Aula03-Abordagens-Teoricas-sobre-o-DM_2015-2

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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Profa. Dra. Daniela GODOI Jacomassi1
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
Aula 3
CONTEÚDO
 Definição de Teoria
 Principais fundamentos e estudos da Visão 
Maturacionista
 Principais fundamentos e estudos das Visões 
Interacionistas
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3
ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
 TEORIA:
 Uma teoria é um conjunto de princípios cientificamente
aceitáveis oferecido para explicar um fenômeno
(SHUNK, 2004)
4
ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
 VISÃO MATURACIONISTA
 VISÃO INTERACIONISTA
VISÃO M
ATU
RACIO
N
ISTA
5 6
ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Maturacionista
 A perspectiva maturacionista emergiu por volta da década
de 1930.
 Teve em Arnold Gesell (1880‐1961) um de seus mais
importantes pesquisadores e defensores.
Por ter sido muito bem fundamentada, 
influenciou muito e por muito tempo a 
área de desenvolvimento. 
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Maturacionista
 Desde a década de 1930, quando os primeiros trabalhos
de Gesell foram publicados, até aproximadamente os anos
1980...
A explicação dominante e recorrente para as mudanças
observadas no comportamento motor foi a maturação.
(GESELL, 1933/1967; 1939)
Componente intrínseco do desenvolvimento que 
determina a morfogêneses primária e as 
variabilidades do ciclo de vida. 8
ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Maturacionista
 Os dois pilares da perspectiva maturacionista são:
(GESELL, 1933/1967; 1939)
Universalidade Intransitividade
Todos apresentam uma sequência de 
aparecimento dos padrões motores de 
comportamento
Não há alteração 
nesta sequência
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Maturacionista
 Qual o papel o ambiente, aprendizagem e/ou treinamento
nesta teoria?
(GESELL, 1933/1967; 1939)
O sistema nervoso é o responsável por dominar, 
integrar e elaborar o padrão comportamental.
 Os fatores ambientais suportavam, inflectiam
(modificavam a orientação) e modificavam, mas não
geravam as progressões do desenvolvimento.
 Da mesma forma, Gesell até reconhecia que o treinamento
possuía alguma influência, mas de acordo com ele o
treinamento não transcendia a maturação.
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Maturacionista
 Nem todos estavam totalmente convencidos com as
explicações da teoria maturacionista...
(McGRAW, 1939)
Talvez quem tenha chegado mais próximo disto na época 
tenha sido Myrtle B. McGraw (1899‐1988).
 Durante muitos anos ninguém foi capaz de nega‐la.
Famoso estudo de Johnny e Jimmy, 
que foi publicado em 1935.
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Maturacionista
 Estudo de Jimmy e Johnny (McGraw, 1939)
(McGRAW, 1939)
 Estudo longitudinal
 Dois irmãos gêmeos idênticos foram observados durante
os primeiros 22 meses de vida
 Bebês compareciam ao laboratório 5 dias por semana,
das 9h às 17h
 Neste período: Johnny era estimulado
Jimmy permanecia em um berço
com poucos brinquedos
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Maturacionista
 Estudo de Jimmy e Johnny (McGraw, 1939)
(McGRAW, 1939)
 Após 22 meses, Jimmy realizou um período de 2,5 meses de
prática intensiva (mesmas atividades que Johnny realizou
anteriormente).
 Resultados:
Embora McGraw tenha observado diferenças na personalidade 
e na atitude dos gêmeos, nenhuma diferença quantitativa 
significativa foi encontrada nas tarefas motoras avaliadas.  
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Maturacionista
 Estudo de Jimmy e Johnny (McGraw, 1939)
(McGRAW, 1939)
 A grande oportunidade de derrubar a proposta
maturacionista contribuiu para fortalecer ainda mais
esta proposta.
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Maturacionista
 Diante do grande período em que a teoria maturacionista
foi soberana na área de desenvolvimento motor, não há
como...
(THELEN; ADOLPH, 1994)
• Negar a competência com que esta proposta foi
construída e fundamentada pelos seus idealizadores
e/ou seguidores ao longo de vários anos de estudos.
(GESELL, 1933/1967; 1939; McGRAW, 1932; 1939; SHIRLEY, 1931; 1967).
• Negligenciar ou desdenhar as contribuições, positivas
ou negativas, da teoria maturacionista para o
entendimento do desenvolvimento humano.
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Maturacionista
 Contribuições POSITIVAS:
(THELEN; ADOLPH, 1994)
• Sistematização e normatização dos procedimentos
experimentais de observação de bebês, incluindo inovações
tecnológicas como o uso de fotografia e de cinematografia.
(CLARK; WHITALL, 1989)
• As descrições extensas e detalhadas das sequências
comportamentais universais, consideradas uma das melhores
informações existentes sobre as mudanças no
comportamento motor de bebês e crianças.
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Maturacionista
 Contribuições NEGATIVAS:
(THELEN; ADOLPH, 1994)
• O foco estava no produto do desenvolvimento.
Durante muitos anos, postergou‐se o processo do 
desenvolvimento, que é crucial para o 
entendimento do desenvolvimento humano.
VISÃO IN
TERACIO
N
ISTA
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TRABALHO #5
 Visão Dinâmica
 Após pesquisa realizada na Atividade
Extra‐Sala #3, responda:
 Quais os principais fundamentos da teoria
interacionista?
 Nesta visão, quais fatores influenciam o
desenvolvimento motor?
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Interacionista
 Nesta visão, acredita‐se que o desenvolvimento é resultado
da interação de diversos fatores e não apenas da maturação.
(BARELA, 2001)
 A década de 1970 foi marcada por mudanças paradigmáticas
em várias áreas de conhecimento.
GIBSONBERNSTEIN
Na área de comportamento motor, 
houve grande influência de: 
20
(BARELA, 2001)
 Legado de Nikolai A. Bernstein (1896‐1966)
 Identificou dois problemas para a
realização e o controle dos
movimentos:
VARIABILIDADE CONDICIONADA 
AO CONTEXTO
GRAUS DE 
LIBERDADE
ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Interacionista
 Legado de James J. Gibson (1904‐1979)
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(BARELA, 2001)
 Enfatizou a necessidade da
mutualidade entre animal e
ambiente nos estudos de percepção.
 O homem deve ser entendido
levando‐se em consideração o
ambiente que o cerca.
Psicologia Ecológica
ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Interacionista
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 Nova visão passou a ganhar forma a partir dos trabalhos de:
(BARELA, 2001)
Gregor Schöner
J. A. Scott Kelso P. N. KuglerMichael T. Turvey
Esther Thelen
(1941‐2004) Karl M. Newell
ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Interacionista
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Interacionista
 A visão interacionista não é o nome de uma única teoria
• Perspectiva Ecológica
(BARELA, 1997; HAYWOOD; GETCHELL, 2004; TANI, 2005)
• Abordagem da Percepção‐Ação
• Teoria dos Sistemas Dinâmicos
• Teoria da Ação
 Várias teorias surgiram com esta ideia de que o
desenvolvimento é resultado da interação de diversos fatores
e não apenas da maturação.
• Estruturas Coordenativas
Visão Dinâmica 24
ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
 Somente no início da década de 1980 a visão
maturacionista foi concretamente confrontada.
 Estudos de Thelen e colegas (1982; 1984).
(THELEN; FISHER, 1982; 
THELEN; FISHER; RIDLEY‐JOHNSON, 1984)
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
 THELEN & FISHER (1982):(THELEN; FISHER, 1982)
• Demonstrar que o chute (posição supina) e a passada (posição em
pé) são movimentos semelhantes, mas diferentemente
influenciados pela demanda biomecânica das diferentes posições.
• Mostrar que esta demanda biomecânica pode explicar o
desaparecimento do reflexo da passada e o aumento do chute
espontâneo.
OBJETIVOS
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
 THELEN & FISHER (1982):
(THELEN; FISHER, 1982)
PROCEDIMENTOS
• 8 bebês 2 semanas de vida.
• Dados cinemáticos e de EMG foram obtidos em 2 tarefas:
a) Chute espontâneo durante 5 minutos.
b) Reflexo da passada durante 1 minuto.
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
 THELEN & FISHER (1982):
(THELEN; FISHER, 1982)
RESULTADOS
• Resultados sugerem que o chute espontâneo e o reflexo da
passada possuem padrão de movimento idêntico.
• Ambos movimentos apresentam idêntica sinergia de
flexão de tornozelo, joelho e quadril.
• Há notável correspondência na organização temporal
do chute e da passada.
• Mesmo padrão da atividade EMG. 28
ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
 THELEN & FISHER (1982):
(THELEN; FISHER, 1982)
DISCUSSÃO
• A medida que os bebês desenvolvem, há um considerável
aumento na massa das pernas, alterando a dinâmica do
movimento do membro.
o A força de contração muscular pode ser suficiente para a
realização do chute quando o peso do corpo é suportado
(posição supina) e o movimento é ‘auxiliado’ pela gravidade.
o Contudo, esta força pode ser inadequada para levantar a perna
ou suportar todo o peso do corpo quando o bebê está em pé.
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
 THELEN & FISHER (1982):
(THELEN; FISHER, 1982)
DISCUSSÃO
• A introdução destas hipóteses periféricas ou biomecânicas
não significa desconsiderar a importância dos mecanismos
centrais sobre o controle motor ou ignorar a possibilidade das
mudanças centrais serem ambientalmente mediadas.
• No entanto, o papel das propriedades biomecânicas do
músculo e seu desenvolvimento tem sido amplamente
ignorado em favor de processos centrais. 30
ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
 THELEN & FISHER (1982):
(THELEN; FISHER, 1982)
DISCUSSÃO
• É preciso diferenciar as contribuições da
maturidade motora e da integridade do SNC
sobre o desenvolvimento motor.
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
 THELEN; FISHER; RIDLEY‐JOHNSON (1984):
(THELEN; FISHER; RIDLEY‐JOHNSON, 1984)
• Realizaram 3 estudos para tentar comprovar
experimentalmente a sugestão de Thelen e Fisher (1982).
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
 THELEN; FISHER; RIDLEY‐JOHNSON (1984):
(THELEN; FISHER; RIDLEY‐JOHNSON, 1984)
• Examinaram a relação entre o crescimento e a resposta
de passada durante as primeiras semanas de vida.
ESTUDO 1
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
 THELEN; FISHER; RIDLEY‐JOHNSON (1984):
(THELEN; FISHER; RIDLEY‐JOHNSON, 1984)
ESTUDO 1
• 40 bebês foram observados com 2, 4 e 6 semanas de vida.
• Em cada visita, foi registrado:
a) O número de passadas realizadas durante 1 minuto.
b) Massa, comprimento de segmentos dos MIs,
circunferências da coxa e da perna, dobras cutâneas.
PROCEDIMENTOS
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
 THELEN; FISHER; RIDLEY‐JOHNSON (1984):
(THELEN; FISHER; RIDLEY‐JOHNSON, 1984)
ESTUDO 1
• Entre a 2ª e a 4ª semana de vida, foi observado:
a) Rápido ganho de massa, principalmente em virtude de
gordura subcutânea.
b) Declínio de 26% na média do número de passadas.
RESULTADOS
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
 THELEN; FISHER; RIDLEY‐JOHNSON (1984):
(THELEN; FISHER; RIDLEY‐JOHNSON, 1984)
• Examinaram o efeito da manipulação da massa das
pernas (adição de massa) sobre a resposta de passada.
ESTUDO 2
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
 THELEN; FISHER; RIDLEY‐JOHNSON (1984):
(THELEN; FISHER; RIDLEY‐JOHNSON, 1984)
ESTUDO 2
• 12 bebês com 4 semanas de vida.
• 2 condições experimentais: com e sem adição de massa.
• Em cada condição foi obtido:
a) O número de passadas realizadas durante 1 minuto.
b) Ângulos articulares em máxima flexão do quadril,
do joelho e do tornozelo.
PROCEDIMENTOS
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
 THELEN; FISHER; RIDLEY‐JOHNSON (1984):
(THELEN; FISHER; RIDLEY‐JOHNSON, 1984)
ESTUDO 2
• O número médio de passadas foi MENOR na condição com
adição de peso (9,58 passadas) do que na condição controle
(14,71 passadas).
• Ângulos do quadril e joelho foram maior na condição com
adição de peso, indicando flexão mais fraca.
RESULTADOS
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
 THELEN; FISHER; RIDLEY‐JOHNSON (1984):
(THELEN; FISHER; RIDLEY‐JOHNSON, 1984)
• Examinaram o efeito da manipulação da massa das pernas
(pernas submersas) sobre a resposta de passada.
ESTUDO 3
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
 THELEN; FISHER; RIDLEY‐JOHNSON (1984):
(THELEN; FISHER; RIDLEY‐JOHNSON, 1984)
ESTUDO 3
• 12 bebês com 4 semanas de vida.
• 2 condições experimentais: com e sem pernas submersas.
• Em cada condição foi obtido:
a) O número de passadas realizadas durante 1 minuto.
b) Ângulos articulares em máxima flexão do quadril,
do joelho e do tornozelo.
PROCEDIMENTOS
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
 THELEN; FISHER; RIDLEY‐JOHNSON (1984):
(THELEN; FISHER; RIDLEY‐JOHNSON, 1984)
ESTUDO 3
• O número médio de passadas foi MAIOR na condição submersa
(20,27 passadas) do que na condição controle (10,41 passadas).
• Ângulos do quadril e joelho foram menor na condição
submersa, indicando flexão mais forte.
RESULTADOS
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
 THELEN; FISHER; RIDLEY‐JOHNSON (1984):
(THELEN; FISHER; RIDLEY‐JOHNSON, 1984)
ESTUDO 3
• A Resposta de passada é limitada pela força muscular.
DISCUSSÃO
Isto argumenta contra a possibilidade de que os 
bebês mais velhos são simplesmente 
neurologicamente mais maduros
 A partir deste e de outros estudos, a visão dinâmica
passou a ganhar forma, culminando em uma proposta
mais organizada na década de 1990.
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ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
 Os principais pressupostos desta Visão Dinâmica serão
apresentados a seguir...
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 Sistemas Dinâmicos
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(BARELA, 1997; 2001; KELSO, 1995)
 Sistemas que mudam ao longo do tempo.
ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
CONCEITOS
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(BARELA, 1997; 2001 ; KELSO, 1995)
 Complexidade
ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
CONCEITOS
 Sistema que possui muitos elementos e no qual estes
elementos apresentam muitas relações .
 O comportamento não é resultado de algum ou
alguns componentes, mas sim, da interação dinâmica
de todos os componentes.
 Multicausalidade
45
(BARELA, 1997; 2001; 2006; ; KELSO, 1995; THELEN, 1995a)
ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
CONCEITOS
 Sistema Abertos
46
(BARELA, 1997; 2001 ; KELSO, 1995)
 Sistemas que interagem com o ambiente em que
estão inseridos.
ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
CONCEITOS
Interação é caracterizada pela constante troca de energia 
necessária para a realização de toda e qualquer ação.
 Não Linearidade
47
(BARELA,1997; 2001 ; KELSO, 1995)
 Sistemas dinâmicos não são previsíveis.
 Estabilidade
ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
CONCEITOS
 O estado comportamental estacionário de um sistema.
 Atrator
48
(BARELA, 1997; 2001; ; KELSO, 1995; 
THELEN, 1995a)
 Os estados comportamentais estacionários estáveis
dos sistemas dinâmicos.
ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
CONCEITOS
No caso do movimento humano, são estados 
comportamentais preferenciais .
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9
 Atrator
49
(THELEN, 1995a; 1995b)
ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
CONCEITOS
 Restrições
50
(NEWELL, 1986)
 O comportamento emerge a partir de um conjunto de
restrições internas e externas.
ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
CONCEITOS
Restrições são definidas como limites ou aspectos que dão 
forma ao movimento (fatores que influenciam ou delineiam 
a realização dos movimentos).
 Restrições
51
(NEWELL, 1986)
ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
CONCEITOS
ORGANISMO
AMBIENTE TAREFA
COMPORTAMENTO  Parâmetro de Controle
52
(BARELA, 1997; 2001 ; KELSO, 1995)
 Variáveis ou componentes que mudam o sistema de
um estado para outro.
 Parâmetro de Ordem
ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
CONCEITOS
 Variáveis que descrevem o comportamento global de
um sistema.
53
(THELEN, 1995a; 1995b)
Landscape
Ontogenético
ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O 
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Visão Dinâmica
ATIVIDADE EXTRA‐SALA #4
Para pesquisar e entregar por escrito
 Modelos teóricos de desenvolvimento
 O que é um Modelo Teórico de
Desenvolvimento?
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(Atividade individual)
31/08/2015
10
ATIVIDADE EXTRA‐SALA #5
Para entregar por escrito
 II Semana de Educação Física
 Participe de uma das atividades da II
Semana da Educação Física;
 Faça uma síntese do que foi
apresentado/discutido tentando
relacionar com a disciplina de
Crescimento e Desenvolvimento.
55
(Atividade individual)
REFERÊNCIAS
 BARELA, J.A. Perspectivas dos sistemas dinâmicos: teoria e
aplicação no estudo de desenvolvimento motor. In:
PELLEGRINI, A.M. (Org.) Coletânea de estudos:
comportamento motor I. São Paulo: Movimento, 1997.
p.11‐28.
 BARELA, J.A. Ciclo percepção‐ação no desenvolvimento
motor. In: TEIXEIRA, L.A. (Ed.) Avanços em comportamento
motor. São Paulo: Movimento, 2001. p.40‐61.
 BARELA, J.A. Exploração e seleção definem o curso de
desenvolvimento motor. Revista Brasileira de Educação
Física e Esporte. v.20, n.5, p.111‐113, 2006.
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REFERÊNCIAS
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 GESELL, A. Maturation and the patterning of behavior. In:
MURCHISON, C. (Ed.) A handbook of child psychology. 2.
ed. New York: Russell & Russell, 1933/1967. p.209‐235.
 GESELL, A. Reciprocal interweaving in neuromotor
development. The Journal of Comparative Neurology, v.70,
n.2, p.161‐180, 1939.
 KELSO, J.A.S. Dynamic patterns. The self‐organization of
brain and behavior. Cambridge: The MIT Press, 1995.
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REFERÊNCIAS
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Theoretical lines of convergence. In: STELMACH, G.E.;
REQUIN, J. (Eds.) Tutorials in motor behavior. Amsterdam:
North‐Holland, 1980.
 McGRAW, M.B. Later development of children specially
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Child Development, v.10, n.1, p.1‐19, 1939.
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coordination. In: WADE, M.G.; WHITING, T.A. (Eds.) Motor
development in children: aspects of coordination and
control. Boston: Martin Nighoff, 1986.
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REFERÊNCIAS
 SHIRLEY, M.M. The sequential method for the study of
maturing behavior patterns. Psychological Review, v.38,
p.507‐528, 1931.
 SHIRLEY, M.M. Locomotor and visual‐manual functions in
the first two years. In: MURCHISON, C. (Ed.) A handbook of
child psychology. 2. ed. New York: Russell & Russell, 1967.
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 SHUNK, D.H. Learning theories: an educational
perspective. Upper Saddle River: Pearson Prentice Hall,
2004.
 TANI, G. (Ed.) Comportamento motor: aprendizagem e
desenvolvimento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2005.
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REFERÊNCIAS
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American Psychologist. v.50, n.2, p. 79‐95, 1995a.
 THELEN, E. Time‐scale dynamics and the development of
an embodied cognition. In: PORT, R.F.; van GELDER, T.
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