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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CURSO: ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DISCIPLINA: DPS 1097 – CUSTOS DE PRODUÇÃO 2017/1 PROFESSOR: MARIO MELLO mariofernandomello@yahoo.com.br professormario10.blogspot.com.br ORÇAMENTO EMPRESARIAL Podemos definir Orçamento como sendo o ato de colocar à frente aquilo que está acontecendo hoje. É a expressão quantitativa de um plano de ação que se caracteriza como um modelo de programação de atividades. Em linhas gerais podemos dizer que o orçamento; a) É formal, pois deve atingir toda a hierarquia da empresa, desde a cúpula até o menor nível de comando hierárquico. b) Reproduz as estruturas existentes, bem como as estruturas planejadas que afetarão o período orçamentário; c) Deve obedecer rigidamente à estrutura contábil de planos de contas, centros de custos, receitas e despesas; d) Deve ser incorporado ao sistema de informação contábil, por meio de lançamentos orçamentários; e) Deve segmentar o período anual em seus 12 meses; f) Deve consolidar e finalizar as demonstrações financeiras básicas – demonstração de resultados, balanço patrimonial e fluxo de caixa -, sendo complementado pelas análises financeira e de rentabilidade. VANTAGENS DO ORÇAMENTO São várias as vantagens. As principais são: Compele os administradores a pensar adiante por meio da formalização de suas responsabilidades no planejamento; Fornece expectativas definidas que representam a melhor estrutura para o julgamento do desempenho subsequente; Ajuda os administradores na coordenação de seus esforços, de tal forma que os objetivos da organização como um todo são confrontados com os objetivos de suas partes. Provavelmente a grande vantagem do orçamento está no processo de otimização dos resultados empresariais. O fato de trabalharmos com a perspectiva de futuro e com a possibilidade de inserção dos ajustes necessários faz com que o orçamento seja o instrumento mais importante para melhorar os resultados esperados. A maioria dos orçamentos preocupa-se em antever as receitas e despesas da entidade. Quando escreve- se despesas, leia-se todos os custos e despesas. Qualquer orçamento, salvo os orçamentos iniciais de uma entidade (quando meras projeções de um negócio ou atividade futura) baseia-se em dados históricos, fatos ocorridos no passado que permitem um mínimo de previsibilidade. Como a contabilidade é o registro histórico das operações econômicas e financeiras, obviamente que é o principal elemento na formação de premissas orçamentárias. PREVISÃO DE VENDAS Para previsão de vendas, se utilizará a contabilidade como indicativo: 1. Qual o nível histórico de vendas (valores nominais, em R$)? 2. Qual a sazonalidade do negócio? 3. Qual a representatividade dos novos negócios (ou produtos) já concretizados? PREVISÃO DE COMPRAS Uma vez definido o nível de vendas orçado, estima-se o nível de compras necessário para a tal volume de negócios. NÍVEL DE COMPRAS Assim como as vendas, as compras sofrerão influências, tais como: 1. Nível de preços decorrentes dos ajustes de tabela dos fornecedores. 2. Variação de volume, em função de variação de volume de vendas físicas (unidades). 3. Variação de volume, em função de maior/menor estocagem. Comecemos pelo ajustes de preços de compras. VARIAÇÃO DE PREÇOS NAS COMPRAS A inflação interna da empresa é diferente da inflação oficial (medida por índices como o IGP-M da Fundação Getúlio Vargas, INPC do IBGE, etc.). Alguns preços podem ser indexados ao câmbio (dólar, euro), pois correspondem a produtos importados ou cotados em bolsa de mercadorias internacionais (como soja). Outros preços são decorrentes de contratos com fornecedores, onde fixa-se periodicamente o reajuste de acordo com a inflação ou outro indicador. Então, para se ter uma previsibilidade mínima do valor de compra dos estoques, temos que estimar a “inflação dos produtos” da empresa. VARIAÇÃO DE VOLUME O próximo passo é ajustar o volume (físico) de compras ao volume (físico) de vendas projetadas. Deve-se levar em conta, neste cálculo, o lançamento de novos produtos. A engenharia de produção pode estimar, com base na planilha técnica dos produtos a serem lançados, quais as unidades de compras adicionais necessárias. CUSTO DOS PRODUTOS E MERCADORIAS VENDIDAS Uma vez determinado o volume de compras, por dedução, se apurará o custo dos produtos e mercadorias vendidas. A fórmula de apuração do CPV ou CMV é: CPV ou CMV = Ei + C – Ef Onde: CPV = Custo dos Produtos Vendidos CMV = Custo das Mercadorias Vendidas Ei = Estoques Iniciais C = Custo das Compras Ef = Estoques Finais Nota: nesta terminologia, CPV relaciona-se aos produtos fabricados (atividade industrial), e CMV ás mercadorias adquiridas para revenda (atividade comercial). CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS Na orçamentação de custos e despesas operacionais, a contabilidade terá relevância, pois apresentará os valores históricos, relacionando o nível de operações com os correspondentes desembolsos, tais como: tributos sobre vendas, folha de pagamento, despesas gerais de produção, despesas administrativas e de vendas, despesas financeiras, etc. A contabilidade, como fornecedora de informações regulares e acumuladas sobre desembolsos relativos a custos e despesas operacionais, será uma grande fonte histórica de dados para a projeção orçamentária de tais despesas. Com base no valor acumulado anual de tais desembolsos, pode-se prever a dinâmica futura de tais gastos, incluindo: 1. Os efeitos da variação de preços sobre produtos e serviços consumidos na atividade operacional. 2. As eventuais variações físicas/quantitativas do consumo, relacionadas á expansão ou redução de negócios. 3. Subsídios para despesas novas que serão exigidas em função de novos produtos ou serviços a serem lançados. VARIAÇÃO DE PREÇOS A tendência é que os preços, em mercado livre, tenham convergência para os principais índices de inflação. Assim, um orçamento com base histórica na contabilidade precisará estimar tais índices e aplicá-los sobre os valores nominais incorridos no exercício anterior. VARIAÇÕES FÍSICAS/QUANTITATIVAS A abertura de uma filial, a expansão (ou redução) de negócios e linhas de produtos, a introdução de serviços ou modernização de atividades irão exigir que as projeções orçamentárias incluam tais aspectos em sua base. Novamente, a contabilidade tem muito a contribuir com o gestor. Como exemplo, a abertura de uma filial de vendas. Se a contabilidade é departamentalizada (registrando os centros de custos), poderá fornecer bases para se estimar os custos de uma nova filial, com base numa filial já instalada e operacional. DESPESAS NOVAS Não somente a expansão dos negócios exigirá despesas novas. Boa parte dos novos custos e despesas empresariais relacionam-se com obrigatoriedade de atendimento de legislação, reestruturação operacional, modernização ou outros itens que não implicam, necessariamente, em novos negócios (receitas). Como exemplo, uma empresa que estará sujeita á regulamentação especial relativa á Vigilância Sanitária. Se, no ano anterior, deixou de implementar os gastos necessários á adequação da legislação, precisa prever tais desembolsos no orçamento corrente. As bases contábeis, neste caso, poderão ser insuficientes para uma correta projeção. Entretanto, o gestor poderá utilizar-se da contabilidade para determinar quais despesas similares já estão presentes, e como se correlacionarão com as despesas novas. RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS A grande dificuldade dosgestores de empresas é prever, com antecedência, quais os custos financeiros que serão incorridos nas atividades. Novamente, a contabilidade tem uma contribuição específica para tais projeções. Para um cálculo mais exato do montante total de despesas financeiras (ou, contrariamente, se houver disponibilidades momentâneas de caixa, as respectivas receitas), deve-se projetar o fluxo de caixa, visando identificar necessidades de financiamentos e empréstimos de capital de giro e investimentos fixos (imobilizado). A tais valores, acrescenta-se o resultado dos encargos já contratados. ORÇAMENTO EMPRESARIAL Você sabe quanto sua empresa espera faturar no próximo ano? E nos três próximos anos? Qual sua projeção de custos e despesas? Como vai investir seus lucros? Ou melhor, quanto espera ter de lucro? Vai expandir, adquirir mais maquinário, contratar mais pessoas? E que retorno espera ter com estas ações e investimentos? São muitas perguntas e nem sempre as empresas possuem a resposta! O Orçamento Empresarial é o ato de planejar e estimar os ganhos, despesas e investimentos que a empresa terá em um período futuro, geralmente de 1 a 3 anos, dependendo do setor de atuação, mas que pode chegar até algumas décadas, como frequentemente acontece em empresas de concessão e exploração. O principal objetivo é estabelecer metas e objetivos, podendo assim acompanhar e comparar os resultados, tomando ações corretivas ou preventivas caso necessário. O orçamento de uma empresa geralmente é composto por: Orçamento ou projeção de vendas Orçamento de deduções de vendas e despesas variáveis (fretes, comissões, impostos, etc.) Orçamento de custos da produção Orçamento de RH ou mão de obra Orçamento de gastos fixos ou gastos administrativos Orçamento de investimentos Após a elaboração do orçamento pelas áreas, com as informações disponíveis é possível a geração dos três relatórios considerados essenciais para a gestão de qualquer empresa: DRE - Demonstrativo de Resultados do Exercício BP - Balanço Patrimonial DFC – Demonstrativo de Fluxo de Caixa Existem vários modelos de orçamento, como: Orçamento matricial O orçamento ou análise matricial é uma metodologia gerencial para o planejamento e controle orçamentário que vem ganhando cada vez mais adeptos, principalmente pela facilidade na elaboração e pela visão cruzada e objetiva proporcionada na análise. O método tem este nome exatamente por ser derivado de uma matriz, onde temos os eixos: Pacotes: neste eixo teremos os grupos de receitas, despesas, custos ou investimentos da empresa; Entidades: já as entidades representam as subdivisões da empresa (físicas ou virtuais) como unidades de negócios, centros de custos ou departamentos. Matriz de Unidades x Pacotes de Gastos O mais comum é utilizar a análise matricial para o orçamento e controle de despesas, mas seus conceitos cabem perfeitamente as demais áreas do planejamento e orçamento, como receitas, custos e investimentos, por exemplo. Orçamento histórico e Orçamento Base Zero Orçamento Base Zero (OBZ) Esta técnica parte do princípio de que nem todos os eventos ocorridos no ano atual irão se repetir no próximo ano. Ou seja, na sua empresa você não terá necessariamente gastos com as mesmas funções e operações nos exercícios seguintes. No Orçamento Base Zero, deve-se orçar as despesas baseado em cada processo, projeto e atividade necessários para atingir as metas e objetivos definidos pela empresa, e cada despesa deve ser discutida e justificada pelos gestores. Desta maneira, garantem-se somente as despesas essenciais para o ano seguinte. Por este modelo de orçamento não levar em consideração os dados históricos para realizar o orçamento, ele acaba tomando muito mais tempo, pois todos os gastos da empresa deverão ser discutidos e justificados, porém tem como vantagem a eliminação de processos e projetos que não estejam alinhados com os objetivos da empresa. Pelas características do Orçamento Base Zero, é indicado sua utilização principalmente quando se deseja realizar uma reestruturação na empresa. Orçamento Base Histórico (OBH) Nesta técnica, o orçamento é gerado levando-se em consideração os números do ano anterior. Basicamente calcula-se o quanto se deseja elevar a receita e quanto os custos e gastos deverão subir para dar suporte aos objetivos de aumento de receita. Este orçamento envolve muito menos pessoas, pois não é necessário revisitar e justificar todas as atividades da empresa para gerar o novo orçamento, sendo assim muito mais rápido de ser gerado. Além disto, com o Orçamento Base Histórico, pode-se evitar distorções na hora de definir os custos de uma determinada atividade, pois já se tem como base o custo do ano anterior e não vai ser necessário estimar o custo da atividade do zero. Não é possível alterar o que já passou, porém não podemos esquecer do aprendizado e experiência adquiridos ao longo do tempo, portanto é sempre bom dar uma olhada para trás, evitando assim cometer os mesmo erros novamente. Orçamento Base Zero (OBZ) x Orçamento Base Histórico (OBH) Como podemos observar ambas as técnicas tem suas vantagens e desvantagens, e a questão de qual técnica utilizar vai depender muito do momento da empresa. Caso se esteja querendo reestruturar a empresa ou alguma área, o Orçamento Base Zero pode ser o mais indicado. Do contrário o Orçamento Base Histórico proporciona ganhos de velocidade em sua elaboração, além do aprendizado que traz acumulado. Uma estratégia que se pode adotar é utilizar o Orçamento Base Zero a cada três ou quatro anos, e nos demais anos utilizar o orçamento base histórico para ir medindo a evolução do resultado da empresa. Outra estratégia interessante é partir para um modelo hibrido, ou seja, caso o objetivo seja reestruturar somente uma área da empresa, aplicar o Orçamento Base Zero para esta área e o Orçamento Base Histórico para o restante da empresa. Uma prática muito comum nas empresas é a criação de Cenários Orçamentários. Os cenários são ensaios que as empresas realizam simulando diversas possibilidades de mudanças (internas ou externas) para entender os impactos que a empresa poderia sofrer com estas mudanças. Alguns exemplos de situações que podem ser simuladas através de cenários: O que aconteceria ao nosso resultado se as vendas subirem 15%? Teremos capacidade produtiva para atender aos pedidos dos clientes? Qual o impacto de um aumento coletivo de salários? Será que podemos pagar? E se o dólar subir, como fica nosso custo já que temos matérias-primas importadas? O orçamento geralmente ocorre nos últimos meses do ano, onde são feitas as projeções para o ano seguinte. A ideia é que a empresa possa acompanhar mês a mês os resultados reais e compará-los com o que foi projetado, realizando assim ajustes de curso quando necessário para que as metas e objetivos sejam alcançados. MONITORAMENTO DO ORÇAMENTO São vários os objetivos do controle orçamentário: 1) Identificar e analisar as variações ocorridas; 2) Corrigir erros detectados 3) Ajustar o Plano Orçamentário 4) Garantir bons resultados e eficácia operacional RELATÓRIOS DE CONTROLE ORÇAMENTÁRIO Para que seja possível comparar os acontecimentos planejados com os reais, todas as peças orçamentárias devem constar dos relatórios de acompanhamento ou relatórios de controle orçamentário. O relatório clássico de controle orçamentário – que traz o tipo de receita e despesa para todos os centros de custos ou divisões – compreende os seguintes itens: Valores orçados para o mês em questão Valores reaiscontabilizados no mês em questão Variação entre o real e o orçado no mês em questão Valores orçados acumulados até o mês em questão Valores reais acumulados contabilizados até o mês em questão Variação acumulada entre o real e o orçado até o mês em questão. O quadro 1 apresenta um modelo de relatório de controle orçamentário para um Departamento fictício. O quadro 2 mostra o total por centro de custos. Referências: Padoveze, Clóvis Luiz. Orçamento Empresarial: novos conceitos e técnicas – São Paulo : Pearson Education do Brasil, 2009. http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/orcamentoempresarial.htm http://www.treasy.com.br/blog/orcamento-empresarial 1- ORÇAMENTO DE VENDAS O orçamento de vendas apresenta-se significativamente no sistema de planejamento financeiro, em função de sua relação com outros setores da empresa. Sua formulação terá que ser a etapa mais real que possa existir, não atrapalhando as outras partes orçamentárias das organizações. Ele é uma etapa de grande importância, pois liga-se com a possibilidade do mercado em utilizar serviços ou produtos, quantidades na produção e demanda que será exigida, visando estimar exatamente as vendas necessárias para o crescimento dos negócios. Então para a criação do orçamento de vendas precisa-se saber as tendências do mercado, além das projeções do preço, expansão ou retenção, composto mercadológico, motivação e competência do grupo envolvido no orçamento de vendas. Os principais aspectos detalhados para essa criação do que vender, ou seja, produzir necessita de cuidado na sua execução, pesquisas de mercado e consumidor, valor do preço, forma de propagandas e definição da experiência da equipe de vendas. O orçamento de vendas, ou melhor, os produtos e serviços vendidos pelas organizações em seu segmento, valores unitários e faturamento total, aumentam o ritmo de atendimento qualificado para os consumidores, mantendo produto, preço, qualidade, tempo e lugares certos para projeções da receita operacional necessária, considerando um período proposto pela organização. Sua forma de atuação e característica varia bastante com o tamanho da empresa, algumas estabelecem parâmetros de vendas sobre a demanda (encomenda) de seus clientes. Podendo variar com a quantidade ou tipo de produto, em função do pedido dos clientes, já outras estabelecem um mercado em que o produto ou serviço será comercializado, possuindo preços por unidades e receitas estimadas por linha de produtos ou filial de vendas. O produto no processo de orçamento de vendas, passa por uma estruturação no mercado, que ditaria em seguida quais formas de canais de produção percorrer. Sendo avaliada sua evolução e participação na empresa através das projeções de vendas. Essas vendas podem ser diretas ao consumidor, varejistas onde são transformadas, por atacado em grandes quantidades e vendas com representantes ou agentes na forma de bolsas de mercadorias. O método de elaboração do orçamento de vendas varia de acordo com atividade econômica e o tamanho da empresa, sendo constituída através das projeções de vendas, onde podem alterar os preços em função de seus fatores. 2- ORÇAMENTO DE PRODUÇÃO O orçamento de produção apresenta-se como um subsequente do orçamento de vendas, pois é através dele que os dados serão extraídos para projetar a produção da empresa, com a capacidade exata exigida pelo mercado. Assim o orçamento de produção constitui-se do planejamento e da capacidade de elaboração, diretamente ligado ao detalhamento exigido, considerando os dados disponíveis em relação a quantidade e qualidades na produção, tanto de empresas de pequeno e médio porte, quanto às empresas de grande porte. Esse método utilizado para verificar a mão-de-obra direta, as matérias primas e os custos de fabricação indireta, conforme o numero de pessoas a ser vendidas definidas pela política de estoques de produtos da organização. Visando um planejamento da qualidade e quantidade a ser produzida, mantendo a estabilização da produção, bem como a redução de custos e melhorando o produto em tempos de sazonalidade. Caracterizando-se de projeções das unidades de itens de despesas necessárias, além da estimativa de custos na área industrial e na questão dos investimentos novos a serem realizados na empresa. Desta maneira, o orçamento de produção apresenta itens necessários para sua formulação, como definição do numero de unidades produzidas e determinação da política de estoque. Sabendo o consumo prévio dos produtos vendidos e produzidos para não sofrer oscilações (maior pedido e menos produção e vice-versa) e tão quanto apresentar períodos de sazonalidade. Deve manter um mínimo estoque equilibrado, visando o planejamento financeiro e o capital de giro com mais liquides. Também é preciso determinar a capacidade de produção, adequação das instalações, determinação das escalas, disponibilidades de matérias-primas e mão-de-obra qualificada, orçamento da mão-de-obra direta, matérias-primas e despesas indiretas de fabricação, os custos projetados de produção e venda de produtos. Exercícios ORÇAMENTOS DE VENDAS E PRODUÇÃO Relacionam-se aos orçamentos: - quantidades a produzir; -matérias-primas e compras; - mão-de-obra direta; - custos indiretos de fabricação; - custo dos produtos vendidos. O orçamento de produção estima, portanto, quanto se espera produzir (dado um orçamento de vendas preexistente), e os gastos necessários para promover essa produção. Para dar início ao processo, devem ser seguidos os seguintes passos: Estabelecer as políticas de estoques; Determinar a quantidade a ser produzida; Programar e/ou distribuir a produção. Para calcularmos, portanto, a quantidade a ser produzida, considerando-se a política de estoques da empresa, deve-se proceder a seguinte operação: VENDAS + ESTOQUE DESEJADO = TOTAL NECESSÁRIO - ESTOQUE INICIAL = PRODUÇÃO NECESSÁRIA (QUANTIDADES A PRODUZIR) 1) Seja o enunciado abaixo: ORÇAMENTO DE VENDAS DA EMPRESA XYZ POR PRODUTO(Q) E POR TRIMESTRE PARA O ANO X2 TRIMESTRE PRODUTO A PRODUTO B QUANT % QUANT % 1º 50.000 21,74% 40.000 19,05% 2º 65.000 28,26% 70.000 33,33% 3º 50.000 21,74% 40.000 19,05% 4º 65.000 28,26% 60.000 28,57% ANO 230.000 100,00% 210.000 100,00% A empresa tem a seguinte política de reajustes de preços: 2º trimestre: + 2,5% 3º trimestre: - 3,0% 4º trimestre: + 5,0% O ICMS é de 18% e os preços iniciais dos produtos A e B são, respectivamente, R$ 10,00 e R$ 14,00. a) Com os dados acima, calcule o orçamento de vendas (em reais). b) Com relação à política de estoques, a empresa deseja manter um estoque final correspondente a 30% das vendas do trimestre seguinte, para os dois produtos. Em 31/12/X1, o estoque do produto A era de 12.000 unidades e do produto B era de 20.000 unidades. Considerando-se que no 1º trimestre de X3 espera-se vender 280.000 unidades de A e 220.000 unidades de B, prepare um orçamento de produção para o ano X2. (obedeça a mesma distribuição percentual por trimestre). COMO CALCULAR O ICMS "POR DENTRO" De acordo com o disposto no artigo 49 do RICMS/SP, aprovado pelo Decreto nº 45.490/00, o valor do imposto deve compor sua própria base de cálculo. Leve-se em consideração, ainda, que a legislação do ICMS dispõe que o valor que servirá de base para cálculo do imposto, equivale ao valor da operação, ou seja, o valor total cobrado do destinatário (art. 37, § 1º - RICMS/SP). Desse modo, "dentro" do valor da operação deve ser embutido o valor do ICMS. Vejamos: Se para vender uma mercadoria, sabemos que o seu valor "antes de embutir o ICMS" é de R$ 1.000,00, devemos acrescentar o valor do imposto pra formar o preço final de venda. Se, hipoteticamente, atribuirmosuma alíquota de ICMS de 18%, para embutir esse montante de imposto no valor de R$ 1.000,00, o cálculo será o que segue: 100% - 18% = 82% 82% / 100 = 0,82 1.000,00 / 0,82 = 1.219,51 Valor de venda da mercadoria com ICMS embutido = R$ 1.219,51 Destaque do ICMS na nota fiscal de venda = 1.219,51 x 18% = 219,51 (ICMS) Prova: 1.219,51 (mercadoria com ICMS) - 219,51 (valor do ICMS) = R$ 1.000,00 (valor da mercadoria sem o ICMS)
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