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ESCATOLOGIA Saiba o que acontecerá no fim dos tempos Brasília, Janeiro de 2018 2 ÍNDICE 1. Conceitos básicos de escatologia................................. Pág 03 2. Setenta semanas de Daniel............................................ Pág 05 3. Os sinais da atualidade.................................................. Pág 08 4. Hades, sheol, Geena e Tártaro....................................... Pág 09 5. A igreja durante a tribulação.......................................... Pág 11 6. O mundo durante a tribulação....................................... Pág 14 7. Israel durante a tribulação.............................................. Pág 17 8. O milênio.......................................................................... Pág 20 9. A eternidade..................................................................... Pág 24 10. Apocalipse....................................................................... Pág 27 3 1. CONCEITOS BÁSICOS DA ESCATOLOGIA A palavra escatologia é formada pela junção de duas palavras gregas: ESCATHOS = Que vem por último, que está no fim. LOGIA = Estudo, ciência. Escatologia portanto, é o estudo das coisas que acontecerão no fim. - Igreja: São todos que entregaram sua vida ao Senhor, também chamados cristãos. - Israel: É o povo descendentes de Jacó e também os que seguem a religião judaica. - As nações: Todos os que não são judeus, nem pertencem a igreja, ou seja os ímpios. POSICIONAMENTOS ESCATOLÓGICOS Existem diversos posicionamentos escatológicos, com diferentes interpretações, o foco desse estudo é a visão pré-tribulacionista e pré-milenista, por ser a visão mais coerente com a bíblia. O pré-tribulacionismo afirma que o arrebatamento da igreja será imediatamente antes do início dos sete anos de tribulação, participarão do arrebatamento todos os salvos em Cristo, vivos e mortos. A segunda linha de pensamento é o pós-tribulacionismo, que afirma que o arrebatamento da igreja, ocorrerá no fim dos sete anos de tribulação, logo antes da volta de Cristo. Existe ainda um grupo menor de pessoas que acreditam no meso ou midi- tribulacionismo, ou seja, que Jesus vem buscar os salvos, no meio do período tribulacional. O pré-milenismo afirma que Cristo voltará a Terra no fim dos sete anos de tribulação, então ele destruirá o Anticristo e o seu governo, tomará posse do seu reino e reinará como rei de toda a Terra com seu trono no templo de Jerusalém por um período de mil anos. 4 A segunda linha de pensamento é o amilenismo. Este afirma que o milênio é somente uma figura de linguagem e, por isso, não ocorrerá de forma literal, os defensores dessa teoria afirmam que o término dessa era (arrebatamento e tribulação) será seguido diretamente pela eternidade. MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO BÍBLICA Na área da teologia, a correta interpretação bíblica é fundamental para definir se a visão teológica é correta ou não. Praticamente todas as visões teológicas diferentes do pré-tribulacionismo e pré-milenismo, surgiram por causa da utilização de métodos impróprios de interpretação. A interpretação bíblica, se divide em dois métodos: - Método alegórico: Teve sua origem no segundo século, através de teólogos como Orígenes. A forte influência da filosofia grega, com seu estilo de sempre procurar um sentido moral ou espiritual, alegorizando os textos a fim de descobrir verdades ocultas neles, foi o alicerce sobre o qual se edificou o método alegórico, esse método despreza ou coloca em segundo plano, todo o sentido literal e histórico do texto, transformando seus elementos em figuras e tipos. Existem alguns perigos em se utilizar esse método de interpretação, como por exemplo a flexibilidade da interpretação que fica submissa a mente do intérprete, tornando-a tendenciosa e desequilibrada. E também, a falta de comprovação e exatidão da informação já que todo o princípio está na mente do intérprete. O método alegórico tira a autoridade das escrituras e dá ao intérprete liberdade total para perverter o texto sagrado. Os defensores desse método utilizam o trecho de Gálatas 4:21-31 para afirmar que o próprio apóstolo Paulo utilizou a interpretação alegórica. Na verdade Paulo não nega ou invalida o sentido literal do texto, apenas faz uma analogia entre o texto e a realidade espiritual dos participantes da Lei em relação aos participantes da Nova Aliança. A tipologia é utilizada para comunicar verdade espirituais, ela se utiliza de sistemas que são verdadeiros no mundo físico e transfere esses conceitos ao mundo espiritual. Esses “tipos” não podem ser considerados como interpretação alegórica, pois a própria bíblia os explica, como por exemplo vemos em 1 Coríntios 10:1-5. - Método literal: Esse método é muito mais antigo que o alegórico, sendo que os judeus no Antigo Testamento já o utilizavam. O lugar onde esse método mais se 5 desenvolveu foi a escola teológica de Antioquia, na Palestina. O método literal é aquele que dá as palavras o sentido que elas têm em seu uso comum e cotidiano. Os judeus eram extremamente literais e interpretavam os textos do Antigo Testamento de forma totalmente literal. Ao contrário do método alegórico que tem vários riscos e problemas, o método literal tem vários pontos a seu favor. Deus foi quem inspirou homens a escreverem a Sagrada escritura. Somente esse método não é sujeito a imaginação. De toda a bíblia, 80% de seu conteúdo pode ser interpretado por meio desse método. Todas as profecias já cumpridas, foram cumpridas de forma literal. A interpretação literal não exclui do intérprete a possibilidade de interpretar “tipos” e de fazer algumas analogias. E quando o método literal não faz sentido? Esses casos, geralmente são metáforas e expressões populares ou textos proféticos revelados através de símbolos. Resumindo, o método literal deve sempre ter preferência na interpretação da bíblia, exceto quando a interpretação literal não fizer sentido. Nesses casos deve-se recorrer ao contexto histórico-social da época. Nunca tente supor o que significa uma simbologia bíblica, sempre procure explicação dos significados em outros textos da própria bíblia! 2. AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL Daniel foi um profeta que viveu na época em que o povo judeu estava cativo na Babilônia. A profecia de Daniel 9:24-27 foi revelada nesse contexto: “Dario, filho de Xerxes, da linhagem dos medos, foi constituído governante do reino babilônio. No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, compreendi pelas escrituras, conforme a palavra do Senhor dada ao profeta Jeremias, que a desolação de Jerusalém iria durar setenta anos.” (Daniel 9:1-2) Daniel 9:1 afirma que a profecia das setenta semanas ocorreu no primeiro ano do reinado de Dario, ou seja, em 539 a.C. Isso corresponde a sessenta e sete anos após o início do cativeiro. Em Daniel 9:2 é relatado que ele estava estudando as escrituras e que lendo o profeta Jeremias, entendeu que o cativeiro do seu povo duraria setenta anos e fazendo as contas percebeu que só faltavam mais 3 ou 4 anos 6 de cativeiro. Por isso, ele fez uma oração intercedendo pelo povo para pedir a Deus o cumprimento da profecia. (Daniel 9:3-19) A profecia de Daniel 9:24 diz: “Setenta semanas estão decretadas para o seu povo e sua santa cidade para acabar com a transgressão, para dar fim ao pecado, para expiar as culpas, para trazer justiça eterna, para cumprir a visão e a profecia, e para ungir o santíssimo.” A palavra aqui traduzida por “semana” é a palavra hebraica “shabua”, que significa um conjunto de sete, da mesma forma que no português umadúzia corresponde a um conjunto de doze. A palavra shabua pode se referir a um período de sete qualquer coisa, ou seja, de dias, semanas, meses ou anos, sendo que o contexto é que irá determinar o significado desse período. Esse contexto nos mostra que Daniel estava pensando em anos e passou a supor que o reino Messiânico seria estabelecido depois desses setenta anos. Porém, o anjo lhe afirmou que o reino não viria depois desses setenta anos, mas sim depois de setenta “sete” de anos ou seja quatrocentos e noventa anos (Daniel 9:25). O INÍCIO DA CONTAGEM DAS SETENTA SEMANAS Em Daniel 9:25 foi dito a Daniel que esse período começaria a ser contado a partir de um decreto relativo a reconstrução da cidade de Jerusalém. No Antigo Testamento temos quatro decretos relacionados com a restauração do povo judeu: - O decreto de Ciro, em 537 a.C. (II Cr 36: 22-23) relativo a reforma do templo; - O decreto de Dario, em 521 A.C. (Ed 6: 6-12) reafirmando o decreto de Ciro; - O decreto de Artaxerxes, em 458 a.C. (Ed 7: 11-26) liberando a adoração no templo; - O decreto de Artaxerxes, em 444 a.C. (Ne 2: 1-8), autorizando a reforma de Jerusalém. Observe que o quarto decreto é específico a restauração da cidade de Jerusalém. Então é possível afirmar que o decreto mencionado pelo anjo é o de Artaxerxes em 444 a.C. aí começou então a contagem. Para chegarmos a data correta, precisamos comparar as datas do calendário judaico fornecidas em Neemias 1.1 e 2.1 e convertê-las para nosso calendário atual. Em Neemias 1.1 o relato começa no mês de Quisleu no vigésimo ano de reinado de artaxerxes. Quisleu corresponde a Dezembro no nosso calendário. Então essa data corresponde a Dezembro de 445 a.C. Depois, em Neemias 2.1 o decreto 7 ordenando a reconstrução de Jerusalém foi assinado no mês de Nisã que corresponde ao mês de Abril de 444 a.C. Lembre-se que esse ano é contado sobre o povo judeu, isso implica que deve ser feito pelo calendário lunar (ano de 360 dias) e não solar (365 dias). Sendo assim, para ajustar o tempo, deve-se primeiro transformar o período em dias, multiplicando por 360 e depois dividir esse resultado pela quantidade de dias que forma um ano solar que é 365,25 (esse 0,25 se deve aos anos bissextos). Por exemplo, a profecia afirma que se passariam sessenta e nove semanas até a vinda do Messias, ou seja 483 anos proféticos. Para fazer o ajuste deve-se multiplicar 483 por 360 que é igual a 173.880 dias, depois deve-se dividir por 365,25 que é igual a 476 anos. Subtraindo 444 (o início da contagem é em 444 a.C.) o resultado é 32. Deve-se somar mais 1 ao resultado pela ausência do ano zero, que não existiu. Sendo assim, o resultado é 33 d.C. que confere perfeitamente com o período em que Jesus estava exercendo seu ministério terreno. A ESTRUTURA DAS SETENTA SEMANAS - 7 semanas (49 anos), de 444 a.C. a 396 a.C. - 62 semanas (434 anos) de 396 a.C. a 33 d.C. - 1 semana (7 anos) Tribulação, ainda futura. Lemos em Daniel 9:26, que “Depois das sessenta e duas semanas, o Ungido será morto, e já não haverá lugar para ele. A cidade e o Lugar Santo serão destruídos pelo povo do governante que virá. O fim virá como uma inundação: guerras continuarão até o tempo do fim e desolações foram decretadas”. Após as sessenta e duas semanas o Ungido iria morrer e depois de algum tempo, Jerusalém seria invadida e destruída pelo Império Romano, o que de fato ocorreu de forma literal em todos os sentidos no ano 70 d.C. (Dn 9:25-26). Embora o primeiro e o segundo bloco tenham sido ininterruptos, através das Escrituras percebemos que três coisas deveriam acontecer depois do segundo bloco de 62 semanas e antes do início do terceiro bloco de 1 semana. (Dn 9:26) 1) O Messias seria morto (Ocorreu com a crucificação de Jesus em 33 d.C.) 2) Jerusalém e o templo seriam completamente destruídos por um povo estrangeiro e essa invasão seria como uma inundação. (Ocorreu no ano 70 d.C. quando o exército Romano, liderado pelo general Tito, invadiu Jerusalém, 8 destruindo a cidade, o templo e dizimando a população (Ez 36:19-20 e Lc 21:24) 3) Até o tempo do fim, a Terra Santa sofreria muitas guerras. (Continua ocorrendo desde aquela época até os nossos dias) Estamos vivendo hoje o intervalo de contagem entre a 69.ª e a 70.ª semana. Essa última semana não pode ter se cumprido, pois ela começa com um acordo de paz entre os judeus e seus inimigos (palestinos/árabes) concretizado através do Anticristo e este assolador seria destruído porém, isso ainda não aconteceu (Dn 9:27). Essa última semana só irá começar depois que acabar o “tempo dos gentios”. (Lc 21:20-24) Esse texto afirma que depois que Jerusalém fosse devastada pelos exércitos, os judeus seriam levados a força para fora da Palestina e seriam espalhados pelas nações, Jerusalém seria habitada pelos gentios (não judeus) até que o tempo deles se completasse. Isso se cumpriu de forma literal, pois, depois dessa invasão a cidade sempre foi dominada por não judeus. Isso só começou a mudar em 1967 quando Israel venceu “a guerra dos seis dias” e se apossou de parte de Jerusalém, mas até hoje os judeus não têm a posse de toda a cidade. Eles a dividem com os palestinos, que querem ter domínio de toda Jerusalém em troca de paz. Guerras e mais guerras acontecem, pois Satanás quer impedir que os judeus tenham domínio sobre Jerusalém para que a profecia não se cumpra. Na segunda guerra mundial, o principal objetivo de Satanás através de Hitler era exterminar o povo judeu para que essa profecia não se cumprisse. 9 3. OS SINAIS DA ATUALIDADE Um dos textos bíblicos mais claros a esse respeito é o sermão profético descrito em Mateus 24, com paralelo em Marcos 13 e Lucas 21. Essa revelação profética se divide em quatro partes, na primeira (v 1-3) Jesus faz uma predição a respeito da destruição do templo e os discípulos lhe fazem três perguntas. Na segunda parte (v 4-14) Jesus responde a uma dessas perguntas e na terceira parte (v 15-35) responde as outras duas. Finalmente na quarta parte (v 36-51) Ele dá uma explicação extra para complementar o entendimento dos apóstolos sobre o tema. PRIMEIRA PARTE – AS TRÊS PERGUNTAS "Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal da tua vinda e do fim dos tempos? " (Mateus 24:3) A respeito da primeira pergunta, eles estão se referindo a destruição de Jerusalém (profetizada por Jesus em Mateus 24:2). Na segunda pergunta, “tua vinda”, eles estão se referindo a vinda física de Cristo na terra. Na última pergunta “fim dos tempos” eles estão se referindo ao término da presente era e sua transição para a era do reino Messiânico (Milênio). SEGUNDA PARTE – OS SINAIS DO FIM DOS TEMPOS Leia Mateus 24:4-14. Embora o grupo foco dessa passagem seja Israel e esses acontecimentos só se darão de forma plena no período tribulacional, esses sinais também podem ser observados pela igreja na atualidade: - Aparecimento de falsos Cristos e engano religioso; - Guerras e rumores de guerra; - Aumento da fome no mundo; - Aumento de terremotos; - Pregação do evangelho a todas as nações. 10 TERCEIRA PARTE – OS SINAIS DA VINDA DE CRISTO Em Mateus 24:29-35 Jesus responde qual será o sinal da sua vinda. O último trecho refere-se exclusivamente ao período tribulacional e mostra quais serão os sinais que precederão a vinda de Cristo. QUARTA PARTE – A IMINÊNCIA DA VINDA DE CRISTO Mateus 24:36-51 Jesus explica que sua vinda acontecerá de forma inesperada e por isso todos devemos estar preparados. 4. HADES, SHEOL, GEENA E TÁRTARO HADES/ SHEOL A palavra Sheol é hebraica e a palavra Hades é grega. Elas aparecem frequentemente nos textos originais da bíblia.Vemos em Atos 2:27, uma citação do Salmo 16:10. Nesse texto de salmos (hebraico) o escritor usou a palavra Sheol, já em Atos, Lucas usou a palavra Hades. Isso prova que a palavra hebraica Sheol, equivale a palavra grega Hades. Outra prova dessa correspondência se encontra na tradução da septuaginta, pois das 65 vezes em que a palavra sheol é usada no A.T. 64 foram traduzidas por Hades. A palavra Hades, na sua etimologia, significa “o não visto” ou “o invisível”, já a palavra sheol pode ser traduzida como sepultura, profundezas ou morte. Essas designações são utilizadas para se referir ao mundo dos mortos, ao lugar (dimensão) para onde vão as almas quando morrem. Na tradução da Bílbia feita por João Ferreira de Almeida, essas palavras e algumas outras (Geena e Tártaro) foram todas traduzidas por “inferno”. Isso aconteceu porque não há na língua portuguesa, nenhuma palavra que expresse exatamente a ideia das palavras “Hades” e “Sheol”. Com certeza a ideia que essas palavras expressam não combinam com essa definição, por isso, nas traduções mais atuais como a NVI, elas são apenas transliteradas para o português. Vamos ler um texto que está em Lucas 16:19-31, a passagem do rico e Lázaro. Embora alguns teólogos afirmem que esse texto é uma parábola, isso não é um consenso, pois o próprio Jesus não afirmou que fosse, além disso o padrão e estilo 11 literário dessa passagem difere muito das demais parábolas. Porém, mesmo que seja uma parábola, sua validade permanece sólida pois em suas parábolas Jesus nunca se utilizou de elementos de ficção. 1. “ele está sendo consolado aqui”: Lázaro ao morrer foi para junto de Abraão, que é um lugar de paz e alegria onde está sendo consolado. 2. “e você está em sofrimento”: O rico morreu e foi para um lugar de tormento e tristeza. 3. “entre vocês e nós há um grande abismo”: Ambos estão no mesmo espaço, porém com um abismo entre eles, separando a parte dos salvos (Hades- paraíso) dos não salvos (Hades-inferno). Isso prova que a salvação do homem é decidida em vida e seu destino ao morrer já está selado, não há como mudar. 4. “ele olhou para cima”: O lugar onde estão os salvos é mais alto. 5. “Pai Abraão, tem misericórdia de mim”: O rico conversou com Abraão pedindo que permitisse a ele voltar para avisar seus irmãos. Isso prova que depois da morte, a alma das pessoas permanece consciente e em posse de todas as suas memórias. 6. “Pai Abraão”: Sendo Abraão um ser humano, ele jamais teria poder para fazer o rico ressuscitar e voltar ao mundo dos vivos, isso deixa evidente que nesse texto o pai Abraão representa o Deus Pai. 7. “ Moisés e os profetas”: Se Abraão viveu antes de Moisés e dos profetas, não tinha como conhecê-los, esse termo é designado para se referir a bíblia, pois naquela época a bíblia era só o A.T. Moisés escreveu os cinco primeiros livros e os profetas escreveram o restante. 8. “Ainda que um morto ressuscite”: O único jeito de sair do Hades é ressuscitando, isso derruba qualquer doutrina que defenda a ideia de que vivos possam se comunicar com os mortos e de que mortos possam habitar o mundo dos vivos. Alguns teólogos insistem em negar a doutrina da existência do Hades e dizem que os que morrem salvos vão direto para o céu, a morada de Deus. Mas, em Lucas 23:42-43 vemos o relato da conversa que Jesus teve com o ladrão. “Hoje você estará comigo no paraíso”. Em João 20:16-17, temos o relato da conversa entre Jesus e Maria Madalena logo depois de Jesus ter ressuscitado e saído do túmulo. “Não me segure, pois ainda não voltei para o pai”. Jesus disse ao ladrão que estaria junto dele 12 no paraíso, porém três dias depois quando já tinha ressuscitado, disse a Maria Madalena que ainda não havia subido ao Pai. Que lugar seria esse que o próprio Jesus chamou de paraíso, mas que não é a morada de Deus? Fica óbvio que esse lugar é a parte do Hades destinada aos salvos. Em 1 Ts 4:16-17 o texto deixa claro que os mortos em Cristo ressuscitarão, para irem ao encontro do Senhor juntamente com os vivos que serão arrebatados, ou seja, antes disso os mortos ainda não tinham se encontrado pessoalmente com o Senhor. Considerando a teoria de que quem morre salvo vai direto para a morada de Deus, por que eles teriam que ressuscitar para ir pra lá novamente? O texto não diz que os mortos irão ressuscitar para voltar para o Senhor, e sim para ir ao Senhor. Então, a morada de Deus, chamada de o terceiro céu, não é o mesmo lugar que o paraíso, são duas dimensões diferentes. GEENA, O LAGO DE FOGO A palavra Geena aparece 12 vezes no N.T. e vem do termo hebraico “Ge Hinom”, que significa Vale de Hinom. Este vale situava-se a sudoeste de Jerusalém, neste local, antes da conquista de Canaã por Josué, os cananitas ofereciam sacrifícios humanos ao Deus Moloque. Posteriormente esse local ficou reservado para depósito do lixo da cidade de Jerusalém e dos cadáveres de mendigos encontrados na rua, ou de criminosos e ladrões. Esses corpos as vezes caíam onde não havia fogo, o que causava o aparecimento de vermes, é a esse fato que Isaías se refere no capítulo 66:24 de seu livro. Por essa razão esse vale se tornou desprezível para os judeus e símbolo de terror e nojo. Ser atirado no Geena após a morte era sinônimo de desprezo e desonra ao morto, deixando-o condenado a destruição pelo fogo e pelos vermes, o fogo ardia constantemente nesse lugar, e para alimentar as chamas, era lançado ali o enxofre. Tendo em mente esse cenário de horror, Jesus usou esse vale para ilustrar o que seria o fim dos tempos. Marcos 9:43-44 nos mostra que o Geena é um lugar de fogo que não apaga. O livro de Apocalipse fala várias vezes sobre um lago de fogo e enxofre. A besta e o falso profeta serão lançados nesse lugar (Ap 19:20) e Satanás também (Ap 20:10). Em Ap 21:8 descobrimos que muitos seres humanos também serão lançados nesse 13 mesmo lago de fogo, não há dúvida de que o lugar chamado de Geena é o mesmo lago de fogo e enxofre descritos em Apocalipse. TÁRTARO A palavra grega tártaro ocorre somente uma vez no N.T. está em 2 Pedro 2:4. “Pois Deus não poupou os anjos que pecaram, mas os lançou no inferno (tártaro), prendendo-os em abismos tenebrosos a fim de serem reservados para o juízo”. A palavra tártaro em sua etimologia significa abismo de escuridão, ou prisão. Se Pedro utilizou essa palavra ao invés de utilizar Hades ou Geena, deve ter um motivo. O dicionário grego do N.T. de Strong diz que “Tártaro” é o abismo mais profundo do Hades e que essa palavra significa “encarcerar ou aprisionar em tormento”. Vamos ver alguns textos: “Vi descer do céu um anjo que trazia na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o acorrentou por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o e pôs um selo sobre ele, para assim impedi-lo de enganar as nações até que terminassem os mil anos. Depois disso, é necessário que ele seja solto por um pouco de tempo.” Apocalipse 20:1-3 “O quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que havia caído do céu sobre a terra. À estrela foi dada a chave do poço do Abismo.” Apocalipse 9:1 “ Eu sou aquele que vive. Estive morto mas agora estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do Hades.” Apocalipse 1:18 “E aos anjos que não conservaram suas posições de autoridade mas abandonaram sua própria morada, ele os tem guardado em trevas, presos com correntes eternas para o juízo do grande Dia.” Judas 1:6 Conciliando todos esses textos, entendemos que Tártaro é o abismo do Hades, onde alguns anjos caídos estão presos aguardando o julgamento e onde Satanás ficará preso durante todo o milênio. 5. A IGREJA DURANTE A TRIBULAÇÃO 14 A igreja será arrebatada logo antes do início da tribulação(1 Co 15:51-52 e 1 Ts 4:16-17), primeiro os mortos em Cristo ressuscitarão e irão para junto do Senhor, e logo depois os cristãos que estiverem vivos serão transformados e atraídos para junto de Jesus nos ares, tudo isso acontecerá num abrir e fechar de olhos, ou seja, muito rápido. O povo judeu não será arrebatado e permanecerá em Israel durante o tempo da Grande Tribulação, exceto os 144.000 escolhidos por Deus que estarão espalhados pelo mundo pregando o evangelho aos ímpios, falaremos mais detalhadamente sobre eles. ARGUMENTOS A FAVOR DO PRÉ-TRIBULACIONISMO Através de textos como (Is 24: 20-21, 26: 20-21, Jr 30:7, Jl 1:15, 2:2, Ap 3:10, 6:16, 11:18, 14:19, 15:4, 16:5-7 dentre outros) percebemos que o período de tribulação é um tempo de ira, julgamento, indignação, castigo, angústia, destruição e trevas. Mas, em 1 Ts 1::9-10,5: 9-10, Cl 2:14 e Ap 3:10 fica claro que a igreja não foi destinada para a ira de Deus, que Jesus livra sua igreja do período de ira que virá. EVENTOS APÓS O ARREBATAMENTO DA IGREJA Durante os sete anos de tribulação, a Igreja de Cristo estará no céu junto com Jesus e lá ocorrerão dois eventos muito especiais. O primeiro é o tribunal de Cristo, onde os cristãos serão galardoados de acordo com suas obras na terra, logo depois haverá a festa de união do noivo (jesus) com a noiva (igreja), essa festa é conhecida como as bodas do cordeiro. - O tribunal de Cristo No texto bíblico original em grego, são encontradas duas palavras traduzidas como tribunal. A primeira delas é a palavra “criterion”, esse termo possui o significado mais comum da palavra, ou seja, um juiz que julga um réu afim de lhe atribuir uma punição caso seja considerado culpado. A outra palavra é “bêma”, esse termo traz uma ideia completamente diferente, ele descreve um cenário de premiação ao vencedor. Observe que o bêma não é para punição, mas sim, para premiar o vencedor com um prêmio proporcional ao seu esforço. 15 É esse contexto que Paulo tem em mente quando fala a respeito do tribunal de Cristo. Veja os textos de (2Co 5:10, 1Co 3:9-15, Rm 14:10). Através desses textos podemos perceber que todos os crentes passarão por esse tribunal. Todos os salvos passarão pelo bêma de Cristo e temos a certeza de que isso ocorrerá durante a tribulação, pois quando a Igreja volta à terra, ela já está premiada. (Ap 19:8). O próprio apóstolo Paulo afirma que mesmo aquele a quem a obra for destruída pelo fogo (ou seja, desprezada pela sua inutilidade) “esse sofrerá prejuízo; contudo, será salvo como alguém que escapa através do fogo”. (1 Co 3:15) Existem duas palavras em grego que são traduzidas como coroa, uma delas é a palavra “diadema” que significa coroa de monarca, esta demostra que quem a usa é rei. O outro tipo de coroa é “stephanos”, essa coroa era construída com ramos de oliveira, e dada ao campeão de uma modalidade olímpica, ela era sinal de honra ao vencedor. Quando a bíblia fala das coroas que o crente receberá, é a esse tipo de coroa “stephanos” que ela está se referindo. Veja os textos (1Co 9:25, 1Ts 2:19, Tg 1:12, 2Tm 4:8 e 1Pe 5:4) - As bodas do cordeiro Vários textos da bíblia nos mostram a relação de Cristo com a igreja, fazendo analogia a um relacionamento entre noivos (Jo 3:29, Rm 7:4 e Ef 5:25-33 entre outros). A festa de casamento judaica dura sete dias (Jz 14:10-12) e as bodas do cordeiro ocorrerão no céu por sete anos. Essas bodas será a festa de união de Cristo com sua Igreja, antes de sua volta à terra. Depois que Jesus derrotar o Anticristo, aprisionar Satanás, julgar Israel e as nações e ressuscitar os salvos do A.T. e da Tribulação, ocorrerá então o encerramento da festa, onde todos os salvos já ressurretos sentarão a mesa com Cristo para ter comunhão com Ele, para celebrar a última ceia das bodas do cordeiro. (Mt 26:29) 16 6. O MUNDO DURANTE A TRIBULAÇÃO A 70.ª semana de Daniel, conhecida como “sete anos de tribulação” é um período que iniciará quando o Anticristo fizer um acordo de paz entre os judeus e os palestinos/ árabes. Esse período se iniciará logo após o arrebatamento da igreja e terminará quando Jesus voltar a terra e derrotar o anticristo e seu exército. Esses sete anos serão divididos em duas metades de 3 anos e meio que também são descritos na bíblia como: 42 meses, 1260 dias, 1 tempo 2 tempos e meio tempo (Dn 9:27, 7:25, 12:7, Ap 11: 2-3, 12:6 e 13:5). É nesse tempo que Deus vai derramar seus juízos sobre a terra, na forma de catástrofes naturais com um nível de intensidade jamais visto e também alguns eventos sobrenaturais. (Jl 1:15, Is 24:1, Ap 6:18) Nos primeiros 3 anos e meio de tribulação, o Anticristo vai se firmar como um grande líder mundial e vai espalhar sua influência política e religiosa (através do falso profeta) por todo o mundo, assim ele conseguirá o apoio de muitas nações. Nesse período ele irá favorecer a nação de Israel, por isso muitos judeus acreditarão que ele é o Messias que haveria de vir. Nos últimos 3 anos e meio o Anticristo vai revelar seu verdadeiro caráter, se mostrando como um ditador cruel, chegando ao cúmulo de colocar sua imagem no templo de Jerusalém exigindo que o povo judeu o adore como se ele fosse um deus. O ESPÍRITO SANTO SAIRÁ DA TERRA? Por ocorrência do arrebatamento, o poder e atuação coletiva do Espírito Santo entre os cristãos serão removidos da terra, deixando Satanás livre para agir e 17 possibilitando assim a manifestação do Anticristo e seu governo mundial. O Espírito Santo não deixará de agir na terra, pois como o próprio Senhor Jesus disse: é Ele que convence o homem do pecado, da justiça e do juízo, sem Ele não haveria arrependimento ou conversão. (Jo 16:8) O que ocorrerá durante a tribulação é que Espírito Santo deixará de atuar de maneira coletiva em todos os cristãos porque a igreja não mais estará na terra, terá sido arrebatada. Ele continuará exercendo sua função de levar as pessoas ao arrependimento e atuará individualmente em algumas pessoas, como no caso dos 144.000 eleitos. A ESTRUTURA DO MUNDO NA TRIBULAÇÃO Por causa do arrebatamento, a economia estará num estado de completo caos e se reerguerá através de um sistema econômico totalmente unificado, com uma moeda unificada e transações exclusivamente eletrônicas. Não haverá mais numerário físico, ao invés disso serão utilizados dispositivos subcutâneos implantados na mão ou testa do usuário (marca da besta). A religião mundial será exercida pelo falso profeta através da igreja apóstata que pregará um evangelho falso e tão prostituído com heresias de outras seitas que a bíblia utiliza uma prostituta para descrever esse sistema religioso mundano (Ap 17) Militarmente o mundo se dividirá em quatro grandes blocos continentais que formarão grandes exércitos para a batalha/ guerra do Armagedom: 1) Império Romano revivido (Dn 2:40-44, 7:7-8, 7:19-24, Ap 13:1-3, 17:12) Este império será formado pelos países da Europa que se reunificarão em um único governo. Desse império é que surgirá o Anticristo, e ele será seu líder. Também conhecido como império do Oeste, pois está a oeste de Israel. 2) Reis do Oriente (Ap 16:12) Será formado pela união dos povos asiáticos, provavelmente liderado pela China ou Índia. É provável que os países da Oceania farão parte desse império. Também conhecido como império do Leste, por estar a leste de Israel. 3) Reino do Sul (Dn 11:40) 18 Será formado pelos países africanos que na sua maioria são muçulmanos. O líder desse grupo será o Egito. É chamado de reino do Sul, pois fica ao Sul de Israel. 4) Confederação Russo-PanIslâmica (Ez 38:1-39, Jl 2:1-27) Esse grande grupo será formado pela Rússia aliada a todos os países árabes do OrienteMédio. Seu grande ponto forte será a união do poder bélico soviético com as grandes reservas de petróleo dos árabes. Obs: Quando a bíblia foi escrita, a América ainda não tinha sido descoberta, por isso ela não aparece nas profecias escatológicas. Porém, sendo que o continente americano foi quase todo povoado por europeus, o mais provável é que ele seja agregado ao Império Romano Revivido. QUEM SERÁ O ANTICRISTO? Lendo os textos de 1Jo 2:18, 1 Jo 2:22, 1 Jo 4:23 e 2 Jo 1:7 percebemos que as passagens bíblicas não se referem a um homem específico chamado “Anticristo”, mas se referem ao sistema mundano. Esse nome “Anticristo” é um termo técnico desenvolvido pela teologia para se referir ao homem que liderará o sistema global satânico durante o período da tribulação. Ele também é chamado na bíblia de a besta do mar. Textos que falam a respeito desse homem (2 Ts 2:3-12, Ap 13:5, Dn 7:24-25). Ele será um homem de muito carisma, que garantirá a paz entre Israel e o Oriente Médio. Terá um plano de dominação mundial baseado na criação de uma única moeda, uma única religião e um governo central, chamado hoje de “Nova Ordem Mundial”. O anticristo ao que parece será vítima de uma tentativa de assassinato, conforme Ap 13:3 para imitar a morte e ressurreição de Cristo, a fim de convencer o mundo de que ele é o verdadeiro messias. QUEM SERÁ O FALSO PROFETA? Outro personagem que se manifestará no período da tribulação é o falso profeta, também chamado na bíblia de a besta da terra (Ap 13:11-18). Esse homem liderará a falsa religião mundial que adorará o Anticristo e a sua imagem. 19 Existe um texto profético que afirma o reaparecimento de Elias para preparar o caminho para a vinda do messias: “Vejam, eu enviarei a vocês o profeta Elias antes do grande e temível dia do Senhor” (Ml 4:5) O diabo sabe que o povo judeu conhece essa profecia, por isso ele dará poder e autoridade a esse homem para que ele realize grandes sinais e maravilhas a fim de que o povo judeu acredite ser ele o Elias que voltou e assim acredite que o Anticristo é o messias que viria. O QUE É A MARCA DA BESTA? Desde a igreja primitiva a marca da besta é um dos elementos mais especulados pelos estudiosos da bíblia e pela sociedade em geral. Ver Ap 13:16-18. A bíblia explica que essa “marca” terá uma identificação que a relaciona com a besta do mar, que é não somente o Anticristo como também todo seu império, essa marca terá a identificação desse império, essa identificação será o nome do império ou o seu número que é 666. Sendo que no alfabeto hebraico as letras também representam números, uma explicação razoável é que se pegarmos o nome do Anticristo ou de seu império no hebraico e considerarmos as letras como números, a soma total será 666. Diversas instituições financeiras já estão anunciando o início de uma sociedade sem dinheiro. Empresas como a Mondex em 1993 começaram a desenvolver um sistema de “cartão inteligente” que pode ser conectado a toda rede bancária e também a internet para realizar transações online, esse tipo de cartão possui um chip que armazena valores em dinheiro e informações pessoais do portador. Esse biochip mede 8 milímetros e contém uma bateria de lithium que se recarrega com o próprio calor do corpo, coincidentemente ou não foi constatado que o melhor lugar para inserção desse chip é na testa ou na mão direita. É impossível afirmar que esse chip será a marca da besta, mas podemos dizer que se o arrebatamento acontecesse em nossos dias, esse seria o dispositivo mais provável a se tornar esta marca. 7. ISRAEL DURANTE A TRIBULAÇÃO Para Israel os primeiros 3 anos e meio de tribulação serão um período de falsa paz através do acordo assinado pelo Anticristo. Mas, haverá um ataque contra os judeus liderado por uma coligação entre a Rússia e vários países árabes do Oriente 20 Médio (Confederação Russo-PanIslâmica), que será destruído por uma intervenção milagrosa do próprio Deus. Ler Ezequiel 38. Deus fala sobre o “príncipe de Rõs, de Mesaque e Tubal”. Muitos estudiosos acreditam que “Rõs” está relacionado com a palavra Rússia e que “Meseque” e “Tubal” respectivamente seriam variações ortográficas para se referir a Moscou e Tobolsk, uma cidade da Rússia. O nome Rússia e União Soviética não aparecem nas escrituras, mas esta descrição do invasor de Israel se encaixa perfeitamente com a Rússia. No vs 5-6 Deus identifica os demais invasores. Resumindo, a Rússia irá liderar uma grande força militar para invadir a Israel. Deus pessoalmente fará a defesa da nação de Israel. Primeiro ele mandará um poderoso terremoto (vs 19-20), depois uma grande confusão entre as forças de guerra (vs 21) e por último fará chover saraiva sobre os inimigos de Israel (vs 22). É muito provável que os eventos decorrentes desse ataque estejam diretamente ligados ao início da batalha do Armagedom e da quebra do acordo de paz por parte do Anticristo, pois o povo terá visto Deus agindo em seu favor, enquanto aquele que eles pensavam ser o Messias não fez nada por eles. A QUEBRA DO ACORDO DE PAZ Na metade da tribulação, o Anticristo quebrará seu acordo, colocando sua imagem no templo e exigindo que o povo o adore (Dn 9:27 e 2 Ts 2:4). O povo se revoltará contra a profanação que esse homem realizará e então o Anticristo desencadeará uma grande perseguição contra eles. (Mt 24:15-22). Com a quebra do acordo de paz e a profanação do templo, Israel constatará que o anticristo não é o Messias. Ao fugirem de Jerusalém para o deserto, através do sofrimento, se lembrarão que há muito tempo atrás o verdadeiro messias veio e eles o rejeitaram e o entregaram aos romanos para ser crucificado. Eles entenderão que a rejeição do Messias era parte do plano de Deus para que a salvação em Cristo alcançasse todos os povos. A PREGAÇÃO DO EVANGELHO NA TRIBULAÇÃO Existirá salvação durante a tribulação? Através do texto de Ap 7: 13-15 podemos perceber que haverá sim salvação na tribulação. Então, quem pregará? O texto de Ap 7: 2-4 nos mostra que Deus separará 144.000 homens dentre o povo 21 judeu para pregar o evangelho aos ímpios durante a tribulação, eles estarão espalhados por todo o mundo. Deus terá um encontro pessoal com cada um desses homens parecido com o encontro que teve com Saulo em sua conversão, e os capacitará a pregar o evangelho as nações. A mensagem anunciada por esses homens será o evangelho do reino (Mt 24:14). Esta mensagem chamará o homem a se arrepender e invocar ao Senhor (Jl 2:32). Será possível ser salvo durante a tribulação mas será bem mais difícil pois haverá perseguição, martírio e morte. (Mt 24:9 e Ap 20:4) AS DUAS TESTEMUNHAS DO APOCALIPSE Em Apocalipse 11:3-13 são apresentados dois personagens que aparecerão no período da tribulação. Eles serão as duas testemunhas de Deus que farão grandes milagres e sinais enquanto pregam o evangelho para a nação de Israel. Para que a profecia de Ml 4:5-6 se cumpra, Elias precisa voltar antes do dia do Senhor. Alguém pode dizer que esta profecia se refere a João Batista, mas ele não converteu o coração dos pais aos filhos, tampouco ordenou que não chovesse, João Batista não era Elias, e sim o dom/unção de Elias estava sobre João Batista, além disso em (Mt 17:10-12) quando Jesus anunciou a vinda de Elias, João Batista já havia morrido. É muito provável que a outra testemunha seja Moisés, pois em (Mt 17:3) ele aparece na transfiguração de Cristo junto com Elias e os sinais que as duas testemunhas farão conferem com sinais realizados por Elias e Moisés. A BATALHA OU GUERRA DO ARMAGEDOM Guerra do Armagedom seria a melhor tradução, pois a palavra grega no original significa campanha e possui o mesmo sentido de guerra, ou seja, uma sequência de batalhas. Nasegunda parte dos sete anos haverá uma Guerra Mundial, onde países do mundo inteiro irão concentrar suas forças militares para conquistar o poder do planeta ao lado do Anticristo. Nessa grande guerra, que durará quase toda a segunda metade da tribulação a terra de Israel e seus habitantes serão o alvo dos reis da terra e do Anticristo, que nesta ocasião após a quebra de aliança com Israel, estará reinando em Jerusalém. Participarão da guerra os quatro grandes exércitos formados por conglomerados 22 continentais, citados no capítulo anterior e o próprio Jesus Cristo com seu exército celestial que virá em defesa do povo judeu. A invasão feita pela Confederação Russo-PanIslâmica na tentativa de destruir os judeus (Ez 38 e 39) pode ser considerada como a primeira batalha, que terminou com esse grande exército sendo totalmente destruído pelo próprio Deus, isso faz com que ocorra então um desequilíbrio nas forças militares que estavam até então equilibradas, por isso não havendo ataque entre eles. Agora o exército do Sul, que são os países africanos vão querer invadir o Oriente Médio, sabendo dessa notícia o Anticristo será obrigado a sair de Jerusalém e fixar seu acampamento entre o Mar da Galileia e o Mar Mediterrâneo (vale de Megido) para evitar essa invasão (Dn 11:44-45 e Ap 16:13-14). Nesse meio tempo, os países da Ásia (Reis do Oriente) sabendo do confronto que está ocorrendo também irão em direção ao Oriente Médio. Como no cenário profético descrito em Zacarias 14 os judeus estarão em Jerusalém nos momentos finais da tribulação, é provável que o povo judeu que estava refugiado no deserto, aproveitará que o Anticristo saiu de Jerusalém para invadi-la, retomá-la e torná-la sua fortaleza para a batalha final. Quando o Anticristo descobre que os judeus retomaram a cidade de Jerusalém, ao invés de atacar os povos asiáticos, ele prefere fazer uma aliança com esse exército e eles então começam a descer o vale de Armagedom, também chamado de Megido, um trecho de aproximadamente 300km que faz o caminho entre Tel aviv e Jerusalém, para a grande batalha do Anticristo e seus exércitos contra o povo judeu. A VOLTA DO SENHOR (PAROUSIA) Quando a guerra estiver no ponto máximo e todos os povos da terra estiverem no vale do Armagedom ansiosos para exterminar o povo judeu e os judeus estiverem sem esperança de vitória por mãos humanas, eles irão clamar a Jesus (Zc 12:9-14). Nesse tempo se cumprirá a palavra profética de Jesus acerca de Israel (Mt 23:27-39). O acontecimento máximo finalmente chegará, pois Cristo que foi rejeitado e morto, será enfim aceito pelo seu povo e então virá para socorrê-lo. Observe as características da segunda vinda de Cristo: - Seus pés pisarão sobre o monte das oliveiras (Zc 14:3-4 e At 1:9-11) 23 - A igreja virá do céu junto com ele (Zc 14:5, Ap 19: 7-8, 14) - O Messias entrará em Jerusalém pela porta dourada (Ez 43: 1-7) Jesus entrou por essa porta em sua entrada triunfal, (Mt 21: 1-12) pois esta é a entrada por onde passa quem vem do monte das oliveiras e quando Ele voltar no fim dos tempos, passará por ela novamente. - Todo joelho se dobrará diante de Cristo (Iz 45:23, Rm 14:11, Fl 2: 9-10 e Ap 15:4) - Todo olho o verá (Ap 1:7) - O Senhor aniquilará o demônio com seu poder (2 Ts 2:7-8) - O Senhor esmagará Satanás debaixo dos seus pés (Rm 16:20) - O Senhor lançará o Anticristo e o falso profeta no Geena (Ap 19:20) - O Senhor vencerá a guerra para Israel (Ez 39:4, Ap 19:21) - Os povos da terra saberão quem é o Senhor (Ez 38:23, Ez 39:7-8) - A glória do Senhor será conhecida por todos os povos (Ez 38:16) 8. O MILÊNIO Depois de salvar o povo judeu, derrotar o Anticristo e seus exércitos e aprisionar Satanás, a última etapa da 1.ª ressurreição acontecerá. Dela participarão os mártires do A.T. (Is 26:19) e os salvos mortos na grande tribulação (Ap 20:4-6). Então Jesus Cristo inicia seu reino milenar. O JULGAMENTO DE ISRAEL E DAS NAÇÕES Todos os israelitas sobreviventes da tribulação serão julgados. Os critérios de julgamento serão a incredulidade e o pecado do povo. Apenas os aprovados entrarão no milênio, os reprovados serão lançados no Geena. (Ez 20:34-38 e Ml 3:2-5) Aqueles que crerem na mensagem dos 144.00 durante a tribulação serão salvos, mas quem se aliar ao Anticristo na perseguição contra os judeus será condenado. Todos os gentios que sobreviverem na tribulação serão julgados e os aprovados terão direito a desfrutar do milênio de paz, porém os reprovados também serão lançados no Geena que é a segunda morte. (Jl 3:12-14 e Mt 25:31-34) CARACTERÍSTICAS DO MILÊNIO • Paz (Is 2:4) 24 • Alegria (Is 9:3-4, 12:3-6, 14:7-8) • Santidade (Is 1:26-27, 4:3-4, 29:18-23) • Glória (Is 24:23, 40:5) • Consolo (Is 12:1-2, 29:22-23) • Justiça (Is 9:7, 11:5, 32:16) • Pleno conhecimento (Is 11:1-2, 41:19-20) • Instrução (Is 2:2-3, 25:9) • Retirada da maldade (Is 11:6-9, 35:9) • A doença será eliminada (Is 33:24, Ez 34:16) • Cura de deformidades (Is 29:17-19, 61:1-2) • Proteção (Is 41:8-14) • Trabalho (Is 62:8,9, 65:21-23) • Prosperidade (Is 4:1, 35:1-2, Ez 34:26) • Aumento da luz (Is 4:5, 30:26, Zc 2:5) • Língua unificada (Sf 3:9) • Adoração unificada (Is 45:23, 52:7-10) • Presença manifesta de Deus (Zc 2:2,10-13) • Plenitude do Espírito (Is 32:13-15, 44:3) A ESTRUTURA DO REINO MESSIÂNICO Será uma teocracia monárquica, porque o próprio Deus na pessoa de Cristo governará. O reino e a autoridade para governar serão entregues a Cristo pelo próprio Deus. (Dn 7:13-14) Nesse reino “todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor” (Rm 14:11). O governo sob autoridade de Cristo será um reino de grande paz (Is 2:4) e plena justiça (Is 11:4-5). Todos os participantes da primeira ressurreição (igreja arrebatada, santos do A.T e da tribulação) já estarão em seus corpos glorificados e imortais. Estes serão sacerdotes e governarão a Terra juntamente com Cristo durante o milênio. (Ap 20:1- 6) Os sobreviventes da tribulação, tanto de Israel quanto das nações, que forem aprovados no julgamento, desfrutarão da vida no milênio, mas ainda terão a natureza pecaminosa, eles se reproduzirão e repovoarão a terra. (Is 65:17-24) 25 Jerusalém será a sede e capital desse reino, que terá alcance mundial. Haverá sim cargos de governo e autoridade debaixo da autoridade suprema do Messias. Os cidadãos do milênio que já estiverem na forma imortal e glorificada ocuparão cargos de liderança no governo messiânico e Davi será o regente do reino em Jerusalém (Is 55:3-4, Jr 30:9) Para manter a santidade da sociedade durante o milênio, o pecado será sumariamente punido com morte física. Essa punição se justifica pelo fato de que nem o diabo nem a sociedade mundana estarão presentes para tentar o homem, se este pecar será somente devido aos maus desejos do seu coração. (Is 11:4, 29:20-21) Os habitantes da terra durante o milênio serão: os glorificados e os mortais, salvos, mas que ainda terão a natureza Adâmica. Terão sua vida estendida, sem doenças e fisicamente perfeitos. É provável que os que se mantiverem fiéis ao Messias e ao seu governo, vivam durante todo o milênio. Devido ao cumprimento das alianças eternas no Milênio, Israel será totalmente reintegrado à terra da Palestina, a ocupará em sua totalidade e será regenerada espiritualmente por completo, tendo plena comunhão com Deus para sempre. As tribos de Israel repartirão novamente a Palestina entre si e cada tribo terá um território definido. O milênio será apenas os primeiros mil anos da eternidade para aqueles que já estiverem na forma glorificada, pois para eles quase não haverá mudanças, mas será temporal para aqueles ainda mortais, pois para eles haverá grandes mudanças na transiçãodo Milênio para a Eternidade. O único grupo que não participará do milênio serão os mortos não salvos e ainda não ressurretos que estão no hades/sheol aguardando a 2.ª ressurreição para o julgamento do grande trono branco, esse julgamento só acontecerá no fim dos mil anos. (Ap 20:5-6) A ADORAÇÃO DURANTE O MILÊNIO A maior característica do reino teocrático na Terra durante o Milênio será a adoração a Jesus Cristo. (Is 45:23, 66:23, Rm 14:11, Fl 2:9-11) Durante o Milênio, Jesus será o próprio Deus vivendo entre os homens. Para os servos fiéis será uma grande honra poder ver Jesus e adorá-lo face a face. Todos os habitantes do mundo inteiro virão adorá-lo em Jerusalém e participar da festa das cabanas. Dentre as três 26 grandes festas comandadas por Deus, a festa das cabanas é a de maior significado profético para os cristãos, ela comemora a proteção divina ao povo judeu nos 40 anos que ficaram no deserto. Como forma de simbolizar este período, durante a celebração, os judeus fazem suas refeições sob folhas e galhos ao ar livre, em uma sucá (uma espécie de cabana construída com folhas). O livro do profeta Ezequiel, a partir do capítulo 40 fala a respeito do templo de Jerusalém e da terra da Palestina durante o Milênio. Todos os rituais de adoração são explicados, as festas, os sacrifícios, tudo a respeito dos sacerdotes. A parte mais bonita é a descrição do rio que flui do Templo (47:1-12) pela cidade de Jerusalém e depois se divide em duas partes, uma desagua no mar Mediterrâneo e outra no mar Morto, essas águas dão vida a tudo por onde passam. O templo deve existir durante o Milênio para que a santidade de Deus seja vista pelos povos, para a execução dos sacrifícios como um memorial, para ser habitação da glória divina e para se estabelecer como centro do governo divino. Os sacrifícios durante o Milênio não estão relacionados ao perdão dos pecados e sim como memoriais relembrando a antiga aliança, da mesma forma que a Santa Ceia é um memorial para nós. JERUSALÉM TERRESTRE E JERUSALÉM CELESTIAL Durante o Milênio, haverá duas moradas distintas chamadas “Jerusalém”, uma será a própria cidade de Jerusalém na Palestina, que será a sede de todo o governo messiânico, ela é denominada como “Jerusalém terrestre”. E a outra chamada de “Jerusalém celestial” ou “Nova Jerusalém” será a morada eterna do Senhor e seus santos. Ela descerá dos céus e flutuará sobre a Jerusalém terrestre durante todo o Milênio. (Ap 21: 2-3 e 10) O formato dessa cidade de acordo com a bíblia (Ap 21: 15-17) será um quadrado perfeito, com a gigante extensão de 2.200 KM de comprimento, largura e altura. Somente os já glorificados e imortais terão acesso a ela e a habitarão, nela estará a árvore da vida e fluirá o rio da água da Vida, ela iluminará toda a terra e será gloriosa. (Ap 22:1-2) OUTRAS TEORIAS A RESPEITO DO MILÊNIO 27 Embora o pré-milenismo seja a visão mais antiga, correta e bíblica no decorrer da era cristã, outras duas visões foram desenvolvidas e durante algum tempo tiveram grande aceitação na história. Estamos falando do amilenismo e do pós-milenismo. - Amilenismo: Quando o imperador Constantino se converteu ao cristianismo no século IV, o cristianismo se tornou a religião oficial do império, muitos começaram então a achar que o tal reino messiânico havia chegado. Surgiu então uma controvérsia: Como conciliar as profecias bíblicas com estes eventos? A resposta foi fornecida pelo teólogo Agostinho, que alegorizou quase todas as profecias literais a respeito do reino messiânico e colocou a igreja como sendo o grupo que cumpre as profecias feitas a nação de Israel e o bispo de Roma (que veio a se tornar o Papa) como representante de Cristo na Terra. Essa visão ensina que ao término do reino messiânico que já estaria acontecendo em nossa era (desde 313 d.C.) haverá o aparecimento do Anticristo, a Tribulação e a volta de Cristo, sendo seguida pela ressurreição geral e o juízo final. Essa é a visão escatológica oficial da igreja católica romana até hoje. - Pós-milenismo: Com a reforma protestante muitos cristãos romperam o vínculo com Roma, por isso não era mais cabível aceitar a visão amilenista, onde o Papa reina eternamente como Cristo na terra. Então, reformadores como Calvino, estruturaram uma nova teoria escatológica, chamada de pós-milenismo, que ensina que o Milênio é um período indeterminado entre a primeira e a segunda vinda de Cristo. Essa visão defende a ideia de que com o evangelismo o mundo irá se converter gradualmente a Cristo e gradualmente a sociedade se tornará o reino messiânico de Cristo através da conversão em massa. Nessa visão Cristo reina através de todos os cristãos. Ensinam que após a conversão em massa, haverá um tempo de apostasia onde aparecerá o Anticristo que será destruído por Cristo em sua segunda vinda. Após a vinda física de Cristo seguirão os mesmos eventos finais previstos na visão amilenista. Tanto o amilenismo quanto o pós-milenismo foram criados na tentativa de adequar o ensino das Escrituras à realidade da época. É claramente visível que ambas visões são fracas teologicamente e carecem de embasamento bíblico. Ambas têm falhas e são fundamentadas em interpretações alegóricas ou fora de contexto bíblico. Por tudo isso, elas já caíram em desuso. 28 9. A ETERNIDADE Na transição entre o término do Milênio e o início da eternidade, ocorrerão cinco eventos: 1) A rebelião final de Satanás. 2) A destruição de toda antiga criação. 3) A segunda ressurreição. 4) O julgamento do Grande Trono Branco. 5) Criação de “novos céus” e “nova terra”. A REBELIÃO FINAL Durante o milênio, o Senhor Jesus governará com cetro de ferro, ou seja, com grande rigidez, de forma que todo pecado será punido com morte física, todos deverão viver em santidade. Deus permitirá que Satanás seja solto do fim do milênio para confirmar quais as pessoas obedeciam a Jesus por amor e quais estavam sendo obrigadas a fazê-lo. (Ap 20:7-8) Foi por este motivo que Jesus prendeu Satanás no abismo do Hades (Tártaro), pois lá é um lugar temporário, Deus em seu plano já tinha a intenção de soltá-lo no fim do Milênio e realizar o teste final para o ser humano. Em Ap 20:8 diz que o número de pessoas seduzidas por ele é “como a areia do mar”, esse grande número demonstra de forma definitiva que mesmo vivendo debaixo das mais ricas bênçãos e sob as melhores condições, o homem ainda é capaz de se revoltar contra seu Criador. Este exército liderado por Satanás tentará marchar novamente contra Jerusalém e seus habitantes, numa tentativa inútil de destruir o Messias e seu reino. Porém, Deus fará descer fogo do céu para consumir esse exército rebelde. (Ap 20:9) Depois de ter sido usado para cumprir a última etapa do plano de Deus, Satanás será lançado finalmente no lago de fogo e enxofre (Geena), para assim, juntamente com o Anticristo e o Falso profeta que já estavam lá, serem atormentados por toda eternidade. Após esse evento ocorrerá a destruição de toda a antiga criação. 29 A DESTRUIÇÃO DA ANTIGA CRIAÇÃO Vários textos bíblicos anunciam que essa criação um dia terá fim, será destruída e substituída por uma nova criação. Veja os textos: (Hb 1:10-12), (2Pe 3:5- 7), (2Pe 3:10) Para iniciar o estado eterno é necessário que o reino messiânico se funda com o reino eterno celestial do Pai e isso só será possível quando toda maldição for removida da terra, maldição que entrou nela por causa do pecado de Adão e Eva (Gn 3:17-19). Nesse momento, todos os habitantes do reino messiânico que permaneceram fiéis a Cristo e ainda forem mortais, serão trasladados e transformados para uma natureza imortal e incorruptível. (1Co 15:50-57). O objetivo de Deus ao destruir essa criação é formar uma nova,mas no estado de plena e perpétua santidade. Enquanto essa criação está sendo consumida pelo fogo, ocorrerá a 2.ª ressurreição, onde todos os mortos não salvos serão julgados. A SEGUNDA RESSURREIÇÃO Após o início da destruição da antiga criação, todos os mortos não salvos desde o início da humanidade, ressuscitarão para serem julgados. No A.T (Dn 12:2) Deus já havia revelado para a humanidade que uns iriam ressuscitar para a vida e outros para a morte eterna. Essa informação é confirmada no N.T em (Jo 5:28-29), porém somente em Apocalipse nos é revelado que a ressurreição dos justos é separada da dos ímpios (Ap 20:4-6) No momento da 2.ª ressurreição só haverá os não salvos do Hades porque os salvos já ressuscitaram mil anos antes. Por isso esse julgamento é apenas para condenação. (Ap 20:11-15) O JULGAMENTO DO GRANDE TRONO BRANCO Será o momento em que todos aqueles que viveram a vida sem Deus, serão convocados a se apresentar diante de Deus para prestar contas e receber a retribuição de seus atos. Nesse julgamento toda justiça de Deus será revelada e todo juízo contra o pecado será executado. Esse julgamento acontecerá num espaço 30 intermediário entre o céu e a terra, não ocorrerá na terra pois ela estará sendo destruída e tantas pessoas nem caberiam nela. Também não pode ocorrer no céu porque pecadores não podem entrar nele. De acordo com Ap 20:11-15 serão consultados dois registros. O primeiro com diversos livros é o registro da onisciência de Deus, neles estão registrados todos os pecados de todos os seres humanos, desde o início da humanidade. O segundo é o livro da vida, nele estão os nomes de todos aqueles que entregaram suas vidas a Jesus como sendo seu único Salvador e Senhor. (Ap 3:5). O julgamento acontecerá assim: os anjos encontrarão nos livros os registros de todos os pecados de cada indivíduo, serão mostrados a ele todas as vezes que ele pecou, negou a Cristo e todas as oportunidades que ele teve de aceitar a Cristo para sua salvação mas não o fez. Então, o nome do indivíduo será procurado no livro da vida, como não será achado, ele será condenado e punido sendo lançado do lago de fogo (Geena). Depois que todos tiverem sido julgados e lançados no lago de fogo, Deus também lançará a morte e o Hades no Geena, após o julgamento o Hades estará vazio e não terá mais utilidade, como depois do julgamento não haverá mais seres humanos mortais, a morte também não terá mais utilidade. Nesse momento se cumprirá a palavra profética de 1 Co 15:54-55. CRIAÇÃO DE NOVOS CÉUS E NOVA TERRA Na regeneração plena da humanidade salva, será realizada a libertação da maldição do pecado e a humanidade se tornará imortal, incorruptível e indestrutível. Também acontecerá a punição definitiva de todos os perdidos com Satanás e seus anjos. Deus também regenerará todo o planeta, criando novos céus e nova terra, onde haverá alegria, justiça e paz eternas. Não haverá morte ou tristeza (2Pe 3:13) A Jerusalém celestial pousará sobre a terra e será a morada eterna do Senhor e seus santos (que já habitavam nela desde o milênio), a nova terra já transformada e regenerada, será a habitação eterna do povo de Deus (Israel) para que haja o cumprimento de todas as alianças eternas que Deus fez com o povo. Apocalipse 21:3 diz: “Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus. Podemos concluir que também viverão na terra os povos das nações que não se aliaram a rebelião final de Satanás, permanecendo fiéis a Cristo. 31 No estado eterno, o reino messiânico de Cristo se fundirá ao reino celestial de Deus Pai, assim, céus e terra se tornarão uma única dimensão. É difícil falar sobre a eternidade, pois enquanto estamos vivendo esta vida material, nossa natureza é muito limitada e não conseguimos imaginar com clareza como será a eternidade com Deus e com Cristo. O texto que descreve da forma mais clara possível a esperança do cristão é “... olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam” (1Co 2:9) 10. APOCALIPSE Para entendermos corretamente a revelação profética do livro de Apocalipse, é fundamental compreender a distinção escatológica que Deus faz da humanidade, dividindo-a em três grupos: Igreja (cristãos), Israel (judeus) e Nações (ímpios). Leia o texto de I Co 10:31-33 e perceba como Paulo descreve separadamente cada um dos três grupos. Isso nos comprova que na mente de Paulo, esta divisão da humanidade em três grupos proféticos já estava bem estruturada, principalmente a diferença entre judeus e cristãos. O livro de Apocalipse começa com um prólogo, onde o apóstolo João nos informa qual é o conteúdo do livro, a quem ele se destina e em quais circunstâncias ele recebeu esta revelação. Em Ap 1:19 o próprio Senhor Jesus nos mostra que sua revelação se dará em duas etapas, uma revelando os eventos que ocorrerão na 32 presente era (era da igreja) e outra, revelando os eventos pertencentes à era posterior (tribulação, milênio e estado eterno). PRIMEIRO GRUPO – A IGREJA Nos capítulos 2 e 3, são descritas as cartas para as sete igrejas localizadas na Ásia Menor, região esta, que atualmente é uma parte da Turquia. Essas cartas, embora sejam literais, tenham sido enviadas a sete igrejas literais em sete cidades literais, são também uma profecia de dupla referência, pois cada uma dessas sete igrejas representam um período histórico que o cristianismo viveu, sendo o último deles ainda futuro. A forma como esses períodos se cumpriram exatamente como foram profetizados e na mesma ordem que foram relatados, nos comprova que esta linha de interpretação profética é realmente correta. 1) ÉFESO: A igreja primitiva Profeticamente essa igreja corresponde ao período dos apóstolos que se deu no século I. Era uma igreja muito preocupada em ensinar e manter o ensino biblicamente correto, ensino este, que estava sendo constantemente deturpado por seitas que se levantavam se dizendo cristãs, mas ensinando heresias. Porém, essa igreja estava se afastando do amor pelas vidas. A recomendação do Senhor foi: Voltem ao primeiro amor! 2) ESMIRNA: A igreja perseguida e martirizada Profeticamente essa igreja corresponde desde o início do século II, até o início do século IV em 313 d.C. Nesse período, os cristãos sofreram grande perseguição pelos governantes romanos e muitos deles foram martirizados com mortes horríveis. Por isso Jesus os consolou com suas palavras de que Ele também foi morto, mas ressuscitou e aqueles que permanecerem fiéis até o fim também receberão a vida eterna. 3) PÉRGAMO: Ascensão do Catolicismo Romano Profeticamente essa igreja corresponde ao período da ascensão do catolicismo romano que se deu do século IV ao VI. Jesus fala que esta igreja está habitando onde reside o trono de Satanás. No meio teológico isso comumente é aceito como uma referência a Roma, pois essa cidade era o centro de todo paganismo e idolatria da 33 época. Para esta igreja, Jesus disse que ainda eram fiéis, mas que estavam começando a se contaminar com idolatria e imoralidade. Era exatamente o que estava acontecendo com o cristianismo nessa época. Ao se unir com o estado romano, a igreja começou a incorporar todo tipo de paganismo devido a atuação dos falsos cristãos, que se tornaram cristãos a força, por decreto imperial. 4) TIATIRA: Catolicismo Medieval Profeticamente, esta igreja representa o período que vai do século VI ao XV, a idade média, também conhecida como “era das trevas”. Jesus diz para essa igreja que suas boas obras eram maiores que as das anteriores, porém, diz também que ela estava totalmente contaminada com idolatria. Uma igreja idólatra e paganizada,que se esforça para fazer boas obras com o objetivo de tentar se salvar por meio delas, mas se esquece de Cristo e sua obra redentora. 5) SARDES: Igreja da reforma Protestante O período da igreja de Sardes começou com uma reforma protestante deflagrada por teólogos como Lutero, Calvino e Zwinglio. Esse período vai do Século XVI ao XVIII. Nessa época, a pregação do evangelho bíblico e verdadeiro por meio dos reformadores, começou a tirar a sociedade do período de trevas. Jesus diz que esta igreja tem fama de viva, mas que ainda está morta e que suas obras ainda não eram perfeitas diante de Deus, pois os reformadores tinham fama de estar trazendo de volta o cristianismo santo e puro da igreja primitiva, mas ainda carregavam muitas doutrinas erradas do catolicismo medieval. 6) FILADÉLFIA: A igreja do avivamento missionário Corresponde ao período que começou no século XVIII e se estende até os nossos dias. Esse período é caracterizado pela estruturação das sociedades bíblicas mundiais e pela grande expansão missionária que está levando a pregação do evangelho ao mundo. É por esse motivo que Jesus diz a essa igreja, que ela abriu uma porta que ninguém pode fechar. Isso confere perfeitamente com a característica do cristianismo nesse período, o qual está alcançando todas as pessoas, em todos os países do mundo. 34 7) LAODICÉIA: Igreja apóstata da tribulação Embora o período dessa igreja seja ainda futuro, já estamos vivendo o período de transição que encerra a era de Filadélfia e começa a era de Laodicéia, ou seja, esse período vai começar plenamente a qualquer momento. A característica principal da igreja desse período é que ela é morna, mistura as coisas de Deus com as coisas do mundo. Por isso Jesus disse que vai vomitá-la (pôr para fora de seu corpo) porque ela é uma igreja apóstata. É claro que haverá um pequeno grupo de remanescentes que ainda é sincero. A estes Jesus faz o convite para que abram as portas de seus corações e deixem Ele entrar. O capítulo 4 começa com a expressão: “depois dessas coisas”, esta frase está ligada diretamente à Ap 1:19, pois ela marca o término da revelação da presente era e o início da revelação a respeito da era futura. Ao comparar Ap 4:1-2 com I Ts 4:16- 17 podemos observar os mesmos quatro elementos nos dois textos: - A voz poderosa; - O som semelhante a uma trombeta; - O deslocamento do indivíduo da Terra para o Céu; - O encontro dos santos com Cristo fora da terra. Isso é uma forte indicação de que esses textos são paralelos e descrevem o arrebatamento da igreja. Cristo, para dar a João a revelação de todas as coisas que ocorrerão no futuro, transportou o apóstolo para a época do tempo do fim, para que ele vivenciasse com os próprios olhos como serão os eventos escatológicos. Indo para Ap 4:3-11 vamos analisar duas simbologias encontradas nesse trecho, a primeira delas é o mar de vidro/cristal. A simbologia de “mar” são as nações gentílicas com todos os seus povos e línguas, sendo assim, esse “mar” representa a grande multidão de santos da igreja que adentraram ao céu no arrebatamento. Esse grande mar brilha como cristal porque estes santos já estão ressurretos/glorificados. A outra simbologia são os 24 anciãos, observe as características deles: Tem tronos, tem coroas de vencedor, praticam o ofício sacerdotal de intercessores e adoram constantemente a Deus. Em Ap 1:6 já temos a indicação de quem são os 24 anciãos, esse texto nos passa a informação de que todos os cristãos são reis e sacerdotes de Cristo, ou seja, os anciãos são simbolicamente a Igreja e são vistos no 35 céu num local designado para a igreja antes que os selos sejam abertos e os ais pronunciados, antes que qualquer das taças da ira de Deus seja derramada. Durante todo o capítulo 5 essa adoração e comunhão entre a Igreja e Cristo continua sendo retratada. O capítulo 6 dá início ao período tribulacional. O primeiro selo que Cristo rompe, libera o Anticristo para agir e dominar a terra. Durante todo o capítulo 6, enquanto a igreja está no céu desfrutando da comunhão com Cristo, os juízos de Deus estão sendo derramados na terra, representados pelos sete selos que Cristo está rompendo. Até este momento o foco do livro de Apocalipse está no primeiro dos três grupos, ou seja, a Igreja que assiste do céu o período tribulacional na Terra. Durante este tempo está ocorrendo o tribunal de Cristo e as bodas do cordeiro, porém no capítulo 7 entra em cena o segundo grupo, Israel. Deus ordena que os anjos pausem o julgamento e selem os 144 mil israelitas. O capítulo 7 e o início do 8 são capítulos de transição, pois neles é encerrada a visão pelo ponto de vista da Igreja e se inicia a visão pelo ponto de vista de quem está na terra enfrentando a tribulação. Por isso devemos entender que os três ciclos de sete julgamentos descritos do capítulo 6-18, não devem ser entendidos como cronologicamente sequenciais, mas sim temáticos e individualmente focados no ponto de vista de um dos três grupos, cada um por vez. Sendo assim, o capítulo 7 já descreve a parte final do período tribulacional, mas o faz do ponto de vista da igreja arrebatada. Nessa ótica, o encerramento da tribulação retrata a ressurreição dos salvos mortos durante a tribulação (Ap 6:9-11) e a preparação para a volta de Cristo a Terra com seus santos. Os capítulos 8,9 e 10 descrevem novamente os juízos de Deus durante o período tribulacional, porém dessa vez a ótica é dos que ficaram na terra, sendo eles judeus e gentios. No capítulo 10 é retratada a volta de Jesus, do ponto de vista daqueles que estão na terra. O texto de Ap 10:11 nos indica que a revelação da tribulação do ponto de vista da igreja já está encerrada, mas que ainda é preciso revelar do ponto de vista dos gentios. SEGUNDO GRUPO – ISRAEL No capítulo 11 começa uma série de inserções paralelas, que nos revelam vários eventos relacionados ao período tribulacional, focados no ponto de vista dos judeus. Nesse capítulo, vemos vários elementos judaicos, que nos mostram que o 36 foco é o ponto de vista de Israel. São retratadas as duas testemunhas (Elias e Moisés), um representa a lei judaica e outro os profetas judeus. O aparecimento das duas testemunhas tem caráter profundamente judaico. O capítulo 12 nos descreve uma simbologia com o objetivo de explicar qual foi o motivo principal para Deus ter escolhido Abraão para levantar um povo separado. Israel foi o “meio” pelo qual Deus concretizou o plano da salvação, trazendo Cristo a esse mundo. Nessa simbologia a mulher representa Israel. As simbologias do sol, a lua e das estrelas são um paralelo claro com o sonho de José, simbolizando a nação de Israel. A mulher (Israel) dá a luz ao Messias (Ap 12:5), inclusive o texto relata a ascensão de Cristo ao céu. Depois o texto descreve a perseguição que Israel enfrentará na segunda metade da tribulação (1260 dias) Na continuação do capítulo 12, o texto descreve uma guerra entre o Arcanjo Miguel com seus anjos e Satanás e seus demônios. Como Satanás perde a batalha, numa tentativa de se vingar, ele se volta para atacar Israel, esse ataque é realizado através da pessoa do Anticristo e seu governo mundial. No capítulo 13 entram em cena o Anticristo (besta do mar) e o falso profeta (besta da terra), que juntamente com o diabo (dragão) tentarão dominar o mundo. A simbologia de “mar” indica que o Anticristo será levantado a partir de nações gentílicas. As sete cabeças com coroas, indicam que esse império será sub- governado sob a autoridade de sete reis. Os dez chifres nos indicam que esse império será dividido em dez partes. A simbologia de “terra” indica que o falso profeta virá da terra de Israel, ou seja, terá origem judaica. Como a besta da terra tem uma só cabeça, mas dois chifres,indica que a falsa religião será governada por uma só pessoa mas será subdividida em duas partes. No capítulo 14 é retratada a volta de Cristo do ponto de vista judaico, para se encontrar com os 144 mil e derrotar o inimigo. Esse é outro capítulo de transição, pois ele marca o final da tribulação do ponto de vista dos judeus convertidos e dá início ao enfoque do terceiro grupo que são os gentios. TERCEIRO GRUPO – AS NAÇÕES Nos capítulos 15 e 16 são derramadas as pragas e as taças da ira de Deus. Esses são os julgamentos mais intensos, porque o alvo deles são os ímpios que adoram o Anticristo e seguem o falso profeta. O capítulo 17 descreve a destruição da 37 falsa religião e do sistema de governo iníquo, representados pela prostituta e babilônia, e pela besta sobre a qual ela está montada. Apocalipse 17:8 nos descreve que o império romano terá três fases: 1) Império Romano Antigo 2) Roma Papal ou Fragmentada 3) Império Romano Revivido ou Império do Anticristo: “ A besta que você viu, era (1) e já não é (2). Ela está para subir do abismo (3) e caminha para a perdição...” Apocalipse 17:9-11, nos revela que aos olhos de Deus o império do Anticristo será a fusão e consolidação de todos os impérios que oprimiram o povo de Deus. O capítulo 18 descreve a destruição da cidade que é sede de todo poder político e religioso mundano. Essa cidade é simbolizada pela Babilônia, mas historicamente ela representa a cidade de Roma. OS JUÍZOS DO APOCALIPSE Os julgamentos são subdivididos em três grupos de sete julgamentos, selos, trombetas e taças. É importante entender que esses julgamentos não são sequenciais e sim temáticos. Cada um deles está associado à perspectiva de um dos grupos. Os selos representam os julgamentos do ponto de vista da igreja arrebatada, as trombetas representam os julgamentos do ponto de vista de Israel e as taças representam o mesmo julgamento do ponto de vista dos ímpios. Sendo assim, os três grupos de julgamentos ocorrerão durante os sete anos de tribulação. Também é bastante provável que, em alguns casos, o mesmo julgamento seja representado de formas diferentes, de acordo com o ponto de vista de quem os observa. OS SELOS (Ponto de vista da igreja arrebatada) 1.º selo: O Anticristo é liberado para conquistar a Terra. 2.º selo: Guerras por toda terra. 3.º selo: Fome em toda terra. 4.º selo: 1/4 dos habitantes morre pela fome, guerra, doenças e violência. 5.º selo: Os mártires da tribulação são justificados e pedem a Cristo que os vinguem. 38 6.º selo: Ocorre um grande terremoto que faz as montanhas desabarem e as ilhas afundarem no mar. O sol escurece, a lua fica vermelha como sangue e meteoros caem do céu. 7.º selo: Meia hora de silêncio no céu, precede a volta de Jesus Cristo. AS TROMBETAS (Ponto de vista dos judeus) 1.ª trombeta: 1/3 de toda vegetação da terra é queimada. 2.ª trombeta: 1/3 de toda vida marinha é destruída e também das embarcações. 3.ª trombeta: 1/3 da água potável do planeta se torna venenosa. 4. trombeta: 1/3 do sol, lua e estrelas perdem sua luminosidade, fazendo que 1/3 do dia fique sem a luz do sol e 1/3 da noite sem a luz da lua. 5.ª trombeta: Deus liberta as hostes malignas presas no Tártaro para atormentar os ímpios. 6.ª trombeta: Deus ordena aos anjos que sequem o rio Eufrates a fim de abrir o caminho para os exércitos do Oriente, para marchar em direção ao Oriente Médio para a guerra do Armagedom (1/3 das pessoas do mundo morrerá nessa guerra) 7.ª trombeta: Cristo recebe de Deus autoridade para governar toda a Terra e se prepara para voltar e julgar o mundo. Ocorre um terremoto e um temporal de granizo. AS TAÇAS (Ponto de vista dos ímpios) 1.ª taça: Os seguidores do Anticristo e do Falso profeta são atingidos com terríveis chagas dolorosas na pele. 2.ª taça: Toda a vida marinha do planeta é destruída. 3.ª taça: Toda água potável do planeta se transforma em sangue. 4.ª taça: O calor do sol é multiplicado, atormentando pelo seu intenso calor. 5.ª taça: O sol escurecesse no império do Anticristo o deixando em trevas. 6.ª taça: Deus seca o Eufrates preparando o caminho para a guerra do Armagedom. 7.ª taça: Ocorre o maior terremoto de todos os tempos, as montanhas desmoronam, as ilhas afundam no mar, caem do céu pedras de granizo de 35kg, preparando o caminho para a volta do Senhor. CONCLUSÃO 39 Perceba que nos três grupos de julgamentos, o sétimo está associado com a volta de Cristo e que os julgamentos das trombetas têm seus equivalentes nos julgamentos das taças, apenas com outra ordem e em alguns casos com intensidade maior. O capítulo 19 descreve a consumação plena do plano de Deus para a presente era. A volta do Rei dos reis e Senhor dos senhores. Jesus Cristo volta para a Terra juntamente com sua noiva. Essa descrição é paralela com os capítulos 12, 13 e 14 de Zacarias. Cristo volta a esse mundo para derrotar o Anticristo e seu exército, lançar o Anticristo e o falso profeta no lago de fogo, prender Satanás por mil anos, salvar o povo judeu convertido e arrependido e estabelecer seu reino messiânico na terra. O capítulo 20 menciona de forma bem breve o reino messiânico, pois toda a revelação desse reino já está descrita em livros como Isaías, Jeremias, Ezequiel e Zacarias. Ainda nesse capítulo são descritos os eventos de transição entre o fim do milênio e o início do estado eterno. Todo o capítulo 21 e início do 22 descrevem a Nova Jerusalém, ela é paralela ao texto de Ezequiel capítulo 40 em diante. Na última parte do livro há uma exortação e a afirmação que o tempo que acontecerão todos esses eventos estão próximos e por último uma advertência de que se alguém alterar alguma coisa nesse livro sofrerá condenação eterna.
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