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WEB AULA 2 Estrutura das demonstrações

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Unidade 2 – Balanço Patrimonial
Levando em conta as alterações impostas pela Lei, o CPC estabeleceu critérios para análise dos elementos que compões as demonstrações contábeis, definindo, por exemplo, os grupos da composição do Balanço Patrimonial.
Para falarmos dessa adequação precisamos conhecer primeiramente o que é Balanço Patrimonial e de que forma o mesmo se compõe.
Segundo o entendimento do CRC/PR em sua cartilha de Demonstrações Contábeis dos Aspectos Práticos de Elaboração e Apresentação Conceitual de Acordo com o IFRS pode-se dizer que o Balanço Patrimonial da entidade deve constar como regra geral a relação dos Ativos, Passivos, e as contas de Patrimônio Líquido, é a posição patrimonial e financeira da entidade.
http://www.manoel.pro.br/2011_demonstracoescontabeis.pdf
Compreendendo estas sabias palavras de definição do CRC sobre o que é Balanço Patrimonial, vamos entender agora os elementos que compõe um Balanço Patrimonial e como deve ficar sua estrutura.
Os grupos que compõem o Balanço Patrimonial podem se definidos da seguinte maneira:      
Ativo - é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que benefícios econômicos futuros fluam para a entidade.
Passivo - é uma obrigação atual da entidade como resultado de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera resulte na saída de recursos econômicos.
Patrimônio Líquido (PL) - é o valor residual dos ativos da entidade após a dedução de todos os seus passivos. Dessa forma entendido.   
O balanço patrimonial hoje traz em sua estrutura básica as seguintes divisões:
Ativo Circulante e Ativo não Circulante, Passivo Circulante e Não Circulante e Patrimônio Líquido, conforme abaixo estruturado. 
ATIVO CIRCULANTE
Com a adequação dentro da nova estrutura o Balanço Patrimonial passou a possuir nos Ativos dois grandes grupos.
Ativo Circulante e Ativo não Circulante.
Da mesma forma ocorrem, no Passivo que possui Passivo Circulante e Passivo não Circulante além do Patrimônio Líquido.
Fica assim definido pelo CPC que o ativo circulante deve ser aquele que oferece a entidade uma liquidez rápida, ou seja, um ativo capaz de ser transformado em condições para solvência de passivo.
O primeiro item do ativo circulante devem ser os valores expressos em dinheiro ou títulos que podem ser transformados em dinheiro imediatamente como no caso dos montantes em cheques, classificados como Ativo Circulante Disponível.
O ativo não Circulante: O que podemos entender é que a expressão não circulante vem para todos os ativos que não se enquadrem nos moldes da relação acima no recebimento dentro do período de doze meses após o encerramento do exercício social da entidade.
Realizável a Longo Prazo
Vale ressaltar que o Ativo Realizável a Longo Prazo, não deve ser classificado como sendo um grupo do Balanço Patrimonial, más sim um subgrupo do Ativo não Circulante.
Seguindo as regras do pronunciamento do CPC, o Ativo que não é Circulante, e não se encaixe como Disponível deve ser classificado como Não Circulante dentro do Subgrupo Realizável a Longo.
Investimentos. O que se pode entender que seja as instalações, armazéns, prédio onde a entidade possua sua sede, ou ainda terrenos ou outros imóveis que sirvam para renda, porém, não faça parte da sua atividade econômica.
Imobilizado, Este é um ativo que também está alocado neste grupo, mas não faz parte do investimento, e sim são produtos utilizados para produção da atividade fim da entidade. Podemos elencar neste grupo as ferramentas de uma indústria, as mesas e cadeiras do escritório, bem como os computadores, são bens utilizados para a execução da atividade, no entanto não são usados como bens da atividade.
Ativo Intangível, estes também são bens da entidade, contudo não podem ser tocados. São valores que a entidade possui, mas não é físico, um bom exemplo é a marca e a patente da entidade.
Também, podemos usar como exemplo os profissionais liberais legalmente constituídos, este tem como maior bem os clientes, no caso do escritório de contabilidade e advocacia, no caso dos médicos são seus pacientes, são bens que produzem valores, porém não podem ser tocados.
Vejamos a estrutura do ativo:
Na contra partida do ativo está o passivo que também é dividido da mesma forma: Passivo Circulante e não Circulante, mais o Patrimônio Liquido.
O passivo deve ser classificado como circulante quando satisfizer as exigências do CPC e fica assim distribuído no balanço patrimonial:
Passivo Circulante: Para que se considere um e classifique um passivo como circulante o mesmo deve ter a exigência de liquidação durante o período do ciclo operacional da entidade e deve ser solvido ou liquidado em até doze meses após a data do encerramento do exercício social da entidade.
Passivo não Circulante.
Todos os demais passivos devem ser classificados como não circulante, desde que se enquadre no mesmo critério do ativo não circulante, sejam obrigações que venham a ser liquidadas em um período superior a doze meses após a data do encerramento do exercício social da entidade, geralmente empréstimos ou renegociação destes.
Observem a estrutura do Passivo:
Após a definição de Passivo Circulante e não Circulante, deve-se elencar conforme subclassificação as contas do Patrimônio Líquido.
Patrimônio Líquido: Como já definido refere-se de maneira simples o resíduo da diferença do Ativo e o Passivo, porém vamos entender que dentro do Patrimônio Líquido existem as subclassificações, vejamos a estrutura:
Em primeira mão encontram-se as contas do Capita Social.
O Capital Social: Aparece na contabilidade no grupo do patrimônio liquido, é um valor pertencente aos sócios da entidade. No caso da sociedade empresarial limitada, aparece em quotas de capital no caso das S/A.
Os Gastos com Emissão de Ações: São valores que a empresa dispende, não podem ser tratados como despesas operacionais, não aparecem na demonstração de resultado do exercício – DRE, mas é relacionada  como conta redutora do capital social. Na conta capital social aparece o valor referente ao custo nominal das ações. A diferença, ou seja, o ágio deve aparecer na reserva de capital. Ágio é valor nominal da ação pelo que ela representa no capital da empresa.
A reserva de capital: Corresponde a ganhos obtidos sem a contrapartida das despesas, não tramitam pelas contas de resultados, podem ser destinados ao aumento do capital social, pode ser utilizado para compensação de prejuízo, é mais comum nas sociedades por ação. Um exemplo de reserva de capital é o ágio na emissão de ações ou alguns incentivos fiscais.
Reserva de lucro: São contas constituídas pela apropriação de lucros da entidade.
Representam lucros reservados e constituem garantia e segurança adicional para a saúde financeira da entidade, porque são lucros contabilmente realizados que ainda não foram distribuídos aos sócios cotistas ou acionistas.
Ações em Tesouraria: São ações da entidade adquirida pela mesma, deve ser registradas como contas redutoras do patrimônio líquido. São limitadas aos lucros acumulados e reservas, exceto reserva legal.
Os Ajustes da Avaliação Patrimonial: Também fazem parte desse grupo. Esse ajuste faz parte do pronunciamento do CPC 10 que determina que este ajuste, ou seja, a diferença entre o valor do bem constante na contabilidade e o valor do bem ajustado deve constar no grupo patrimônio líquido na conta ajuste de avaliação patrimonial.
Lucro ou Prejuízo Acumulado: Esta é a conta, que em síntese é o valor residual entre as receitas e as despesas apuradas através da DRE- Demonstração de Resultado do Exercício, que após considerar toda a movimentação da entidade, pagamentos e recebimentos encontrando o saldo este deve ser transferidos para o grupo do Patrimônio Liquido.
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DRE - Demonstração de Resultado do Exercício: Esta é uma peça da contabilidade que é apresentada separadamente do balanço patrimonial, mas que tem como objetivo apresentar o resultado da movimentação patrimonial da entidade, apurandoas receitas e a despesas e chegando a um resultado final, o saldo do exercício, lucros ou prejuízo.
A Demonstração de Resultado do Exercício tem como foco o confronto das Receitas e a Despesas.
Apresentam as Receitas do Período, as deduções dos impostos, os custos e as despesas operacionais e não operacionais, apurando o lucro e os impostos.
Segundo o critério estabelecido pelo CPC 26(R1) em seu pronunciamento a DRE- Demonstração de Resultado do Exercício deve vir junto a DRA- Demonstração de Resultado Abrangente.
A DRA - Demonstração de Resultado Abrangente: Deve iniciar-se com o resultado apurado no ano anterior, mais o resultado auferido no exercício em questão.
Também deve ser apresentado a Demonstração de Resultado Abrangente
Outra demonstração contábil que deve fazer parte da estrutura das demonstrações contábeis é a DLPA – Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, esta deve conter algumas informações imprescindíveis para que o usuário possa tomar decisões com segurança.
DLPA- Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulado: Deve trazer em sua estrutura as seguintes informações:
 
Demonstração do Fluxo de Caixa, fornecem informações acerca das alterações no caixa da entidade ou equivalente a caixa para um determinado período contábil. 
Também faz parte das demonstrações contábeis a DMPL - Demonstração de Mutação do Patrimônio Líquido, muito embora se entenda que esta demonstração possa ser substituída pela DLPA- Demonstração de Lucros ou Prejuízo Acumulados.
 
Com a nova regra e as adequações das normas, também passa a fazer parte destas demonstrações a DVA - Demonstração dos Valores Adicionais, que é um dos elementos do balanço social da entidade e tem como ponto central de seu foco demonstrar as riquezas criadas e sua distribuição.
É de caráter obrigatório para as empresas de Sociedade Anônimas de capital aberto, para as demais entidades tem caráter facultativo. Vejamos sua estrutura:
As Notas Explicativas – NE,contém informações adicionais as demonstrações contábeis, elas tem por princípio elucidar itens que possam gerar dúvidas ao usuário. São as notas explicativas que esclarecem aos usuários a complementação das informações contábeis.
A Resolução do CFC 1.185/09 NBC TG26 trata das Notas Explicativas, fazendo menção da maneira com estas devem ser elaboradas.
Com relação a sua obrigatoriedade a Lei 6.604/76 no seu Art. 176 § 4º determina que: "§ 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício."
< http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/obrigatoriedade-notas-explicativas.htm >
No intuito de esclarecer quais as demonstrações são obrigadas a serem apresentadas no momento do encerramento do exercício social da entidade, conforme esclarecimento do CRC/PR em sua cartilha. Pg. 49 e 50
< http://www.crcpr.org.br/new/content/download/2011_demonstracoesContabeis.pdf >

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