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PEELINGS QUIMICOS E MECANICOS E INTRODUCAO A COSMETOLOGIA APLICADA A BIOMEDICINA ESTETICA


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Brasília-DF. 
Peelings Químicos e mecânicos 
e introdução 
à cosmetologia aPlicada à 
Biomedicina 
estética
Elaboração
Taís Amadio Menegat
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 5
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA .................................................................... 6
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
COSMETOLOGIA ................................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1 
HISTÓRIA E INTRODUÇÃO À COSMETOLOGIA ........................................................................... 9
CAPÍTULO 2
COMPOSIÇÃO DOS COSMÉTICOS ......................................................................................... 20
CAPÍTULO 3
CLASSIFICAÇÃO DOS COSMÉTICOS DE ACORDO COM SUA FUNÇÃO ................................... 47
CAPÍTULO 4
LENDO AS EMBALAGENS ........................................................................................................ 68
CAPÍTULO 5
FOTOPROTEÇÃO .................................................................................................................... 72
CAPÍTULO 6
COSMETOLOGIA NA HLDG..................................................................................................... 83
CAPÍTULO 7
ATIVOS PARA CONTROLE PIGMENTAR ..................................................................................... 88
CAPÍTULO 8
COSMÉTICOS PARA ACNE ...................................................................................................... 97
CAPÍTULO 9
COSMÉTICOS NO TRATAMENTO ANTI-AGING E ESTRIAS ......................................................... 102
CAPÍTULO 10
FATORES DE CRESCIMENTO .................................................................................................. 111
UNIDADE II
PEELING QUÍMICO E MECÂNICO ...................................................................................................... 118
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 118
PARA (NÃO) FINALIZAR ................................................................................................................... 164
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 165
5
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. 
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela 
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da 
Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade 
dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos 
específicos da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém 
ao profissional que busca a formação continuada para vencer os desafios que a 
evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo 
a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
6
Organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em 
capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos 
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar 
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para 
aprofundar os estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de 
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Praticando
Sugestão de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didático de fortalecer 
o processo de aprendizagem do aluno.
7
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
8
Introdução
Convido-os a vir mergulhar no mundo mágico da Cosmetologia. Nas próximas páginas 
você poderá aprender como agregar todos os benefícios dos cosméticos e dos peelings 
químico e mecânico em distúrbios como: anti-aging, estrias, olheiras, hipercrômia, 
entre outras disfunções. A técnica aplicada nesta apostila é o modelo mais atual do 
mercado.
Objetivos
 » Promover o conhecimento fisiológico, farmacológico e terapêutico dos 
cosméticos. 
 » Compreender mecanismo de ação dos peelings.
 » Compreender método de aplicação dos cosméticos e ácidos na estética.
9
UNIDADE ICOSMETOLOGIA
CAPÍTULO 1 
História e introdução à Cosmetologia
A história da Cosmetologia remonta há, pelo menos, 30.000 anos. Os homens da 
pré-história classificavam animais e plantas como seguros e nocivos. A humanidade 
descobriu muito cedo, em sua busca por alimentos, que vários vegetais fazem mal ao 
organismo (GALEMBECK; CSORDAS, 2015). Essa propriedade foi explorada ao se 
extraírem venenos de animais e plantas e usá-los para caçar e guerrear. Ao mesmo 
tempo, o homem das cavernas utilizava corantes naturais para tatuagens, explorava 
o veneno de animais e toxinas de plantas para caçar. Rituais tribais praticados pelos 
aborígines dependiam muito da decoração do corpo para proporcionar efeitos especiais, 
como a pintura de guerra. 
A religião era, também, uma razão para o uso desses produtos. Cerimônias religiosas, 
frequentemente empregavam resinas e unguentos de perfumes agradáveis. A queima 
de incenso deu origem à palavra perfume, que no latim quer dizer “através da fumaça” 
(SCHULMAN, 2004).
Nos anos de 1950, políticas de incentivo trouxeram para o Brasil empresas multinacionais 
gigantescas, como a americana Avon e a francesa L’Oréal. Essas empresas lançaram 
novidades como a venda direta e produtos para o público masculino. A maquiagem 
básica, que se compunha de pó-de-arroz e batom, foi se diversificando e se sofisticando. 
(SCHULMAN, 2004).
Nos anos de 1990, o tempo entre a aplicação do cosmético e o aparecimento doefeito 
prometido na bula diminui de 30 dias para menos de 24 horas. Surgem os cosméticos 
multifuncionais, como batons com protetor solar e hidratantes antienvelhecimento. 
Nesse início do século 21, os alfa-hidroxiácidos, utilizados em cremes para renovar 
a pele, começam a ser substituídos por enzimas, mais eficazes. Outra tendência é a 
descoberta de novas matérias-primas contendo várias funções. No momento atual, 
10
UNIDADE I │ COSMETOLOGIA
as pesquisas avançam na direção da manipulação genética para melhorar a estética 
(GALEMBECK; CSORDAS, 2015).
Hoje, a indústria de cosméticos é extremamente importante dentro da economia 
de grande parte dos países mais desenvolvidos, dentre os quais se inclui o Brasil, 
contribuindo para a geração de empregos e a redução de desigualdades regionais, por 
meio da exploração sustentável de várias espécies do nosso bioma, especialmente na 
Amazônia. A sociedade vem exigindo a adoção de tecnologias de produção limpas, 
econômicas e ambientalmente corretas que, por sua vez, requerem um enorme e 
entusiástico esforço de estudantes, professores, pesquisadores e engenheiros, na 
Universidade e na Indústria, na busca de ingredientes diferenciados, naturais e 
competitivos e de processos de formulação inovadores (HERNANDEZ; MERCIER-
FRESNEL, 1999).
Definições
 » Cosmetologia: ciência que estuda os cosméticos, abrangendo desde 
a concepção de matérias-primas até a venda e aplicação dos produtos 
elaborados. É uma atividade multidisciplinar que envolve conhecimentos 
de física, química, biologia e algumas áreas humanísticas.
 » Cosméticos: substâncias, misturas ou formulações de aplicação 
local, fundamentadas em conceitos científicos, destinados ao cuidado e 
embelezamento da pele humana e seus anexos, sem prejudicar as funções 
vitais, causar irritações, sensibilizar ou provocar fenômenos secundários 
indesejáveis, atribuídos à sua absorção.
 » Cosmecêutico: nos últimos anos surgiram produtos que têm funções 
mais complexas do que a limpeza ou o embelezamento. Estão sendo 
chamados pelos fabricantes de cosmecêutico, dermocosméticos, 
cosmético funcional ou ainda cosmético de desempenho. Trata-se de 
formulações de uso pessoal que atuam beneficamente sobre o organismo, 
causando modificações positivas e duráveis na saúde da pele, mucosas 
e couro cabeludo. São muitos produtos diferentes, que usam muitas 
substâncias químicas como matérias-primas – colágeno e elastina, 
cafeína, nano compósitos de ouro, retinóis, estrógenos e várias outras. 
Exemplos: minoxidil a 2%, ácido retinoico e α-hidroxiácidos (com 
finalidade antienvelhecimento) (GALEMBECK; CSORDAS, 2015).
11
COSMETOLOGIA │ UNIDADE I
Legislação Brasileira – órgãos e entidades
Órgãos e entidades relacionados à área de Cosmetologia 
 » Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA: criada pela 
Lei no 9.782, de 26/1/1999. Promove a proteção da saúde da população 
pelo controle sanitário da produção e da comercialização de produtos 
e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, 
processos, insumos e tecnologias a eles relacionados.
 » Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade 
Industrial: criado pela Lei no 5.966, de 11/12/1973. Realiza trabalhos 
inerentes à metrologia legal; fiscaliza e verifica os produtos na embalagem 
final.
 » Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor: criada pela Lei 
no 8.078, de 11/9/1990. Orienta os consumidores acerca de seus direitos. 
A Lei obriga os fornecedores a manter amostras sem lacre dos produtos à 
venda, para exame do consumidor.
A área da Cosmetologia é regida por algumas leis básicas que estabelecem normas para 
nomenclatura, fabricação e comercialização de produtos cosméticos.
 » Registro de produtos/nomenclatura única para ingredientes 
– Portaria no 296, de 16/4/1998 (art. 1o): para efeito de registro 
ou de alteração de registro de produtos de higiene pessoal, cosméticos 
e perfumes, devem ser adotadas, complementarmente à nomenclatura 
original, as nomenclaturas mencionadas nos itens seguintes:
 › As substâncias corantes devem estar acompanhadas do número do 
Color Index correspondente.
 › Os ingredientes de origem vegetal devem estar acompanhados da 
denominação botânica do Sistema Linné.
 › Para as demais substâncias, deve ser utilizada a nomenclatura do INCI 
(International Nomenclature Cosmetic Ingredient).
 › No caso de substância não catalogada, deve-se utilizar nomenclatura 
de referência internacional e o interessado deve apresentar à Secretaria 
de Vigilância Sanitária a literatura bibliográfica correspondente.
12
UNIDADE I │ COSMETOLOGIA
 » Manual de Boas Práticas de Fabricação – Portaria no 348, 
de 18/8/1997: determina a todos os estabelecimentos produtores de 
produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes o cumprimento 
das diretrizes estabelecidas no Regulamento Técnico – Manual de Boas 
Práticas de Fabricação para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e 
Perfumes.
 » Resolução no 79, de 28/8/2000: lista de conservantes, corantes 
permitidos, filtros UV permitidos, lista restritiva e lista de substâncias de 
uso proibido.
 » Resolução RDC no 38, de 21/3/2001: regulamenta produtos 
cosméticos de uso infantil.
 » RDC no 48, de 16 de março de 2006: lista as substâncias que não 
podem estar contidas em formulações cosméticas, independentemente 
da concentração.
 » RDC no 47, de 16 de março de 2006: traz a relação de filtros solares 
permitidos em formulações cosméticas e a concentração máxima de uso 
permitida para cada uma delas.
 » RDC no 215, de 25 de julho de 2005: compreende a lista das 
substâncias que esses produtos podem contar desde que obedeçam à 
concentração limite e condições impostas pela referida RDC.
Classificação da Cosmetologia
A Resolução RDC no 79, de 28 de agosto de 2000, classifica os produtos cosméticos 
quanto ao grau de risco.
 » Grau I (risco mínimo): produtos de higiene pessoal, cosméticos e 
perfumes que se caracterizam por possuírem propriedades básicas, ou 
elementares, cuja comprovação não seja inicialmente necessária e não 
requeiram informações detalhadas quanto ao seu modo de usar e suas 
restrições de uso, devido às características intrínsecas do produto.
 » Grau II (risco potencial): produtos de higiene pessoal, cosméticos 
cuja formulação possua indicações específicas, com características que 
exijam comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações 
e cuidados, modo e restrições de uso.
13
COSMETOLOGIA │ UNIDADE I
Abaixo segue quadro 1, com as categorias e grau de risco.
Quadro 1. Categoria grau de risco.
CATEGORIA: PRODUTO DE HIGIENE
Sabonetes (líquidos, gel, cremoso ou sólido)
GRUPO GRAU
Sabonete facial e/ou corporal 1
Sabonete abrasivo/esfoliante 1
Sabonete antisséptico 2
Sabonete desodorante 1
Outros a definir
Produtos para higiene dos cabelos e couro cabeludo (líquido, gel, creme, pós ou sólido)
GRUPO GRAU
Xampu 1
Xampu condicionador 1
Xampu para lavagem a seco 2
Xampu anticaspa 2
Creme rinse 1
Enxaguatório capilar 1
Condicionador 1
Condicionador anticaspa 2
Enxaguatório capilar anticaspa 2
Outros produtos para higiene dos cabelos e couro cabeludo a definir
Produtos para higiene dental e bucal (líquidos, gel, cremoso, sólido ou aerossol)
GRUPO GRAU
Dentifrício 1
Dentifrício antiplaca 2
Dentifrício anticárie 2
Dentifrício clareador (mecânico) 1
Dentifrício clareador (químico) 2
Dentifrício para fumantes 1
Enxaguatório antisséptico 2
Enxaguatório aromatizante 1
Aromatizante bucal 1
Outros produtos para higiene dental e bucal a definir
Produtos desodorantes e/ou antitranspirantes, perfumados ou não (líquidos, gel, cremoso, sólido ou aerossol)
GRUPO GRAU
Desodorante axilar 1
Desodorante corporal 1
Desodorante perfumado 1Desodorante colônia 1
Desodorante íntimo 2
Desodorante pédico 1
Desodorante antitranspirante/antiperspirante axilar 2
Desodorante antitranspirante/antiperspirante pédico 2
14
UNIDADE I │ COSMETOLOGIA
Antitranspirante/antiperspirante axilar 2
Antitranspirante/antiperspirante pédico 2
Outros a definir
Produtos para barbear, com ou sem espuma (líquidos, gel, cremoso, sólido ou aerossol)
GRUPO GRAU
Loção pré-barbear 1
Creme para barbear 1
Barra/bastão pré-barbear 1
Gel para barbear 1
Espuma para barbear 1
Loção para barbear 1
Barra/bastão para barbear 1
Outros a definir
Produtos para após barbear alcoólicos ou não (líquido, gel, creme)
GRUPO GRAU
Creme após barbear 1
Loção após barbear 1
Gel após barbear 1
Outros a definir
CATEGORIA: COSMÉTICO
Produtos para lábios
GRUPO GRAU
Batom 1
Brilho labial 1
Lápis labial 1
Protetor labial sem fotoprotetor 1
Outros a definir
Produtos para áreas dos olhos (exceto globo ocular)
GRUPO GRAU
Sombra para as pálpebras 1
Máscara para cílios 1
Lápis 1
Kajal 1
Delineador 1
Creme para área dos olhos 2
Gel para área dos olhos 2
Loção para área dos olhos 2
Outros a definir
Produtos antissolares
GRUPO GRAU
Protetor labial com fotoprotetor 2
Protetor solar 2
Bloqueador Solar 2
Outros a definir
15
COSMETOLOGIA │ UNIDADE I
Produtos para bronzear
GRUPO GRAU
Bronzeador 2
Ativador de bronzeado 2
Bronzeador simulatório 2
Moderador 2
Outros a definir
Produtos para tingimento dos cabelos
GRUPO GRAU
Tintura temporária 2
Tintura progressiva 2
Tintura permanente 2
Xampu colorante 2
Enxaguatório colorante 2
Outros a definir
Produtos para clarear os cabelos
GRUPO GRAU
Descolorante 2
Clareador dos cabelos 2
Água oxigenada 10 a 40 vol. (incluídas as cremosas, exceto os produtos oficinais) 2
Outros a definir
Produtos para clarear os pelos do corpo 2
Produtos para ondular os cabelos 
Permanente 2
Outros a definir
Produtos para alisar os cabelos
GRUPO GRAU
Alisante 2
Alisante com tingimento 2
Outros a definir
Neutralizantes capilares
GRUPO GRAU
Neutralizante para permanente 1
Neutralizante para alisante 1
Outros a definir
Produtos para modelar e assentar os cabelos
GRUPO GRAU
Condicionador 1
Fixador 1
Laquê 1
Brilhantina 1
Óleo 1
Mousse 1
Outros a definir
16
UNIDADE I │ COSMETOLOGIA
Produtos de higiene bucal
GRUPO GRAU
Fio e fita dental 1
Outros a definir
Produtos correlatos de higiene
GRUPO GRAU
Lenço umedecido 1
Demaquilantes 1
Demaquilante para área dos olhos 2
Outros a definir
Pós corporais (perfumados ou não)
GRUPO GRAU
Talco 1
Talco antisséptico 2
Polvilho 1
Polvilho desodorante 1
Talco desodorante 1
Polvilho antisséptico 2
Outros a definir
Cremes de beleza (perfumados ou não, incluindo os géis)
GRUPO GRAU
Creme para pernas 1
Creme para o rosto 1
Creme para o rosto com fotoprotetor 2
Creme para rugas 2
Creme para pele acneica 2
Creme clareador de pele 2
Creme para as mãos 1
Creme para as mãos com fotoprotetor 2
Creme para o corpo 1
Creme para o corpo com fotoprotetor 2
Creme para celulite/estrias 2
Creme para os pés 1
Creme de limpeza facial 1
Creme esfoliante “peeling” (mecânico) 1
Creme esfoliante “peeling” (químico) 2
Máscara corporal 1
Outros a definir
Máscaras faciais (líquido, creme, gel e sólido)
GRUPO GRAU
Máscara coloidal 1
Máscara argilosa 1
Máscara plástica 1
Máscara esfoliante “peeling” (mecânico) 1
Máscara esfoliante “peeling” (químico) 2
Outros a definir
17
COSMETOLOGIA │ UNIDADE I
Loções de beleza (alcoólicas ou não, emulsionadas ou não, incluídos os “leites”)
GRUPO GRAU
Loção para o corpo 1
Loção para o corpo com fotoprotetor 2
Loção para celulite/estrias 2
Loção para rugas 2
Loção para pele acneica 2
Loção clareadora de pele 2
Loção para o rosto 1
Loção para o rosto com fotoprotetor 2
Loção para os pés 1
Loção para as mãos 1
Loção para as mãos com fotoprotetor 2
Loção de limpeza facial 1
Loção tônica facial 1
Outros a definir
Óleos
GRUPO GRAU
Óleo amaciante para o corpo 1
Óleo para massagem 1
Óleo perfumado para o corpo 1
Outros a definir
Produtos para maquilagem facial
GRUPO GRAU
Base líquida 1
Base cremosa 1
Blush cremoso 1
Blush pó (compacto ou não) 1
Rouge (compacto ou não) 1
Corretivo facial 1
Pó solto 1
Pó compacto 1
Outros a definir
Produtos para cuidado dos cabelos e do couro cabeludo
GRUPO GRAU
Tônico capilar 2
Loção capilar 2
Máscara capilar 1
Outros a definir a definir
Depilatórios (cera, creme, líquido)
GRUPO GRAU
Depilatório (mecânico) epilatório 1
Depilatório (químico) 2
Outros a definir
18
UNIDADE I │ COSMETOLOGIA
Produtos para unhas e cutículas
GRUPO GRAU
Esmalte/verniz 1
Brilho para unhas 1
Removedor de esmalte 1
Removedor de cutícula 2
Removedor de mancha de nicotina (mecânico) 1
Removedor de mancha de nicotina (químico) 2
Produto para evitar roer unhas 2
Clareador para unhas (mecânico) 1
Polidor de unhas 1
Fortalecedor de unhas 1
Secante de esmalte 1
Clareador para as unhas (químico) 2
Outros a definir
Repelentes
GRUPO GRAU
Repelentes de insetos (tópico) 2
Outros a definir
CATEGORIA: PRODUTOS DE USO INFANTIL
GRUPO GRAU
Óleos 2
Loções
GRUPO GRAU
Loção de limpeza/higienizante 2
Loção protetora 2
Creme protetor 2
Produtos para higiene dos cabelos 
Xampu 2
Xampu condicionador 2
Enxaguatórios capilares 2
Condicionador 2
Produtos para higiene bucal
GRUPO GRAU
Creme 2
Gel 2
Enxaguatório bucal 2
Sabonetes (sólido ou líquido) 2
Lenço umedecido para higiene 2
Pós
GRUPO GRAU
Talco 2
Amido 2
Protetores solares (creme, loção, gel) 2
Colônias (hidroalcoólicas ou não) 2
Fita dental 2
Fio dental 2
19
COSMETOLOGIA │ UNIDADE I
CATEGORIA: PERFUME
Produtos para banho/imersão
GRUPO GRAU
Sais 1
Óleo 1
Cápsula gelatinosa 1
Banho de espuma 1
Outros a definir
Lenços perfumados
GRUPO GRAU
Lenço perfumado 1
Extratos 
Extrato alcoólico 1
Extrato oleoso 1
Águas perfumadas, águas de colônia, loções e similares
GRUPO GRAU
Líquida 1
Cremosa 1
Perfume 
Líquido 1
Cremoso 1
Semissólido 1
Sólido (bastão) 1
Odorizantes de ambiente 1
Outros produtos de perfumaria a definir
Fonte: Resolução RDC no 79, de 28 de agosto de 2000.
Tensoativos
Substâncias naturais ou artificiais que podem reduzir a tensão superficial dos líquidos 
ou influenciam a superfície de contato entre dois líquidos. São feitos de moléculas nas 
quais uma das metades é solúvel em água (parte hidrofílica(H)) e a outra não (parte 
lipofílica(L)). Também podemos classificar os cosméticos por sua função:
 » Conservadores e higiênicos: produtos para manter uma pele 
eudérmica, como, por exemplo, desodorante.
 » Decorativos: são aqueles destinados a produzir um efeito decorativo na 
pele, fazendo parte desse grupo os produtos de maquilagem, de um modo 
geral: bases de maquilagem, batom, blush, sombras etc. 
 » Corretivos e dermatológicos: são os cosmecêuticos, como, por 
exemplo, produtos para tratamento de linhas de expressão. (LEONARDI, 
2008) 
20
CAPÍTULO 2
Composição dos cosméticos
Qualquer cosmético tem uma composição básica (HERNANDEZ; MERCIER-
FRESNEL, 1999): 
 » Tensoativos.
 » Adjuvantes. 
 » Quelantes e sequestrantes.
 » Excipientes. 
 » Veículo.
 » Princípio Ativo.
A figura 1 tem como objetivo facilitar a remoção de partículas de gordura (que tem 
caráter mais apolar), e formação de micelas (BRANDÃO, 2000).
Figura 1. Molécula tensoativa.Hidrofílica (H) Lipofílica (L) 
Fonte: MENEGAT, 2015.
Mecanismo de ação dos tensoativos
Para entender a ação de um tensoativo vamos, primeiramente, analisar a distribuição 
do tensoativo numa solução aquosa e o efeito na tensão superficial, por meio da seguinte 
representação esquemática: 
21
COSMETOLOGIA │ UNIDADE I
Figura 2.
 
Óleo 
Água 
Grupo L - apolar 
Grupo H - polar 
Fonte: MENEGAT, 2015.
Um tensoativo, devido à dupla característica de afinidade presente na molécula, tende 
a se concentrar na interface de um sistema. A molécula com a parte hidrófila orienta-se 
voltada para água, e a parte hidrófoba orienta-se voltada para o ar ou outra substância 
que tenha pouca afinidade com a água, como um pigmento. Essa característica de 
orientação da molécula é a principal diferença dos tensoativos em relação a outros 
solutos, como os sais inorgânicos que tendem a se distribuir igualmente por toda a 
solução. (BRANDÃO, 2000)
A adição de tensoativos à água tende a saturar todas as interfaces (situações B e C), de 
modo que, a partir de uma concentração denominada Concentração Micelar Crítica 
(CMC), há a saturação do meio e a formação de micelas (situação D). A micela é a forma 
que o tensoativo assume para melhorar a estabilidade na solução colocando, voltadas 
para o mesmo lado, as cadeias hidrófobas; e voltadas para a água, as cadeias hidrófilas. 
(BRANDÃO, 2000)
Função dos tensoativos
Os tensoativos têm diversas funções, tais como:
 » Balanço Hidrofílico-Lipofílico (valor HLB): os tensoativos 
também podem ser classificados conforme seu valor HLB, numa escala 
de 0 (totalmente lipofílico) a 20 (totalmente hidrofílico). (HERNANDEZ; 
MERCIER-FRESNEL, 1999)
É importante conhecer valor HLB, conforme tabela abaixo:
Tabela 1. Valor HLB.
Valor HLB Aplicação
3 – 6 Emulsionantes água/óleo (A/O)
7 – 9 Umectantes
8 – 18 Emulsionantes óleo/água (O/A)
11 – 15 Detergentes
15 – 18 Solventes Tensoativos
Fonte: MENEGAT, 2015.
22
UNIDADE I │ COSMETOLOGIA
 » Molificante ou umectante: uma das principais aplicações tensoativas 
é a umectação ou promoção da molhabilidade e aumentar a capacidade 
de espalhamento de líquidos sobre a superfície, tem HLB de 7 a 9. Uma 
forma de entender melhor esse conceito é analisar uma gota sobre uma 
superfície, conforme figura abaixo.
Figura 3. Umectante.
Na figura acima, a gota da esquerda ilustra uma situação em que há pouca afinidade pelo substrato, isto é, uma 
situação em que a elevada TS desfavorece a molhabilidade. Na outra gota pode-se notar que a área de contato com o 
substrato é maior, indicando uma afinidade elevada. Esse fato permite concluir que a TS foi substancialmente reduzida. O 
efeito tensoativo reduz a TS da água, permitindo alcançar a molhabilidade desejada. Portanto, o exemplo poderia estar 
relacionado com água pura (1a gota) e aditivada com tensoativo (2a gota).
Fonte: MENEGAT, 2015.
 » Emulsificador: facilita a formação de emulsões. Em emulsões óleo/
água (O/A) o emulsificador deve ter caráter hidrofílico (HLB 8 – 
18), mas se a emulsão for água/óleo (A/O) o emulsificador deve ser 
lipofílico (HLB 3 – 6).
 » Detergentes: são tensoativos que têm a propriedade de umectação, 
remoção e dispersão da sujeira e de emulsificador de gorduras. A ação 
do detergente é regulada pelo seu valor HLB (11 – 15), por exemplo: HLB 
baixo, maior capacidade de umectação; HLB alto, maior capacidade de 
emulsionar gorduras na água e menor capacidade de umectação.
 » Solventes: facilitam a coloração de partículas em suspensão.
 » Antissépticos: agem sobre membrana plasmática bacteriana.
 » Mussificantes: facilitam a difusão de gás em líquido (LEONARDI, 
2008).
23
COSMETOLOGIA │ UNIDADE I
Adjuvante
No século XXI, as funções e a funcionalidade dos adjuvantes devem ser interpretadas 
de acordo com as novas tendências do mercado farmacêutico. Existem diversas classes 
de substâncias que podemos chamar de adjuvantes. 
Com funções fisiológicas bem definidas, modificam o curso natural da penetração 
transcutânea, são umectantes, refrescantes, emolientes ou até mesmo agentes 
que reforçam a ação de outro ativo presente na formulação. (HERNANDEZ; 
MERCIER-FRESNEL, 1999) 
Os adjuvantes são divididos em dois grupos: 
 » Surfactantes: são substâncias que afetam as propriedades de 
superfície dos líquidos, proporcionando ajustamento mais íntimo de 
duas substâncias. Segundo Fleck (1993), os surfactantes podem afetar a 
eficiência dos cosméticos das seguintes formas:
 › Aumentam a retenção da aspersão onde as superfícies vegetais sejam 
de pronta molhabilidade.
 › Aumentam a retenção da aspersão em locais-chave favoráveis à 
penetração ou subsequente dano.
 › Aumentam a penetração por aumentar a área de contato com a pele, 
através de maior espalhamento.
 › Aumentam o período de penetração por atuar como umectante, 
mantendo as gotículas de aspersão indefinidamente úmidas.
 › Aumentam a entrada direta por diminuir a tensão superficial da 
solução de aspersão.
 › Facilitam o movimento ao longo das paredes celulares após a entrada 
para o interior da pele, por diminuir as tensões interfaciais.
 › Causam desnaturação e precipitação de proteínas e inativação de 
enzimas.
Os surfactantes são classificados de acordo com suas principais propriedades em:
 » Espalhantes: são substâncias que diminuem a tensão superficial 
reduzindo o ângulo de contato delas com a superfície da pele. Esses 
24
UNIDADE I │ COSMETOLOGIA
produtos proporcionam o espalhamento completo do cosmético sobre a 
superfície tratada, aumentando a absorção do princípio ativo.
 » Molhantes (umectantes): são substâncias que retardam a evaporação 
da água, fazendo com que o cosmético permaneça mais tempo na superfície 
tratada, aumentando a absorção do produto aplicado. Esses produtos são 
importantes, principalmente em condições de baixa umidade relativa do 
ar e elevada temperatura.
 » Aderentes: são substâncias que aumentam a aderência dos líquidos 
ou sólidos à superfície da pele, e apresentam afinidade com a 
água. O aumento da aderência diminui o escorrimento e faz com que o 
cosmético permaneça na superfície da pele.
 » Emulsificantes: são substâncias com atividade sobre a superfície 
do líquido, promovendo a suspensão de um líquido em outro. Esses 
produtos reduzem a tensão interfacial entre dois líquidos imiscíveis, 
proporcionando a formação de uma emulsão de um líquido em outro, 
como, por exemplo, óleo em água, por meio da combinação de seus 
grupos polares com apolares. Os emulsificantes também podem possuir 
atividade espalhante, adesiva e umectante.
 » Dispersantes: são substâncias que evitam a aglomeração das partículas 
por meio da redução das forças de coesão entre elas, fazendo com que 
as suspensões mantenham-se estáveis por certo tempo. São muito 
importantes para manter estáveis as formulações de pós-molháveis, 
evitando que as partículas sólidas se aglomerem e se precipitem.
 » Detergentes: são substâncias com capacidade de remover sujeira 
da superfície da pele, aumentando o contato do cosmético com a 
superfície-alvo. Os detergentes também podem possuir atividade 
espalhante, emulsificante e umectante.
 » Aditivos: óleo mineral ou vegetal, sulfato de amônio e ureia, entre 
outros, que afetam a absorção devido a sua ação direta sobre a cutícula 
(RIBEIRO, 2010). Os principais aditivos são:
 › Óleos: os óleos minerais ou vegetais agem dissolvendo a gordura, 
eliminando a barreira que diminui a absorção dos princípios ativos 
e provocam o extravasamento do conteúdo da célula. Dessa forma, 
25
COSMETOLOGIA │ UNIDADE I
constata-se que os óleos podem aumentar a absorção. Os óleos usados 
são originados do petróleo (óleo mineral) e de vegetais (óleo vegetal).
 › Sulfato de amônio: é um composto nitrogenado que, quando dissociado,forma íons de sulfato e amônio. O íon sulfato reage com íons presentes 
na água, imobilizando-os e impedindo que eles reajam com a molécula 
do cosmético, e o íon amônio tem ação sobre a pele, rompendo ligações 
e abrindo caminho para absorção do princípio ativo.
 › Ureia: é um composto nitrogenado com ação sobre a pele, rompendo 
ligações e abrindo caminho para absorção do princípio ativo. (VARGAS; 
ROMAN, 2006) 
Abaixo, são apresentados exemplos dos principais adjuvantes utilizados em cosméticos:
 » Antioxidantes: protegem de microrganismos, de ação catalítica 
de metais ou químicas indesejáveis. Exemplos: ac. ascórbico – vit. c, 
tocoferol – vit e, ac. sórbico.
 » Conservantes: aumentam a vida útil dos produtos, impedindo o 
desenvolvimento de bactérias, fungos, leveduras e mofos, que podem 
causar doenças ou, simplesmente, prejudicar o bom aspecto do produto 
final. Exemplos: BHT – butil hidroxi tolueno, BHA – butil hidroxianisol, 
ac. gálico, nipagin, nipazol.
 » Antissépticos: referem-se a tudo o que for utilizado no sentido de 
degradar ou inibir a proliferação de microrganismos presentes na 
superfície da pele e mucosas. São substâncias usadas para desinfectar 
ferimentos, evitando ou reduzindo o risco de infecção por ação de 
bactérias ou germes. Exemplos: ac. salicílico, ac. benzoico, álcool etílico, 
parabenos, óleos essenciais.
 » Corantes naturais: substâncias que podem ser tanto orgânicas como 
inorgânicas. São elas que dão cor ao cosmético. Exemplos: urucum – 
amarelo, cúrcuma – amarelo, açafrão – amarelo, caroteno – alaranjado, 
henna – marrom avermelhado, clorofila – verde, indigotina – azul, carvão 
vegetal – preto, orcinol – vermelho.
 » Corantes animais: substâncias que podem ser tanto orgânicas como 
inorgânicas. São elas que dão cor ao cosmético. Exemplos: ac. carmínico 
– vermelho, nácar – escamas de peixes.
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UNIDADE I │ COSMETOLOGIA
 » Corantes minerais: substâncias que podem ser tanto orgânicas como 
inorgânicas. São elas que dão cor ao cosmético. Exemplos: talco – amarelo 
/ marrom, caolim – amarelo / marrom, óxidos de ferro – amarelo / 
marrom, argilas – marrom / cinza.
 » Corantes sintéticos: substâncias que podem ser tanto orgânicas como 
inorgânicas. São elas que dão cor ao cosmético. Exemplos: eosina – 
vermelho, eritrosina – vermelho, verde de malaquida, azul de metileno.
 » Fungicidas: são pesticidas que destroem ou inibem a ação dos fungos. 
Exemplos: ac. deídracético, ac. undecilênico.
 » Umectantes: substâncias com grande capacidade de retenção de água. 
Mantêm a umidade do produto e retardam o ressecamento. Exemplos: 
glicerol, propilenoglicol, etilenoglicol, sorbitol.
 » Estabilizantes: substâncias que aumentam a viscosidade do produto. 
Exemplos: goma adragante, gelatina, silicatos, bentonita.
 » Emulsionantes: substâncias que facilitam a emulsão e contribuem 
para estabilidade físico-química da fórmula. Exemplos: talco, base de 
lanolina. (VARGAS; ROMAN, 2006)
Quelantes e sequestrantes
São compostos que têm a propriedade de sequestrar íons metálicos polivalentes (cálcio, 
ferro etc.) formando duas ou mais ligações coordenadas, ou uma combinação de ligações 
coordenada e iônica (BAUMANN, 2004). Esses íons são removidos da solução em que 
se encontram e ligados a uma estrutura cíclica cuja estabilidade é notável.
Figura 4. Sequestrar íons metálicos.
Fonte: <www.scykness.wordpress.com>.
27
COSMETOLOGIA │ UNIDADE I
Por exemplo, esse tipo de substância é importante em formulações de xampus, para 
evitar que o íon cálcio interfira na produção de espuma. 
 » Alguns quelantes são compostos importantes para a vida na Terra, como 
a hemoglobina e a clorofila.
 » A clorofila, molécula que sustenta a vida na Terra, por ser responsável 
pela absorção dos fótons da luz solar nas plantas verdes, é um quelato de 
Mg (magnésio).
 » A hemoglobina, substância fundamental à nossa vida, por ser responsável 
pelo transporte de oxigênio (O2) e gás carbônico (CO²) em nosso corpo, é 
um quelato de Fe (ferro). (BAUMANN, 2004)
Excipientes
Substâncias geralmente inertes, adicionadas a uma prescrição, ou seja, que têm pouco 
ou nenhum valor terapêutico, mas são necessárias para garantir uma consistência 
satisfatória para a formulação. Essas incluem aglutinantes, matrizes, bases ou diluentes 
Exemplos: talco farmacêutico, amido, lactose.
Suas funções básicas são todos ingredientes ou conjuntos de ingredientes inertes da 
fórmula, que facilitam a dispersão do princípio ativo permitindo sua ação farmacológica. 
O excipiente principal é a água, mas também pode ser de gordura ou a mistura dos dois. 
O excipiente fundamental mais abundante é a água, porque é capaz de dissolver muitas 
substâncias e é totalmente compatível com a pele e cabelo. (DRAELOS, 2009) 
Veículo
São preparações cosmetológicas que visam modular a distribuição uniforme dos PAs 
(princípios ativos) incorporados aos cosméticos sobre as células-alvo, acelerando a 
rapidez de penetração e a localização deles nos espaços intercelulares e intracelulares. 
A escolha de um veículo para preparação de produtos cosméticos deve ser feita em prol 
da estabilidade da formulação e das características da pele ou local de aplicação. 
As principais são: suspensões, soluções, emulsão, sérum, gel, gel-creme, creme, pomada, 
microesferas, lipossomas, entre outros. (FONSECA; PRISTA, 1993)
28
UNIDADE I │ COSMETOLOGIA
 » Solução: entre as quais se encontram as alcoólicas, mesmo não sendo as 
principais formulações utilizadas em cosméticos têm algumas vantagens, 
como de permanecerem fisicamente estáveis e serem de fácil preparo.
 Substâncias solubilizadas se apresentam transparentes ou translúcidas. 
Podem ser solubilizadas em água, sistemas água/álcool, óleo ou em 
soluções de tensoativos. Exemplo são as soluções aquosas, tônicos. 
 › Solução aquosa ou hidro-alcoólica: possui água como veículo e pode 
conter álcool etílico e outros glicóis, como propilenoglicol, glicerina 
e sorbitol. É a base das loções tônicas faciais e capilares, loções pós 
barbear. 
 › Soluções de tensoativos: são misturas de tensoativos com propriedades 
de limpeza, de condicionamento, de gerar espuma, de conferir 
viscosidade e de reduzir a irritação da pele. Exemplo: xampus, sabonetes 
líquidos, banhos de espuma, loções higienizantes, condicionadores 
transparentes para os cabelos. (HERNANDEZ; MERCIER-FRESNEL, 
1999)
 » Suspensão: são formas farmacêuticas com um sistema bifásico, 
heterogêneo, no qual uma fase interna consiste de partículas sólidas 
insolúveis em água e a fase externa é constituída pelo veículo compatível 
com a pele, geralmente água. Para não ocorrer separação de fases podem 
ser usados tensoativos ou hidrocoloides que estabilizam a suspensão. 
Agentes suspensores empregados normalmente são derivados da 
celulose, alginatos, líquidos viscosos, argilas etc. As suspensões devem 
ser agitadas antes do uso. São exemplos de suspensões: os géis obtidos 
com o uso de espessantes poliméricos, creme esfoliante e xampus com 
bases perolizante, e ativos anticaspa. (RIBEIRO, 2010)
 » Emulsão: sistema bifásico, onde um líquido está intimamente disperso 
no outro no qual não seja miscível na forma de gotículas, como, por 
exemplo, água e óleo. A fase dispersa também pode ser denominada fase 
interna e a fase dispersante, fase externa. Dependendo da sua consistência 
as emulsões são popularmente conhecidas como loções (mais fluidas) e 
cremes (mais consistentes). (RIBEIRO, 2010) Podem ser:
 › O/A – óleo em água: composta de muita água e um pouco de óleo. 
Essas fórmulas evaporam se expostas ao ar. São também chamadas 
de “evanescentes”, desaparecem ao serem passadas na pele (Figura 4).
29
COSMETOLOGIA │ UNIDADE I
Figura 4. Óleo em água.
Fonte: <www.scykness.wordpress.com>.
 » A/O – água em óleo: composta de muito óleo epouca água. Essas 
substâncias são largamente empregadas pela indústria cosmética pelo 
fato de serem o veículo ideal para introdução de substâncias ativas na 
pele, porque suas propriedades são semelhantes às da pele (Figura 5).
Figura 5. Água em óleo.
Fonte: <www.scykness.wordpress.com>.
Apesar dos tensoativos proporcionarem a mistura das duas fases – aquosa e oleosa pela 
redução da tensão interfacial entre ambos os líquidos, as emulsões não deixam de ser 
sistemas heterogêneos e termodinamicamente instáveis, que podem se desestabilizar por 
meio da separação das fases. Enquanto as emulsões apresentarem aspecto homogêneo, 
pode-se considerar que estão dentro do prazo de validade. (RIBEIRO, 2010)
 » Microemulsões: são constituídas por três fases: A/O/A ou O/A/O. 
São utilizadas para encapsulação de ativos para sistemas de liberação 
prolongada.
30
UNIDADE I │ COSMETOLOGIA
Classificação das emulsões quanto à viscosidade
1. Cremes: emulsões de alta viscosidade.
2. Loções cremosas: emulsões de média viscosidade (aspecto líquido 
cremoso).
3. Leites: emulsões de baixa viscosidade.
Classificação quanto ao caráter oleoso:
 » Cremes/géis: são emulsões O/A e outra aquosa previamente gelificada, 
ou possuem quantidades reduzidas de óleo e substâncias serosas. 
Possuem um alto teor de agente gelificante e baixo teor na fase oleosa, 
geralmente o suficiente para opacificar o meio. Podem veicular ativos lipo 
ou hidrossolúveis. (DRAELOS, 2009) 
 O mercado faz distinção entre um gel-creme e um creme-gel, que são 
direcionados geralmente como hidratantes para pele oleosa. Ambos os 
produtos possuem a fase aquosa espessada por um polímero orgânico 
hidrossolúvel (FONSECA; PRISTA, 1993). No entanto, um creme-gel possui 
uma fase oleosa constituída de derivados graxos, que são emulsionados 
na fase aquosa espessada. Um gel-creme, geralmente, possui uma fase 
de silicone dispersa na fase aquosa espessada onde apenas foi dado um 
esbranquiçamento ao gel. (DRAELOS, 2009) 
 » Emulsões oil free: são emulsões em que se retira o óleo mineral ou 
outros óleos comedogênicos. Muitas são desenvolvidas com silicones.
 » Emulsões evanescentes: são emulsões que deixam pouco resíduo 
graxo sobre a pele. São sempre O/A.
 » Emulsões oclusivas: são emulsões de caráter oleoso, geralmente são 
A/O.
 » Cremes: são emulsões O/A ou A/O de alta viscosidade e constituídas de 
uma fase aquosa e uma fase oleosa líquida, que foram homogeneizadas 
pela utilização de um terceiro componente que possui afinidade por 
ambas as fases (tensoativo). (RIBEIRO, 2010)
Sua aparência geralmente é branca devido ao maior tamanho dos glóbulos oleosos 
emulsionados. Exemplos são os cremes hidratantes, anti-aging, nutritivos, 
desodorantes, condicionadores para os cabelos etc. 
31
COSMETOLOGIA │ UNIDADE I
De acordo com as substâncias utilizadas em sua formulação, destinam-se à:
 » Limpeza (contêm médio a alto teor de óleo).
 » Hidratação (pequenas quantidades de óleo e boa absorção na pele).
 » Nutrição (possuem uma quantidade maior de óleo e são mais espessas).
 » Creme de massagem (creme espesso de caráter oleoso).
 » Creme para mãos (possuem médio teor oleoso, contêm geralmente 
silicones e lanolina). 
Os cremes de limpeza têm aspecto leitoso, resultante da dispersão de duas fases 
não miscíveis entre si na presença de uma agente tensoativo cujo papel é facilitar 
a formação e a estabilização do sistema disperso. Agem retirando as impurezas e 
a maquiagem, ao formar um filme emoliente que deixa a pele com textura macia e 
suave. (DRAELOS, 2009) 
 » Sérum: faz uma alusão ao soro sanguíneo, líquido rico em nutrientes, 
com perfeita compatibilidade com nosso organismo. É um veículo 
extremamente leve, conseguindo assim carregar concentração maior de 
princípios ativos. Por ter sua textura fluída facilita a penetração na pele. 
(PEYREFITTE; MARTINI; CHIVOT, 1998)
 » Gel: sistema semissólido com aspecto gelatinoso, formado por dispersão 
de partículas pequenas num veículo líquido, que não sedimenta, 
apresentando-se como uma suspensão estável. Sua forma cosmética 
é viscosa, mucilaginosa, transparente ou não, que, ao secar, deixa 
uma película invisível sobre a pele. Quanto menores os tamanhos das 
partículas, mais transparentes são as soluções aquosas. Quando a água 
evapora, forma uma película na pele que fica aderida a ela. Em cosmética 
decorativa, dá forma a rimeis incolores e sombras. 
 Por não conter material graxo, os géis são indicados para peles lipídicas. 
Exemplos são os géis hidratantes para pele oleosa, géis protetores 
solares, géis esfoliantes para a pele, géis fixadores e modeladores para 
os cabelos, géis para banho, xampus géis etc. (PEYREFITTE, MARTINI, 
CHIVOT, 1998)
 Composição:
 › Polímeros (agentes gelificantes).
32
UNIDADE I │ COSMETOLOGIA
 › Solvente (água, álcool).
 › Aditivos estabilizantes (conservantes, antioxidantes, quelantes).
 › Mantedor da umidade (glicerina, sorbitol, propilenoglicol). 
(PEYREFITTE, MARTINI, CHIVOT, 1998)
 Tipos de géis 
 › Aquosos (hidrogéis): são os mais utilizados. Podem ser transparentes 
ou opacos, conforme o ativo incorporado.
 › Hidroalcóolicos: são utilizados quando se tem princípios ativos que 
se solubilizam bem no álcool, em formulações antissépticas (gel 
sanitizante). Geralmente são géis menos viscosos do que os aquosos.
 › Oleosos: são mais raros quanto à aplicação dos produtos. São chamados 
de géis hidrófobos ou lipogéis. Formados por vaselina líquida, óleos 
graxos e 2-5% de lipogelificantes (derivados de sílicas e da bentonita 
lipofílicas, estearatos de magnésio).
 » Mousse: emulsão bifásica, em que a fase interna é o ar ou outro gás, e 
a externa é um sólido ou líquido. Envasada sob pressão produz espuma 
quando a válvula é acionada. (PEYREFITTE, MARTINI, CHIVOT, 1998)
 » Óleo: é uma mistura de matérias-primas lipídicas (oleosas). Exemplos: 
óleos de banho ou de massagem. O óleo demaquilante geralmente é 
constituído por óleo mineral ou ésteres de ácidos graxos. É indicado 
para pele sensível e desidratada (limpeza muito suave). (PEYREFITTE; 
MARTINI; CHIVOT, 1998)
 » Microesferas: são partículas esféricas micronizadas e semitransparentes. 
Possuem propriedades de inércia química e física, invisibilidade, melhora 
na aplicabilidade do produto, insolúvel, não poroso, toque sedoso, 
preenchem a pele de forma uniforme e proporcionam uma sensação de 
leveza (SCHULMAN,2004). 
 Atuam como aditivos nas formulações de cosméticos, ou seja, agentes 
que melhoram a textura dos materiais. Substituem aditivos “premium” 
com toque igual ou melhor. Podem ser utilizados em batons, sombras, 
blushes, entre outros.
33
COSMETOLOGIA │ UNIDADE I
 As microesferas de polietilenoglicol são grânulos de poliamida brancos, 
de diferentes tamanhos, com propriedades de esfoliação (remove células 
mortas da superfície da pele) e de limpeza. (SCHULMAN, 2004)
 » Nanoesferas: são nano partículas, ou seja, estruturas poliméricas 
inertes, que são capazes de armazenar em seu interior ou fixar em sua 
superfície os mais diversos ativos. Esses nanorreservatórios armazenam 
homogeneamente o princípio ativo no interior da matriz polimérica. 
Dessa forma, obtém-se um sistema monolítico, onde não é possível 
identificar um núcleo diferenciado, liberando assim o princípio ativo nele 
contido de modo gradativo e uniforme, cronologicamente determinado, 
colocando-os à disposição do tecido cutâneo. (AZEVEDO, 2010) 
 Previnem ainda superconcentrações e potencializam a ação desejada. 
Exemplos:
 › Nanoesferas de vitamina C: têm ação de recuperar a elasticidade e a 
firmeza da pele, promovem uniformidade no relevo cutâneo, reduzem 
síntese de melanina e tempo de cicatrização, melhoram hidratação, 
possuem ação antioxidante importante contra radicais livres.› Nanoesferas de vitamina E: protegem as células dos radicais livres 
que provocam a peroxidação dos ácidos graxos polinsaturados das 
membranas celulares responsáveis pelo envelhecimento cutâneo. 
Apresentam uma ação anti-inflamatória, inibindo a formação de 
eritemas. A vitamina E previne a perda da elasticidade cutânea e a 
desidratação dos tecidos, pois aumenta a capacidade dos tecidos em 
reter água. 
 › Nanoesferas de vitamina A: estimulam a produção de enzimas, a 
atividade mitótica, a proliferação celular, a formação de colágeno 
e de queratina. Elas aumentam a elasticidade da pele, auxiliam na 
cicatrização e previnem a formação de rugas e linhas de expressão. 
(AZEVEDO, 2010)
 » Lipossomos: são vesículas globulares microscópicas formadas por 
moléculas anfifílicas (geralmente fosfolipídios), que se organizam 
em forma de uma camada dupla ou de várias camadas duplas. Essas 
vesículas são capazes de veicular substâncias hidrofílicas, anfifílicas ou 
lipofílicas e apresentam a capacidade de interagir com os lipídios da pele 
humana, quando aplicadas topicamente, liberando as substâncias que 
34
UNIDADE I │ COSMETOLOGIA
transportam. As vesículas multilamelares (com várias camadas duplas) 
tendem a liberar a substância que carregam de modo mais prolongado 
que as vesículas unilamelares (uma camada dupla) (Figura 5).
Figura 5. Estrutura lipossomas unilamelar e multilamelar.
Fonte: CHORILLI et al., 2004.
 » Os lipossomas são formados espontaneamente após a dispersão de 
fosfolipídios em meio aquoso dando origem a vesículas de tamanhos 
variados desde micrômetros a nanômetros (Figura 6).
Figura 6. Característica do lipossomas.
Fonte: DEMICHELI et al., 2005.
Os lipídeos da membrana lipossoma desempenham um papel importante na 
reconstituição do filme hidrolipídico da superfície cutânea, melhorando a fluidez da 
membrana dos corneócitos e assegurando a integridade do estrato córneo. O maior 
interesse nos lipossomas é que eles alcançam as camadas mais profundas da epiderme 
35
COSMETOLOGIA │ UNIDADE I
que libera seu conteúdo diretamente na camada basal, onde se funde com a membrana 
celular. (CHORILLI et al., 2004) 
As vesículas de lipossomas devem ser evitadas em formas cosméticas como as emulsões 
e preparações alcoólicas para não comprometerem a sua estabilidade. Nas emulsões, 
os tensoativos presentes podem desordenar os fosfolipídios ocasionando a ruptura dos 
lipossomas, enquanto que o álcool pode solubilizar as camadas lipídicas dos lipossomas. 
(CHORILLI et al., 2004)
Neurocosméticos
A pele e o sistema nervoso, do qual o cérebro é o órgão central, têm a mesma 
origem durante a formação do embrião. Ambos derivam do ectoderma, o folheto 
externo do embrião, que, na sua evolução, dobra-se sobre si mesmo formando 
um tubo, chamado tubo neural. A parte que fica por fora vai formar a pele, e a 
parte interna vai desenvolver o sistema nervoso. Portanto, desde o início, a pele 
está em ligação direta com o sistema nervoso, enviando-lhe constantemente 
informações sobre o meio externo. (VILELA; AZEVEDO, 2013)
Comunicação pele/sistema nervoso 
Do cérebro e da medula espinhal partem nervos que se ramificam como os galhos de 
uma árvore e se dirigem a todos os pontos do organismo, incluindo a pele. Na pele, 
filetes nervosos chegam à derme, aos vasos e à epiderme (HOFFMANN et al.,2005).
 » As mensagens entre o sistema nervoso e a pele se dão por meio de 
substâncias químicas, os neuropeptídios, que levam o código dos 
pensamentos ocorridos na mente para a pele.
 » Em sentido inverso, a pele envia ao cérebro suas mensagens por meio 
de mediadores químicos produzidos por suas células, que viajam até 
o sistema nervoso central pelo sangue ou pelos nervos, lá gerando 
pensamentos.
 » Na pele, receptores especializados percebem estímulos produzidos nas 
suas células e os transmite por meio de fibras nervosas até os gânglios e a 
medula espinhal, de onde são levados, por feixes nervosos até o tálamo. 
Esse os envia aos centros corticais superiores encarregados de processar 
as informações cognitivas.
36
UNIDADE I │ COSMETOLOGIA
 » Por nervos descendentes a informação sensorial é transportada através 
da medula espinhal até os órgãos periféricos, que são acionados 
autonomamente. Os resultados finais são respostas como sudação, rubor, 
palidez, produção de gordura e outras (Figura 7).
Figura 7. Comunicação pele-sistema nervoso.
Fonte: <http://ap_mentehumana.blogs.sapo.pt/>.
Mensageiros químicos na pele
Substâncias caracterizadas como neurotransmissores, neuropeptídios e neurônios, 
cuja secreção é regulada por estímulos diversos, inclusive por processos mentais, têm 
sido identificados na pele. (AZAMBUJA, 2000)
 » Cada uma tem diferentes efeitos e, em conjunto, seus efeitos se alteram a 
cada instante. Substância P, somatostatina, peptídeo intestinal vasoativo 
(VIP), neuropeptídios Y, neurocinina A, galanina, dinorfina, endorfinas, 
peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) são alguns dos 
mensageiros químicos observados na pele. 
 » Entre elas, a substância P tem definido papel na provocação ou na 
manutenção das lesões de psoríase e está provavelmente envolvida na 
ligação entre o estresse e a psoríase. As mais recentes pesquisas na área 
cosmética demonstraram o papel das endorfinas na vitalidade da pele. 
Conhecidas como “hormônio da felicidade”, tratam-se de moléculas produzidas pela 
hipófise e hipotálamo, cuja ação está relacionada com a modulação do humor, com 
a analgesia endógena, com a melhora da performance geral do organismo e com a 
sensação de bem-estar. A produção de endorfinas ocorre mediante estímulos endógenos 
37
COSMETOLOGIA │ UNIDADE I
ou exógenos. Destes últimos, os mais conhecidos são a ingestão de chocolate, a prática 
de exercícios físicos e a exposição ao sol. (AZAMBUJA, 2000)
São muito comuns os comentários de que uma pessoa feliz apresenta boa aparência, 
pele viçosa e radiante. E esse fato é um dos fundamentos que levaram à pesquisa sobre 
o papel das endorfinas na pele. Os resultados de estudos recentes sobre esse assunto 
são surpreendentes e podem ajudar a explicar por que a pele fica tão bonita quando 
estamos felizes: a pele tem receptores para as endorfinas, chamados receptores de 
opioides. As endorfinas interagem com esses receptores e exercem importantes efeitos, 
sendo capazes de estimular a proliferação de fibroblastos, promovem a migração de 
queratinócitos e acalmarem a pele, melhorando a sua aparência como um todo.
Neurocosmético é a evolução da era cosmética sensorial. É uma técnica baseada 
na aplicação de substâncias que atuam no organismo de forma semelhante aos 
neuromediadores endógenos, exercendo efeitos benéficos para a saúde e beleza da pele 
e anexos epidérmicos como cabelos e unhas.
Neurocosmético explora os aspectos fisiológicos da felicidade, ou seja, pesquisa e busca 
mimetizar os efeitos positivos que o estado de felicidade e bem-estar causam na pele e 
estruturas relacionadas.
Conhecidos os efeitos benéficos das endorfinas sobre a pele, logo se imaginariam as 
aplicações que essas substâncias podem ter em produtos dermocosmetológicos. Porém, 
as legislações sanitárias europeias e brasileiras não permitem o emprego de hormônios 
em cosméticos e, dessa forma, a aplicação de endorfinas nesse tipo de produto torna-se 
inviável.
Como se sabe, a pele é ricamente inervada. Portanto, as fibras nervosas estão 
intimamente relacionadas com as células cutâneas (queratinócitos, células imunes, 
fibroblastos, adipócitos etc.), contribuindo para a homeostase do tecido.
Muitas fibras sensitivas se encontram na camada superficial da epiderme. Assim, os 
ingredientes cosméticos podem acessar facilmente o sistema nervoso neurossensorial. 
Essa camada é a que sofre maior exposição ao estresseambiental, como a poluição, 
radiação ultravioleta, vento, calor ou frio. (RODRIGUES; AZEVEDO, 2013)
Ativos com ação neurocosmética
 » Calmosesine (SEDERMA 2010 – Distribuidor: Croda): 
Lipopeptídeo com a sequência N-Acetil-Tirosil-Arginil-Hexadecil. Éster 
solubilizado em um excipiente hidroglicólico. Tem ação de estimular a 
38
UNIDADE I │ COSMETOLOGIA
liberação de pró-endorfinas, oferecendo um efeito estimulante sobre a 
pele, inibindo as contrações musculares responsáveis pelo aparecimento 
das rugas de expressão. Concentração usual: 3,0%.
 » Endorphin (POLYTECNO 2011 – Distribuidor: Vital 
Especialidades): é um complexo etnobotânico composto por polifenóis 
de cacau e da flor de Tephrosia purpurea. A Tephrosia é uma planta 
exótica de origem subtropical, tradicionalmente utilizada na Índia por 
suas propriedades medicinais. Em Madagascar, ela é conhecida como 
a “Cura das 150 enfermidades”. Na medicina ayurvérica, é empregada 
no tratamento de dermatites e irritações cutâneas. Os principais 
constituintes dessa planta são os oligossacarídeos ciceritol e estaquiose. 
O cacau vem sendo muito utilizado por suas propriedades antioxidantes 
na indústria cosmética. Tem ação de agir sinergicamente, estimulando a 
liberação de beta-endorfinas pelos queratinócitos, promovendo o efeito 
de relaxamento. Concentração usual: 3,0% a 8,0%.
 » Enteline 2 (SECMA 2011 – Distribuidor: Chemyunion/DEG): 
ativo que reduz eritemas, pruridos e descamações provenientes de 
exposição solar excessiva, poluição e estresse. Tem ação suavizante, 
reduz descamações, tensão, eritema e irritação da pele. Concentração 
usual: 2,0% a 3,0%. 
 » Happybelle-PE (Mibelle 2012 – Distribuidor: Galena): é um 
ingrediente ativo composto por um complexo de fitoendorfinas do 
Vitex agnus castus com ciclodextrinas, complexo esse encapsulado em 
lipossomas. Para garantir a estabilidade do complexo lipossomado e 
conferir a ação antioxidante à matéria-prima, foi acrescida à composição 
uma nanoemulsão composta por tocoferol e tetraisopalmitato de 
ascorbila. O duplo sistema de vetorização, além de proteger o ingrediente 
ativo (as fitoendorfinas), promove ultrapenetração, permite certo 
controle de liberação do ativo, e ainda confere propriedade hidratante, 
graças à estruturação dos lipossomas e nanopartículas. Tem ação de 
estimulação da proliferação de fibroblastos, estimulação da migração 
de queratinócitos, revitalização, hidratação e suavização de rugas. 
Concentração usual: 1,0% a 2,0%. 
 » Neuroxyl (POLYTECNO 2011 – Distribuidor: Vital 
Especialidades): é uma associação de neuropeptídeos com propriedades 
neurotróficas e neuroprotetoras e antioxidantes, que aumentam a 
39
COSMETOLOGIA │ UNIDADE I
sensibilidade cutânea prejudicada pelo processo de envelhecimento. 
Possui analogia estrutural com os neuromediadores expressos pela pele, 
com a capacidade de atingir receptores específicos na membrana celular 
dos neurônios. Tem ação de reequilibrar a função imunológica, mantém 
as trocas celulares em equilíbrio, recuperando a aparência do tecido. 
Controla o processo de pigmentação cutânea e a hidratação. Concentração 
usual: 1,0% a 3,0%. 
Princípio ativo
São substâncias que possuem uma ação definida quando aplicadas sobre a pele e/ou 
cabelos. (REBELLO, 2007)
Os princípios ativos podem ser de origem vegetal, animal e biotecnológico. 
 » Ativos de origem vegetal: extratos vegetais isolados ou associados, 
vegetais marinhos, proteínas e aminoácidos vegetais, associação de 
aminoácidos e extratos vegetais.
 » Ativos de origem animal: colágeno, elastina, placenta, cerebrosídeos 
e ceramidas, glicosaminasglicanas (ácido hialurônico).
 » Ativos biotecnológicos: colágeno de origem marinha, ácido bio 
hialurônico, lipossomas baseados em lecitinas vegetais, incrementadores 
do metabolismo celular substituindo a placenta, antioxidante de origem 
marinha.
Origem vegetal
São cosméticos naturais, ou seja, aqueles que dão preferência, sempre que possível, a 
ativos de origem vegetal visando a suas propriedades benéficas com total inocuidade 
para o consumidor final. (LEONARDI, 2008)
Um cosmético não pode ser exclusivamente elaborado com substâncias de origem vegetal. 
É tecnicamente inviável a não utilização de conservantes, antioxidantes e sequestrastes 
de origem sintética, pois isso acarretará um produto facilmente contaminado por 
microrganismos que poderão causar sérios danos ao usuário (REBELLO, 2007). 
40
UNIDADE I │ COSMETOLOGIA
Tabela 2. Classificação dos princípios ativos vegetais.
Classificação Função P.A. Vegetal
Adstringentes
São os que agem sobre os poros e folículos da pele, provocando a 
sua constrição, reduzindo o seu diâmetro e controlando, dessa forma, a 
sudorese e a secreção sebácea.
hamamelis, morango, maçã 
verde, romã, videira, sálvia, 
arnica, limão etc.
Tintoriais São os que vão dar cor aos cosméticos. urucum, beterraba, henna etc.
Emolientes / Umectantes
São substâncias macromoleculares, que crescem em contato com a 
água, proporcionando um líquido viscoso que forma um filme sobre a 
pele protegendo-a do meio ambiente.
algas, pepino, abacate, 
amêndoa doce, malva etc.
Detergentes
Destinam-se a limpar a pele de escamas, crostas, para seguidamente 
possibilitar o tratamento da pele.
extrato de coco e milho 
Estimulantes / Tonificantes
São os que agem ativando a circulação periférica, estimulando o 
metabolismo cutâneo, com consequente tonificação local.
alecrim, calêndula, 
guaraná etc.
Antissépticos
Impedem o crescimento dos microrganismos e porventura os aniquilam. acetato de alumínio, azul 
metileno, ac. salicílico etc.
Anti-inflamatórios
Atenuam ou eliminam o estado inflamatório da pele, se esse estado for 
de origem infecciosa ele só irá desaparecer com apropriada medicação 
tópica.
flavonóides, fenólicos,
Analgésicos
Diminuem dor. álcool benzílico, lidocaína,
etc.
Rubefacientes
Produtos que provocam vermelhidão na pele com a finalidade de ativar 
a atividade microcirculação sanguínea.
cânfora, arnica, nicotinato de 
metila etc.
Cicatrizantes
Produtos com ação cicatrizante e antibacteriana. alantoina, alcalóides, ginseng 
etc.
Antisseborreicos
Visam reduzir a produção de secreção seborreica pelas glândulas de 
pele e couro cabeludo.
ionil, selsun ouro, etc.
Fonte: FERREIRA, 2002.
Origem animal
Composição complexa dos tecidos animais (proteínas, triglicérides, material fibroso 
etc.). O isolamento de princípios ativos puros a partir desses materiais é relativamente 
difícil, concentrados comuns são satisfatórios para uso oral, no entanto, alguns produtos 
obtidos a partir de animais devem ser usados por via parenteral, como, por exemplo, 
heparina e insulina.
É necessário que tenham elevado teor de pureza e sejam apirogênicos, estéreis e isentos 
de contaminantes. A extração dos princípios ativos animais é executada nas mais 
variadas operações unitárias. Exemplo: destilação a vácuo, filtração etc.
 » Colágeno: é uma proteína em forma de fibra com função estrutural. 
Os extratos de colágeno para fins cosméticos são obtidos a partir de pele 
de animais jovens, geralmente, bovinos. (LEONARDI, 2008)
 A utilização cosmética de colágeno como ativo provém da suposição de 
que poderia induzir a elaboração de novas fibras colágenas solúveis na 
derme, resultando em maior turgecência da pele devida à propriedade 
41
COSMETOLOGIA │ UNIDADE I
de reter água desse tipo de colágeno. No entanto, após muitas pesquisas 
constatou-se que sua ação é apenas superficial onde, por afinidade com 
as proteínas (queratina) da pele, fica aderida e passa a exercer sua ação 
hidratante por retenção de água. Forma-se, assim, um filme aquoso sobre 
as camadas mais externas da epiderme, o que impede que haja uma 
perda de água transepidermedas camadas mais profundas, resultando 
na turgecência tão desejada; ou seja, seu efeito é somente hidratar a pele. 
(REBELLO,2007)
 » Elastina: também é uma proteína em forma de fibra, porém mais 
delicada; é responsável pela elasticidade da pele. Assim como o colágeno 
é o suporte da hidratação da pele, a elastina é o suporte da elasticidade. 
Porém a elasticidade da pele depende muito mais do estado da quantidade 
de água retida pelo colágeno dérmico do que de seu conteúdo de elastina. 
Com o envelhecimento, ocorre uma degeneração das fibras elásticas, 
conhecida como flacidez. 
 Como ativo cosmético, tal como o colágeno, a elastina possui propriedades 
de substantividade e retenção de água, melhorando a flexibilidade e, 
consequentemente, a elasticidade. Os extratos de elastina são obtidos 
também de pele de bovinos. (LEONARDI, 2008)
 » Glicosaminoglicana ou mucopolissacarídeos: ácidos são 
moléculas de açúcares ligados a proteínas. São encontrados no cimento 
intercelular (substância gelatinosa que preenche os espaços entre as 
células da maioria dos tecidos, incluindo cartilagens, tendões e pele). 
(LEONARDI, 2008)
 O ácido hialurônico é uma glicosaminoglicana de alto peso molecular, 
responsável pela retenção de água no cimento intercelular, funcionando 
como uma verdadeira esponja molecular, que forma um filme delgado, 
transparente, não gorduroso e que só é perceptível por sua ação 
lubrificante, alisante e suavizante. (FERREIRA, 2002)
 É obtido a partir de cristas de galo onde o hormônio testosterona promove 
a sua formação. Outra fonte pode ser o cordão umbilical humano.
 » Placenta: é um órgão que regula todas as trocas entre o organismo 
materno e o feto, desenvolvendo-se totalmente nos primeiros três 
meses de gravidez. É um tecido rico em hormônios, vitaminas, enzimas, 
aminoácidos, íons e outros ativos. Por isso, durante muito tempo, foi 
42
UNIDADE I │ COSMETOLOGIA
utilizado em produtos cosméticos devido às suas propriedades: ativadora, 
oxigenante e estimulante, como ativo nutritivo.
 No tratamento de queimaduras sua ação na pele é a de fechar a região e 
evitar a perda de líquido, além de desinflamar e ajudar na cicatrização, 
evitando parcialmente a infecção. (HERNANDEZ; MERCIER-FRESNEL, 
2008).
 » Ceramidas: o extrato córneo é composto de queratinócitos diferenciados 
como os corneócitos – células mortas cheias de queratina e lipídeos, 
principalmente localizadas nos espaços intercelulares, em estruturas e 
em bicamadas. Essas camadas múltiplas promovem a função de barreira 
e se constituem, predominantemente, de ceramidas, colesterol e ácidos 
graxos. As ceramidas naturais da pele possuem uma configuração 
estereoquímica específica, sendo compostos opticamente ativos de difícil 
reprodução e síntese.
 Os cerebrosídeos e as ceramidas ocorrem principalmente na camada 
externa das membranas celulares. Ambas possuem capacidade de 
retenção de água. No entanto, estudos constataram que as propriedades 
de retenção de água na camada córnea dependem, predominantemente, 
da presença e da quantidade de ceramidas. (HERNANDEZ; MERCIER-
FRESNEL, 2008)
Tabela 3. Ativos mais usados.
Ativo Função Aplicação %
Ácido hialurônico Hidratante cremes hidratantes e contorno dos olhos 1-5
Aminoácidos da seda Ação protetora e hidratante cremes, loções, maquilagem 1-5
Aminoácidos do leite Hidratante e emoliente cremes nutritivos e infantis 2,5-10
Placenta Ação regeneradora cremes e produtos capilares 1-5
Elastina Retém água, dá elasticidade cremes, géis e loções hidratantes 1-10
Colágeno Sustenta a pele cremes nutritivos e hidratantes 2-10
Reticulina Ação regeneradora cremes e loções 1-5
Queratina Ação protetora xampus, sabonetes, cremes 1-5
Fonte: FERREIRA, 2002.
43
COSMETOLOGIA │ UNIDADE I
Vitaminas que tratam a pele
Constituem um grupo de ativos extremamente importantes para os produtos de 
tratamento do rosto, em funções de suas propriedades exibidas. Exemplos:
Vitamina A
Reguladora do processo de queratinização. É encontrada no fígado dos animais e nos 
vegetais, na forma de pró-vitamina. Também pode ser obtida sinteticamente. Atua como 
um potente antioxidante e neutralizante de radicais livres, favorece a regeneração celular 
cutânea e o processo de queratinização normal da pele. A vitamina A é extremamente 
fotossensível, podendo provocar manchas. É preciso máxima proteção solar possível. 
(SOUZA, 2003)
O ácido retinoico, um derivado da vitamina A, é aplicado topicamente e atua 
principalmente aumentando a atividade enzimática e o metabolismo das células 
cutâneas, funções que se encontram diminuídas na pele desvitalizada (LEONARDI et 
al., 2002). Existem dois isômeros (derivados) do ácido retinoico: 
 » Trans ou tretonoína: vem sendo usada na recuperação de peles 
envelhecidas.
 » Cis ou isotretinoína: além do uso tópico, vem sendo usada via sistêmica 
no tratamento de acne. Sua ação reduz a produção de sebo, diminuindo o 
tamanho das glândulas sebáceas, alterando a morfologia e a capacidade 
secretora das células. Em produtos cosméticos usa-se ésteres (função 
álcool) de vitamina A, que tanto podem ser palmitato ou acetato. Como 
o palmitato é mais estável que o acetato, tem sido mais empregado em 
formulações cosméticas.
Vitamina C
Antioxidante e estimulador da produção de colágeno, o mais conhecido é o ácido 
ascórbico (MANELA-AZULAY,2003).
O ácido ascórbico hidrossolúvel e seus derivados lipossolúveis e o palmitato de ascorbila 
constituem dois antioxidantes potentes, que evitam os processos peroxidativos da 
metabolização das gorduras e a formação dos radicais livres. Retardam os danos 
causados pela radiação UVA e também conseguem reduzir o eritema causado pelos 
raios UVB. (LEONARDI, 2008)
44
UNIDADE I │ COSMETOLOGIA
Possui atividade clareadora, pois inibe o processo de melanogênese. Uma de suas 
grandes virtudes, na área da cosmética, é ser um cofator essencial na formação e função 
do colágeno. Já existem provas suficientes de seus efeitos benéficos na recuperação da 
pele envelhecida e também na manutenção de uma pele jovem e saudável (MANELA-
AZULAY, 2003).
Vitamina E
Atualmente, em grande evidência internacional, é utilizada na concentração de 
5% normalmente. Considerada como excelente agente antirradical livre, atuando, 
protegendo e regenerando as camadas da pele. Sua principal ação está na capacidade 
de impedir a oxidação dos lipídeos insaturados presentes na pele, retardando, assim, o 
processo de envelhecimento. Possui também efeito umectante, ação benéfica em lesões 
provocadas pela radiação ultravioleta, ação protetora contra a fotossensibilidade, ação 
anti-inflamatória e hipoalergênica (SOUZA, 2003).
A vitamina E é usada de duas formas na Cosmetologia: 
 » Esterificada: a forma presente na natureza, por exemplo, óleo de germe 
de trigo e outros óleos vegetais; 
 » Não esterificada: a forma mais ativa, conhecida como tocoferol. Essa 
substância é bastante instável, ou seja, oxida-se e escurece quando exposta 
à luz e ao ar. Por essa razão, costuma-se fazer uma reação química do 
tocoferol com o ácido acético, a fim de formar o éster acetato de tocoferol, 
que apresenta maior estabilidade em formulações cosméticas.
Vitamina F (ácidos graxos essenciais)
O nome vitamina F é uma denominação antiquada, que agrupa os ácidos graxos não 
saturados essenciais (não formados no organismo humano). Não são aminas, por isso, 
deixaram de ser considerados como sendo vitaminas. Os ácidos graxos essenciais são 
usados, principalmente, nos cosméticos de uso tópico e servem para promover um 
efeito antiqueratinizante. É encontrada principalmente no óleo de milho, de girassol, 
de soja, de caroço de uva, de germe de trigo, nos óleos de oliva e de peixes, e desses, 
principalmente, nos de águafria. (SOUZA, 2003)
45
COSMETOLOGIA │ UNIDADE I
Específicos
Blend de ativos que agem sinergicamente visando alcançar o efeito desejado. Assim, 
o mercado oferece complexos vegetais, vitamínicos, associações de proteínas com 
extratos, entre outros (REBELLO,2007). Exemplos:
 » Complexo antiadiposidade: extrato de bile, extrato de Hedera helix e 
um éster de ácido tartárico e polioxietilenoglicol. 
 » Complexo antirradical livre natural: óleo de germe de trigo, óleo de 
rosmarinus, acetato de vitamina E e vitamina F (ativo usado no Nutritivo 
Florrimon).
 » Complexo anti-idade de lipossomas de vitaminas E e C: 
associando os efeitos benéficos e sinérgicos das vitaminas. 
 » Complexo suavizante de rugas e estimulador de formação de 
elastina, colágeno e ácido hialurônico: acetato de farnesila e outros 
ésteres de farnesol.
Existem ainda ativos tradicionais com nova tecnologia, maior eficiência e maior 
inocuidade, como, por exemplo:
 » Arbutin: glicosídeo de hidroquinona natural encontrado em vegetais 
como pêssego, pera, outras plantas japonesas e principalmente nas folhas 
de uva ursi (Arctostaphilos uva ursi). Potente agente despigmentante 
com reduzida irritabilidade.
 » Iodotrat: iodo amínico totalmente estável e não tóxico, pois não 
origina iodo livre, ou seja, não exerce ação hormonal e sistêmica. Atua 
diretamente sobre o tecido adiposo, onde estimula o metabolismo da 
gordura estagnada ao ativar enzimas lipolíticas, diminuindo, assim, o 
sufocamento tecidual, aumentando o fluxo nutricional e desintoxicando 
o organismo. (HERNANDEZ; MERCIER-FRESNEL, 2008)
46
UNIDADE I │ COSMETOLOGIA
Tabela 4. PAs mais utilizados nos principais distúrbios faciais.
Distúrbio 
Facial
Princípio Ativo Descrição
A
C
N
E
Ácido glicirrízico Anti-inflamatório, descongestionante.
Ácido glicólico Queratolítico.
Ácido salicílico Queratolítico.
Agrião Antiacneico, antisseborreico.
Alantoína Regeneradora, queratolítica.
Alfa bisabol Anti-inflamatório, calmante.
Azuleno Anti-inflamatório.
Apricot Esfoliante físico.
Aloe vera Hidratante, ação regeneradora.
Bardana Adstringente, calmante.
Calêndula Cicatrizante, anti-inflamatório.
Camomila Calmante, anti-inflamatório.
Cânfora Calmante, anti-inflamatório
Clindamicina Atua como agente bacteriostático.
Eritromocina Tem ação bacteriostática.
Triclosan/ irgasan Bactericida.
Hamamélis Adstringente.
Peróxido de benzoíla Esfoliante e inibe o crescimento de P. acnes.
Própolis Antimicrobiano, anti-inflamatório.
Microesferas de polietilenoglicol Esfoliante físico.
Resorcina Esfoliante químico. 
Sulfato de zinco Adstringente, antisséptico.
Sílica Esfoliante.
Tretinoína/ac. retinóico Esfoliativo químico.
Takallophane Absorve os ácidos graxos insaturados, antisseborreico.
D
I
S
C
R
O
M
I
A
Ácido glicólico Esfoliante químico.
Ácido Kójico Despigmentante natural.
Antipollon HT Clareador por absorção de melanina pré-formada.
Arbutin Inibe a atividade da tirosinase.
Dihidroxiacetona-DHA Simulador de bronzeado.
Essência bergamota Calmante, antiparasitário e cicatrizante.
Hidroquinona Inibe a atividade da tirosinase.
Melawhite® Inibe a tirosinase no estágio inicial da melanogênese.
Psoralênicos Uso tópico sistêmico.
VC- PMG Inibe a tirosinase; atua antirradicais livres.
R
U
G
A
S
Oligoelemento: selênio Oxidante, bloqueando os radicais livres.
Oligoelemento: zinco
Regula o fluxo sebáceo e, junto com a vitamina A, é responsável pela 
renovação celular. Possui propriedades calmantes e antirradicais livres.
Oligoelemento: cálcio e magnésio
Regula as trocas celulares e participa da síntese de neuromediadores 
(que carregam mensagens entre as células e a pele).
Oligoelemento: manganês Função antirradicais livres e estimula elastina e colágeno.
Oligoelemento: silício
Promove a regeneração dos tecidos, hidratação intensa, antirradicais 
livres, antiglicosilação. 
Fonte: HERNANDEZ; MERCIER-FRESNEL, 2008.
47
CAPÍTULO 3
Classificação dos cosméticos de 
acordo com sua função
Limpeza da pele (cleansers)
Limpar a pele significa remover sujidades provenientes de poluição, resíduos cosméticos, 
secreções naturais e células córneas em descamação. (MONTEIRO: BAUMANN, 2008)
Formas de limpar a pele:
 » Uso de solventes orgânicos.
 » Uso de substâncias lipofílicas.
 » Uso de tensoativos (detergentes e sabões).
Requisitos:
 » Possuir detergência moderada.
 » Espalhar-se facilmente.
 » Possuir bom poder de arraste.
 » Ser ligeiramente antisséptico.
 » Ter pH compatível com o cutâneo.
 » Fácil eliminação. 
Classificação: 
 » Sabonetes em barra e líquidos.
 » Loção de limpeza isenta de lipídios (limpadores sem lipídios).
 » Esfoliantes.
 » Agentes abrasivos.
 » Máscaras tonificantes. 
48
UNIDADE I │ COSMETOLOGIA
 » Sais de banho.
 » Óleos.
 » Emolientes.
Sabonetes em barra e líquidos
Quimicamente podem ser chamados de sabões que representam compostos químicos 
formados pela reação de um ácido graxo com um álcali.
A seleção rigorosa dos óleos e gorduras utilizados influenciará no custo e nas propriedades 
do sabão. Um bom sabão é produzido com uma mistura de óleos e gorduras. Os sabões 
de sódio são mais duros, os de potássio mais solúveis em água e os de trietalonamina 
menos alcalinos.
Como a grande maioria tende a alcalinidade (80%), a alta detergência os torna mais 
irritantes para a pele. E na grande maioria das vezes são desaconselháveis para peles 
secas e sensíveis.
Os sabonetes glicerinados são exemplos de formulações que diminuem a quantidade de 
sabão na fórmula, a composição restante é formada por agentes solubilizantes (glicerina, 
álcool, propilenoglicol), corantes, fragrâncias e açúcar para aumentar a transparência.
Já os sabonetes líquidos não são considerados como verdadeiros sabões (sais de ácidos 
gordos), mas misturas de tensoativos detergentes, agentes emolientes, antissépticos 
e aromatizantes em geral. São elaborados a partir de sabões de potássio numa 
concentração de 15 a 20%. Entretanto, atualmente, esse tipo de formulação quase não 
leva sabão em sua fórmula. Os sabonetes líquidos são formulados apenas com misturas 
de tensoativos sintéticos, ou derivados de produtos naturais. (MERCANTE et al., 2009)
 Loções de limpeza
São produtos líquidos que limpam quando aplicados sobre a pele (seca ou umedecida), 
esfregados para produzir espumas, enxugados ou evaporam-se sem enxágue.
Esses produtos contêm água, glicerina, substâncias detergentes e umectantes. 
Geralmente deixam uma película umedecida fina.
Geralmente são usados para remoção de maquiagem, limpeza diária da face, ou 
previamente em procedimentos estéticos.
49
COSMETOLOGIA │ UNIDADE I
 » Cremes de limpeza: são cremes geralmente oleosos, utilizados para 
limpeza da pele seca.
 » Adstringentes: usados para remover óleo e produzir uma sensação 
tonificada. Geralmente são utilizados para pele oleosa por terem um 
teor alcoólico maior. Em produtos para acne são utilizadas substâncias 
antissépticas como triclosan e substâncias esfoliantes (MASSON, 2003).
Esfoliante
São considerados basicamente adstringentes com adição de substancias como: 
hamamelis e ácido salicílico.
O objetivo desses produtos é remover as células mortas da superfície da pele e auxiliar 
na renovação natural da pele.
Agentes abrasivos são esfoliantes mecânicos. Utilizam grânulos abrasivos numa 
base cosmética. Esses grânulos geralmente são constituídos por gotas de polietileno, 
fragmento de sementes de frutas. 
Os agentes abrasivos são eficazes no controle do excesso de gordura e remoção do 
tecido córneo escamativo. Como inconveniente, podem causar danos epiteliais se forem 
utilizados com muita força. (GALEMBECK; CORDA,