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MENOR APRENDIZ - PERGUNTAS E RESPOSTAS

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Perguntas e Respostas
 
MENOR APRENDIZ
1 Existe obrigatoriedade na contratação de aprendizes?
2 Há arredondamento no cálculo da percentagem de contratação de aprendizes?
3 Há uma faixa etária pré-determinada para a contratação?
4 Deve ser observada a idade limite de 24 anos para a contratação de portadores de deficiência?
5 Qual o objetivo do contrato de aprendizagem?
6 Existe período máximo para a celebração do contrato entre empregador e aprendiz?
7 O que deve ser considerado na comprovação da escolaridade para a contratação de aprendizes comdeficiência psicossocial?
8 A validade do contrato de aprendizagem pressupõe o cumprimento de requisitos específicos?
9 Em que consiste a formação técnico-profissional metódica nos programas de aprendizagem?
10 O que deve ser considerado para a definição das funções que demandem formação profissional?
11 Devem ser incluídas na base de cálculo da quantidade de aprendizes a contratar todas as funções quedemandem formação profissional?
12 Quais funções devem ser excluídas das que demandam formação profissional para a base de cálculo dacontratação de aprendizes?
13 Há prioridade na faixa etária de contratação de aprendizes?
14 Existe exceção para a contratação de aprendizes na faixa prioritária entre 14 e 18 anos?
15 No caso de empresas que prestem serviços especializados para terceiros, onde serão incluídos osempregados para o cálculo da contratação de aprendizes?
16 Na hipótese de os Serviços Nacionais de Aprendizagem não oferecerem cursos ou vagas suficientes paraatender a demanda dos estabelecimentos, esta poderá ser suprida por outras entidades?
17 A princípio, que entidades podem ser consideradas qualificadas em formação técnico-profissional metódicapara o cumprimento dos programas de aprendizagem?
18 De que forma as entidades devem se estruturar para desenvolver programas de aprendizagem?
19 Há empresas e entidades dispensadas da contratação de aprendizes?
20 Como se efetiva a contratação do aprendiz?
21 Quais são as obrigações acessórias da empresa que contrata diretamente o aprendiz?
22 Quais são as obrigações acessórias das entidades sem fins lucrativos na contratação de aprendiz?
23 De que forma é estipulado o salário do aprendiz?
24 Qual a jornada de trabalho do aprendiz?
25 A jornada inferior a 25 horas semanais caracteriza trabalho a tempo parcial para os aprendizes?
26 É permitida a prorrogação e a compensação da jornada do aprendiz?
27 A jornada do aprendiz compreende as horas destinadas às atividades teóricas e práticas?
28 O empregador que mantenha mais de um estabelecimento no mesmo município poderá centralizar asatividades práticas do contrato de aprendizagem em um de seus estabelecimentos?
29 O que levará em conta a entidade qualificada em formação técnico-profissional na fixação da jornada doaprendiz menor de 18 anos?
30 De que forma se ministram as aulas teóricas do programa de aprendizagem?
31 De que modo se operam as aulas práticas do programa de aprendizagem?
32 Podem ser direcionadas ao aprendiz atividades diferentes das previstas no programa de aprendizagem?
33 O que deve fazer o estabelecimento contratante de aprendizes cujas peculiaridades da atividade ou doslocais de trabalho constituam embaraço à realização de aulas práticas?
34 Através de qual cadastro ocorre a seleção de aprendizes?
35 A empresa deve recolher o FGTS para o menor aprendiz?
36 Em que período devem ser concedidas as férias escolares do aprendiz?
37 Como devem ser interpretadas as convenções e acordos coletivos para os aprendizes?
38 Deve ser concedido vale-transporte ao aprendiz?
39 De que forma se extingue o contrato de aprendizagem?
40 Nos casos de extinção ou rescisão do contrato de aprendizagem, o empregador deverá contratar um novoaprendiz?
41 Os aprendizes têm direito a certificado de qualificação profissional na conclusão do programa?
42 O contrato de aprendizagem pode ser prorrogado?
43 Há consequências no descumprimento das disposições legais e regulamentares relativo ao aprendiz?
44 Há um cadastro nacional de entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica?
45 O aprendiz deve ser informado no programa eSocial?
46 O INSS recolhido sobre a remuneração dos aprendizes deve ser informado na DCTFWeb?
47 Quais os estabelecimentos dispensados da contratação de aprendizes?
48 Como deve ser assinado o contrato de aprendizagem?
49 Como devem ser contratados os aprendizes nos estabelecimentos em que sejam desenvolvidas atividades
Menor Aprendiz
Área Especial - Trabalhista
 
 
Disposições Gerais Idade Procedimentos e Cálculos Documentos Penalidades Links Perguntas e Respostas
em ambientes ou funções proibidas a menores de dezoito anos?
50 De que forma se aplica o DSR para os aprendizes?
51 A menor aprendiz tem direito à estabilidade provisória de gestante?
1. Existe obrigatoriedade na contratação de aprendizes?
 Resposta: Os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matricular nos cursos dos Serviços
Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes equivalente a 5%, no mínimo, e 15%, no máximo, dos trabalhadores
existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional (artigo 51 do Decreto n°
9.579/2018 e artigo 429 da CLT).
2. Há arredondamento no cálculo da percentagem de contratação de aprendizes?
 Resposta: Sim. No cálculo da percentagem de 5% a 15%, as frações de unidade serão arredondadas para o número
inteiro subsequente, hipótese que permite a admissão de aprendiz (artigo 51 e parágrafo 1° do Decreto n° 9.579/2018).
3. Há uma faixa etária pré-determinada para a contratação?
 Resposta: O aprendiz deve ser maior de 14 e menor de 24 anos de idade (artigo 44 do Decreto n° 9.579/2018).
4. Deve ser observada a idade limite de 24 anos para a contratação de aprendizes portadores de deficiência?
 Resposta: Não há limite de idade para a contratação de aprendizes portadores de deficiência (artigo 44 e parágrafo
único do Decreto n° 9.579/2018).
5. Qual o objetivo do contrato de aprendizagem?
 Resposta: Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado
não superior a dois anos, em que o empregador se compromete a assegurar ao aprendiz, inscrito em programa de
aprendizagem, formação técnico-profissional metódica compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e
psicológico, e o aprendiz se compromete a executar, com zelo e diligência, as tarefas necessárias a essa formação
(artigo 45 do Decreto n° 9.579/2018).
6. Existe período máximo para a celebração do contrato entre empregador e aprendiz?
 Resposta: Conforme o artigo 45 do Decreto n° 9.579/2018, é um contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por
prazo determinado não superior a dois anos.
7. O que deve ser considerado na comprovação da escolaridade para a contratação de aprendizes com
deficiência psicossocial?
 Resposta: A comprovação da escolaridade de aprendiz com deficiência psicossocial deverá considerar, sobretudo, as
habilidades e as competências relacionadas com a profissionalização (artigo 45 e parágrafo único do Decreto n°
9.579/2018).
8. A validade do contrato de aprendizagem pressupõe o cumprimento de requisitos específicos?
 Resposta: Sim, de acordo com o artigo 45 e seguintes do Decreto n° 9.579/2018, a saber:
 - pactuado por escrito;
 - por prazo determinado;
 - com registro e anotação na CTPS; e, para a validade do contrato, exige-se:
 I - matrícula e frequência do aprendiz à escola, caso não tenha concluído o ensino fundamental;
 II - inscrição do aprendiz em programa de aprendizagem, desenvolvido sob a orientação das entidades qualificadas em
formação técnico-profissional metódica, a seguir relacionadas:
 a) Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - Senai;
 b) Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - Senac;
 c) Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Senar;
 d) Serviço Nacional de Aprendizagem doTransporte - Senat; e
 e) Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo - Sescoop;
 II - as escolas técnicas e agrotécnicas de educação; e
 III - as entidades sem fins lucrativos que tenham por objetivos a assistência ao adolescente e à educação profissional,
registradas no conselho municipal dos direitos da criança e do adolescente.
9. Em que consiste a formação técnico-profissional metódica nos programas de aprendizagem?
 Resposta: A formação técnico-profissional metódica será realizada por meio de programas de aprendizagem
organizados e desenvolvidos sob a orientação e a responsabilidade de entidades qualificadas em formação técnico-
profissional metódica (artigo 48 e parágrafo único do Decreto n° 9.579/2018).
10. O que deve ser considerado para a definição das funções que demandem formação profissional?
 Resposta: Para a definição das funções que demandem formação profissional, deverá ser considerada a Classificação
Brasileira de Ocupações do Ministério do Trabalho (artigo 52 do Decreto n° 9.579/2018).
11. Devem ser incluídas na base de cálculo da quantidade de aprendizes a contratar todas as funções que
demandem formação profissional?
 Resposta: Sim. Deverão ser incluídas na base de cálculo todas as funções que demandem formação profissional,
independentemente de serem proibidas a menores de dezoito anos (artigo 52 e § 2° do Decreto n° 9.579/2018).
12. Quais funções devem ser excluídas das que demandam formação profissional para a base de cálculo da
contratação de aprendizes?
 Resposta: São elas (artigos 52 e § 1° e 54 do Decreto n° 9.579/2018):
 a) as funções que demandem, para o seu exercício, habilitação profissional de nível técnico;
 b) as funções que demandem, para o seu exercício, habilitação profissional de nível superior;
 c) cargos de direção, de gerência ou de confiança, nos termos do inciso II e do parágrafo único do artigo 62; e do § 2° do
artigo 224 da CLT;
d) os empregados que executem os serviços prestados sob o regime de trabalho temporário, instituído pela Lei n°
6.019/1974;
 e) aprendizes já contratados.
13. Há prioridade na faixa etária de contratação de aprendizes?
 Resposta: Sim. A contratação de aprendizes deverá atender, prioritariamente, aos adolescentes entre 14 e 18 anos
(artigo 53 do Decreto n° 9.579/2018).
14. Existe exceção para a contratação de aprendizes na faixa prioritária entre 14 e 18 anos?
 Resposta: Sim. De acordo com o artigo 53 do Decreto n° 9.579/2018, excepcionalmente, é permitida a contratação de
aprendizes na faixa etária entre quatorze e dezoito anos para desempenharem atividades em ambientes ou funções
proibidas a menores de dezoito anos, quando:
 I - as atividades práticas da aprendizagem ocorrerem no interior do estabelecimento e sujeitarem os aprendizes à
insalubridade ou à periculosidade, sem que se possa elidir o risco ou realizá-las integralmente em ambiente simulado;
 II - a lei exigir, para o desempenho das atividades práticas, licença ou autorização vedada para pessoa com idade inferior
a dezoito anos; e
 III - a natureza das atividades práticas for incompatível com o desenvolvimento físico, psicológico e moral dos
adolescentes aprendizes.
15. No caso de empresas que prestem serviços especializados para terceiros, onde serão incluídos os
empregados para o cálculo da contratação de aprendizes?
 Resposta: No caso de empresas que prestem serviços especializados para terceiros, independentemente do local onde
sejam executados, os empregados serão incluídos exclusivamente na base de cálculo da prestadora de serviços de
terceirzação (artigo 54 e parágrafo único do Decreto n° 9.579/2018).
16. Na hipótese de os Serviços Nacionais de Aprendizagem não oferecerem cursos ou vagas suficientes para
atender à demanda dos estabelecimentos, esta poderá ser suprida por outras entidades?
 Resposta: Sim. De acordo com o artigo 55 do Decreto n° 9.579/2018, a demanda poderá ser suprida por outras
entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica previstas no artigo 50 do mesmo decreto.
17. A princípio, que entidades podem ser consideradas qualificadas em formação técnico-profissional metódica
para o cumprimento dos programas de aprendizagem?
 Resposta: De acordo com o artigo 50 do Decreto n° 9.579/2018, consideram-se entidades qualificadas em formação
técnico-profissional metódica:
 I - os serviços nacionais de aprendizagem, assim identificados:
 a) Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - Senai;
 b) Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - Senac;
 c) Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Senar;
 d) Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte - Senat; e
 e) Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo - Sescoop;
 II - as escolas técnicas e agrotécnicas de educação; e
 III - as entidades sem fins lucrativos que tenham por objetivos a assistência ao adolescente e à educação profissional,
registradas no conselho municipal dos direitos da criança e do adolescente.
18. De que forma as entidades devem se estruturar para desenvolver programas de aprendizagem?
 Resposta: As entidades devem contar com estrutura adequada ao desenvolvimento dos programas de aprendizagem,
de forma a manter a qualidade do processo de ensino, bem como acompanhar e avaliar os resultados (artigo 50, § 1° do
Decreto n° 9.579/2018).
19. Há empresas e entidades dispensadas da contratação de aprendizes?
 Resposta: De acordo com o artigo 56 do Decreto n° 9.579/2018, ficam dispensadas da contratação de aprendizes:
 I - as microempresas e as empresas de pequeno porte;
 II - as entidades sem fins lucrativos que tenham por objetivo a educação profissional.
20. Como se efetiva a contratação do aprendiz?
 Resposta: De acordo com o artigo 57 do Decreto n° 9.579/2018, a contratação do aprendiz deverá ser efetivada
diretamente pelo estabelecimento que se obrigue ao cumprimento da cota de aprendizagem ou, supletivamente, pelas
entidades sem fins lucrativos que tenham por objetivos a assistência ao adolescente e à educação profissional,
registradas no conselho municipal dos direitos da criança e do adolescente (artigo 50, inciso III).
21. Quais são as obrigações acessórias da empresa que contrata diretamente o aprendiz?
 Resposta: Conforme o artigo 57 e § 1° do Decreto n° 9.5798/2018, na contratação de aprendiz diretamente pelo
estabelecimento que se obrigue ao cumprimento da cota de aprendizagem, este assumirá a condição de empregador,
devendo inscrever o aprendiz em programa de aprendizagem a ser ministrado pelas entidades indicadas no artigo 50.
22. Quais as obrigações acessórias das entidades sem fins lucrativos na contratação do aprendiz?
 Resposta: Segundo o artigo 57 e § 2° do Decreto n° 9.579/2018, a contratação de aprendiz por intermédio de entidade
sem fins lucrativos, somente deverá ser formalizada após a celebração de contrato entre o estabelecimento e a entidade
sem fins lucrativos, no qual, dentre outras obrigações recíprocas, se estabelecerão as seguintes:
 I - a entidade sem fins lucrativos, simultaneamente ao desenvolvimento do programa de aprendizagem, assume a
condição de empregador, com todos os ônus dela decorrentes, assinando a Carteira de Trabalho e Previdência Social do
aprendiz e anotando, no espaço destinado às “Anotações Gerais”, a informação de que o específico contrato de trabalho
decorre de contrato firmado com determinado estabelecimento para efeito do cumprimento de sua cota de
aprendizagem; e
 II - o estabelecimento assume a obrigação de proporcionar ao aprendiz a experiência prática da formação técnico-
profissional metódica a que este será submetido.
23. De que forma é estipulado o salário do aprendiz?
 Resposta: De acordo com o artigo 59 e parágrafo único do Decreto n° 9.579/2018, ao aprendiz é garantido o saláriomínimo hora, preservada condição mais favorável.
 Entende-se por condição mais favorável:
 I - a estabelecida no contrato de aprendizagem;
 II - a prevista em convenção ou acordo coletivo de trabalho (AC/ACT);
 III - o piso regional de que trata a Lei Complementar n° 103, de 14 de julho de 2000.
24. Qual a jornada de trabalho do aprendiz?
 Resposta: Conforme o artigo 60, § 1° do Decreto n° 9.579/2018, a jornada de trabalho do aprendiz não excederá seis
horas diárias. Para os aprendizes que já tenham concluído o ensino fundamental, a jornada de trabalho poderá ser de
até oito horas diárias, desde que nessa carga horária sejam computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica.
25. A jornada inferior a 25 horas semanais caracteriza trabalho a tempo parcial para os aprendizes?
 Resposta: Não. A jornada semanal do aprendiz inferior a vinte e cinco horas não caracterizará trabalho em regime de
tempo parcial, de que trata o artigo 58-A da CLT (artigo 60, § 2° do Decreto n° 9.579/2018).
26. É permitida a prorrogação e a compensação da jornada do aprendiz?
 Resposta: São vedadas a prorrogação e a compensação de jornada de trabalho para o aprendiz (artigo 61, do Decreto
n° 9.579/2018).
27. A jornada do aprendiz compreende as horas destinadas às atividades teóricas e práticas?
 Resposta: A jornada de trabalho do aprendiz compreenderá as horas destinadas às atividades teóricas e práticas,
simultâneas ou não, e caberá à entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica estabelecê-las no plano
do curso (artigo 62 do Decreto n° 9.579/2018).
28. O empregador que mantenha mais de um estabelecimento no mesmo município poderá centralizar as
atividades práticas do contrato de aprendizagem em um de seus estabelecimentos?
 Resposta: Sim. Para fins da experiência prática de acordo com a organização curricular do programa de aprendizagem,
o empregador que mantenha mais de um estabelecimento no mesmo município poderá centralizar as atividades práticas
correspondentes em um de seus estabelecimentos (artigo 65 e § 3° do Decreto n° 9.579/2018).
29. O que levará em conta a entidade qualificada em formação técnico-profissional na fixação da jornada do
aprendiz menor de 18 anos?
 Resposta: De acordo com o artigo 63 e parágrafo único do Decreto n° 9.579/2018, na fixação da jornada de trabalho do
aprendiz menor de dezoito anos, a entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica levará em conta os
direitos assegurados na Lei n° 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).
30. De que forma se ministram as aulas teóricas do programa de aprendizagem?
 Resposta: As aulas teóricas do programa de aprendizagem devem ocorrer em ambiente físico adequado ao ensino, e
com meios didáticos apropriados. As aulas teóricas podem se dar sob a forma de aulas demonstrativas no ambiente de
trabalho, hipótese em que é vedada qualquer atividade laboral do aprendiz, ressalvado o manuseio de materiais,
ferramentas, instrumentos e assemelhados (artigo 64 e § 1° do Decreto n° 9.579/2018).
31. De que modo se operam as aulas práticas do programa de aprendizagem?
 Resposta: As aulas práticas podem ocorrer na própria entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica
ou no estabelecimento contratante ou concedente da experiência prática do aprendiz. Na hipótese de o ensino prático
ocorrer no estabelecimento, será formalmente designado pela empresa, ouvida a entidade qualificada em formação
técnico-profissional metódica, um empregado monitor responsável pela coordenação de exercícios práticos e
acompanhamento das atividades do aprendiz no estabelecimento, em conformidade com o programa de aprendizagem
(artigo 65 e § 1° do Decreto n° 9.579/2018).
32. Podem ser direcionadas ao aprendiz atividades diferentes das previstas no programa de aprendizagem?
 Resposta: É vedado ao responsável pelo cumprimento da cota de aprendizagem cometer ao aprendiz atividades
diversas daquelas previstas no programa de aprendizagem (artigo 64 e § 2° do Decreto n° 9.579/2018).
33. O que deve fazer o estabelecimento contratante de aprendizes cujas peculiaridades da atividade ou dos
locais de trabalho constituam embaraço à realização de aulas práticas?
 Resposta: De acordo com o artigo 66 e do Decreto n° 9.579/2018, o estabelecimento contratante cujas peculiaridades
da atividade ou dos locais de trabalho constituam embaraço à realização das aulas práticas, além de poder ministrá-las
exclusivamente nas entidades qualificadas em formação técnico profissional, poderá requerer junto à unidade
descentralizada do Ministério do Trabalho a assinatura de termo de compromisso para o cumprimento da cota em
entidade concedente da experiência prática do aprendiz.
34. Através de qual cadastro ocorre a seleção de aprendizes?
 Resposta: De acordo com o artigo 66 e § 5° do Decreto n° 9.579/2018, a seleção dos aprendizes será realizada a partir
do cadastro público de emprego, disponível no sítio eletrônico Emprega Brasil, do Ministério do Trabalho, e deverá
priorizar a inclusão de jovens e adolescentes em situação de vulnerabilidade ou risco social, tais como:
 I - adolescentes egressos do sistema socioeducativo ou em cumprimento de medidas socioeducativas;
 II - jovens em cumprimento de pena no sistema prisional;
 III - jovens e adolescentes cujas famílias sejam beneficiárias de programas de transferência de renda;
 IV - jovens e adolescentes em situação de acolhimento institucional;
 V - jovens e adolescentes egressos do trabalho infantil;
 VI - jovens e adolescentes com deficiência;
 VII - jovens e adolescentes matriculados em instituição de ensino da rede pública, em nível fundamental, médio regular
ou médio técnico, incluída a modalidade de Educação de Jovens e Adultos; e
 VIII - jovens desempregados e com ensino fundamental ou médio concluído em instituição de ensino da rede pública.
35. A empresa deve recolher o FGTS para o menor aprendiz?
 Resposta: A Contribuição ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) corresponderá a 2% da remuneração
paga ou devida, no mês anterior, ao aprendiz (artigo 67 e parágrafo único do Decreto n° 9.579/2018).
36. Em que período devem ser concedidas as férias escolares do aprendiz?
 Resposta: As férias do aprendiz coincidirão, preferencialmente, com as férias escolares, vedado ao empregador
estabelecer período diverso daquele definido no programa de aprendizagem (artigo 68, do Decreto n° 9.579/2018).
37. Como devem ser interpretadas as convenções e acordos coletivos para os aprendizes?
 Resposta: As convenções e os acordos coletivos apenas estenderão suas cláusulas sociais ao aprendiz quando
expressamente previsto e desde que não excluam ou reduzam o alcance dos dispositivos tutelares que lhes são
aplicáveis (artigo 69 do Decreto n° 9.579/2018).
38. Deve ser concedido vale-transporte ao aprendiz?
 Resposta: Sim. É assegurado ao aprendiz o direito ao benefício do vale-transporte na forma da Lei n° 7.418/1985 (artigo
70 do Decreto n° 9.579/2018).
39. De que forma se extingue o contrato de aprendizagem?
 Resposta: De acordo com o artigo 71 do Decreto n° 9.579/2018, o contrato de aprendizagem extinguir-se-á:
 I - no seu termo final;
 II - quando o aprendiz completar vinte e quatro anos, exceto na hipótese de aprendiz com deficiência;
 III - antecipadamente, nas seguintes hipóteses:
 a) desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz, que devem ser comprovados mediante laudo de avaliação
elaborado pela entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica;
 b) falta disciplinar grave prevista no artigo 482 da CLT;
 c) ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo, comprovada por meio de declaração do
estabelecimento de ensino;
 d) a pedido do aprendiz.
40. Nos casos de extinção ou rescisão do contrato de aprendizagem, o empregador deverá contratarum novo
aprendiz?
 Resposta: Conforme o artigo 71 e parágrafo único do Decreto n° 9.579/2018, nos casos de extinção ou rescisão do
contrato de aprendizagem, o empregador deverá contratar novo aprendiz, sob pena de infração ao disposto no artigo 429
da CLT.
41. Os aprendizes têm direito a certificado de qualificação profissional na conclusão do programa?
 Resposta: Aos aprendizes que concluírem os programas de aprendizagem com aproveitamento, será concedido pela
entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica o certificado de qualificação profissional. O certificado de
qualificação profissional deverá enunciar o título e o perfil profissional para a ocupação na qual o aprendiz foi qualificado
(artigos 74 e 75 do Decreto n° 9.579/2018).
42. O contrato de aprendizagem pode ser prorrogado?
 Resposta: Não. O contrato de aprendizagem é ajustado por escrito e por prazo determinado não superior a dois anos,
exceto na contratação de aprendiz com deficiência (artigo 45 do Decreto n° 9.579/2018).
43. Há consequências no descumprimento das disposições legais e regulamentares relativo ao aprendiz?
 Resposta: De acordo com o artigo 47 do Decreto n° 9.579/2018, o descumprimento das disposições legais e
regulamentares importará a nulidade do contrato de aprendizagem, nos termos do disposto no artigo 9° da CLT, em que
fica estabelecido o vínculo empregatício diretamente com o empregador responsável pelo cumprimento da cota de
aprendizagem. O disposto não se aplica, quanto ao vínculo, à pessoa jurídica de direito público.
44. Há um cadastro nacional de entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica?
 Resposta: Sim. Compete ao Ministério do Trabalho instituir e manter cadastro nacional das entidades qualificadas em
formação técnico-profissional metódica e disciplinar a compatibilidade entre o conteúdo e a duração do programa de
aprendizagem, com vistas a garantir a qualidade técnico-profissional (artigo 50, § 3° do Decreto n° 9.579/2018).
45. O aprendiz deve ser informado no programa eSocial?
 Resposta: Sim. A empresa contratante de aprendizes deve informá-los na folha de pagamento através do programa
eSocial (Manual de Orientação do eSocial, versão 2.4.02, aprovada pela Resolução CDES n° 17/2018).
46. O INSS recolhido sobre a remuneração dos aprendizes deve ser informado na DCTFWeb?
 Resposta: Sim. Deve ser informado o recolhimento previdenciário efetuado sobre a remuneração dos aprendizes na
DCTFWeb (item 3, I, do Manual de Orientação da DCTFWeb, versão 1.3).
47. Quais os estabelecimentos dispensados da contratação de aprendizes?
 Resposta: De acordo com o artigo 56 do Decreto n° 9.579/2018, ficam dispensadas da contratação de aprendizes:
 I - as microempresas e as empresas de pequeno porte; e
 II - as entidades sem fins lucrativos que tenham por objetivo a educação profissional.
48. Como deve ser assinado o contrato de aprendizagem?
 Resposta: O estabelecimento contratante cujas peculiaridades da atividade ou dos locais de trabalho constituam
embaraço à realização das aulas práticas, além de poder ministrá-las exclusivamente nas entidades qualificadas em
formação técnico profissional, poderá requerer junto à unidade descentralizada do Ministério do Trabalho a assinatura de
termo de compromisso para o cumprimento da cota em entidade concedente da experiência prática do aprendiz (artigo
66 do Decreto n° 9.579/2018).
49. Como devem ser contratados os aprendizes nos estabelecimentos em que sejam desenvolvidas atividades
em ambientes ou funções proibidas a menores de dezoito anos?
 Resposta: Ao aprendiz com idade inferior a dezoito anos é assegurado o respeito à sua condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento (artigo 49, parágrafo único do Decreto n° 9.579/2018).
50. De que forma se aplica o DSR para os aprendizes?
 Resposta: Aplica-se à jornada do aprendiz, nas atividades práticas e teóricas, os artigos 66, 71 e 72 da CLT, bem como
o descanso semanal remunerado de 24 horas consecutivas (artigo 67 da CLT).
51. A menor aprendiz tem direito à estabilidade provisória de gestante?
 Resposta: É assegurado à aprendiz gestante o direito à estabilidade provisória prevista no artigo 10, II, "b", do ADCT.

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