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TIGRES ASIÁTICOS


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TIGRES ASIÁTICOS 
O Japão, recuperando-se da terrível derrota sofrida na Segunda Guerra Mundial, desenvolveu seu 
próprio modelo de capitalismo: a produção de bens a preços baixos e destinados à exportação. 
Também implementou uma bem planejada e bem sucedida reforma agrária gerando um aumento 
rápido na renda dos fazendeiros, resultando na criação de um mercado local para novas fábricas. O 
crescimento imenso e ininterrupto da economia japonesa após a Segunda Grande Guerra resultou na 
criação de um dinâmico mercado em toda a área do Pacífico. Além de estimular o crescimento de 
países vizinhos, o Japão serviu de modelo, como é o caso da Coreia do Sul, um dos países mais 
pobres na década de 1960, que se transformou numa nação semi-industrializada, tendo crescimento 
econômico surpreendente.
Japão e Coreia do Sul não foram as únicas histórias de sucesso econômico na Ásia durante as 
décadas 1970 e 1980. Taiwan, Hong Kong e Cingapura também participaram ativamente do comércio 
mundial. Juntamente com a Coreia do Sul, essas nações compartilharam o título de "quatro 
pequenos tigres asiáticos" (sendo o Japão o Grande Tigre Asiático) devido a sua agressiva busca 
por mercados estrangeiros e em virtude de seu grande crescimento econômico e industrial. Esses 
países tinham poucos recursos naturais, mas isso era compensado com trabalho duro e baixos 
salários. Taiwan, Hong Kong e Cingapura também deviam sua prosperidade às políticas 
governamentais que incentivavam a iniciativa privada. Grandes exportações vindas dos "pequenos 
tigres asiáticos" incluíam tecidos, roupas, sapatos, brinquedos, pequenos utensílios e equipamentos 
eletrônicos.
No final da década de 1990, as exportações chegavam a mais de 200% do PNB (produto nacional 
bruto) em Cingapura e a mais de 100% em Hong Kong. O índice de crescimento era alto nos Tigres 
Asiáticos, apesar da crise econômica asiática. Não é de se surpreender que a população desses 
países tinha um alto nível de alfabetização. O investimento em educação, tecnologia e transportes e a 
adoção de economias de mercado permitiram que as economias dos Tigres Asiáticos se 
desenvolvessem de forma marcante: Hong Kong elevou sua renda per capita em cinco vezes mais 
que a da China continental.
Com o passar do tempo, o termo Tigre tornou-se sinônimo de uma nação que alcançou o crescimento 
ao implementar um modelo econômico baseado na exportação. Recentemente, nações do Sudeste 
asiático, como Indonésia, Malásia, Filipinas e Tailândia também passaram a ser consideradas Tigres.
FATORES DO DESENVOLVIMENTO
Os Tigres Asiáticos se desenvolveram de forma tão rápida e marcante porque consideravam a 
educação como um meio necessário para aumentar a produtividade. Esses países melhoraram o 
sistema educacional em todos os níveis - Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Universitário.
Além da reforma educacional, os Tigres, países relativamente pobres durante a década de 1960, 
tinham mão de obra abundante e barata. Foi criado nesses países uma força de trabalho bem 
preparada, produtiva e de baixo custo. Além disso, implantou-se uma reforma agrária justa com 
políticas de subsídio à agricultura.
Outros fatores que explicam o desenvolvimento industrial dos Tigres Asiáticos foram:
Incentivos fiscais.
Leis ambientais menos rígidas.
Determinação governamental de promover a industrialização.
Ajuda maciça dos EUA, principalmente para Taiwan e Coreia do Sul.
Providências no sentido de maior distribuição de renda, aumentando desta maneira o mercado 
consumidor. Intensa militarização no trabalho, o que impõe uma rígida disciplina com vistas ao 
aumento de produtividade.
A POLÍTICA DOS TIGRES ASIÁTICOS
TAIWAN (REPÚBLICA DA CHINA)
Chamada também de Formosa ou Taipé Chinês, Taiwan é reivindicado pela República Popular da 
China, que a considera uma província rebelde. Com a Revolução Socialista na China, o governo 
nacionalista de Chiang Kai-Shek transferiu-se para a ilha de Formosa e fundou a República da China, 
mais conhecida como Taiwan. Foi governada por ditadores do partido Kuomintang de 1949 a 1991. 
Até 1987, Taiwan permaneceu sob Lei Marcial. Em 1991, o presidente Chiang Ching-kuo passou a 
democratizar o sistema político da província. Após seu falecimento, foi sucedido pelo vice-presidente, 
Lee Teng-hui, que promoveu grandes avanços na democracia. Em 2000 e em 2004 foi eleito Chen 
Shui-bian do Partido Democrático Progressista.
CINGAPURA
A Constituição da República da Cingapura estabelece que o sistema político do país é uma 
democracia representativa. O país é reconhecido pelas Nações Unidas como sendo uma república 
parlamentarista.
Cingapura foi uma colônia britânica a partir de 1959, quando obteve autonomia. Desde então, foi 
governada por um único partido - o Partido da Ação do Povo (PAP). Lee Kuan Yu foi primeiro-ministro 
de 1959 a 1990. Seu governo reduziu o desemprego e aumentou a qualidade de vida no país. A infra 
estrutura econômica foi também bastante desenvolvida. Cingagura é hoje é um dos países mais 
prósperos e seguros do mundo.
Em 1990, Goh Chok Tong tornou-se primeiro-ministro. Durante seu governo, o governo enfrentou a 
crise financeira que atingiu a Ásia, em 2003. Em 2004, Lee Hsien Loong, o filho primogênito de Lee 
Kuan Yu tornou-se o terceiro primeiro-ministro do país.
COREIA DO SUL
A Coreia do Sul é uma república semipresidencialista. O presidente é eleito por voto direto popular 
para um único mandato de cinco anos. É o presidente que nomeia o primeiro-ministro. Este deve ser 
aprovado pelo parlamento. Uma vez aprovado, o primeiro-ministro nomeia e preside o Conselho de 
Estado, ou seja, o governo.
O parlamento coreano, unicameral, é chamado Gukhoe (Assembleia Nacional). O mandato de seus 
membros é de quatro anos. O Supremo Tribunal do país é nomeado pelo presidente com a 
aprovação do parlamento.
Em 12 de março de 2004, o parlamento sul-coreano destituiu o presidente Roh Moo-hyun. O 
presidente, um advogado de direitos humanos, foi acusado de fraude eleitoral e incompetência. O 
primeiro-ministro Goh Kun assumiu o poder até que o Tribunal Constituição tomasse uma decisão 
final sobre a destituição do presidente.
HONG KONG
Possuindo uma das economias mais liberais do mundo, Hong Kong é um grande centro internacional 
de finanças e comércio. Antiga colônia britânica, Hong Kong é hoje administrada pela República 
Popular da China, mas desfruta do estatuto de Região Administrativa Especial, de acordo com a 
fórmula "um país, dois sistemas". Apesar de hoje fazer parte da China socialista, Hong Kong possui 
um alto nível de autonomia, com seu próprio sistema legal, moeda, alfândega e direitos de 
negociação de tratados. Apenas a defesa nacional e relações diplomáticas são de responsabilidade 
do governo chinês. Hong Kong nem mesmo paga impostos ao governo chinês, e o modo de vida da 
população, incluindo a liberdade de imprensa, foi muito pouco alterado.
Foi em 1982 que a China e o Reino Unido iniciaram conversações sobre a devolução de Hong Kong 
à primeira. Um acordo assinado em 1984, na capital chinesa, determinou que a China adquiriria o 
território a partir de 1 de julho de 1997. Isto de fato ocorreu: após 156 anos de administração colonial 
britânica, Hong Kong voltou a pertencer à China.
Hong Kong é um dos territórios mais ricos da Ásia. Faz parte do tratado internacional chamado APEC 
(Asia-Pacific Economic Cooperation), bloco econômico que objetiva transformar o Pacífico numa área 
de livre comércio e que engloba economias asiáticas, americanas e da Oceania. Junto com 
Cingapura, Coreia do Sul e Taiwan, a rápida industrialização de Hong Kong fez com que a região 
ganhasse seu lugar como um dos quatro originais Tigres asiáticos.
Apesar de Hong Kong ter passado para o controle chinês, o nome em inglês da região permanece o 
mesmo.
Leitura Complementar: As Duas Coreias
O Japão havia anexado o paísda Coreia em 1911. Quando a Segunda Guerra Mundial terminou, a 
Coreia foi dividida no Paralelo 38º de latitude em zonas de ocupação soviética e norte-americana. 
Com o apoio soviético, os comunistas fixaram um governo na Coreia do Norte, enquanto os Estados 
Unidos apoiavam a formação de um governo não comunista na Coreia do Sul. Ambos governos da 
Coreia do Sul e da Coreia do Norte reivindicavam o direito de governar sobre toda a península.
Em junho de 1950, a Coreia do Norte realizou um ataque surpresa contra a Coreia do Sul, esperando 
unir toda a Coreia sob o domínio comunista. Os Estados Unidos enviaram tropas para apoiar o Sul, e 
a Guerra Coreana foi iniciada. Em novembro, soldados das Nações Unidas combateram as forças 
comunistas e adentraram território norte-coreano.
Quando os coreanos comunistas, que recuavam frente ao ataque das Nações Unidas, alcançaram o 
território da China, aproximadamente 200 mil soldados chineses adentraram a Coreia do Norte, 
tomando as forças das Nações Unidas de surpresa. Com a ajuda chinesa, os norte-coreanos 
expulsaram as tropas da ONU de volta ao Paralelo 38º. A luta continuou até que um armistício foi 
declarado em 1953.
Após a guerra, as duas Coreias estabeleceram governos e políticas bastante diferentes. A Coreia do 
Norte tornou-se um estado totalitarista sob o modelo stalinista. As indústrias foram nacionalizadas e 
as fazendas foram coletivizadas. O governo da Coreia do Norte - autocrático e ditatorial - esmagou 
qualquer oposição.
A Coreia do Sul, por outro lado, era oficialmente uma democracia, apesar de direitos básicos de seus 
cidadãos serem frequentemente negados. Os líderes do país silenciaram seus adversários políticos, 
argumentando que a união nacional era fundamental para evitar um novo ataque da Coreia do Norte. 
Contudo, em 1987, um protesto em massa obrigou o governo a revisar a Constituição e realizar 
novas eleições.
O governo sul-coreano apoiou fortemente a indústria no país que teve um sucesso marcante. À 
medida que as exportações para o país cresciam, o produto interno bruto da Coreia do Sul tornou-se 
quatro vezes maior do que aquele da Coreia do Norte.
Leitura Complementar: TAIWAN
Em 1894, após humilhante derrota militar, a China perde a Coreia e o Japão ocupa a Ilha de Taiwan 
(Formosa).
Ao fim da guerra contra o Japão, um conflito armado irrompeu entre as tropas de Mao e os 
nacionalistas chineses. Em 1949, a Revolução Chinesa foi encerrada com os comunistas emergindo 
vitoriosos e tomando controle da China. Chiang Kaishek e seus seguidores fugiram para a ilha de 
Taiwan, onde estabeleceram o que afirmavam ser o legítimo governo da China. Em 1 de outubro de 
1949, Mao Zedong proclamou o nascimento da República Popular da China.
No dia 1º de outubro de 1959, Mao Zedong entrava em Beijing, fundando a República Popular da 
China. Para fugir à total derrota, o governo nacionalista instalou-se em Taiwan (Formosa), recriando a 
República da China, com capital em Taipé.
Outra fonte de conflito entre China e o Ocidente era Taiwan. Os Estados Unidos e as Nações Unidas 
reconheceram o governo de Chiang Kaishek em Taiwan como sendo o único legitimo governo da 
China. No início da década de 1950, os Estados Unidos assinaram um tratado de mútua defesa com 
Chiang Kaishek e deram a Taiwan apoio militar e econômico.
Em 1971, o Presidente norte-americano, Richard M. Nixon aceitou um convite para visitar a China no 
ano seguinte. Com essa mudança na política norte-americana em relação aos chineses, a 
Assembleia Geral das Nações Unidas votou em novembro de 1971 para que a República Popular da 
China, e não mais Taiwan, fosse o representante oficial da nação chinesa. Em 1979, a China 
comunista e os Estados Unidos formalmente estabeleceram relações diplomáticas.
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