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Os persas

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Os persas 
 
Introdução 
 
 
 
 
 
Retrato de homem persa nas ruínas de Persépolis 
Os persas foram um povo que habitou a região que hoje 
conhecemos como Irã há muito tempo atrás, cerca de 2000 
a.C. O planalto Iraniano, localizado ao leste da 
Mesopotâmia, tinha um clima predominantemente seco, 
sendo as suas terras pouco férteis. Contudo, os persas 
conseguiram prevalecer contra essas adversidades, 
estabelecendo um grande império, que se estendeu até o 
Egito. 
A religião persa também foi um dos seus aspectos mais 
importantes e marcantes. Acredita-se que 
o zoroastrismo influenciou diversas religiões, inclusive o 
cristianismo e o islamismo, por conta da sua filosofia 
religiosa: o maniqueísmo. 
Nos próximos tópicos, vamos entender qual foi sua origem e 
como se desenvolveu o império persa. 
A origem da Pérsia 
Os persas eram descendentes dos indo-europeus, que 
primeiro começaram a povoar a região ao leste da 
mesopotâmia, cerca de 6000 a.C. Acredita-se que essas 
levas imigratórias se estenderam até 2000 a.C., quando os 
povos começaram a melhor se estabelecer na região, 
abandonando o nomadismo. 
Por volta de 1000 a.C., um grupo de nômades indo-
europeus se estabeleceu na região sul do Irã, conhecida por 
Persis. Assim, o grupo dos nômades, chamados parsas, 
começaram a ser conhecidos e reconhecidos como persas 
pelo mundo ocidental antigo. Por fim, se entendia como 
Pérsia as regiões onde se predominava a língua e a cultura 
persa. 
Os persas não foram os únicos povos a se estabelecerem 
efetivamente no planalto iraniano. Na verdade, durante o 
século VIII a.C., os povos nômades da região, já haviam se 
organizado em pequenos estados monárquicos que 
disputavam entre si o controle do planalto, sendo os 
maiores o Reino dos Persas e o Reino dos Medos, que se 
situavam ao leste da Mesopotâmia. Acredita-se que os 
Medos se estabeleceram na região antes dos persas, tendo 
exercido o controle regional e o expandindo até a 
Mesopotâmia. Os medos também foram responsáveis pela 
queda do Império Assírio. 
A hegemonia dos Medos durou até o século VI a.C., quando 
começou a enfraquecer devido a disputas militares e 
da ascensão dos persas. Assim, em 550 a.C., Ciro I (rei dos 
persas), conquistou o reino dos Medos, o que levou a 
unificação política da região, dando origem ao Império 
Persa. 
O império Persa (550 a.c - 330 a.c) 
Apesar de consideravelmente breve, o império persa teve 
uma rápida e consistente expansão, tendo conquistado e 
unificado politicamente toda a região da antiguidade 
oriental. 
O império começa com a Ciro I (559 a.C. - 529 a.C.) e a 
dinastia Aquemênida. Ciro I foi responsável pela unificação 
do Império Persa. Até sua morte, a Pérsia já havia 
conquistado todo o planalto iraniano, assim como a 
Mesopotâmia. Sucedido por seu filho Cambises (529 a.C. - 
522 a.C.), a Pérsia se expandiu até o Egito, conquistando-o 
após a batalha de pelusa, em 525 a.C.. 
O auge do Império Persa veio com o Dario I (512 a.C. - 484 
a.C., após a retirada de um impostor do trono. Dario I foi o 
responsável por controlar o grande território persa após 
diversas revoltas em seus domínios e de ainda manter um 
intenso avanço expansionista, tendo conquistado as regiões 
norte da Índia e da Trácia. 
Dario I dividiu todo o império em satrapias, que eram 
províncias governadas por um sátrapa, que nem sempre 
tinha uma origem persa. Isso acontecia pois Dario I manteve 
a mesma estratégia de apaziguamento dos territórios 
conquistados que era utilizado por Ciro I: o alinhamento 
com as antigas elites e a tolerância com religião e cultura 
local. 
Com a divisão do império em 20 satrapias, Dario I construiu 
grandes estradas que eram interligadas, ligando as capitais 
do Império - Susa, Persépolis e Pasárgada - assim como foi 
instituída a primeira unidade monetária internacional, o 
dárico de ouro, que contribuiu para a prosperidade do 
império, que passou a exercer mais atividades comerciais, 
nascendo uma classe social de ricos comerciantes, por 
consequência, aumentando o artesanato no império também. 
Contudo, Dário I deu início às guerra médicas (499 a.C. - 
459 a.C.), após a tentativa do domínio das cidade-estados da 
Jônia. Em sequência, Xerxes I, filho de Dário, (484 a.C. - 
465 a.C.) fracassou ao tentar conquistar a Grécia. Com a 
sua derrota pelos gregos, o império persa se 
viu enfraquecido e aos poucos foi sendo desmantelado, até 
que então, foi dominado pelos macedônios em 330 a.C., 
por Alexandre Magno. 
 
 
 
 
 
Extensão do Império Persa no seu auge 
 
Características culturais e socioeconômicas do 
império persa 
Não existem muitos registros de como se organizava a 
sociedade persa durante a dinastia Aquemênida. O que se 
sabe é que ela se baseava em um modelo agrário, onde 
existiam três classes tradicionais: os militares ou 
aristocratas, os sacerdotes, também chamado de magos, e 
os camponeses e pastores. Existia um rei que governava a 
Pérsia, que detinha os poderes em sua mão, tanto políticos 
quanto religiosos. A pirâmide social da Pérsia se dava da 
seguinte maneira: no topo, o rei e sua família, seguido pelos 
militares ou aristocratas, depois pelos sacerdotes, e na base, 
encontravam-se os camponeses e os pastores. A pirâmide 
seguia uma descendência patriarcal. 
Vale ressaltar que os aspectos socioeconômicos foram se 
desenvolvendo conforme a expansão do império, de acordo 
com o contato com outros povos. Isso se deu por conta da 
estratégia feita por Ciro I, que manteve a tolerância sobre a 
cultura dos povos conquistados assim como se alinhou às 
suas elites. Contudo, acredita-se que a essência cultura 
persa nunca foi perdida. 
Talvez o aspecto mais marcante sobre a cultura da Pérsia 
seja a sua religião. Conhecida por ser a religião precursora 
da filosofia maniqueísta, isso é, o dualismo entre o bem e o 
mal. O zoroastrismo influenciou as grandes religiões do 
mundo moderno, como por exemplo, o judaísmo, 
cristianismo e islamismo. 
O zoroastrismo recebe esse nome por conta de seus 
fundamentos terem sido feitos pelo lendário poeta Zoroastro, 
também conhecido por Zaratustra. A religião, como dito 
acima era dualista, onde existia o deus do bemAhura-
Mazda, e o deus do mal, que era o antagonista ao deus do 
bem, Arimã. Assim como as demais religiões da antiguidade 
oriental, o zoroastrismo era teocrático, ou seja, a religião 
exercia um papel político nas mãos do rei. 
 
Exercício 
1 - Historicamente, situa-se o surgimento do Estado e da 
escrita entre as primeiras civilizações surgidas no oriente. 
Apesar de possuírem culturas muito distintas e terem 
contribuído com diferentes legados, podemos afirmar que 
um traço comum entre a religião de Egípcios, 
Mesopotâmios, Hebreus e Persas era: 
A - o exercício de enorme influência sobre a organização 
política e dos Estados, caracterizados como teocracias; 
B - a crença em um único deus, conceituada como 
monoteísmo; 
C - o culto de diversos deuses com representações 
antropozoomórficas (meio homem, meio animal); 
D - a mumificação para garantia de vida após a morte; 
E - a construção de prédios grandiosos em forma de 
pirâmide, que serviam ao mesmo tempo como templos para o 
culto dos fiéis e tumbas para os reis. 
 
Resolução 
A - o exercício de enorme influência sobre a organização 
política e dos Estados, caracterizados como teocracias; 
O zoroastrismo tinha características teocráticas, o que era 
comum entre as religiões da antiguidade oriental, no caso, 
todas explicitadas no exercício. 
1 - O Império Persa caiu sob o domínio dos macedônios, 
após a sua conquista por Alexandre Magno. O que 
proporcionou esse domínio foi o enfraquecimento do império 
após o longo período das guerras médicas e, por 
consequência, a sua derrota. As guerras médicas foram 
travadas entre quem? 
A - Os persas e o Egito 
B - Os persas e os gregos 
C - Os persas eos macedônios 
D - Os persas e os medos 
E - Nenhuma das anteriores 
 
Resolução 
B - Os persas e os gregos 
As guerras médicas foram travadas entre os persas e os 
gregos, após a tentativa de dominação da Jônia pelo rei 
Dário I. 
3 - O Império Persa é conhecido por ter sido o primeiro a 
conquistar toda a região da antiguidade oriental. Dito isso, 
qual foi o rei responsável pela unificação da Pérsia? 
A - Xerxes I 
B - Cambises 
C - Dário I 
D - Ciro I 
E - Nenhuma das anteriores 
Resolução 
D - Ciro I 
Ciro I foi o responsável pela unificação do império persa 
após a conquista do reino dos medos. Assim, prosseguiu a 
conquistas todo o território da Mesopotâmia, até a sua 
morte. 
 
 
Referência: 
https://querobolsa.com.br/enem/historia-geral/os-
persas?utm_source=querobolsa.com.br&utm_source=plano
-de-estudo&utm_campaign=pde-agosto

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