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ESTRUTURAS METÁLICAS E A IMPORTÂNCIA DO CORRETO CONTROLE DE QUALIDADE Para que tenhamos empreendimentos bem-sucedidos, traçados em estratégias palpáveis, necessitamos de um planejamento coerente com o tempo de execução e que integre os mais diversos setores que compõe o sistema, desde o projeto até a entrega da obra. Quando tratamos de estruturas metálicas, o cuidado com a integração dos setores fica ainda maior, pois cada etapa influencia diretamente na etapa sequencial. Muitas das patologias das quais se verificam no controle de qualidade são demonstração da falta de entrosamento entre as etapas, fazendo com que muitas vezes o que foi aprovado em projeto não seja possível na hora da montagem. Os autores nos trazem uma visão sobre o controle de qualidade e montagem nas obras de estruturas metálicas, apresentam os erros mais comuns, causas e uma ideia do que seria necessário inspecionar para que se evitem os danos futuros. Moramos em um país de clima tropical, onde os altos níveis de temperatura, misturados com a ação das chuvas, vento, maresia no caso da nossa região, afetam demasiadamente as estruturas metálicas, independente do porte. Muitas vezes o processo de corrosão, que é o mais conhecido em estruturas metálicas, se dá pelo fato de não ter sido pintado adequadamente ou seu projeto não deixa água escoar de forma correta, permitindo umidade o que ocasiona anomalias. Temos então que a maior porcentagem de fonte delas é dada pela falta de cuidado e detalhamento ainda em projeto, seguida dos erros de execução. Em projeto de estruturas metálicas deve ser rigorosa a definição do projeto, com o maior número de detalhes possíveis, principalmente na parte das ligações para que tudo fique redondo na hora da execução dos perfis, furação, processos de pintura para proteção, bem como espaço para chumbamento dos parafusos. A falta de espaço para que se apertem os parafusos é um dos mais comuns erros de projeto, o que demanda de um novo cálculo para que se obtenha a estabilidade desejada, causando retrabalho. Já quando falamos da pintura, podemos identificar visualmente suas falhas e defeitos, causados por vários processos desenvolvidos erroneamente. Um dos mais cometidos é a a oxidação precoce, que se dá pelo fato da camada de tinta que foi aplicada ser muito fina, deixando muita exposição em meios agressivos, geralmente ocorre para que se reduza o gasto de material. Quando se chega a analisar o plano de montagem, temos que primeiramente garantir que o processo de fabricação foi executado em sua totalidade e com excelência, para isso a empresa deve disponibilizar um funcionário que faça o controle de qualidade junto a produção bem como um representante do proprietário da obra pode se fazer presente para verificar a qualidade no procedimento. Quando essa etapa se conclui, executa-se a pintura e passamos para a montagem, levamos em conta primeiramente o projeto em sua versão mais atualizada para que se tenha a locação das peças evitando os erros de locação que podem fragilizar a estrutura. Muito comum no processo de montagem é a soldagem no local, o que não dá um controle de qualidade absoluto nas ligações. Também é possível que se perceba problemas para o correto chumbamento dos parafusos muitas vezes pela falta de capacitação de mão de obra dos funcionários responsáveis. Para que se previna este tipo de despesa com retrabalho e se tenha o produto desejado ao final do processo, deve-se exigir um controle de qualidade absoluto em todos os setores. É ele quem previne e investiga os defeitos que podem ocorrer e os já existentes para que não ocorram novamente. Através de ensaios não destrutivos, define- se a quantia de amostra para o ensaio e quais e quantos são os defeitos aceitáveis numa determinada extensão. Os autores propuseram, segundo padrões definidos por Bellei (2010), que se estabeleçam três padrões, sendo 1º rigoroso, 2º normal e o 3º comercial, chamado posteriormente de brando. É possível que se tenha parte de uma estrutura classificada como um padrão e outra parte como outro padrão, mas espera-se que com o tempo se defina por inteiro uma padronização nível nacional, transformada em norma. Com os resultados obtidos, se faz possível uma melhor prevenção de desalinhos graças a um controle de qualidade efetivo, o qual permite que se padronize as estruturas ao longo do processo. O estudo realizado pelos autores, nos faz refletir quanto é a falta de atenção e quanto é o desvio de valores para que se diminuam as despesas na hora de proteger o material para uma maior vida útil por exemplo. Muitas empresas metalúrgicas que projetam estruturas acabam deixando controle de qualidade de lado para que se permaneça em um certo padrão de ascensão social financeira, o qual é prejudicial à própria empresa a longo prazo e aos que se farão clientes da mesma. Devemos dar ênfase a uma possível normatização destes controles de qualidade para que se siga o mínimo requerido para um projeto eficaz e duradouro. O controle também como preventivo deve garantir que os setores interajam entre si, do contrário muitas dúvidas ficam no ar e isto faz com que não se execute o processo na ordem necessária, acarretando as anomalias e despesas para custear o retrabalho, o que muitas vezes faz o projeto inviável quando se tem um primeiro planejamento que não consta esses reparos indesejáveis. Em vista disso é necessário que se continue os estudos nos grupos e nas mesas redondas as quais trazem isso para nossa realidade frente ao debate que tanto pode acrescentar a este setor. Cada empresa deve avaliar um planejamento que se encaixe no seu sistema e executá-lo na maneira mais rígida possível, constituindo até uma padronização da mesma. Problemas que tem solução não devem ser deixados de lado, devemos debater e reabilitar essa deficiência para que não seja ela o motivo de mais despesas financeiras e atrasos em nossos empreendimentos.
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