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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO – UFERSA CENTRO MULTIDICIPLINAR DE ANGICOS CURSO: BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE ONDAS E TERMODINÂMICA COMPONENTES: ALEX MULLER ARAUJO DUMONT ANDRÉ LUCAS BARBALHO DE OLIVEIRA BRUNO DE LIMA MEDEIROS WILLIAM IRAI SOARES DA SILVA PRÁTICA 2: PRESSÃO EM UM FLUIDO E PRINCIPIO DE PASCAL PROFESSOR: MARCELO NOBRE DOS SANTOS BESERRA 06 DE JULHO DE 2018 2. INTRODUÇÃO A hidrostática tem sua origem nos estudos de Arquimedes, sobre a mecânica dos fluidos. Hidrostática tem por finalidade o estudo da força exercida por líquidos e sobre líquidos em repouso. Este nome faz referência ao primeiro fluido estudado, a água. É por isso que, por razões históricas, mantém-se esse nome. Esse líquido é uma substância que pode escoar facilmente, não tem forma própria e tem a capacidade de mudar de estado ao ser submetido a ação de pequenas forças. Fluido pode ser designado tanto para líquidos quanto para gases. A realização desses experimentos tem como fundamental importância, estudar os efeitos da mudança de pressão em função da profundidade para líquidos, água, e em um fluido confinado, o ar. A pressão em um ponto de um fluido em equilíbrio estático depende da profundidade desse ponto, mas não da dimensão do fluido ou do recipiente. É importante notar que uma mudança na pressão aplicada em um fluido confinado é transmitida integralmente para todos as porções do fluido e para as paredes do recipiente segundo o princípio de Pascal. Nosso trabalho tem como objetivo principal, mostrar que a hidrostática nos ajuda a entender, o que é pressão, profundidade e aceleração da gravidade, como medi-la de acordo com as equações e designar fluidos quanto para gases. Com esse trabalho teórico e feito através de prática, vamos compreender melhor as questões relacionadas a pressão e suas características. 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1 Pressão em função da profundidade A pressão devido a fluidos estáticos é chamada de pressão hidrostática. A pressão hidrostática em função da profundidade (h) é dada por: p2(h) = p1 + ρgh onde p2(h) é a pressão em um ponto dentro do fluido, p1 é a pressão em um ponto do fluido, ρ é a massa específica do fluido, g é a aceleração gravidade e h é a profundidade. A Figura 1 (a) apresenta a pressão para a Equação 1. Figura 1 A pressão no interior de um líquido varia com a profundidade de acordo com a seguinte equação: p = p0 + ρ g h onde p é a pressão observada à profundidade h, medida a partir da superfície do líquido, p0 é a pressão atmosférica reinante acima da superfície do líquido, ρ é a densidade do líquido e g é a aceleração local da gravidade. Existem muitos experimentos que podem demonstrar a dependência da pressão de um líquido com a profundidade. É importante saber que p0 = patm somente para o caso em que a superfície do líquido esta aberta a atmosfera. Caso contrário, p0 será a pressão na qual a superfície do líquido esta exposta. A pressão em um ponto de um fluido em equilíbrio estático depende da profundidade desse ponto, mas não da dimensão horizontal do fluido ou do recipiente. Sendo a pressão da água em função da profundidade utilizando a pressão atmosférica p0 = 1,01325×105 Pa, a massa específica da água ρ = 995,65 kg/m3 e gravidade g = 9,8 m/s2, a pressão será dada por: p(h) = 1,01325×105 + 995,65 ×9,86 ×h 3.2 Pressão Manométrica A diferença entre p(h) e p0 é chamada de pressão manométrica (Pman), ou seja, pman = p− p0= ρgh Logo a pressão manométrica é a diferença entre a pressão atmosférica e a pressão no local a ser medido, por exemplo a um certa profundidade, no interior de um cilindro ou pneu. A maioria dos medidores de pressão indica uma diferença de pressão a diferença entre a pressão medida e aquela do ambiente (usualmente a pressão atmosférica). Os níveis de pressão medidos em relação à pressão atmosférica são denominados pressões manométricas. 3.3 Princípio de Pascal Uma mudança na pressão aplicada a um fluido e transmitida sem diminuição para todos os pontos no fluido e para as paredes do recipiente. Você usa a lei de Pascal quando voce aperta os lados do seu tubo de pasta de dente. O aumento da pressão sobre os lados do tubo aumenta a pressão no tubo todo, o que empurra um fluxo de pasta de dentes para fora da abertura. 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Parte I – Vasos comunicantes I Figura 2 A figura apresenta três tubos em contato preenchido parcialmente com água. Giramos o painel de vasos comunicantes lentamente para direita e para esquerda com cautela para não derramar o líquido nem danificar o equipamento. Parte II - Medindo a pressão num ponto de equilíbrio de um líquido Material utilizado: • Painel hidrostático incluindo um tampão • Escala de imersão • Becker contendo água • Pano de limpeza Figura 3 Figura esquemática do equipamento. Observe que há três manômetros. Dois no painel I, e um no painel II, indicados pelos número 1, 2 e 3. 1. Antes de começar teste o sistema para o caso de vazamentos foi colocado o tampão na parte superior do tubo que segue para a escala de imersão. Mergulhamos a escala em um Becker contendo água. Observamos por 30 s, o desnível do líquido manométrico mantendo- se invariável. 2. Sem o tampão, colocamos toda a escala de submersão dentro do Becker sem água, deixando a escala 1,0 cm acima do fundo do Becker. Adicionamos água lentamente até o nível chegar ao zero da escala. As duas colunas de água do manômetro ficaram no mesmo nível. Depois colocamos o tampão na parte superior conforme figura 3. 3. Para adicionar água no Becker não utilizamos a seringa com prolongador. Adicionando água lentamente, medimos a diferença entre os níveis de água do manômetro 3 e a profundidade (h) em que o nível de água da escala de imersão em relação ao nível de água no Becker. Foi sugerido variar de 5 em 5 mm, mas variamos a profundidade de 10 em 10 mm em relação ao nível de água do Becker. Parte III - Vasos Comunicantes II Figura 4 Figura esquemática do equipamento. Observe que há dois líquidos diferentes no tubo em U. 1. O tubo em U da figura 4 apresenta dois líquidos conforme a figura. Observamos o painel, e anotamos os valores das alturas dos líquidos, y1, y2 e y3. Do painel do experimento e não da figura. 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 5.1 – Vasos comunicantes I Análise dos dados : Com o giro dos tubos, independente da variação dos tubos nas extremidades, observamos que o nível dos líquidos será o mesmo por estarem abertos sofrendo a mesma pressão atmosférica. 5.2 – Medindo a pressão num ponto de equilíbrio de um líquido • Para a tabela 1, considerando g= 9,8 m/s2 e rho= 1 g /cm3 = 103 kg /m3 para água, calculamos os valores das pressões manométricas com a equação pgh multiplicando com a medida de profundidade h que estava em milímetros em que convertemos para metros. A diferença de pressão para cada profundidade foi de 98 Pa. Tabela 1 h(m) Pman,1= ρgh (Pa) 0 0 0,01 98 0,02 196 0,03 294 0,04 392 0,05 490 Cálculos : p.g.h = 1000 kg /m3 . 9,8 m/s2 . 0 m = 0 Pa p.g.h = 1000 kg /m3 . 9,8 m/s2 . 0,01 m = 98 Pa p.g.h = 1000 kg/m3 . 9,8 m/s2 . 0,02 m = 196 Pa p.g.h = 1000 kg /m3 . 9,8 m/s2 . 0,03 m = 294 Pa p.g.h = 1000 kg /m3. 9,8 m/s2 . 0,04 m = 392 Pa p.g.h = 1000 kg /m3 . 9,8 m/s2 . 0,05 m = 490 • Para a tabela 2, ao adicionarmos água no Becker de 10 em 10 milímetros encontramos a variação de profundidade para yB3 e yA3 e convertemos para metros. Enquanto colocávamos água no recipiente, yB3 estava subindo seu nível e yA3 estava diminuindo. A diferença para cada profundidade foi de 3 mm. Após isso calculamos a pressão manométrica subtraindo cada valor. Tabela 2 yB3 (m) yA3 (m) Pman,2 = ρg (yB3 – yA3) (Pa) 0,034 0,026 0,008 0,037 0,023 0,014 0,040 0,020 0,020 0,043 0,017 0,026 0,046 0,014 0,032 5.2.1 - Gráfico de Pressão manométrica no fundo recipiente versus o tamanho da coluna de água. Sendo Pman1 x (Δy = yB3 – yA3) 5.2.2 Coeficiente angular : 16333,33 5.2.3 O que representa o coeficiente angular para o gráfico construído? Analisando este coeficiente que iremos dizer se a função é crescente ou decrescente, ou seja, se o “a” for positivo, nossa reta é crescente, se o “a” for negativo, nossa reta é decrescente. Como o coeficiente angular “a” é positivo nossa reta no gráfico foi crescente como mostrado acima, significa dizer que a pressão manométrica aumenta de acordo com o volume de água aumenta. 5.3 - Vasos comunicantes II Observando o vaso comunicante obtivemos os valores da alturas dos líquidos, y1, y2 e y3. Tabela 3. Y1 (mm) -51 mm Y2 (mm) 55 mm Y3 (mm) 44 mm De acordo com os valores das alturas calculamos a profundidade ha ponto a no líquido 1 e a profundidade hb no líquido 2. Tabela 4. ha = y3 - y1 44 – (- 51) = 96 mm hb = y2 - y1 55 – (- 51) = 106 mm Sabendo que a pressão é a mesma para o ponto a e para o ponto b mostre que : 6. CONCLUSÕES Conclui-se que, com base nos estudos realizados é possível reproduzir de forma experimental leis, conceitos e princípios que explicam os efeitos da pressão sobre um líquido. Verificou-se que a pressão é a mesma para todos pontos do fluídos nos recipientes. E que esta pressão varia proporcionalmente com o aumento do volume. Sendo assim, todos os objetivos desta prática foram satisfeitos mediante os resultados obtidos 7. REFERÊNCIAS [1] Fundamentos de Física, Volume 1 : Mecânica / David Halliday, Rohen Resnick. Jearl 8a Edição. [2] Serway, Raymond A. e Jewett Jr, John W. Princípios de Física Volume 2 Oscilações, ondas e termodinâmica, São Paulo, 2014. [3]http://www.profanderson.net/files/fisicanoyoutube/fluidos/variacao_da_pressao_com_a_profun didade.php
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