Buscar

SOE - TEORIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

15/09/2020 SOE - Apoio
soeunip.ldp.com.br/simulacao/teoria?print=true 1/6
TEORIA
EDIÇÃO: APS ADM-AF-2019/1 - NOT - T1_CHÁCARA
EQUIPE: 2 - VINGADORES
O orçamento empresarial é uma técnica de planejamento econômico-financeiro que deve ser construído a partir das
definições estratégicas da empresa. Basicamente, considerando-se a visão de longo prazo da empresa, as famílias
de produtos, os investimentos e expectativas de resultados, o orçamento auxilia no detalhamento das operações
para um período de médio prazo, normalmente até um ano, oferecendo orientação e algum grau de previsibilidade
para as ações da empresa.
Partindo da posição patrimonial da empresa e a com base nas previsões de vendas para um determinado período,
com o orçamento torna-se possível o planejamento das operações de produção, administrativas e de vendas, o
dimensionamento dos recursos necessários e a projeção dos resultados econômicos e financeiros.
O orçamento é uma técnica consolidada e seu domínio conceitual e habilidade na sua utilização é bastante
valorizado nas empresas.
O processo de elaboração do Orçamento de Vendas, normalmente o primeiro orçamento a ser elaborado, requer
informações acerca do mercado de atuação da organização bem como dos dados contidos em seu Planejamento
Estratégico. Para tanto conta com a participação da equipe comercial, de marketing e executivos da organização
que se utilizarão destas informações para, após uma análise criteriosa, definir as principais metas da área de
vendas. Tal planejamento determina o volume físico de vendas, por período, por área, por preço entre outros. De
forma complementar também são definidos neste processo políticas de prazo, desconto e precificação. Para sua
elaboração, a fim de exemplificar, podem ser levados em consideração algumas técnicas conforme a seguir:
1. Análise do ramo de atividade: é possível estimar a demanda de produtos de determinado ramo de atividade bem
como a participação de mercado atual e futura da organização.
2. Tendências de vendas: considerando o ciclo de vida de produtos, bem como a projeção de futuras vendas,
busca-se estabelecer tendências (aumento, queda ou estabilidade);
3. Percepção da equipe de vendas: a opinião da equipe de vendas pode ser tornar um importante instrumento
considerando-se que os mesmos possuem acesso direto ao mercado comprador.
4. Percepção dos Executivos: caracteriza-se como uma importante ferramenta pois os diretores possuem
informação e conhecimento acerca das condições econômicas regionais, nacionais e mundiais bem como das
relações causais que as mudanças econômicas podem afetar a organização.
Considerando que as técnicas não são excludentes, recomenda-se a utilização conjunta destas técnicas bem como
de outras que a organização possa vir a ter acesso, como por exemplo, a análise de correlação. O alinhamento do
plano de vendas com o Planejamento Estratégico é de suma importância para o êxito organizacional.
Uma definição complementar é a de Linha, ou Família, de Produtos. Assim pode-se realizar a previsão, por produto,
das quantidades de vendas e seus respectivos preços unitários, sendo que a multiplicação destes elementos
poderá fornecer a informação sobre a receita total que cada produto trará a organização. Porém quando a
O Orçamento Empresarial
OR 01 - Vendas
15/09/2020 SOE - Apoio
soeunip.ldp.com.br/simulacao/teoria?print=true 2/6
organização possui um grande número de produtos, exemplo de lojas de departamentos ou montadoras, a
organização do orçamento será via setores de atividade comercial ou pela configuração básica dos produtos.
O Orçamento de Produção é realizado posteriormente ao orçamento de vendas, e trata do planejamento dos
estoques de produtos acabados, produtos em processamento e matérias-primas bem como dos suprimentos de
materiais e necessidade de mão-de-obra.
O plano de produção de uma empresa deve estar atrelado ao plano de vendas, funcionando em sincronia e,
principalmente, seguindo um fluxo: A Informação de vendas chega na empresa – PCP recebe a informação –
programa a produção para atender os prazos acordados – verifica a disponibilidade de estoque – solicita compras
quando necessário – verifica mão de obra necessária – inicia a operação de produção – faz entrega.
O processo de produção deve ser estruturado em função da natureza e dos objetivos da empresa. Os elementos
relevantes para organizar a produção são o tipo de produção e os fatores de competitividade.
Na “produção puxada” as vendas reais é que determinam a produção, ou seja, conforme as vendas ocorrem, a
produção é realizada. Como vantagem destaca-se a redução ou eliminação dos estoques de produtos acabados e
insumos.
Na “produção empurrada”, ao contrário, a produção é planejada e executada, a partir de uma previsão de vendas.
O foco é na produção, produzindo-se primeiro e depois empurrando para vendas. Nesse modelo, os estoques são
mais elevados e, consequentemente, com maior custo, visando atender as incertezas do mercado consumidor.
Considerando-se a gestão de estoques, seria desejável que os estoques sempre fossem próximos de zero, ou seja,
as despesas de manutenção seriam mínimas. Porém condições mercadológicas nem sempre permitem que tal fato
ocorra nas organizações (ex. sazonalidade de matérias-primas).
Neste sentido o gestor de produção deve buscar suprir os estoques de produtos acabados (não precisamente o
estoque de vendas) podendo planejar o volume de produção diferentemente do que se vai vender em um
determinado período. Tal premissa deve ser atendida considerando-se a busca pelo ótimo na utilização dos
recursos industriais, evitando-se oscilações bruscas na produção. Assim, tem-se como possível solução a busca
pelo equilíbrio entre os custos de produção e as despesas de manutenção dos estoques.
Para se elaborar o plano de produção se faz necessário conhecer:
1. Plano de Vendas: quantidades previstas de vendas bem como os estoques de produto acabado a serem
mantidos pela organização;
2. Características da armazanegem de materiais;
3. Características de produção (capacidade máxima, economias de escala e lotes econômicos de compra,
processos produtivos)
4. Nível de utilização de mão-de-obra direta.
O Orçamento de Matérias-Primas Necessárias é a programação dos itens materiais (matérias primas e
embalagens) a serem utilizados na produção da organização em um determinado período. Para tanto o mesmo
deve estar devidamente alinhado com o Orçamento de Produção. Visa minimizar custos de aquisição de materiais
bem como despesas de compra e manutenção.
OR 02 - Produção
OR 03 - Matéria Prima
15/09/2020 SOE - Apoio
soeunip.ldp.com.br/simulacao/teoria?print=true 3/6
Matérias-primas são bens que serão transformados durante a produção de produtos acabados. Podem ser
materiais para transformação (ex. plásticos, resinas, etc) ou componentes (ex. motor). Uma opção é incluir neste
orçamento materiais indiretos (não fazem parte do produto acabado) que são utilizados no processo produtivo
como, por exemplo, graxas.
Deve responder as seguintes perguntas: O que comprar? Quanto comprar? De quem comprar? E como Pagar?
Para elaboração deste orçamento devem-se levantar as seguintes informações:
1. Qual a quantidade de produtos a serem fábricados no período?
2. Qual(is) os materiais necessários bem como qual a quantidade para cada unidade de produto?*
*OBS: as informações sobre quais materiais e quantidade a serem utilizadas nos produtos podem ser obtidas junto
a área de Engenharia de Produto ou similar.
Ao multiplicar a quantidade de produtos a serem fabricados pelos materiais necessários será possível saber a
quantidade total de matéria-prima a consumir. Multiplicando-se ainda estes dados pelo custo médio (ver com a
Contabilidade de Custos) chegar-se-á ao custo total da matéria-prima consumida.
O Orçamento de Compras de Matérias-Primas visa levantar qual a quantidade de cada uma das matérias-primas
utilizadas devem ser adquiridas em cada mês. A equação do estoque de matérias-primas pode ser assim descrita:(ESTOQUE INICIAL) + (COMPRAS) - (CONSUMO)=(ESTOQUE FINAL)
Considere:
que os estoques iniciais de um período corresponde aos estoques finais do período anterior;
o consumo de matérias primas deve ser verificado no Orçamento de Matérias Primas Necessárias;
os valores das compras é obtido pela multiplicação das quantidades compradas pelos preços unitários dos
produtos.
O Orçamento de Mão-de-Obra Direta objetiva verificar o valor necessário para a realização de uma dada
quantidade de produção. A mão-de-obra direta (MOD) refere-se aquela utilizada diretamente no processo de
transformação dos materiais e ou componentes em produtos acabados.
A MOD é considerada como custo variável, pois o aumento do tempo desta está correlacionado com a quantidade
de produção do período, ou seja, quanto maior o tempo de MOD maior o custo variável de produção. Faz-se
necessário esclarecer que podem ocorrer casos em que o colaborador contratado como MOD desempenhe funções
de mão-de-obra indireta.
No que se refere a remuneração da MOD, basta multiplicar o valor do salário por hora pelas horas de MOD
trabalhadas. Lembrando-se que se faz necessário adicionar o percentual referente aos encargos (férias, décimo
terceiro, FGTS, descanso semanal remunerado, etc) sobre os mesmos.
Para se elaborar o Orçamento de MOD devem-se possuir as informações referentes ao plano de produção do
período (quantidades a produzir); o tempo de MOD necessário para produzir uma unidade de produto; bem como o
valor do salário médio por hora de MOD e seus respectivos percentuais de encargos.
OR 04 - Compras de Matéria Prima
OR 05 - Mão-de-Obra Direta
15/09/2020 SOE - Apoio
soeunip.ldp.com.br/simulacao/teoria?print=true 4/6
Deve-se ainda observar que:
1. Tempo Total de MOD = Tempo Médio de MOD por Unidade X Quantidade a Produzir
2. Remuneração de MOD = Salário/Hora X Tempo Total de MOD.
Para se realizar o Orçamento dos Custos Indiretos de Fabricação (CIF) se faz necessário recorrer a alguns
conceitos da contabilidade de custos, a saber: gastos, custos, despesas e desembolso. Neste sentido serão
utilizados os conceitos trazidos por Martins (2003, p.24-26):
1. Gastos: sacrifício financeiro com que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer,
sacrifício este representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). Ex.: Gastos
com matéria-prima e gastos com mão-de-obra.
2. Custos: gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção e outros bens ou serviços. Ex.: MP = gasto na
aquisição, investimento durante a estocagem e custo no momento da utilização na fabricação de um produto.
3. Despesas: bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. Todas as
despesas são ou foram gastos, mas nem sempre os gastos serão despesas. Alguns exemplos de despesas
são: comissão de venda, depreciação de equipamentos.
4. Desembolso: pagamento resultante da aquisição de bem ou serviço.
Deve-se ainda ter conhecimento acerca dos conceitos de Custos Diretos e Indiretos. Os Custos Diretos são
aqueles diretamente apropriados aos produtos, por exemplos: materiais consumidos, embalagens, horas de MOD.
Já os Custos Indiretos não possuem uma medida objetiva (apenas estimada, arbitraria), exemplo aluguel,
supervisão, as chefias.
No orçamento, os CIFs podem possuir um componente fixo e outro variável. Como exemplo dos CIF variáveis pode
ser citado os materiais indiretos e a energia elétrica. Já como CIF fixos pode-se considerar a depreciação e a mão-
de-obra indireta, que é a aquela utilizada nas atribuições de supervisão da área de produção, bem como os
colaboradores do almoxarifado, manutenção e PCP (planejamento e controle de produção).
Conhecido estes conceitos deverá ser determinada em que grau os custos indiretos deverão ser alocados.
O Orçamento de Despesas de Vendas quantificam as despesas da área Comercial da organização. Normalmente
observa-se que este orçamento possui um componente fixo, ou seja, não se altera com o volume de produção e
outro componente variável, ou seja, de acordo com as vendas realizadas seu valor varia. Fazem parte deste
orçamento itens como: salários da equipe de vendas; remuneração variável (comissões); encargos sociais,
despesas de viagens, despesas de comunicação, materiais de escritório, depreciação, despesas com veículos,
propaganda entre outros.
O Orçamento de Despesas Administrativas quantificam as despesas da área Administrativa das organizações.
Normalmente observa-se que este orçamento possui o componente fixo prioritariamente, ou seja, não se altera com
o volume de produção. Fazem parte deste orçamento itens como: salários do pessoal administrativo; encargos
OR 06 - Custos Indiretos de Fabricação
OR 07 - Despesas de Vendas
OR 08 - Despesas Administrativas
15/09/2020 SOE - Apoio
soeunip.ldp.com.br/simulacao/teoria?print=true 5/6
sociais, despesas de viagens, despesas de comunicação, materiais de escritório, depreciação, seguros, consultoria;
assessoria entre outros.
Para abordarmos os Orçamentos do Custo dos Produtos Acabados e dos Custos dos Produtos Vendidos,
devemos lembrar que o seu cálculo leva em consideração o custeio por absorção, ou seja, todos os custos de
produção do período devem ser alocados aos produtos (custos diretos e indiretos).
Assim deve-se inicialmente determinar o Custo de Produção do Período, ou seja, somar os valores consumidos na
fábrica referentes a matéria-prima, MO (direta e indireta), outros materiais bem como os CIF.
Para o cálculo do Custo dos Produtos Acabados devem-se somar os custos contidos na produção acabada no
período. Pode conter custos de produção também de períodos anteriores existentes em unidades que só foram
acabadas no presente período.
Para se calcular o Custo dos Produtos Vendidos devem-se somar os custos que foram incorridos na fabricação
dos produtos acabados e que agora estão sendo vendidos. Considerando-se que alguns dos itens que estejam
sendo vendidos foram produzidos em diferentes épocas, o custo dos produtos vendidos podem conter custos de
produção de diversos períodos.
De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) tem como
objetivo principal apresentar de forma vertical resumida o resultado apurado em relação ao conjunto de operações
realizadas num determinado período, normalmente, de doze meses. Neste sentido a DRE Projetada será
determinado considerando-se um período futuro bem como determinadas condições projetadas de movimentação
financeira realizada pela organização.
O Orçamento de Caixa ou Fluxo de Caixa Projetado visa determinar os valores monetários (dinheiro e ou
cheques) a serem mantidos na organização. Considerando-se uma perspectiva ampliada, incluem-se também os
valores referentes aos saldos bancários de livre movimentação. Os recursos de caixa servem para que a
organização possa manter suas atividades independentemente dos descompassos entre os fluxos de pagamento e
recebimento.
Observa-se que os recursos investidos no caixa da organização são os ativos mais líquidos que a mesma possui,
porém deve-se observar que, normalmente, os mesmos possuem baixa rentabilidade. Neste sentido o gestor deve
estar atento aos valores mantidos em caixa, pois numerário em excesso pode indicar utilização inadequada dos
recursos financeiros.
O planejamento do caixa busca estabelecer os saldos mínimos a serem mantido, ou seja, deve auxiliar o gestor no
acompanhamento dos fluxos financeiros verificando-se se há excessos ou faltas em relação aos valores
estabelecidos. Para se calcular os saldos de caixa deve-se ter a seguinte equação
OR 09 - Custo dos Produtos Acabados
OR 10 - Custo dos Produtos Vendidos
OR 11 - DRE Projetada
OR 12 - Fluxo de Caixa Projetado
15/09/2020 SOE - Apoio
soeunip.ldp.com.br/simulacao/teoria?print=true 6/6
SALDO NO FIM DO MÊS = SALDO DO INÍCIO DO MÊS + MOVIMENTOS QUE AUMENTAM O SALDO
(Recebimentos) - MOVIMENTOS QUE DIMINUEM O SALDO (Pagamentos).
De acordo com a Norma Brasileira de Contabilidade, defini-seBalanço Patrimonial como sendo a demonstração
contábil que busca evidenciar, quantitativa e qualitativamente, em uma determinada data, a posição patrimonial e
financeira da Entidade. Esta demonstração é composta por bens e direitos (Ativo: Circulante e Não Circulante), e
Obrigações (Passivo: Circulante e Não Circulante) e Patrimônio Líquido. Neste sentido o Balanço Patrimonial
Projetado será determinado considerando-se um período futuro bem como determinadas condições projetadas de
movimentação financeira realizada pela organização.
OR 13 - Balanço Patrimonial Projetado

Continue navegando