nos eixos vertical e horizontal. Fundamentos da dança Pode-se destacar que a terceira fase (amortecimento da queda) é a grande responsável pelas lesões. Isso ocorre quando é aplicada de forma incorreta, quando há falta de fortalecimento dos MMII (membros inferiores) ou pelo excesso de impacto, podendo causar torções, microlesões em ossos, rompimento de músculos, machucar articulações etc. Composição coreográfica Quando usamos de forma consciente e criativa os itens que compõem a dança (corpo, tempo, espaço e força) – aliados aos princípios da dança (locomoção, transferência, giro, salto), temos uma grande variação de elementos, que nos dão suporte para iniciarmos uma composição coreográfica. Composição coreográfica Para Nanni (1998), coreografias são criações sequenciais, sucessivas e com alternância das formas e movimentos dentro de um espaço temporal, com trajetórias no espaço físico, concretizando e desenvolvendo formas. Também diz que são vinculadas pelo vocabulário formal da dança. A composição coreográfica surge como etapa final de um processo de aprendizado, baseado no estudo de uma técnica e de seus fundamentos, e é desenvolvida ao longo de um determinado período de tempo. Possui muitas etapas, como a concepção da ideia central, tema, repertório musical, exploração e criação de células de movimento e do espaço. Composição coreográfica O tempo de criação varia muito, pois depende de vários aspectos, tais como: nível técnico dos executantes (básico, adiantado, avançado); estilo de dança (arte, cultura popular, circular etc.); faixa etária (criança, adolescente, adulto, terceira idade); grupos especiais (cadeirantes, deficientes visuais etc.); número de alunos; o tema da coreografia (abstrato, concreto, de repertório etc.). Composição coreográfica Uma coreografia é composta de pequenas frases ou células de movimentos, que vão se agrupando umas às outras, até elaborar uma coreografia. O mecanismo é exatamente igual na criação de um livro: frases que se unem e formamo capítulo, e vários capítulos integram o livro. A composição coreográfica é o “fazer artístico”, é a finalização de todo um processo de aprendizado, no qual combinamos e exploramos de forma consciente os elementos que compõem a dança, seus fundamentos e a técnica do estilo de dança utilizado. A composição é utilizada para todos os estilos de dança e também a encontramos na área esportiva nas seguintes modalidades: nado sincronizado, ginástica geral, rítmica, aeróbica e artística. História da Dança Dança-se há mais de 10 mil anos e, historicamente, não se conhece um só povo que não dançasse, por mais primitivo que fosse.” (Misseno apud. AGOSTINI, 2010) Podemos dizer que desde que existe o homem, existe a dança. A dança sem dúvida é uma das artes mais antigas existentes, onde o homem usava para manifestar suas crenças, desejos e impulsos. Figura: Xique-Xique Seridó/RN http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9805/A_3_4.jpg 12/06/2015 http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9805/A_3_4.jpg História da Dança: Era Primitiva Há registros mostrando que na ERA PRIMITIVA o homem utilizava seus movimentos para agradar aos seus deuses. Seus movimentos eram amplos e másculos (saltos e passos largos), dançavam para adquirir forças para a caça, celebrar vitórias, danças guerreiras, solares, animalizadas e de máscaras. As mulheres dançavam pela fertilidade, pelo nascimento, pela chuva e pelas colheitas. Neste período nasce a dança pantomima (imitação de animais) e a dança abstrata (em círculo para atrair forças magnéticas). História da Dança: Antiguidade Na ANTIGUIDADE, a dança tinha um caráter sacro-religioso e recreativo-festivo. No Egito, idade do bronze (3.315 a 1.200 a.C.), ela era praticada por mulheres que cantavam e dançavam como forma de culto a deusa da fertilidade, antecedendo a cheia do Rio Nilo. As danças funerárias, danças da colheita e danças acrobáticas eram as danças egípcias daquele período. A dança do ventre, também originária do Egito, era religiosa e praticada por sacerdotisas de templos egípcios. Posteriormente, ela foi adotada e incorporada a cultura árabe: Egito, Líbano, Marrocos, Tunísia e Turquia. História da Dança: Idade Média Na IDADE MÉDIA, a Igreja condenou a Dança Pagã, que era um costume popular para festejar a primavera, semeadura e colheitas; porém neste período essa mesma dança passa a ser absorvida pela nobreza e sofre transformações em seus movimentos sendo codificados e a seguir à métrica musical e ser dançada apenas como divertimento. Neste período a dança passa a ter duas linhas: dança popular e a dança da classe dominante. História da Dança: Renascimento A Dança no séc. XV período do RENASCIMENTO surgiu na Itália e espalha por toda a Europa, as artes e o saber passam a ser valorizadas (razão humana- filosofia, literatura, ciências e artes), constituindo um patrimônio cultural que revolucionou o pensamento e a estética até então conhecidos. Na Itália, em 1581, a Rainha Catarina de Médicis, reuniu pela primeira vez a dança, a música e o teatro. Conhecido como o Ballet Comique de la Reine(O Balé Teatral da Rainha). Luís XIV revolucionou a dança de corte e levou para o teatro, criou Academia Real da Dança, em 1661, na França. As danças populares continuam existindo e mantendo suas tradições. História da Dança: Romantismo A Dança no período do ROMANTISMO (séc.XIX), foi marcada pela Revolução Francesa (Igualdade-Liberdade-Fraternidade), e pela manifestação artístico-cultural, como oposição ao Iluminismo, articulado na razão humana. O Balé incorpora a esse movimento, negando a realidade, indo ao encontro da fantasia, do irreal, do imaginário e do etéreo. Suas histórias são românticas, narrando lendas e amores impossíveis entre o homem e seres imaginários (fadas, bruxos, ninfas, sílfides) ou o nobre e a camponesa. Surgem os Balés de Repertório criadas no século XIX: Giselle, A Bela Adormecida, Copélia, O Quebra Nozes, etc. História da Dança: Romantismo Ilustração de Marie Taglioni dançando La sylphide História da Dança: Modernidade A dança sempre esteve ligada ao contexto social, politico e religioso e na Era da MODERNIDADE(séc. XX), não foi diferente. O surgimento das fábricas, crises econômicas, queda da bolsa de valores, guerras.... o mundo em transformação e o homem sente a necessidade de liberdade, ideias inovadoras e mudar suas concepções. Isadora Duncan (1878-1927) foi a precursora da Dança Moderna, bailarina americana não aceitava as regras rígidas e arcaicas do balé, abandona as sapatilhas de ponta e cria sua própria técnica dançando os movimentos da natureza. Ela influenciou vários bailarinos, coreógrafos e estudiosos daquele período, que passaram a criar um novo vocábulo de dança e de linguagem corporal. História da Dança: Modernidade Isadora Duncan História da Dança: Atualidade Na atualidade, o homem contemporâneo sofre a influencia da tecnologia, da velocidade que as informações chegam e como alteram suas relações com o tempo/espaço e seu mundo se amplia. O homem dança esta nova realidade, o corpo passa a agir pelo conhecimento e não mais pela repetição, buscando movimentos mais expressivos para demonstrar os sentimentos. A dança contemporânea explora a pluralidade. Seus movimentos são baseados no cotidiano do homem contemporâneo e o tema de suas investigações coreográficas são os engajamentos sociais, a sexualidade, movimentos políticos, violência, liberdade. História da Dança: Dança no Brasil A primeira forma de manifestação da dança em solo brasileiro se deu através da cultura indígena. Dançavam para celebrar a colheita, a pesca, um cacique, a puberdade, homenagear os mortos, para afastar as doenças, etc. Com a chegada dos colonizadores, o país passa a sofrer uma forte influencia da cultura europeia, mais tarde com a chegada dos escravos que aqui vieram para trabalhar nas lavouras, trazem seus costumes, músicas e danças da cultura africana. Essa miscigenação de culturas tão distintas traz um enriquecimento de ritmos, movimentos e repertórios para a construção da dança em nosso país. História da Dança: Dança no Brasil Dança: Estilos, Métodos e Áreas de Atuação. Dança Erudita/Arte: Utiliza como meio a técnica para atingir seus objetivos que são a performance e o rendimento técnico, reforça padrões estéticos e biotipológicos ideais em relação ao corpo humano sendo elitizante, ou seja, nem sempre pessoas podem dançar, ou melhor, conseguem dançar. Alguns tipos de Dança Arte: Balé, Dança Moderna, Sapateado, Jazz Figura – O Lago dos Cisnes, Academia Bolshoi de Balé, 1976 Dança: Estilos, Métodos e Áreas de Atuação. Dança da Cultura Popular: As Danças da Cultura Popular são danças que nascem do povo e se manifestam normalmente para expressar a cultura de uma determinada região ou pais, podem também ser uma forma de protesto, de festejo, etc. Danças Folclóricas, Danças Étnicas, Dança de Rua, Foto retirada do site: http://conteudoonline.objetivo.br/Content/tema.disciplina.css.map 09 maio 2016. Dança: Estilos, Métodos e Áreas de Atuação. Dança Educação: utiliza como meios às possibilidades individuais do aluno, de modo artístico para atingir seus objetivos que são criar estratégias para a educação integral do ser humano; não visa a performance e sim o que cada um pode buscar dentro de si de acordo com seus limites. Não existe preocupação com técnica e nem com biótipo. Qualquer pessoa tem a capacidade de dançar. Exemplos: Dança Educacional; Dança Escolar; Movimento Expressivo (RudolfLaban) Dança: Estilos, Métodos e Áreas de Atuação. Dança Educação Física: A influência da dança no universo ginástico é muito presente, tanto no aspecto do desenvolvimento técnico de saltos, giros, piruetas, equilíbrios, como no desenvolvimento do trabalho corporal para sensibilizar os movimentos e torna-los mais rítmicos e expressivos. Observamos também o uso de composição coreográfica, desenhos espaciais, deslocamentos, cânon, e de termos técnicos do ballet, que foram incorporados pelo universo ginástico, tais como: Espacato, Jeté en Tournant, Grand Jeté, Grand Ecart, Passé. Dança: Estilos, Métodos e Áreas de Atuação Dança Educação Física: Você encontrará elementos da dança em várias áreas do universo ginástico, tais como: ginástica rítmica, ginástica artística, ginástica geral, nado sincronizado, hidroginástica, ginástica aeróbica, zumba, balé fitness, etc. Figura – Nado Sincronizado Foto retirada do site: http://ead.unipinterativa.edu.br/webapps/portal/frameset.jsp http://ead.unipinterativa.edu.br/webapps/portal/frameset.jsp Dança: Estilos, Métodos e Áreas de Atuação. Dança Reabilitação: Tem como objetivo trabalhar com grupos especiais tais como: Deficiência visual, auditiva, motora, física e cognitiva; trabalhando para o desenvolvimento e reabilitação das capacidades físicas, a inclusão e o processo artístico. Dança Religião: Acredita-se que a Dança Religião faz parte dos rituais sagrados do homem desde seus primórdios. Ela serve como uma forma de conectar-se com uma energia ou um Ser Superior ou uma forma de agradecer aos seus Deuses. Dança de Salão: A dança de salão possui duas formas de trabalhar: Esporte: uma forma de dança que segue regras internacionais(competitiva). Dança de Salão Integrativa: sociabilização e divertimento Danças Integrativas As danças integrativas são exercícios de dança e movimentos corporais que têm como objetivo introduzir de maneira educativa, alegre e prazerosa a arte de se expressar, de conhecer nosso corpo e nossa mente para que possamos integrar e administrar nossa saúde, além de promover uma linguagem por meio da qual o individuo possa sentir, perceber, conhecer e manifestar-se através de atividades artísticas que desenvolvam a sensibilidade, a imaginação, a criatividade e a comunicação humana. Danças Integrativas Por meio da dança integrativa, é possível desenvolver uma experiência saudável para aprender a mensagem, gerando confiança em nós mesmos. Essa autoconfiança é o modo de despertar e não ter medo de enfrentar as diversas situações que a vida nos proporciona. Apresenta experiências motivacionais que geram curiosidade, fortalece nossa tendência à exploração e à busca do desconhecido, o que conduz à aprendizagem e ao despertar de si mesmo. Danças Integrativas Vejamos os benefícios das danças integrativas: promove autoconfiança; gera sociabilização e divertimento; estimula a circulação sanguínea; desenvolve a coordenação motora; melhora o sistema cardiorrespiratório; dá agilidade e flexibilidade; diminui o estresse; aumenta a resistência muscular (principalmente pernas e quadris); desenvolve ritmo e percepção corporal. Danças Integrativas Podemos classificar como Danças Integrativas: Danças Circulares Sagradas: cirandas, irish mandala, Shetland wedding reel, etc Danças Integrativas Danças de Salão ou Sociais: bolero, rock, samba, forró, etc. Danças Integrativas Danças da Cultura Popular ou Folclóricas: Quadrilha, catira, jongo, frevo, etc. PREPARAÇÃO FÍSICA PARA A DANÇA Falar em condicionamento na dança não é algo tão simples, pois são inúmeros os estilos e as técnicas de danças existentes. Portanto, deve-se conhecer: a técnica do estilo de dança a ser trabalhado, investigar quais são as exigências físicas necessárias que precisam ser desenvolvidas. De modo geral a preparação física na dança consiste no desenvolvimento da coordenação neuromuscular e cinestésica, alinhamento, flexibilidade, força, resistência, equilíbrio e agilidade. Aquecimento Para um bom desempenho em um ensaio, treino ou aula de dança é necessário um aquecimento para elevar o fluxo sanguíneo, acelerar a respiração, elevar a temperatura corporal, lubrificar as articulações, tornando o corpo mais elástico e hábil para as próximas etapas. Vale ressaltar, que um bom profissional deve estar atento para necessidade de se aquecer o corpo de acordo com os movimentos similares ao que será solicitado nas aulas, danças ou composições coreográficas. Desta forma ele estará apto para executar os movimentos solicitados com melhor desempenho. Lembrando que os alongamentos no aquecimento devem servir como uma forma de acordar os músculos e não para aumentar a flexibilidade. Resfriamento Para finalizar um treino é necessário o resfriamento, que deve acontecer de forma lenta e gradativa para que o seu corpo retorne ao estado de repouso, recomenda-se exercícios de respiração e soltura dos músculos(alongamento leve). Segundo FRANKLIN, 2012, p.10 ...essa mudança abrupta do exercício para a posição sentada faz com que o sangue se acumule nos membros inferiores, e o coração e todos os sistemas do corpo reduzam o ritmo rápido demais. Da mesma forma, resíduos metabólicos acumulados pelo músculo durante o exercício não são facilmente removidos do tecido se não houver uma fase de resfriamento. O resultado é dor, músculos cansados, articulações doloridas e menos resistência geral no dia seguinte. Percepção Corporal e o Alinhamento Para executar movimentos de Dança ou de qualquer outra atividade esportiva que busca a auto performance, a qualidade de movimento e a excelência técnica é fundamental que este dançarino ou atleta, tenha um conhecimento básico sobre ossos, articulações, músculos e a percepção espaço- temporal em que o corpo se manifesta. Isso indica que, para um trabalho consciente é necessário desenvolver a percepção em relação ao alinhamento das estruturas ósseas, aos músculos envolvidos no movimento, a força que se emprega, as sensações de desconforto, tensões, dor, estresse, enfim, conseguir sentir as possíveis distorções na postura. Além disso, ter o conhecimento de como o corpo ocupa o espaço em relação aos planos e eixos. Equilíbrio Alinhado A dança e a ginástica rítmica trabalham muito com o virtuosismo, que nada mais é do que possuir um grande domínio sobre uma técnica e executá-la com grande perfeição e graciosidade. Para se chegar a este grau de habilidade é necessário desenvolver a percepção corporal, para se obter o equilíbrio alinhado. alinhar as estruturas ósseas, Enraizar os pés (triângulo dos pés), centralizar a postura encontrando o eixo corporal, marcar um ponto fixo com a cabeça, empregar o tônus necessário , usar a força contrária(vetores). Equilíbrio Alinhado Figura 1 : Franklin, 2012, p.39 - Corpo alinhado, em simetria. Figura 2 – Cecilia Kerche http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/aula_12311/02.png http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/aula_12311/02.png http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/aula_12311/02.png Força Muscular Equilibrada Podemos notar que o tronco tem grande importância na dança, sendo que praticamente todos os movimentos são gerados a partir do tronco. Para que esta base seja estável é necessário um controle postural, força muscular equilibrada e uma respiração eficiente. A maioria dos estilos de dança possui em suas coreografias movimentos que exigem uma grande desestabilidade do tronco, para que nãoocorra um impacto na coluna vertebral é necessário um core (força do centro) forte e preparado. Para garantir o fortalecimento do tronco é necessário desenvolver uma força muscular equilibrada nos músculos da coluna lombar, nos músculos do abdômen, no diafragma e no iliopsoas. Estes músculos proporcionam estabilidade para executar os movimentos mais complexos de forma segura. Força Muscular Equilibrada Na figura abaixo, nota-se uma bailarina executando um plié em 2ª posição dos pés. Vamos analisar a figura: Flexibilidade dos MMII Corpo em simetria Alinhamento (estruturas Ósseas) Força Antagônica/vetores Tônus necessário Figura: Franklin, 2012, p.92 Flexibilidade O Treinamento de flexibilidade ajuda a aumentar a amplitude de movimento nas articulações e em outras estruturas do corpo promovendo um movimento menos tenso, mais livre e amplo. Segundo Franklin(2012), o treinamento de flexibilidade tem um papel importante na manutenção geral da saúde do corpo, garantindo o fluxo suficiente de sangue através dos tecidos e a lubrificação de articulações. Existe uma grande conexão entre flexibilidade equilibrada, estabilidade e redução de lesões. A falta da flexibilidade é um grande limitador no desempenho performático de um bailarino.Uma forma interessante de alongar o tronco e trazer mais flexibilidade à coluna vertebral é trabalhar com o espaçamento das vertebras ou alongamento do esqueleto axial (crânio, coluna vertebral, costelas e pelo sacro). A Dança ATÉ A PRÓXIMA!
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