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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II 1 FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO- PEDAGÓGICA – TURMA 2014 TÍTULO: Juros compostos na aquisição de produtos financiados dentro da matemática financeira AUTOR: Agustinho Benatti Mendonça DISCIPLINA: Matemática ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO E SUA LOCALIZAÇÃO: Colégio Estadual Branca da Mota Fernandes Ens. Fundamental, Médio e Profissionalizante Localizado na AV. Tuiuti N° 1197 MUNICÍPIO: Maringá NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO: Maringá PROFESSORA ORIENTADORA: Lilian Akemi Kato INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR: UEM RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR: RESUMO: Nesta Unidade Didática é apresentada a Modelagem Matemática como estratégia de ensino e ambiente de aprendizagem tendo o propósito de instigar o aluno de modo que o leve a questionar e investigar situações matemáticas existentes em diversas práticas escolares e não escolares. Desse modo, garantir uma maior diversidade de situações que possibilitem o confronto de diferentes práticas é o diferencial para compreender as propostas deste trabalho. Por isso, a escolha da disciplina Matemática Financeira através do conteúdo de juros Compostos no Curso Técnico de Administração Subsequente, tem por finalidade trabalhar atividades práticas que envolvam situações problemas relacionadas a financiamentos de forma que contribuam para a formação de um cidadão mais atuante. PALAVRAS-CHAVE: Modelagem matemática, Matemática financeira, Juros Compostos, Financiamentos. FORMATO DO MATERIAL DIDÁTICO: Unidade Didática PÚBLICO: 2° Período do Curso Técnico Subsequente em Administração 2 APRESENTAÇÃO Esta Unidade Didática objetiva oportunizar o aluno a vivenciar, descobrir e relacionar o conhecimento científico ofertado pela escola com o conhecimento que ele tem adquirido com a experiência de vida. Colocar em uma situação paralela essas duas diferentes formas de conhecimento é o desafio para que a aplicação desta Unidade Didática apresente ao final de sua intervenção em resultado promissor. Por isso a proposta deste trabalho é utilizar como estratégia de Ensino a Modelagem Matemática que tem como finalidade abordar problematização de situações do cotidiano, ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no contexto social. Segundo Bassanezi (2010, p. 16), a modelagem consiste na: “arte de transformar problemas da realidade em problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas soluções na linguagem do mundo real”. Almeida e Dias (2004) sugerem a introdução das atividades usando três momentos: 1. O professor desenvolve com os alunos um trabalho de modelagem já estruturado, ou seja, apresenta a situação-problema e o problema matemático formulado e todos os dados necessários para a resolução do mesmo. Cabe aos alunos a resolução do problema e ao professor orientar o trabalho pronto, sendo uma forma de adaptar o aluno com outra estratégia (alternativa) de ensino e aprendizagem. 2. O professor traz para a sala de aula uma situação-problema já estruturada no contexto não matemático e informações sobre esta situação. Neste caso cabe aos alunos, em grupo, a seleção das variáveis, a formulação das hipóteses, a dedução do modelo, a validação e a interpretação das respostas encontradas diante da situação real e ao professor colaborar com trabalho, incentivando-os, em grupo, a elaborarem o problema matemático a ser estudado. 3. Também em grupos, os alunos serão incentivados a desenvolver uma atividade de modelagem matemática desde a escolha do tema até a obtenção de uma resposta para o problema investigado. O professor atua como colaborador do trabalho. A Unidade Didática, neste contexto, se caracteriza como veículo de informação utilizando folders de produtos a vista e financiados, como por exemplo, automóveis, motocicletas e aparelhos eletrônicos. Por essa razão, escolheu-se a Modelagem Matemática por se pensar que ela é uma alternativa viável para uma melhora significativa no ensino e aprendizagem Matemática, por isso, na disciplina de Matemática Financeira ao trabalhar os conteúdos de porcentagem, juros simples e compostos, farão parte das atividades práticas dos alunos do 2º período do curso Técnico Subsequente em Administração. Haja vista, que no 1º período a ementa da disciplina de Matemática Financeira apresenta os conteúdos: razão e proporção, porcentagem, juro simples e desconto simples. De acordo com as Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Médio (2006, p.30): O conceito de Matemática Financeira é utilizado em diversos ramos da atividade humana, cuja aplicação influencia as decisões de ordem pessoal e de conjuntura social, provocando mudanças de forma direta na vida das pessoas e da sociedade de forma geral. Sua importância se reflete nas atividades cotidianas de quem precisa lidar com dívidas ou crediários, interpretar descontos, entender reajustes salariais, escolher aplicações financeiras, entre outras atividades de caráter financeiro. No âmbito desse estudo, o modelo matemático buscado deverá ser compatível com o conhecimento do aluno, sem desconsiderar novas oportunidades de aprendizagem, para que assim ele possa transformar a matemática conhecida (senso comum) à matemática aplicada (saber científico). Como é sabido, segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais do Paraná, há cinco categorias de Conteúdos Estruturantes para o Ensino Médio. O Tratamento da Informação é um desses conteúdos, na qual a Matemática Financeira é um conteúdo básico que pertence a essa categoria. Para o desenvolvimento deste projeto adotamos a Modelagem Matemática definida como: [...] um ambiente de aprendizagem no qual os alunos são convidados a indagar e/ou investigar, por meio da Matemática, situações oriundas de outras áreas da realidade. Essas se constituem como integrantes de outras disciplinas ou do dia-a-dia; os seus atributos e dados quantitativos existem em determinadas circunstâncias (BARBOSA, 2001, p.06) Nesse contexto, a Modelagem Matemática como estratégia de ensino é uma forma de desenvolver uma prática pedagógica transformadora para incorporar elementos que interajam no pensamento dos alunos como raciocínio rápido, criatividade e flexibilidade, por isso é importante encontrar pontos de ligação que permitam ao aluno dar significado sobre o que está aprendendo. JUROS Quando um determinado produto tem certo preço à vista e outro preço a prazo, chamamos esse percentual de aumento de juros. Ou quando pagamos uma conta em atraso e temos um acréscimo no valor a ser pago, esse aumento também é chamado de juros. Segundo Parente e Caribé (1996), juros representam a remuneração do capital empregado e podem ser calculados nos regimes de juros simples ou compostos. No regime de juros simples os juros são calculados sempre sobre o capital inicial. Não existe capitalização de juros nesse regime, pois os juros de um determinado período não são incorporados ao capital para cálculo do período seguinte. Sua aplicação atualmente é muito limitada, tendo apenas em um contexto onde não há inflação e a curtíssimo prazo. Já o regime de juros compostos é o mais comum no dia a dia, no sistema financeiro e no cálculo econômico. Nesse regime os juros gerados a cada período são incorporados ao capital para o cálculo dos juros do período seguinte; os rendimentos gerados no período anterior também renderão juros nos períodos seguintes; os juros são capitalizados. Assim, odinheiro cresce mais rapidamente a juros compostos do que simples. A maioria das operações envolvendo dinheiro como compra a médio e longo prazo, compram com cartão de crédito, empréstimos bancários, cadernetas de poupança, etc., utilizam os juros compostos (PARENTE; CARIBÉ, 1996). Os fatores que interferem no cálculo dos juros: Capital: Valor aplicado em unidades monetárias. Taxa Razão entre o juro produzido e o capital aplicado (i=j/c), por unidade de tempo. Tempo Número de unidades de tempo (período). Número de unidades de tempo (período). Um ano=12 meses=360 dias e mês=30 dias. Tempo civil ou exato Ano normal 365 dias e bissexto 366 dias. Meses Janeiro, março, maio, julho, agosto, outubro e dezembro(31 dias); Abril, junho, setembro e novembro(30 dias) e fevereiro(28 ou 29 dias). Capitalização dos juros: Forma de crescimento do capital (como adicionar os juros ao capital); Regime de capitalização: De acordo com a função de crescimento do capital, o regime de capitalização pode ser classificado como: simples e composto. CÁLCULO DOS JUROS SIMPLES Se em cada período i = J/C, então o juro deste período é: J = C X i. Numa série de “n” períodos tem: J = J1 + J2 + J3 + Jn Então: J = (C X i)1 + (C X i)2 + (C X i)3 + (C X i)n J = “n vezes” (C X i) J = C X i X n Resumindo: J = C X i X n, onde: J = juros i = taxa C = capital N = tempo Importante: com esta relação e, conhecendo-se três grandezas, sempre é possível calcular a quarta. Cuidado: a taxa deve ser unitária e sua unidade não pode ser diferente da unidade de tempo. CLASSIFICAÇÃO DA TAXA 1) Quanto à forma: a) Unitária: expressa por uma fração ou número decimal.Ex.: 3/100 = 0,03 b) Percentual: corresponde a 100 vezes a taxa unitária e escreve-se acompanhada pelo símbolo de porcentagem (%).Ex.: 3%, 25%. 2) Quanto à natureza: a) Nominal: é a taxa que está nominada, denominada, escrita, expressa no documento. b) Proporcional: quando é diretamente proporcional ao tempo a que se refere. Ex.: 2% ao mês=4% ao bimestre=12% ao semestre=24% ao ano. MONTANTE SIMPLES É o resultado da adição entre o capital aplicado e os juros produzidos no final do período de realização do investimento, ou seja: M = C + J Como: J = C X i X n, tem-se: M = C + C X i X n(fatorando C) Escreve-se: M = C(1 + i X N ) CÁLCULO DOS JUROS COMPOSTOS Através do montante: J = M – C Através do capital: J = M – C J = C(1+i) n – C J = C[(1+i) n – 1] Não esquecer: taxa unitária concordando com o tempo e com a forma de capitalização. Importante: conhecendo-se três das grandezas é sempre possível calcular a quarta. Cuidado: a taxa deve ser unitária e na mesma unidade que o tempo, de acordo com a capitalização. Caso a forma de capitalização seja omissa. Utilizar a unidade expressa pela taxa. Ideia: O montante cresce em progressão geométrica, ou seja, no final de cada período os juros são somados ao capital e passam a render novos juros. Período de Capitalização: É o tempo necessário para que os juros sejam somados ao capital para render novos juros. Se esse período não estiver expresso, acompanha-se a unidade indicada pela taxa. Elementos envolvidos no cálculo de juros compostos: Capital ou valor presente(C ou PV); Taxa(i); Número de períodos(n); Montante(M); Juros(J); Capitalização. Relação entre as grandezas C0= C C1 = C(1+i) C2 = C(1+i)(1+i) = C(1+i)2 C3 = C(1+i)(1+i)(1+i) = C(1+i)3 Cn= C(1+i)n-1(1+i) = C(1+i)n Como Cné o montante tem-se: M = C(1+i)n Para compararmos juros simples com juros compostos, vamos simular um empréstimo de R$10.000,00 em 6 parcelas com juros de 5% ao mês. JUROS SIMPLES TEMPO PARCELAS SALDO NO INÍCIO DOMÊS JUROS MONTANTE 1 10.000,00 500,00 10.500,00 2 10.500,00 500,00 11.000,00 3 11.000,00 500,00 11.500,00 4 11.500,00 500,00 12.000,00 5 12.000,00 500,00 12.500,00 6 12.500,00 500,00 13.000,00 JUROS COMPOSTOS TEMPO PARCELAS SALDO NO INÍCIO DOMÊS JUROS MONTANTE 1 10.000,00 500,00 10.500,00 2 10.500,00 525,00 11.025,00 3 11.025,00 551,25 11.576,06 4 11.576,25 578,81 12.155,06 5 12.155,06 607,75 12.762,00 6 12.762,81 638,14 13.400,95 A partir da tabela podemos construir um gráfico do Montante em função do Tempo e analisar o comportamento do gráfico. Observando a tabela e o gráfico pode ver que o aumento do capital inicial no sistema de juros simples é um crescimento linear, com as características de uma progressão aritmética de razão j. Já no sistema de juros compostos se dá a um crescimento exponencial, com as características de uma progressão geométrica de razão (1 + i). PROCEDIMENTOS QUE PODEM SER UTILIZADOS NA RESOLUÇÃO DE CALCULOS FINANCEIROS Tábua financeira: apresenta os valores do coeficiente (1+i)n previamente calculados. Na primeira linha estão os valores da taxa porcentual e na primeira coluna os valores do tempo na mesma unidade que a taxa. Ex: (1+3%)=(1+0,03)2=(1,03)2=1,061. Calculadora científica: substituem-se na fórmula os valores conhecidos e isola-se algebricamente a grandeza que se quer encontrar, utilizando as propriedades operatórias. Importante: Para o cálculo do número de períodos é necessário o emprego de logaritmos, ou seja: Se An= B, então n = (log B)/(log A) *Calculadora do cidadão (Banco central do Brasil) no site:http://www.bcb.gov.br/?calculadoraacessando o link https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/exibirFormFinanciamentoPresta coesFixas.do?method=exibirFormFinanciamentoPrestacoesFixas’ 3 DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES A proposta de intervenção pedagógica foi elaborada tendo como público alvo uma turma do segundo período do curso técnico subsequente em administração do Colégio Estadual Branca da Mota Fernandes Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante do município de Maringá. Num primeiro momento, os alunos serão convidados a discutirem sobre tema do projeto identificando a aceitação do grupo para trabalharem esta temática na sala de aula. Para tanto será feito uma conscientização acerca da importância dos conhecimentos financeiros e dos recursos que facilitam a aquisição de um bem qualquer, comparando os benefícios e malefícios resultantes dos diferentes planos de compras financiadas. Uma das estratégias utilizadas serão visitas a bancos, concessionárias de veículos, motos e rede de lojas de aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos onde coletarão informações objetivando o entendimento de como funcionam algumas destas instituições financeiras. ATIVIDADE - 1 Utilizaremos a TV pendrive ou Data show para exibir aos alunos o vídeo “Crédito fácil”, exibido no programa Globo Repórter, em 25/07/2008. Acesse o site: http://globoreporter.globo.com. EDUCAÇÃO FINANCEIRA O segundo vídeo aborda dentre outros assuntos a questão do consumo exagerado de bens materiais e o impacto dessas ações no meio ambiente. Descreve o processo produtivo desde a extração da matéria à produção do produto, venda e a facilidade da compra. Apresenta dados do curto prazo dos produtos que adquirimos e o tempo que leva para virar lixo e uma preocupação em deixar claro como funciona as especificidades da publicidade, a obsolescência planejada e a obsolescência perceptiva pelo ser humano. Duração: 21 min e 17s. Disponível no endereço: https://www.yo utube.com/ watch?v=7qFiGMSnNjw. Em seguida apresentaremos o percentual de famílias que declararam ter dívidas, o nível de endividamento e o tipo de dívida, dados da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) - Abril 2014. Disponível em:http://www.cnc.org.br/sites/default/files/arquivos/analise_peic_- _abril_2014.pdf A partir dos vídeos apresentados e com base nos dados da pesquisa apresentada, realizaremos um debate com a turma. Discutiremos neste debate o consumo, a venda, a facilidade da compra, a influência da propaganda, a obsolescência, a matemática no dia-a-dia. Utilizaremos algumas questões que nortearão o debate, perguntas como: a) Quais motivos você considera que leva algumas pessoas a se tornarem endividados? b) Quais as consequências ou impactos que o consumo exagerado pode causar? c) Qual a influência da mídia, da família, dos amigos nas suas escolhas de consumo? d) Se fizéssemos agora uma pesquisa na sala, em relação às pessoas que possuem dívida de qualquer tipo, você acha que o percentual da sala teria uma variação pequena, próxima ou alta do que foi apresentado? Por quê? Para interagir os alunos com o contexto, usaremos a seguinte situação: Quando vemos em uma propaganda: “Compre um refrigerador à vista por R$800,00 ou a prazo em 05 parcelas de R$200,00”. Provavelmente pensaríamos “é melhor comprar a prazo, pois prefiro pagar parcelado e em apenas 05 meses, termino de pagar”. Mas não se esqueça de pensar em um “detalhe”: A partir desta situação, levantaremos outros similares e estaremos abordando a importância do conhecimento da matemática financeira (juros) na análise de algumas alternativas de investimentos ou financiamento de bens e consumo, para que os alunos visualizem as vantagens e desvantagens em determinadas operações financeiras. ATIVIDADE – 2 imagem.org ORÇAMENTO DE UM VEÍCULO Objetivo Proporcionar aos alunos uma interação da Matemática Financeira através de uma visualização que contem dados reais que compõem um orçamento aplicado em situação real de compra de um veículo (0 KM 1.6) para que possam compreender, interpretar e resolver situações problemas do cotidiano. 05 parcelas de R$200,00 somam o equivalente a R$1.000,00. Esse valor representa 25% a mais do que o preço à vista de R$ 800,00. A figura 1 demonstra o orçamento de um carro. Figura 1. Representa o orçamento de um carro Nesta atividade o Professor levará para a sala de aula um orçamento feito por um cliente a uma concessionária X de Maringá para a aquisição de um veículo 1.6 (0 Km). Neste orçamento estão inclusas todas as taxas, impostos e seguros necessários para adquirir um veículo financiado ou à vista. Este modelo traz todos os dados discriminados, pois, são valores reais para que os alunos desenvolvam suas atividades motivadas com o contexto social aplicado. Sugestões de atividades: 1. Com intermediação do professor, os alunos serão divididos em grupos (máximo quatro alunos), deverão levantar alguns pontos para discussões, provocando espaços para reflexões sobre o orçamento proposto acima como, por exemplo, “sonho de consumo”; juros; taxas; créditos; valor financiado; planejamento financeiro, etc. O enfoque mediado pelo professor dar-se-á da seguinte forma: O orçamento apresentado acima refere-se a compra à vista ou financiada deste carro 0K?. Qual é o seu sonho de consumo? Na compra de um carro ou outro objeto, você analisa as taxas de juros aplicadas e o total de parcelas? Na compra de um bem parcelado, você analisa apenas o valor de cada parcela ou o valor que representará a soma de todas as parcelas? Você realiza os cálculos, procura outras financeiras ou confia nas revendedoras? Caso não sejam os mesmos, existem alguns órgãos de proteção ao consumidor se for lesado? Pesquisar Você poupa para comprar à vista ou prefere o parcelamento sendo o imediatismo? O que representa o referencial de 100% exposto no orçamento? Qual o método de resolução para chegar a este valor? Qual o procedimento ideal para quitar o financiamento de um veículo? Os grupos deverão efetuar pesquisas. 2. Os grupos já formados irão pesquisar sobre as definições das taxas, impostos e seguros embutidos neste orçamento. Tais como: Quais tipos de taxas? Quais tipos de impostos? Quais tipos de seguro? 3. Determinar os valores correspondentes abaixo com base no orçamento proposto: Despesas comSeguros (R$) Registro de Contrato( R$ ) Impostos: IOF (alíquota) Taxa de juros Mensal ( % ) Número de Parcelas. Após pesquisar os conceitos das questões acima e preenchido os valores do quadro os alunos, se direcionarão a concessionárias locais para coletar informações com o intuito de compreender a organização do orçamento proposto. Tabela 1.Taxas de juros nas concessionárias de veículos CONCESSIONÁRIAS TAC IOF LEASING 1* 0,1% 1,5% 6% 2* 3 4 5 Fonte: * Dados aleatórios, na aplicação os dados serão reais. Professor: Juntamente com os alunos logo após o término da atividade será feita uma socialização dos dados pesquisados entre os grupos. 4. Analisando o orçamento proposto no início da atividade dois, os grupos serão encarregados de identificar os valores dados que correspondam a: a) Formação de um capital b) Juros c) Taxas d) Montante à vista a prazo ATIVIDADE 3 Colocando a Modelagem Matemática em prática Com todas as condições de produção metodologicamente apresentadas aos alunos, espera-se que eles estejam aptos a realizar as atividades que envolvam: Porcentagem (resolução aplicando a regra de três simples) Situação problema: O valor do veículo à vista é R$45.373,00, sendo aplicado um valor de R$795,00 referente a um seguro de financiamento. Quanto que este valor representa em porcentagem? Professor: Esta atividade foi pensada para ser resolvida com os alunos, de modo que, eles entendam como abstrair um valor real de um orçamento e transforme em valores prático sem sala de aula. Os grupos serão motivados a produzir mais cinco situações problemas com porcentagem, sempre relacionando os dados fornecidos pelo orçamento acima mencionado, a fim de que compreendam a aplicação da porcentagem aos valores reais propostos. Dessa forma haverá interação entre todos os grupos. Juros Simples Situação problema: 1. Um capital de R$ 20.351,48, aplicado a uma taxa de 0,79% AM produzirá quanto de juros em um período de 24 meses? 2. Usando o mesmo capital e taxas citados no exemplo acima, Qual seria o valor das parcelas se o financiamento fosse feito em: 12 meses 36 meses 48 meses 60 meses Professor: Oriente os alunos a realizar tanto a atividade acima como as atividades a seguir aplicando as fórmulas necessárias já apresentadas, a fim que haja interação entre os grupos de modo que se efetive a aprendizagem. Os grupos desenvolverão mais cinco atividades relacionadas a juros simples e montante simples, tendo como base os valores citados no orçamento com o objetivo de que os alunos compreendam a aplicação do juro simples, no objetode estudo, sendo a aquisição de um automóvel. Juros Compostos Situação problema: Sabendo-seque o valor restante a ser financiado para a compra do veículo é R$ 20.351,48, aplicado a uma taxa de 0.79%am (ao mês) em um período de 24 meses . Qual é o valor da parcela que este cliente pagará? A resolução deste problema poderá ser feita por meio de duas maneiras diferentes: 1) Calculadora Cidadão como pode-se observar no link abaixo: http://www.bcb.gov.br/?calculadoraacessandoolinkhttps://www3.bcb.gov.br/CAL CIDADAO/publico/exibirFormFinanciamentoPrestacoesFixas.do?method=exibir FormFinanciamentoPrestacoesFixas 2) Aplicando as metodologias (fórmulas): Do juro composto; Do montante composto tábua financeira (1+i); Da Soma da PG. Na sequência, os grupos resolverão as atividades, abaixo relacionadas, envolvendo juros compostos utilizando à calculadora cidadão e as fórmulas apresentadas anteriormente. O professor- juntamente com os alunos interagindo-se desenvolverão as atividades propostas acima Usando o mesmo capital e taxas citados no exemplo acima, Qual seria o valor das parcelas se o financiamento fosse feito em: 12 meses; 36 meses; 48 meses; 60 meses. Os grupos deverão representar em tabelas e gráfico de linhas os resultados obtidos na aplicação dos juros simples e compostos no período de 12 a 60 meses fazendo o comparativo entre os juros aplicados. Usando o mesmo capital de R$ 20.351,48a uma taxa de 1,80%am em um período de 24meses. Qual o montante a ser pago? Os grupos poderão desenvolver outros cálculos envolvendo o orçamento proposto sempre pedindo o auxílio do professor. Espera-se que os grupos realizem as atividades, encontrando maneiras diferentes de obter os mesmos resultados e tendo como finalidade proposta pela modelagem matemática a interação entre os grupos. ATIVIDADE – 4 Compra à vista ou a prazo Para a realização desta atividade, será solicitado aos grupos de alunos que tragam panfletos, folhetos, encartes ou folders de produtos eletrônicos promocionais e preencha a tabela abaixo com as informações pedidas: Produtos Preço a vista Preço total a prazo Diferença em reais entre o preço a prazo e a vista Porcentagem da diferença entre valor acrescido e o preço a vista Taxas (%) Número de parcelas Celulares Notebooks Tablets Tvs Games Com base nos resultados obtidos na tabela, registre: 1) Na sua opinião qual seria a melhor forma de pagamento? Justifique. 2) O que significa este valor acrescido na compra à prazo? 3) Qual é a porcentagem de juros cobrado na compra à prazo sobre o valor avista do produto? 5) Usando a tabela como base, determine de cada produto o valor do (a): a) capital b) juro c) taxa d) prazo e) montante 6) Através dos resultados obtidos e com as fórmulas já desenvolvidas pelas atividades anteriores, os grupos irão calcular quais modalidades de juros está sendo aplicada simples ou compostos em cada produto acima relacionado? 4 TRABALHO FINAL CONSÓRCIO OU FINANCIAMENTO? imagem.org ATIVIDADE - 5 Para economizar tempo e dinheiro, as pessoas estão em busca de um meio de transporte mais rápido para resolver as questões do dia a dia, então, a moto é pensada para ser a melhor opção. O consórcio é a reunião de pessoas, em grupo fechado, com o intuito de adquirir um bem ou conjunto de bens. Os consorciados pagam parcelas mensais com a finalidade de obter um crédito para a compra do bem ou serviço escolhido, dentro do período estabelecido. Existem duas formas de contemplação o sorteio e o lance dado pelo consorciado. O financiamento é um contrato entre o cliente e a instituição financeira, mas com destinação específica dos recursos tomados, como, por exemplo, a aquisição de veículo ou de bem imóvel. Geralmente o financiamento possui algum tipo de garantia, como, por exemplo, alienação fiduciária ou hipoteca. http://www.bb.com.br/portalbb/page44,116,2242,1,1,1,1.bb?codigoMenu=1099&codigo Noticia=1391&codigoRet=1484&bread=4 5 DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES Os grupos já formados irão a lojas especializadas em vendas e consórcio de motos para pesquisar: taxas, preço a vista, preço a prazo, número de parcelas etc. Para que estabeleçam um paralelo entre a compra de uma moto financiada ou consorciada. Em sala de aula, os grupos apresentarão os resultados obtidos com a pesquisa em tabelas e gráficos de linhas e desenvolverão os cálculos relacionados a compras à vista, financiadas ou consorciadas usando as metodologias de resolução já apresentadas. 6 ORIENTAÇÕES/RECOMENDAÇÕES Ao elaborar a presente produção Didática, acredita-se que a mesma possa vir a contribuir com o ensino e aprendizado de Matemática, onde várias situações práticas, reais, serão descritas matematicamente através de uma Modelagem Matemática. Assim, o aluno poderá questionar os modelos, refletir e construir novos modelos aperfeiçoados, utilizando conteúdos matemáticos trabalhados em sala de aula, tornando a Matemática uma ciência contextualizada, prática e aplicada. 7 AVALIAÇÃO As pesquisas em Educação Matemática têm permitido a discussão e reflexão sobre a prática docente e o processo de avaliação. Segundo Luckesi (2002) relata que: historicamente, a prática avaliativa tem sido marcada pela pedagogia do exame em detrimento da pedagogia do ensino e da aprendizagem. Tendo como objetivo superar tal prática, considera-se que a avaliação deve acontecer ao longo do processo ensino-aprendizagem, ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno com o conteúdo trabalhado, os significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele. REFERÊNCIAS ALMEIDA, L. M. W.; DIAS, M. R. Um estudo sobre o uso da Modelagem Matemática como estratégia de ensino e aprendizagem. Bolema: Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, ano 17, n° 22, p. 19-35, 2004. BASSANEZI, R. C. Ensino – aprendizagem com Modelagem Matemática. São Paulo: Contexto, 2002. BARBOSA, J. C. Modelagem Matemática: concepções e experiências de futuros professores. 253 f. Tese (Doutorado em Educação Matemática) - Instituto de geociências e ciências exatas, São Paulo, 2001. BARBOSA, J. C. A prática dos alunos no ambiente de Modelagem Matemática: um esboço de um framework. In: BARBOSA, J. C.; CALDEIRA, A. D.; ARAUJO, J. L. (orgs). Modelagem Matemática na Educação Matemática Brasileira: pesquisas e práticas educacionais. Recife: SBEM, 2007. CARVALHO, V. Educação Matemática: Matemática e Educação para o consumo. Dissertação de Mestrado, UNICAMP-FE, Campinas, 1999.Em: Angela Bernadete Borim. Unidade Didática Matemática Financeira no Cotidiano. Versão online. Cadernos PDE v. II. P. 13, 16, 19, 20. 2009. LUCKESI, C. C. Avaliação de Aprendizagem. 14 ed. São Paulo: Cortez, 2002. MARANHO, G. A. Orçamento familiar: equilibrando suas Finanças. Disponível em:http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/produ coes_pde/2009_fafipa_matematica_artigo_gislene_aparecida_maranho.pdf Acesso em: Nov. 2014. PACCI, E. S. G. O Uso da Modelagem Matemática nas Relações de Compra e Venda. PDE 2011.PARANÁ, SEED - DCES, Diretrizes Curriculares de Matemática para as Séries Finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba, 2008. PARENTE, E.; CARIBÉ, R. Matemática comercial e financeira. São Paulo: FTD, 1996.
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