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Caderno p2 MTPJ

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MTPJ – P2 
 
PONTO 5 – TEORIA DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO 
1) Conhecimento científico: Ciência. Método. Cartesiano. Analítico. Factual. 
Demonstrável. Categórico. Processual (ou cumulativo). Provisório. Relativo. 
Discutível. 
2) Vocação objetiva: Intervenção. Teoria. Empiria ou contextual. Demarcatório. 
Coerente. Argumentativo. Finalista. Pontualidade. Ordenatório da análise das 
evidências. Interativo. Conclusivo. 
3) Vocação subjetiva: controle. Ideologias. Dominação. Paradigmas. Convencimento. 
Manipulação. “verdade”/ “necessidade”. Sabedoria/Bom senso. Elitista/Excludente. 
Aético. 
O conhecimento científico possui características próprias. Ele é a expressão da ciência/razão 
científica, conduzida pelo método (de natureza cartesiana). René Descartes elaborou e deu um 
sentido objetivo ao método, estabelecendo o método de investigação da natureza dada (método 
cartesiano) e as regras nas etapas: evidência – análise – síntese. 
É um conhecimento de natureza analítica que, de maneira dinâmica, é submetido a uma análise 
dentro das regras cartesianas. Logo, uma síntese se transforma, imediatamente, em evidência 
nova. Assim, atualiza-se o discurso jurídico. 
É um conhecimento factual, pois o conhecimento científico é de natureza positiva, que trata de 
fatos e evidências concretos para assim ser possível ser demonstrado no lugar de especulado. É 
categórico – produz uma síntese. 
A redação científica é a expressão formal desses pressupostos, que irá estabelecer uma análise 
das evidências (desenvolvimento), formulando uma síntese (conclusão). No fim, as referências 
num texto são as evidências. 
É um conhecimento de natureza processual ou cumulativa, que o torna provisório, relativo. A 
principal qualidade do conhecimento científico é ele ser discutível, permitindo que o pesquisador 
o coloque sob dúvida. De uma determinada ciência dada, se produz conhecimento e, desse 
conhecimento, retira-se uma nova ciência. 
Portanto, o conhecimento científico produz uma vocação objetiva, conduzida pelo método, e 
estabelece uma certa intervenção em uma evidência dada. Logo, é uma interpretação analítica, 
que não é uma reprodução das evidências. 
Essa intervenção exige do pesquisador uma síntese, uma interpretação, produzindo uma teoria 
(com base em evidências) ou um conhecimento empírico (com base na realidade dada). Logo, 
uma intervenção tem que ser demarcatória e pontual. 
É preciso que esse conhecimento tenha a devida ordenação das evidências, porque uma análise 
deve ser a progressão sistemática da ordenação das evidências. É necessário estabelecer 
coerência. 
É de natureza argumentativa e interpretativa tal conhecimento. Se distingue da compilação 
formal, reprodutiva. Por meio do exercício analítico, argumentativo, desenvolvemos a nossa 
personalidade jurídica própria. A investigação se propõe a um fim, a uma conclusão, a uma 
síntese. 
Quando definimos o objeto de investigação, deve ser um objeto que forneça evidências e que se 
tenha um conhecimento mínimo sobre o tema, para que não sejamos reféns da evidência. A 
pesquisa deve ser uma postura independente e voluntária. 
Esse conhecimento tem vocação subjetiva, que pode tornar a ciência como forma de controle 
social/poder. Pode ser usada ideologicamente como forma de dominação. Essa vocação impõe 
paradigmas, conceitos e discursos que nos convencem através do discurso da razão científica. 
Assim, é possível haver a manipulação retórica, de modo que quanto mais inacessível o discurso, 
mais aceitável ele é. Logo, impõe uma verdade ou uma necessidade. 
Esse conhecimento carece de sabedoria e bom senso, porque nem sempre ele é utilizado de 
maneira virtuosa. Assim, se transforma em um conhecimento de natureza elitista e excludente. 
Logo, é aético, ou seja, não tem compromisso com a ética. Quem está produzindo a pesquisa deve 
procurar a ética como responsabilidade própria. 
PONTO 6 – METODOLOGIA DO CONHECIMENTO JURÍDICO 
1) Teoria do método: Paradigma. Adequação. Precisão. Ordenação. Objetividade. 
Ideia -> Discurso. Hipótese -> Tese. “Porto seguro”. Suposição (aparece no projeto). 
Discussão (aparece na pesquisa). Demonstração (aparece na redação, da 
monografia, de forma geral). Ciências sociais. Sócio-cultural. Símbolos, ideologias. 
Probabilísticos. Direito. Sócio-jurídico. “Dever ser”. Conflitos/ interesses. Positivo. 
Analítico. Jurídico-legal x sócio-institucional. Formal x informal. Sintonia fina. 
Direito/dogmática/ técnica x convivência. Contemporaneidade. Teia social. 
O conhecimento científico é de natureza técnica e positiva, mas tem que ter também natureza 
ética, virtuosa. Dentro da produção do conhecimento jurídico, é o método o seu grande 
referencial, produtor. O método produz a adequação entre o sujeito e objeto: pesquisador e a 
temática em discussão. A partir do método, é possível garantir uma investigação segura, também 
por ele exigida. Ele define uma suposição, conduz uma discussão e estabelece diretrizes para a 
devida demonstração dessa tese produzida. 
O método garante a ordenação lógica da discussão e sua objetividade. Ele neutraliza possíveis 
fugas e estabelece a devida trajetória entre a ideia e o discurso, transformando a hipótese na tese. 
O método como suposição, de maneira concreta, aparece no projeto. A discussão aparece na 
pesquisa e a demonstração aparece na redação científica (monografia da graduação). 
Nas ciências sociais, o método tem por objeto o fato social e irá exigir um debate sócio-cultural. 
Essa disciplina trata, além do comportamento, de símbolos e ideologias. Esse caráter 
extremamente ideológico compromete a pesquisa. Essas ciências trabalham na lógica da 
probabilidade. 
A produção do conhecimento jurídico trabalha com o fato jurídico, distinto do fato social. Como 
um princípio geral, o fato jurídico representa a presença do Direito dentro do fato social, 
expressando uma relação sócio-jurídica. Dessa forma, produz um dever-ser. 
Como estabelece um dever ser, o conhecimento jurídico tem natureza positiva, mas que deve 
trazer em si a perspectiva ética. 
O fato jurídico é carregado de ideologias, mas também de conflitos e interesses, que nascem no 
conhecimento de natureza positiva, trazendo em si a perspectiva ética. O método é analítico 
porque discute, analisa, interpreta e transforma uma hipótese em uma tese, dentro de um 
determinado contexto sócio institucional. Logo, estabelece um confronto entre o discurso legal e 
a realidade social, entre o formal e o informal. O pesquisador estabelece a conexão entre o 
discurso legal e a realidade social. 
A partir de uma suposição, determinada definição temática, buscamos evidências entre a realidade 
formal e a realidade social. Buscamos verificar a legitimidade, eficácia, justiça e ética desse 
discurso formal. A interpretação própria é obtida com o raciocínio lógico de cada um, com 
confrontação entre o legal e o social. 
A pesquisa jurídica estabelece a sintonia fina entre os princípios gerais do direito ou os princípios 
específicos do Direito ou a perspectiva técnica, confrontando-os com a convivência social. 
Essa perspectiva jurídica atua dentro da realidade contemporânea globalizada (teia social) 
extremamente mutante, o que requer sensibilidade do pesquisador ao discutir essa realidade. 
Os métodos usuais são o histórico, o histórico-comparativo e o estudo de caso. As técnicas usuais 
são a pesquisa de referências, a pesquisa documental e a pesquisa de campo. Cada método/técnica 
tem características próprias, típicas. 
PONTO 7 
1) Pesquisa operacional: Profissional. Mercado. Petições. Casual. Técnica. “alienada”. 
Utilitária. Circunstancial. Convencimento. 
2) Pesquisa acadêmica: científica. Acadêmica. Causal. Interdisciplinar.Crítica. 
Voluntária. Idealista. Demonstração. 
3) Métodos e Pesquisa jurídica: Elaboração I. Intuição. Dedutivo. Indutivo. Hipotético 
dedutivo. Elaboração II. Analítico. Argumentativo. Hermenêutico. Elaboração III. 
Histórico. Comparativo. Estudo de caso. Elaboração IV. Cartesiano. Evidências-
>Análise ->Síntese. Obrigatório. 
4) Técnicas e Pesquisa jurídica: Execução I. Referências. Documental. Campo. 
Execução II. Pesquisa teórica. Pesquisa empírica. Método histórico ou comparativo. 
Método de estudo de caso. 
A pesquisa profissional/operacional distingue-se da pesquisa acadêmica. Costumamos trazer à 
pesquisa acadêmica a pesquisa operacional. 
A pesquisa operacional deve ser só para o mercado. Tem natureza profissional. É utilizada pelos 
operadores do Direito na vivência profissional. É voltada totalmente ao mercado. Fundamenta as 
mais diferentes petições. 
Por isso, tal pesquisa tem natureza casual, porque atende a determina situação jurídica. É uma 
pesquisa alienada, pois não tem compromisso científico nem com método nem com o Direito. É 
pragmática, utilitária e funcional. É para o atendimento de uma circunstância específica. 
Tem como característica principal o convencimento. Esse princípio do conhecimento aparece de 
forma equivocada nas pesquisas acadêmicas. 
As monografias, dissertações e teses estão inseridas na pesquisa acadêmica, que tem natureza 
científica e casual (relação de causa e efeito), conduzida pelo método científico. Na pesquisa 
operacional, o método é desnecessário. 
A pesquisa acadêmica tem natureza interdisciplinar, pois pressupõe a existência de outras áreas 
do conhecimento ao longo da investigação. A pesquisa operacional tem natureza reprodutiva, 
técnica, utilitária, compilativa, realizada por imposição e consiste numa ação predatória do 
discurso jurídico. Já a pesquisa acadêmica exige o raciocínio crítico, pois sua natureza crítica 
torna-a comprometida com o Direito e preocupada com a revitalização dessa disciplina. A 
pesquisa acadêmica é interpretativa e tem caráter voluntário, pois é o pesquisador que define o 
objeto a ser investigado. Tem natureza idealista, pois a escolha do objeto é determinada pelo 
prazer. A escolha é pessoal, não mercadológica. O prazer é importante para a qualidade da 
pesquisa. 
CRÍTICA: A monografia não deve ser encarada como obrigação administrativa, burocrática, 
formal e operacional. 
A intuição é o prazer, a escolha voluntária, o idealismo pessoal. Definido o objeto, podemos 
trabalhar com os métodos dedutivo, indutivo e hipotético. 
MÉTODO DEDUTIVO = buscam-se evidências que confirmem a nossa hipótese. A escolha das 
evidências está ligada a nossa hipótese (ideia inicial). A escolha da bibliografia é uma escolha 
técnica/positiva. A regra geral estabelecida na temática torna necessárias evidências para 
confirmá-la. 
MÉTODO INDUTIVO = tem como referência a realidade sócio jurídica. Utilizado quando a 
pesquisa tem natureza social. 
O método dedutivo e o método indutivo possuem caráter ideológico. 
MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO = parte de uma regra geral, mas busca uma análise na 
realidade jurídica. Se essa análise negar a realidade jurídica, deve ser realizada novamente. 
A pesquisa pode ser técnica (método analítico), sociológica (método argumentativo) e filosófica 
(método hermenêutico). Esses três métodos podem e devem ser usados de maneira associada, 
conjunta, afinal a pesquisa acadêmica tem caráter interdisciplinar. 
Há mais três métodos: histórico, comparativo ou de estudo de caso. 
MÉTODO HISTÓRICO = é usual na pesquisa jurídica, porque a pesquisa trabalha, 
principalmente, com fontes impressas. 
MÉTODO COMPARATIVO/ HISTÓRICO-COMPARATIVO = autoexplicativo. 
MÉTODO DE ESTUDO DE CASO = Pesquisa de natureza contextual. A fonte esse manifesta. 
Tem natureza interativa e empírica. 
Também é possível utilizar os três métodos associados. Independente do método, o método 
cartesiano é obrigatório, 
A pesquisa acadêmica se encerra quando se encerra a análise das evidências. Para cada método, 
há uma técnica de investigação específica. As técnicas usuais do Direito são as pesquisas de 
referências, documental e de campo. 
PESQUISA DE REFERÊNCIAS = trabalha com doutrina e jurisprudência, porque são fontes de 
opiniões. 
PESQUISA DOCUMENTAL = trabalha com legislações e códigos, porque são fontes de 
registros. 
PESQUISA DE CAMPO = trabalha com fontes vivas, que falam, entrevistas. Estudo de caso 
específico. 
Se a pesquisa é teórica, uso a pesquisa de referências ou a pesquisa documental associadas ao 
método histórico-comparativo. 
Se a pesquisa é empírica, uso a pesquisa de campo e utilizo o método de estudo de caso. 
 
PONTO 8 – MÉTODO COMO TEORIA DA INVESTIGAÇÃO. 
1) Técnicas de Pesquisa: Referências. Documental. Campo. 
2) Pesquisas de Referências: Impressas. Doutrina, jurisprudência. Condicionadas. 
“Histórica”. Conceitual. Interpretação (s). Relativas. Objetivo. Essência. Síntese. 
Dimensões. Intenção/incidência. Sim ou não. Fontes primárias. 
3) Pesquisa documental: Impressas. Legislação, códigos. Condicionadas. “Histórica”. 
Contextual. Registros. Provisória. Dimensões. Intenção/incidência. Legitimidade, 
eficácia, atualidade. Fontes primárias. 
4) Pesquisa de campo: interativa. Entrevistas, depoimentos. Prudência. Livre 
manifestação. Discrição (ser discreto). 
A pesquisa jurídica é uma atividade metódica, com alto caráter científico. É executada através de 
3 técnicas: pesquisa de referências, documental e de campo. São três técnicas com características 
próprias, particularidades. É importante o pleno domínio das técnicas. 
A pesquisa de referências é a antiga pesquisa bibliográfica. Trabalha com fontes impressas: 
jurisprudência e doutrina. Significam fontes que uma vez impressas perdem a dinâmica. Por conta 
disso, a incursão nessa fonte exige verificação sobre a sua atualidade. Doutrina e jurisprudência 
como fontes de opiniões. São fontes condicionadas científica e intelectualmente. 
O condicionamento científico de uma fonte doutrinária está nas bibliografias, referências dos 
livros. Ninguém lê tudo sobre o assunto que está escrevendo. Estabelecemos um marco teórico. 
O condicionamento intelectual consiste na visão de mundo do autor. Se for conservador, 
transmitirá visão conservadora. Temos que percebê-las no corpo do texto. 
Não se deve escrever um artigo com a pretensão de esgotar uma discussão. Toda pesquisa dever 
ter finalidade/objetivo circunscrito em um determinado limite. 
A pesquisa de referências possui caráter histórico, recapitulativo, porque trabalha com fontes 
impressas. Tem caráter conceitual. As fontes manifestam opiniões. O pesquisador interpreta uma 
interpretação, não verdades absolutas. Interpretamos interpretações relativas. 
Enquanto pesquisadores, não temos que prestar maiores referências a autores. Nós não 
trabalhamos com autores, mas sim com suas opiniões. É importante a interpretação da fonte. 
Estamos diante de um texto, de determinada interpretação. Vamos buscar nesse texto o seu 
objetivo, sua essência e sua síntese. Vamos buscar nele a intenção, a fundamentação e a 
interpretação do autor. Temos trabalho em separar fundamentação e interpretação. Muitas vezes 
o autor recheia as fundamentações de opiniões pessoais. O autor está mais preocupado em 
convencer do que informar e isso dificulta a interpretação. 
Importante diferenciar as fundamentações das referências das fundamentações do autor. As 
fundamentações do autor induzem a concordar com o autor e não com suas fontes. 
Os primeiros cursos de Direito são de 1828, e o Direito só ganhou caráter científico em 1990. A 
cultura jurídica acadêmica é muito recente. 
Na interpretação de interpretações, podemosobservar a dimensão legal e a dimensão social. 
Verificamos a intenção do autor e a interferência disso no contexto sócio-jurídico, esse sim, 
altamente dinâmico, deve ser usado como fonte. 
A interpretação do leitor converge ou não com a interpretação do autor. Isso se manifesta nas 
considerações finais. Para escrever cientificamente, é importante ler cientificamente. 
É aconselhável trabalhar sempre com fontes primárias, isto é, com a interpretação original. 
Cuidado com traduções, obras comentadas, esquematizadas e fontes secundárias, em geral. 
A pesquisa documental também trabalha com fontes impressas, legislações e códigos e também 
são condicionadas- mas o condicionamento é diferente. É condicionado a uma época e a um local. 
O que difere as fontes impressas e a pesquisa documental da doutrina e da jurisprudência é o 
tempo e o espaço. Importante considerar a cultura prevalente, o caráter histórico, contextual, já 
que aqui se trabalha com registros e não com opiniões. Essas fontes são altamente provisórias. A 
sociedade é altamente dinâmica, enquanto as leis se tornam obsoletas. 
Dimensões legais e sociais devem ser verificadas. Verificar a intenção da lei e a do código, bem 
como a interferências dessa intenção no contexto sócio-jurídico. 
Legitimidade, eficácia e atualidade da legislação e do código – aconselha-se o trabalho com fontes 
primárias, textos originários. 
A última técnica é a pesquisa de campo, muito diferente das anteriores. Trabalha com fontes vivas, 
não impressas, sendo sobretudo interativa. Sendo assim, é preciso muita cautela e prudência nessa 
aproximação, diante dessa interação direta entre pesquisador e fonte escolhida. É preciso permitir 
que a fonte se manifeste livremente. Do seu discurso, se extraem as evidências. 
É preciso ser discreto, adquirir a confiança da fonte. Se a fonte não confiar no pesquisador, não 
se manifestará livremente. Essa técnica contém muita subjetividade. Deve ser feita quando for de 
extrema necessidade. Se for bem feita, produz efeitos riquíssimos. 
PONTO 9 – MÉTODO COMO TEORIA DA DEMONSTRAÇÃO 
Pressupostos obrigatórios: Redação científica. Comunicação. Demonstração. 
Convencimento. Responsabilidade. Descritiva/explicativa. Objetiva. Formal. 
Categórica. Parágrafos curtos. 1ª pessoa do plural/impessoal. Coesão/coerência. 
Ordenação sequencial: Introdução, desenvolvimento, conclusão, referências. 
Introdução: indicativos. Contextualização. Opiniões. Finalista. Desenvolvimento: 
capítulos. Exposição. Ideias secundárias. Opiniões pessoais. Compilação. Paráfrase. 
Citações diretas. Conclusão: ideias principais. Pessoalidade. Críticas, sugestões. 
Citações diretas ou liberais. 
A redação científica é conduzida pelo método. Há condições obrigatórias. A redação científica 
não é texto literário, de ficção. Reproduz um discurso da ciência, tem discurso específico. Há 
princípios que conduzem o método. 
Escrevemos de maneira solitária um texto que se tornará público. É uma redação que torna pública 
uma interpretação, vai comunicar uma interpretação jurídica. 
É necessária a preocupação em demonstrar um conhecimento produzido. Não deve ser usada uma 
linguagem de convencimento. Quando isso ocorre, o desenvolvimento aparece repleto de opiniões 
pessoais. 
A nossa responsabilidade no texto científico é demonstrar uma verdade, uma interpretação fruto 
de uma análise rigorosa. O leitor pode ou não concordar com a interpretação do autor. O texto 
científico não é especulativo nem fruto da imaginação. Deve ser fruto de fatos reais. Na produção 
da redação, deve ser garantida a veracidade. 
Se faço comunicação pública, a linguagem deve ser descritiva, explicativa e clara, para que o 
leitor consiga alcançá-la. Não deve ser usada uma linguagem pesada, incompreensível. A 
linguagem não pode ser chula. Deve ser formal, objetiva e categórica. 
A redação científica é a última etapa de produção do conhecimento jurídico. São estabelecidas 
categorias utilizadas ao longo da pesquisa. São categorias do autor e da sua análise científica: 
Planejar – executar – demonstrar. É obrigatório o rigor metodológico. 
Se se trata de uma comunicação descritiva e explicativa, recomendo a utilização de parágrafos 
curtos, com no máximo 10 linhas. Parágrafos longos podem dificultar a interpretação e provocar 
desinteresse no leitor. 
Se o parágrafo de 10 linhas não encerra a ideia, utiliza-se palavras de conexão entre um parágrafo 
e o outro. Exemplo: Além disso, nesse sentido. 
Jamais se utiliza primeira pessoa do singular. O texto é junção de interpretações. A redação 
científica conjuga o autor e as referências usadas para produzir o conhecimento jurídico. É 
possível usar primeira pessoa do plural. 
É preciso haver ligação direta entre desenvolvimento e conclusão. A coerência científica é o que 
dá status de verdade à interpretação. 
Para realizar a monografia, existem os elementos pré-textuais, os elementos textuais e os 
elementos pós-textuais, como o glossário/anexos. 
A introdução, o desenvolvimento, a conclusão e as referências são importantes, de modo que cada 
parte tem uma finalidade específica. 
A introdução vai dar indicativos ao desenvolvimento. Apenas contextualiza o leitor. Não cabem 
opiniões, nem das referências, nem as pessoais. A introdução é só uma primeira aproximação. 
Pode ser escrita por último, depois do desenvolvimento, para que se verifique o que precisa ser 
tratado anteriormente. 
No desenvolvimento há os capítulos do trabalho, a exposição comentada das referências e a 
apresentação de elementos das referências. As referências vão servir de apoio à interpretação 
individual. Há também compilações que podem ser feitas com paráfrase ou com citações diretas. 
É ideal usar paráfrases, pois isso denota pleno domínio da interpretação das referências. As 
citações diretas podem ser elemento auxiliar. Podem ser sob forma autor-data (sobrenome, ano; 
p.X) ou numérica. 
Na conclusão, se apresentam as ideias principais da redação científica, se atribui pessoalidade, 
realizam-se críticas, sugestões, concordância com as referências. Não se deve usar citações.

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