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HISTÓRIA DOS PERSAS

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HISTÓRIA DOS PERSAS 
Localizada no planalto do Irã, a Pérsia foi povoada originalmente por tribos indo-europeias. Seu 
território apresenta clima desértico e solo de baixa fertilidade, fatores que dificultaram as práticas 
agrícolas. A agricultura só foi possível, ainda que precariamente, com a utilização de técnicas de 
irrigação.
Os persas tornaram-se famosos por sua habilidade guerreira, a qual lhes garantiu a formação de um 
extenso e poderoso império militar. Além disso, ao contrário dos assírios, conhecidos pela crueldade 
com que tratavam os povos subjugados, os persas souberam respeitar tradições, crenças e valores 
das populações dominadas, minimizando os atritos e conseguindo sustentar sua dominação por mais 
tempo.
Dentre os principais governantes persas podemos destacar:
Ciro I (559 a.C. - 529 a.C.). Foi o primeiro rei da Pérsia, responsável pela unificação política 
das tribos e iniciador do expansionismo que levaria à constituição de um vasto império. 
Conquistou a Lídia e colônias gregas na Ásia Menor; depois, dominou a Babilônia, a Fenícia, a 
Palestina e a Síria.
Cambises I (529 a.C. - 522 a.C.). Continuou o expansionismo do pai, anexando o Egito ao 
império persa.
Dario I (512 a.C. - 484 a.C.). Durante seu reinado, deu-se o apogeu do Império Persa. Dario 
implantou uma administração eficiente sobre as várias regiões do Império: dividiu o território 
em unidades administrativas (satrapias), as quais eram regidas por um governador (sátrapa) 
nomeado diretamente pelo imperador; com isso, Dario controlava o governo de cada canto do 
Império; estabeleceu uma eficiente rede de estradas e um sistema de correio; criou uma 
moeda que deveria circular em todo o Império - o dárico; estabeleceu uma fiscalização 
rigorosa, com visitas surpresas às províncias do império, a fim de controlar a administração 
local (eram os chamados "olhos e ouvidos do rei").
Dario I tentou estender as fronteiras do Império Persa para o Ocidente e invadiu colônias gregas na 
Ásia Menor, almejando conquistar a própria Grécia. Os gregos, porém, chefiados pela cidade de 
Atenas, venceram a ameaça persa nas chamadas Guerras Médicas que estudaremos 
posteriormente.
 
Guerreiros persas
A derrota militar frente aos gregos enfraqueceu o prestígio militarista persa, bem como a estrutura do 
Império. As províncias perceberam essa situação e intensificaram a resistência contra o pagamento 
de tributos e a própria dominação. O declínio acentuou-se e permitiu a conquista macedônica de 
Alexandre, o Grande, em 330 a.C.
Depois do domínio macedônico e das sucessivas tentativas romanas em anexar a região a seu 
império, a Pérsia foi conquistada pelos árabes islâmicos, no século VII, submetendo-se ao Império 
árabe.
A cultura persa pode ser caracterizada por seu ecletismo: o contato com vários povos levou-a a 
assimilar diferentes elementos culturais. Vale destacar, no entanto, a original religião persa, fundada 
no dualismo. Os persas acreditavam em dois deuses: o Ahura-Mazda, deus do bem, da luz, do reino 
espiritual, e Arimã, o deus do mal e das trevas. Esses deuses viviam em luta para arrebatar as almas. 
A religião persa é atribuída a Zaratrusta ou Zoroastro e, por isso, é também conhecida como 
zoroastrismo.
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