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Escatologia - resumo do livro ( )

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ESCATOLOGIA 
 Saiba o que acontecerá no fim dos tempos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brasília, Janeiro de 2018 
2 
 
ÍNDICE 
 
1. Conceitos básicos de escatologia................................. Pág 03 
 
2. Setenta semanas de Daniel............................................ Pág 05 
 
3. Os sinais da atualidade.................................................. Pág 08 
 
4. Hades, sheol, Geena e Tártaro....................................... Pág 09 
 
5. A igreja durante a tribulação.......................................... Pág 11 
 
6. O mundo durante a tribulação....................................... Pág 14 
 
7. Israel durante a tribulação.............................................. Pág 17 
 
8. O milênio.......................................................................... Pág 20 
 
9. A eternidade..................................................................... Pág 24 
 
10. Apocalipse....................................................................... Pág 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
1. CONCEITOS BÁSICOS DA ESCATOLOGIA 
 
A palavra escatologia é formada pela junção de duas palavras gregas: 
ESCATHOS = Que vem por último, que está no fim. 
LOGIA = Estudo, ciência. 
Escatologia portanto, é o estudo das coisas que acontecerão no fim. 
 
- Igreja: São todos que entregaram sua vida ao Senhor, também chamados 
cristãos. 
- Israel: É o povo descendentes de Jacó e também os que seguem a religião 
judaica. 
- As nações: Todos os que não são judeus, nem pertencem a igreja, ou seja 
os ímpios. 
 
POSICIONAMENTOS ESCATOLÓGICOS 
 
Existem diversos posicionamentos escatológicos, com diferentes 
interpretações, o foco desse estudo é a visão pré-tribulacionista e pré-milenista, por 
ser a visão mais coerente com a bíblia. 
O pré-tribulacionismo afirma que o arrebatamento da igreja será imediatamente 
antes do início dos sete anos de tribulação, participarão do arrebatamento todos os 
salvos em Cristo, vivos e mortos. 
A segunda linha de pensamento é o pós-tribulacionismo, que afirma que o 
arrebatamento da igreja, ocorrerá no fim dos sete anos de tribulação, logo antes da 
volta de Cristo. 
Existe ainda um grupo menor de pessoas que acreditam no meso ou midi-
tribulacionismo, ou seja, que Jesus vem buscar os salvos, no meio do período 
tribulacional. 
O pré-milenismo afirma que Cristo voltará a Terra no fim dos sete anos de 
tribulação, então ele destruirá o Anticristo e o seu governo, tomará posse do seu reino 
e reinará como rei de toda a Terra com seu trono no templo de Jerusalém por um 
período de mil anos. 
4 
 
A segunda linha de pensamento é o amilenismo. Este afirma que o milênio é 
somente uma figura de linguagem e, por isso, não ocorrerá de forma literal, os 
defensores dessa teoria afirmam que o término dessa era (arrebatamento e tribulação) 
será seguido diretamente pela eternidade. 
 
MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO BÍBLICA 
 
Na área da teologia, a correta interpretação bíblica é fundamental para definir 
se a visão teológica é correta ou não. Praticamente todas as visões teológicas 
diferentes do pré-tribulacionismo e pré-milenismo, surgiram por causa da utilização de 
métodos impróprios de interpretação. 
A interpretação bíblica, se divide em dois métodos: 
- Método alegórico: Teve sua origem no segundo século, através de teólogos como 
Orígenes. A forte influência da filosofia grega, com seu estilo de sempre procurar um 
sentido moral ou espiritual, alegorizando os textos a fim de descobrir verdades ocultas 
neles, foi o alicerce sobre o qual se edificou o método alegórico, esse método 
despreza ou coloca em segundo plano, todo o sentido literal e histórico do texto, 
transformando seus elementos em figuras e tipos. Existem alguns perigos em se 
utilizar esse método de interpretação, como por exemplo a flexibilidade da 
interpretação que fica submissa a mente do intérprete, tornando-a tendenciosa e 
desequilibrada. E também, a falta de comprovação e exatidão da informação já que 
todo o princípio está na mente do intérprete. O método alegórico tira a autoridade das 
escrituras e dá ao intérprete liberdade total para perverter o texto sagrado. Os 
defensores desse método utilizam o trecho de Gálatas 4:21-31 para afirmar que o 
próprio apóstolo Paulo utilizou a interpretação alegórica. Na verdade Paulo não nega 
ou invalida o sentido literal do texto, apenas faz uma analogia entre o texto e a 
realidade espiritual dos participantes da Lei em relação aos participantes da Nova 
Aliança. 
A tipologia é utilizada para comunicar verdade espirituais, ela se utiliza de 
sistemas que são verdadeiros no mundo físico e transfere esses conceitos ao mundo 
espiritual. Esses “tipos” não podem ser considerados como interpretação alegórica, 
pois a própria bíblia os explica, como por exemplo vemos em 1 Coríntios 10:1-5. 
- Método literal: Esse método é muito mais antigo que o alegórico, sendo que os 
judeus no Antigo Testamento já o utilizavam. O lugar onde esse método mais se 
5 
 
desenvolveu foi a escola teológica de Antioquia, na Palestina. O método literal é 
aquele que dá as palavras o sentido que elas têm em seu uso comum e cotidiano. Os 
judeus eram extremamente literais e interpretavam os textos do Antigo Testamento 
de forma totalmente literal. Ao contrário do método alegórico que tem vários riscos e 
problemas, o método literal tem vários pontos a seu favor. Deus foi quem inspirou 
homens a escreverem a Sagrada escritura. Somente esse método não é sujeito a 
imaginação. De toda a bíblia, 80% de seu conteúdo pode ser interpretado por meio 
desse método. Todas as profecias já cumpridas, foram cumpridas de forma literal. A 
interpretação literal não exclui do intérprete a possibilidade de interpretar “tipos” e de 
fazer algumas analogias. 
E quando o método literal não faz sentido? Esses casos, geralmente são 
metáforas e expressões populares ou textos proféticos revelados através de símbolos. 
Resumindo, o método literal deve sempre ter preferência na interpretação da 
bíblia, exceto quando a interpretação literal não fizer sentido. Nesses casos deve-se 
recorrer ao contexto histórico-social da época. Nunca tente supor o que significa uma 
simbologia bíblica, sempre procure explicação dos significados em outros textos da 
própria bíblia! 
 
 
 
2. AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL 
 
Daniel foi um profeta que viveu na época em que o povo judeu estava cativo na 
Babilônia. A profecia de Daniel 9:24-27 foi revelada nesse contexto: 
“Dario, filho de Xerxes, da linhagem dos medos, foi constituído governante do 
reino babilônio. No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, compreendi pelas 
escrituras, conforme a palavra do Senhor dada ao profeta Jeremias, que a desolação 
de Jerusalém iria durar setenta anos.” (Daniel 9:1-2) 
Daniel 9:1 afirma que a profecia das setenta semanas ocorreu no primeiro ano 
do reinado de Dario, ou seja, em 539 a.C. Isso corresponde a sessenta e sete anos 
após o início do cativeiro. Em Daniel 9:2 é relatado que ele estava estudando as 
escrituras e que lendo o profeta Jeremias, entendeu que o cativeiro do seu povo 
duraria setenta anos e fazendo as contas percebeu que só faltavam mais 3 ou 4 anos 
6 
 
de cativeiro. Por isso, ele fez uma oração intercedendo pelo povo para pedir a Deus o 
cumprimento da profecia. (Daniel 9:3-19) 
A profecia de Daniel 9:24 diz: “Setenta semanas estão decretadas para o seu 
povo e sua santa cidade para acabar com a transgressão, para dar fim ao pecado, 
para expiar as culpas, para trazer justiça eterna, para cumprir a visão e a profecia, e 
para ungir o santíssimo.” 
A palavra aqui traduzida por “semana” é a palavra hebraica “shabua”, que 
significa um conjunto de sete, da mesma forma que no português umadúzia 
corresponde a um conjunto de doze. A palavra shabua pode se referir a um período 
de sete qualquer coisa, ou seja, de dias, semanas, meses ou anos, sendo que o 
contexto é que irá determinar o significado desse período. Esse contexto nos mostra 
que Daniel estava pensando em anos e passou a supor que o reino Messiânico seria 
estabelecido depois desses setenta anos. Porém, o anjo lhe afirmou que o reino não 
viria depois desses setenta anos, mas sim depois de setenta “sete” de anos ou seja 
quatrocentos e noventa anos (Daniel 9:25). 
 
O INÍCIO DA CONTAGEM DAS SETENTA SEMANAS 
 
Em Daniel 9:25 foi dito a Daniel que esse período começaria a ser contado a 
partir de um decreto relativo a reconstrução da cidade de Jerusalém. No Antigo 
Testamento temos quatro decretos relacionados com a restauração do povo judeu: 
- O decreto de Ciro, em 537 a.C. (II Cr 36: 22-23) relativo a reforma do templo; 
- O decreto de Dario, em 521 A.C. (Ed 6: 6-12) reafirmando o decreto de Ciro; 
- O decreto de Artaxerxes, em 458 a.C. (Ed 7: 11-26) liberando a adoração no templo; 
- O decreto de Artaxerxes, em 444 a.C. (Ne 2: 1-8), autorizando a reforma de 
Jerusalém. 
Observe que o quarto decreto é específico a restauração da cidade de 
Jerusalém. Então é possível afirmar que o decreto mencionado pelo anjo é o de 
Artaxerxes em 444 a.C. aí começou então a contagem. Para chegarmos a data 
correta, precisamos comparar as datas do calendário judaico fornecidas em Neemias 
1.1 e 2.1 e convertê-las para nosso calendário atual. 
Em Neemias 1.1 o relato começa no mês de Quisleu no vigésimo ano de 
reinado de artaxerxes. Quisleu corresponde a Dezembro no nosso calendário. Então 
essa data corresponde a Dezembro de 445 a.C. Depois, em Neemias 2.1 o decreto 
7 
 
ordenando a reconstrução de Jerusalém foi assinado no mês de Nisã que corresponde 
ao mês de Abril de 444 a.C. 
Lembre-se que esse ano é contado sobre o povo judeu, isso implica que deve 
ser feito pelo calendário lunar (ano de 360 dias) e não solar (365 dias). Sendo assim, 
para ajustar o tempo, deve-se primeiro transformar o período em dias, multiplicando 
por 360 e depois dividir esse resultado pela quantidade de dias que forma um ano 
solar que é 365,25 (esse 0,25 se deve aos anos bissextos). 
Por exemplo, a profecia afirma que se passariam sessenta e nove semanas 
até a vinda do Messias, ou seja 483 anos proféticos. Para fazer o ajuste deve-se 
multiplicar 483 por 360 que é igual a 173.880 dias, depois deve-se dividir por 365,25 
que é igual a 476 anos. Subtraindo 444 (o início da contagem é em 444 a.C.) o 
resultado é 32. Deve-se somar mais 1 ao resultado pela ausência do ano zero, que 
não existiu. Sendo assim, o resultado é 33 d.C. que confere perfeitamente com o 
período em que Jesus estava exercendo seu ministério terreno. 
 
A ESTRUTURA DAS SETENTA SEMANAS 
 
- 7 semanas (49 anos), de 444 a.C. a 396 a.C. 
- 62 semanas (434 anos) de 396 a.C. a 33 d.C. 
 - 1 semana (7 anos) Tribulação, ainda futura. 
 Lemos em Daniel 9:26, que “Depois das sessenta e duas semanas, o Ungido 
será morto, e já não haverá lugar para ele. A cidade e o Lugar Santo serão destruídos 
pelo povo do governante que virá. O fim virá como uma inundação: guerras 
continuarão até o tempo do fim e desolações foram decretadas”. 
Após as sessenta e duas semanas o Ungido iria morrer e depois de algum 
tempo, Jerusalém seria invadida e destruída pelo Império Romano, o que de fato 
ocorreu de forma literal em todos os sentidos no ano 70 d.C. (Dn 9:25-26). Embora o 
primeiro e o segundo bloco tenham sido ininterruptos, através das Escrituras 
percebemos que três coisas deveriam acontecer depois do segundo bloco de 62 
semanas e antes do início do terceiro bloco de 1 semana. (Dn 9:26) 
1) O Messias seria morto (Ocorreu com a crucificação de Jesus em 33 d.C.) 
2) Jerusalém e o templo seriam completamente destruídos por um povo 
estrangeiro e essa invasão seria como uma inundação. (Ocorreu no ano 70 
d.C. quando o exército Romano, liderado pelo general Tito, invadiu Jerusalém, 
8 
 
destruindo a cidade, o templo e dizimando a população (Ez 36:19-20 e Lc 
21:24) 
3) Até o tempo do fim, a Terra Santa sofreria muitas guerras. (Continua ocorrendo 
desde aquela época até os nossos dias) 
Estamos vivendo hoje o intervalo de contagem entre a 69.ª e a 70.ª semana. 
Essa última semana não pode ter se cumprido, pois ela começa com um acordo de 
paz entre os judeus e seus inimigos (palestinos/árabes) concretizado através do 
Anticristo e este assolador seria destruído porém, isso ainda não aconteceu (Dn 
9:27). Essa última semana só irá começar depois que acabar o “tempo dos gentios”. 
(Lc 21:20-24) 
Esse texto afirma que depois que Jerusalém fosse devastada pelos exércitos, 
os judeus seriam levados a força para fora da Palestina e seriam espalhados pelas 
nações, Jerusalém seria habitada pelos gentios (não judeus) até que o tempo deles 
se completasse. Isso se cumpriu de forma literal, pois, depois dessa invasão a cidade 
sempre foi dominada por não judeus. Isso só começou a mudar em 1967 quando 
Israel venceu “a guerra dos seis dias” e se apossou de parte de Jerusalém, mas até 
hoje os judeus não têm a posse de toda a cidade. Eles a dividem com os palestinos, 
que querem ter domínio de toda Jerusalém em troca de paz. 
Guerras e mais guerras acontecem, pois Satanás quer impedir que os judeus 
tenham domínio sobre Jerusalém para que a profecia não se cumpra. Na segunda 
guerra mundial, o principal objetivo de Satanás através de Hitler era exterminar o 
povo judeu para que essa profecia não se cumprisse. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
3. OS SINAIS DA ATUALIDADE 
 
Um dos textos bíblicos mais claros a esse respeito é o sermão profético descrito 
em Mateus 24, com paralelo em Marcos 13 e Lucas 21. Essa revelação profética se 
divide em quatro partes, na primeira (v 1-3) Jesus faz uma predição a respeito da 
destruição do templo e os discípulos lhe fazem três perguntas. Na segunda parte (v 
4-14) Jesus responde a uma dessas perguntas e na terceira parte (v 15-35) responde 
as outras duas. Finalmente na quarta parte (v 36-51) Ele dá uma explicação extra para 
complementar o entendimento dos apóstolos sobre o tema. 
 
PRIMEIRA PARTE – AS TRÊS PERGUNTAS 
 
 "Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal da tua vinda 
e do fim dos tempos? " (Mateus 24:3) 
 A respeito da primeira pergunta, eles estão se referindo a destruição de 
Jerusalém (profetizada por Jesus em Mateus 24:2). Na segunda pergunta, “tua vinda”, 
eles estão se referindo a vinda física de Cristo na terra. Na última pergunta “fim dos 
tempos” eles estão se referindo ao término da presente era e sua transição para a era 
do reino Messiânico (Milênio). 
 
SEGUNDA PARTE – OS SINAIS DO FIM DOS TEMPOS 
 
Leia Mateus 24:4-14. Embora o grupo foco dessa passagem seja Israel e 
esses acontecimentos só se darão de forma plena no período tribulacional, esses 
sinais também podem ser observados pela igreja na atualidade: 
 
- Aparecimento de falsos Cristos e engano religioso; 
- Guerras e rumores de guerra; 
- Aumento da fome no mundo; 
- Aumento de terremotos; 
- Pregação do evangelho a todas as nações. 
10 
 
 
TERCEIRA PARTE – OS SINAIS DA VINDA DE CRISTO 
 
 Em Mateus 24:29-35 Jesus responde qual será o sinal da sua vinda. O último 
trecho refere-se exclusivamente ao período tribulacional e mostra quais serão os 
sinais que precederão a vinda de Cristo. 
 
QUARTA PARTE – A IMINÊNCIA DA VINDA DE CRISTO 
 
 Mateus 24:36-51 Jesus explica que sua vinda acontecerá de forma inesperada 
e por isso todos devemos estar preparados. 
4. HADES, SHEOL, GEENA E TÁRTARO 
 
HADES/ SHEOL 
 
A palavra Sheol é hebraica e a palavra Hades é grega. Elas aparecem 
frequentemente nos textos originais da bíblia.Vemos em Atos 2:27, uma citação do 
Salmo 16:10. Nesse texto de salmos (hebraico) o escritor usou a palavra Sheol, já em 
Atos, Lucas usou a palavra Hades. Isso prova que a palavra hebraica Sheol, equivale 
a palavra grega Hades. Outra prova dessa correspondência se encontra na tradução 
da septuaginta, pois das 65 vezes em que a palavra sheol é usada no A.T. 64 foram 
traduzidas por Hades. 
A palavra Hades, na sua etimologia, significa “o não visto” ou “o invisível”, já a 
palavra sheol pode ser traduzida como sepultura, profundezas ou morte. Essas 
designações são utilizadas para se referir ao mundo dos mortos, ao lugar (dimensão) 
para onde vão as almas quando morrem. Na tradução da Bílbia feita por João Ferreira 
de Almeida, essas palavras e algumas outras (Geena e Tártaro) foram todas 
traduzidas por “inferno”. Isso aconteceu porque não há na língua portuguesa, 
nenhuma palavra que expresse exatamente a ideia das palavras “Hades” e “Sheol”. 
Com certeza a ideia que essas palavras expressam não combinam com essa 
definição, por isso, nas traduções mais atuais como a NVI, elas são apenas 
transliteradas para o português. 
Vamos ler um texto que está em Lucas 16:19-31, a passagem do rico e Lázaro. 
Embora alguns teólogos afirmem que esse texto é uma parábola, isso não é um 
consenso, pois o próprio Jesus não afirmou que fosse, além disso o padrão e estilo 
11 
 
literário dessa passagem difere muito das demais parábolas. Porém, mesmo que seja 
uma parábola, sua validade permanece sólida pois em suas parábolas Jesus nunca 
se utilizou de elementos de ficção. 
1. “ele está sendo consolado aqui”: Lázaro ao morrer foi para junto de Abraão, 
que é um lugar de paz e alegria onde está sendo consolado. 
2. “e você está em sofrimento”: O rico morreu e foi para um lugar de tormento 
e tristeza. 
3. “entre vocês e nós há um grande abismo”: Ambos estão no mesmo espaço, 
porém com um abismo entre eles, separando a parte dos salvos (Hades-
paraíso) dos não salvos (Hades-inferno). Isso prova que a salvação do homem 
é decidida em vida e seu destino ao morrer já está selado, não há como mudar. 
4. “ele olhou para cima”: O lugar onde estão os salvos é mais alto. 
5. “Pai Abraão, tem misericórdia de mim”: O rico conversou com Abraão 
pedindo que permitisse a ele voltar para avisar seus irmãos. Isso prova que 
depois da morte, a alma das pessoas permanece consciente e em posse de 
todas as suas memórias. 
6. “Pai Abraão”: Sendo Abraão um ser humano, ele jamais teria poder para fazer 
o rico ressuscitar e voltar ao mundo dos vivos, isso deixa evidente que nesse 
texto o pai Abraão representa o Deus Pai. 
7. “ Moisés e os profetas”: Se Abraão viveu antes de Moisés e dos profetas, 
não tinha como conhecê-los, esse termo é designado para se referir a bíblia, 
pois naquela época a bíblia era só o A.T. Moisés escreveu os cinco primeiros 
livros e os profetas escreveram o restante. 
8. “Ainda que um morto ressuscite”: O único jeito de sair do Hades é 
ressuscitando, isso derruba qualquer doutrina que defenda a ideia de que vivos 
possam se comunicar com os mortos e de que mortos possam habitar o mundo 
dos vivos. 
Alguns teólogos insistem em negar a doutrina da existência do Hades e dizem 
que os que morrem salvos vão direto para o céu, a morada de Deus. Mas, em Lucas 
23:42-43 vemos o relato da conversa que Jesus teve com o ladrão. “Hoje você estará 
comigo no paraíso”. Em João 20:16-17, temos o relato da conversa entre Jesus e 
Maria Madalena logo depois de Jesus ter ressuscitado e saído do túmulo. “Não me 
segure, pois ainda não voltei para o pai”. Jesus disse ao ladrão que estaria junto dele 
12 
 
no paraíso, porém três dias depois quando já tinha ressuscitado, disse a Maria 
Madalena que ainda não havia subido ao Pai. Que lugar seria esse que o próprio 
Jesus chamou de paraíso, mas que não é a morada de Deus? Fica óbvio que esse 
lugar é a parte do Hades destinada aos salvos. 
Em 1 Ts 4:16-17 o texto deixa claro que os mortos em Cristo ressuscitarão, 
para irem ao encontro do Senhor juntamente com os vivos que serão arrebatados, ou 
seja, antes disso os mortos ainda não tinham se encontrado pessoalmente com o 
Senhor. Considerando a teoria de que quem morre salvo vai direto para a morada de 
Deus, por que eles teriam que ressuscitar para ir pra lá novamente? O texto não diz 
que os mortos irão ressuscitar para voltar para o Senhor, e sim para ir ao Senhor. 
Então, a morada de Deus, chamada de o terceiro céu, não é o mesmo lugar que o 
paraíso, são duas dimensões diferentes. 
 
GEENA, O LAGO DE FOGO 
 
A palavra Geena aparece 12 vezes no N.T. e vem do termo hebraico “Ge 
Hinom”, que significa Vale de Hinom. Este vale situava-se a sudoeste de Jerusalém, 
neste local, antes da conquista de Canaã por Josué, os cananitas ofereciam sacrifícios 
humanos ao Deus Moloque. Posteriormente esse local ficou reservado para depósito 
do lixo da cidade de Jerusalém e dos cadáveres de mendigos encontrados na rua, ou 
de criminosos e ladrões. Esses corpos as vezes caíam onde não havia fogo, o que 
causava o aparecimento de vermes, é a esse fato que Isaías se refere no capítulo 
66:24 de seu livro. 
 Por essa razão esse vale se tornou desprezível para os judeus e símbolo de 
terror e nojo. Ser atirado no Geena após a morte era sinônimo de desprezo e desonra 
ao morto, deixando-o condenado a destruição pelo fogo e pelos vermes, o fogo ardia 
constantemente nesse lugar, e para alimentar as chamas, era lançado ali o enxofre. 
Tendo em mente esse cenário de horror, Jesus usou esse vale para ilustrar o que 
seria o fim dos tempos. 
Marcos 9:43-44 nos mostra que o Geena é um lugar de fogo que não apaga. O 
livro de Apocalipse fala várias vezes sobre um lago de fogo e enxofre. A besta e o 
falso profeta serão lançados nesse lugar (Ap 19:20) e Satanás também (Ap 20:10). 
Em Ap 21:8 descobrimos que muitos seres humanos também serão lançados nesse 
13 
 
mesmo lago de fogo, não há dúvida de que o lugar chamado de Geena é o mesmo 
lago de fogo e enxofre descritos em Apocalipse. 
 
TÁRTARO 
 
 A palavra grega tártaro ocorre somente uma vez no N.T. está em 2 Pedro 2:4. 
 “Pois Deus não poupou os anjos que pecaram, mas os lançou no inferno 
(tártaro), prendendo-os em abismos tenebrosos a fim de serem reservados para o 
juízo”. 
 A palavra tártaro em sua etimologia significa abismo de escuridão, ou prisão. 
Se Pedro utilizou essa palavra ao invés de utilizar Hades ou Geena, deve ter um 
motivo. O dicionário grego do N.T. de Strong diz que “Tártaro” é o abismo mais 
profundo do Hades e que essa palavra significa “encarcerar ou aprisionar em 
tormento”. Vamos ver alguns textos: 
“Vi descer do céu um anjo que trazia na mão a chave do abismo e uma grande 
corrente. 
Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o acorrentou por 
mil anos; 
lançou-o no abismo, fechou-o e pôs um selo sobre ele, para assim impedi-lo de 
enganar as nações até que terminassem os mil anos. Depois disso, é necessário que 
ele seja solto por um pouco de tempo.” Apocalipse 20:1-3 
 “O quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que havia caído do céu 
sobre a terra. À estrela foi dada a chave do poço do Abismo.” Apocalipse 9:1 
 “ Eu sou aquele que vive. Estive morto mas agora estou vivo para todo o 
sempre! E tenho as chaves da morte e do Hades.” Apocalipse 1:18 
 “E aos anjos que não conservaram suas posições de autoridade mas 
abandonaram sua própria morada, ele os tem guardado em trevas, presos com 
correntes eternas para o juízo do grande Dia.” Judas 1:6 
Conciliando todos esses textos, entendemos que Tártaro é o abismo do Hades, 
onde alguns anjos caídos estão presos aguardando o julgamento e onde Satanás 
ficará preso durante todo o milênio. 
 
5. A IGREJA DURANTE A TRIBULAÇÃO 
 
14 
 
A igreja será arrebatada logo antes do início da tribulação(1 Co 15:51-52 e 1 
Ts 4:16-17), primeiro os mortos em Cristo ressuscitarão e irão para junto do Senhor, 
e logo depois os cristãos que estiverem vivos serão transformados e atraídos para 
junto de Jesus nos ares, tudo isso acontecerá num abrir e fechar de olhos, ou seja, 
muito rápido. 
O povo judeu não será arrebatado e permanecerá em Israel durante o tempo 
da Grande Tribulação, exceto os 144.000 escolhidos por Deus que estarão 
espalhados pelo mundo pregando o evangelho aos ímpios, falaremos mais 
detalhadamente sobre eles. 
 
ARGUMENTOS A FAVOR DO PRÉ-TRIBULACIONISMO 
 
Através de textos como (Is 24: 20-21, 26: 20-21, Jr 30:7, Jl 1:15, 2:2, Ap 3:10, 
6:16, 11:18, 14:19, 15:4, 16:5-7 dentre outros) percebemos que o período de 
tribulação é um tempo de ira, julgamento, indignação, castigo, angústia, destruição e 
trevas. Mas, em 1 Ts 1::9-10,5: 9-10, Cl 2:14 e Ap 3:10 fica claro que a igreja não foi 
destinada para a ira de Deus, que Jesus livra sua igreja do período de ira que virá. 
 
EVENTOS APÓS O ARREBATAMENTO DA IGREJA 
 
 Durante os sete anos de tribulação, a Igreja de Cristo estará no céu junto com 
Jesus e lá ocorrerão dois eventos muito especiais. O primeiro é o tribunal de Cristo, 
onde os cristãos serão galardoados de acordo com suas obras na terra, logo depois 
haverá a festa de união do noivo (jesus) com a noiva (igreja), essa festa é conhecida 
como as bodas do cordeiro. 
 
- O tribunal de Cristo 
 
No texto bíblico original em grego, são encontradas duas palavras traduzidas 
como tribunal. A primeira delas é a palavra “criterion”, esse termo possui o significado 
mais comum da palavra, ou seja, um juiz que julga um réu afim de lhe atribuir uma 
punição caso seja considerado culpado. A outra palavra é “bêma”, esse termo traz 
uma ideia completamente diferente, ele descreve um cenário de premiação ao 
vencedor. Observe que o bêma não é para punição, mas sim, para premiar o vencedor 
com um prêmio proporcional ao seu esforço. 
15 
 
É esse contexto que Paulo tem em mente quando fala a respeito do tribunal 
de Cristo. Veja os textos de (2Co 5:10, 1Co 3:9-15, Rm 14:10). Através desses textos 
podemos perceber que todos os crentes passarão por esse tribunal. Todos os salvos 
passarão pelo bêma de Cristo e temos a certeza de que isso ocorrerá durante a 
tribulação, pois quando a Igreja volta à terra, ela já está premiada. (Ap 19:8). 
O próprio apóstolo Paulo afirma que mesmo aquele a quem a obra for 
destruída pelo fogo (ou seja, desprezada pela sua inutilidade) “esse sofrerá prejuízo; 
contudo, será salvo como alguém que escapa através do fogo”. (1 Co 3:15) 
Existem duas palavras em grego que são traduzidas como coroa, uma delas 
é a palavra “diadema” que significa coroa de monarca, esta demostra que quem a usa 
é rei. O outro tipo de coroa é “stephanos”, essa coroa era construída com ramos de 
oliveira, e dada ao campeão de uma modalidade olímpica, ela era sinal de honra ao 
vencedor. Quando a bíblia fala das coroas que o crente receberá, é a esse tipo de 
coroa “stephanos” que ela está se referindo. Veja os textos (1Co 9:25, 1Ts 2:19, Tg 
1:12, 2Tm 4:8 e 1Pe 5:4) 
 
- As bodas do cordeiro 
 
Vários textos da bíblia nos mostram a relação de Cristo com a igreja, fazendo 
analogia a um relacionamento entre noivos (Jo 3:29, Rm 7:4 e Ef 5:25-33 entre outros). 
A festa de casamento judaica dura sete dias (Jz 14:10-12) e as bodas do cordeiro 
ocorrerão no céu por sete anos. Essas bodas será a festa de união de Cristo com sua 
Igreja, antes de sua volta à terra. Depois que Jesus derrotar o Anticristo, aprisionar 
Satanás, julgar Israel e as nações e ressuscitar os salvos do A.T. e da Tribulação, 
ocorrerá então o encerramento da festa, onde todos os salvos já ressurretos sentarão 
a mesa com Cristo para ter comunhão com Ele, para celebrar a última ceia das bodas 
do cordeiro. (Mt 26:29) 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. O MUNDO DURANTE A TRIBULAÇÃO 
 
A 70.ª semana de Daniel, conhecida como “sete anos de tribulação” é um 
período que iniciará quando o Anticristo fizer um acordo de paz entre os judeus e os 
palestinos/ árabes. Esse período se iniciará logo após o arrebatamento da igreja e 
terminará quando Jesus voltar a terra e derrotar o anticristo e seu exército. Esses sete 
anos serão divididos em duas metades de 3 anos e meio que também são descritos 
na bíblia como: 42 meses, 1260 dias, 1 tempo 2 tempos e meio tempo (Dn 9:27, 7:25, 
12:7, Ap 11: 2-3, 12:6 e 13:5). É nesse tempo que Deus vai derramar seus juízos sobre 
a terra, na forma de catástrofes naturais com um nível de intensidade jamais visto e 
também alguns eventos sobrenaturais. (Jl 1:15, Is 24:1, Ap 6:18) 
Nos primeiros 3 anos e meio de tribulação, o Anticristo vai se firmar como um 
grande líder mundial e vai espalhar sua influência política e religiosa (através do falso 
profeta) por todo o mundo, assim ele conseguirá o apoio de muitas nações. Nesse 
período ele irá favorecer a nação de Israel, por isso muitos judeus acreditarão que ele 
é o Messias que haveria de vir. Nos últimos 3 anos e meio o Anticristo vai revelar seu 
verdadeiro caráter, se mostrando como um ditador cruel, chegando ao cúmulo de 
colocar sua imagem no templo de Jerusalém exigindo que o povo judeu o adore como 
se ele fosse um deus. 
 
O ESPÍRITO SANTO SAIRÁ DA TERRA? 
 
 Por ocorrência do arrebatamento, o poder e atuação coletiva do Espírito Santo 
entre os cristãos serão removidos da terra, deixando Satanás livre para agir e 
17 
 
possibilitando assim a manifestação do Anticristo e seu governo mundial. O Espírito 
Santo não deixará de agir na terra, pois como o próprio Senhor Jesus disse: é Ele que 
convence o homem do pecado, da justiça e do juízo, sem Ele não haveria 
arrependimento ou conversão. (Jo 16:8) 
O que ocorrerá durante a tribulação é que Espírito Santo deixará de atuar de 
maneira coletiva em todos os cristãos porque a igreja não mais estará na terra, terá 
sido arrebatada. Ele continuará exercendo sua função de levar as pessoas ao 
arrependimento e atuará individualmente em algumas pessoas, como no caso dos 
144.000 eleitos. 
 
A ESTRUTURA DO MUNDO NA TRIBULAÇÃO 
 
 Por causa do arrebatamento, a economia estará num estado de completo caos 
e se reerguerá através de um sistema econômico totalmente unificado, com uma 
moeda unificada e transações exclusivamente eletrônicas. Não haverá mais 
numerário físico, ao invés disso serão utilizados dispositivos subcutâneos implantados 
na mão ou testa do usuário (marca da besta). 
 A religião mundial será exercida pelo falso profeta através da igreja apóstata 
que pregará um evangelho falso e tão prostituído com heresias de outras seitas que 
a bíblia utiliza uma prostituta para descrever esse sistema religioso mundano (Ap 17) 
 Militarmente o mundo se dividirá em quatro grandes blocos continentais que 
formarão grandes exércitos para a batalha/ guerra do Armagedom: 
 
1) Império Romano revivido (Dn 2:40-44, 7:7-8, 7:19-24, Ap 13:1-3, 17:12) 
Este império será formado pelos países da Europa que se reunificarão em um 
único governo. Desse império é que surgirá o Anticristo, e ele será seu líder. 
Também conhecido como império do Oeste, pois está a oeste de Israel. 
 
2) Reis do Oriente (Ap 16:12) 
Será formado pela união dos povos asiáticos, provavelmente liderado pela 
China ou Índia. É provável que os países da Oceania farão parte desse império. 
Também conhecido como império do Leste, por estar a leste de Israel. 
 
3) Reino do Sul (Dn 11:40) 
18 
 
Será formado pelos países africanos que na sua maioria são muçulmanos. O 
líder desse grupo será o Egito. É chamado de reino do Sul, pois fica ao Sul de 
Israel. 
 
4) Confederação Russo-PanIslâmica (Ez 38:1-39, Jl 2:1-27) 
Esse grande grupo será formado pela Rússia aliada a todos os países árabes 
do OrienteMédio. Seu grande ponto forte será a união do poder bélico soviético 
com as grandes reservas de petróleo dos árabes. 
 
Obs: Quando a bíblia foi escrita, a América ainda não tinha sido descoberta, 
por isso ela não aparece nas profecias escatológicas. Porém, sendo que o 
continente americano foi quase todo povoado por europeus, o mais provável é 
que ele seja agregado ao Império Romano Revivido. 
 
QUEM SERÁ O ANTICRISTO? 
 
Lendo os textos de 1Jo 2:18, 1 Jo 2:22, 1 Jo 4:23 e 2 Jo 1:7 percebemos que 
as passagens bíblicas não se referem a um homem específico chamado “Anticristo”, 
mas se referem ao sistema mundano. Esse nome “Anticristo” é um termo técnico 
desenvolvido pela teologia para se referir ao homem que liderará o sistema global 
satânico durante o período da tribulação. Ele também é chamado na bíblia de a besta 
do mar. 
Textos que falam a respeito desse homem (2 Ts 2:3-12, Ap 13:5, Dn 7:24-25). 
Ele será um homem de muito carisma, que garantirá a paz entre Israel e o 
Oriente Médio. Terá um plano de dominação mundial baseado na criação de uma 
única moeda, uma única religião e um governo central, chamado hoje de “Nova Ordem 
Mundial”. 
O anticristo ao que parece será vítima de uma tentativa de assassinato, 
conforme Ap 13:3 para imitar a morte e ressurreição de Cristo, a fim de convencer o 
mundo de que ele é o verdadeiro messias. 
 
QUEM SERÁ O FALSO PROFETA? 
 
Outro personagem que se manifestará no período da tribulação é o falso 
profeta, também chamado na bíblia de a besta da terra (Ap 13:11-18). Esse homem 
liderará a falsa religião mundial que adorará o Anticristo e a sua imagem. 
19 
 
Existe um texto profético que afirma o reaparecimento de Elias para preparar 
o caminho para a vinda do messias: “Vejam, eu enviarei a vocês o profeta Elias antes 
do grande e temível dia do Senhor” (Ml 4:5) 
O diabo sabe que o povo judeu conhece essa profecia, por isso ele dará poder 
e autoridade a esse homem para que ele realize grandes sinais e maravilhas a fim de 
que o povo judeu acredite ser ele o Elias que voltou e assim acredite que o Anticristo 
é o messias que viria. 
 
O QUE É A MARCA DA BESTA? 
 
 Desde a igreja primitiva a marca da besta é um dos elementos mais 
especulados pelos estudiosos da bíblia e pela sociedade em geral. Ver Ap 13:16-18. 
A bíblia explica que essa “marca” terá uma identificação que a relaciona com a besta 
do mar, que é não somente o Anticristo como também todo seu império, essa marca 
terá a identificação desse império, essa identificação será o nome do império ou o seu 
número que é 666. Sendo que no alfabeto hebraico as letras também representam 
números, uma explicação razoável é que se pegarmos o nome do Anticristo ou de seu 
império no hebraico e considerarmos as letras como números, a soma total será 666. 
 Diversas instituições financeiras já estão anunciando o início de uma sociedade 
sem dinheiro. Empresas como a Mondex em 1993 começaram a desenvolver um 
sistema de “cartão inteligente” que pode ser conectado a toda rede bancária e também 
a internet para realizar transações online, esse tipo de cartão possui um chip que 
armazena valores em dinheiro e informações pessoais do portador. Esse biochip 
mede 8 milímetros e contém uma bateria de lithium que se recarrega com o próprio 
calor do corpo, coincidentemente ou não foi constatado que o melhor lugar para 
inserção desse chip é na testa ou na mão direita. É impossível afirmar que esse chip 
será a marca da besta, mas podemos dizer que se o arrebatamento acontecesse em 
nossos dias, esse seria o dispositivo mais provável a se tornar esta marca. 
7. ISRAEL DURANTE A TRIBULAÇÃO 
 
Para Israel os primeiros 3 anos e meio de tribulação serão um período de falsa 
paz através do acordo assinado pelo Anticristo. Mas, haverá um ataque contra os 
judeus liderado por uma coligação entre a Rússia e vários países árabes do Oriente 
20 
 
Médio (Confederação Russo-PanIslâmica), que será destruído por uma intervenção 
milagrosa do próprio Deus. 
Ler Ezequiel 38. Deus fala sobre o “príncipe de Rõs, de Mesaque e Tubal”. 
Muitos estudiosos acreditam que “Rõs” está relacionado com a palavra Rússia e que 
“Meseque” e “Tubal” respectivamente seriam variações ortográficas para se referir a 
Moscou e Tobolsk, uma cidade da Rússia. O nome Rússia e União Soviética não 
aparecem nas escrituras, mas esta descrição do invasor de Israel se encaixa 
perfeitamente com a Rússia. No vs 5-6 Deus identifica os demais invasores. 
Resumindo, a Rússia irá liderar uma grande força militar para invadir a Israel. 
Deus pessoalmente fará a defesa da nação de Israel. Primeiro ele mandará 
um poderoso terremoto (vs 19-20), depois uma grande confusão entre as forças de 
guerra (vs 21) e por último fará chover saraiva sobre os inimigos de Israel (vs 22). 
É muito provável que os eventos decorrentes desse ataque estejam 
diretamente ligados ao início da batalha do Armagedom e da quebra do acordo de paz 
por parte do Anticristo, pois o povo terá visto Deus agindo em seu favor, enquanto 
aquele que eles pensavam ser o Messias não fez nada por eles. 
 
A QUEBRA DO ACORDO DE PAZ 
 
Na metade da tribulação, o Anticristo quebrará seu acordo, colocando sua 
imagem no templo e exigindo que o povo o adore (Dn 9:27 e 2 Ts 2:4). O povo se 
revoltará contra a profanação que esse homem realizará e então o Anticristo 
desencadeará uma grande perseguição contra eles. (Mt 24:15-22). 
Com a quebra do acordo de paz e a profanação do templo, Israel constatará 
que o anticristo não é o Messias. Ao fugirem de Jerusalém para o deserto, através do 
sofrimento, se lembrarão que há muito tempo atrás o verdadeiro messias veio e eles 
o rejeitaram e o entregaram aos romanos para ser crucificado. Eles entenderão que a 
rejeição do Messias era parte do plano de Deus para que a salvação em Cristo 
alcançasse todos os povos. 
 
A PREGAÇÃO DO EVANGELHO NA TRIBULAÇÃO 
 
 Existirá salvação durante a tribulação? Através do texto de Ap 7: 13-15 
podemos perceber que haverá sim salvação na tribulação. Então, quem pregará? O 
texto de Ap 7: 2-4 nos mostra que Deus separará 144.000 homens dentre o povo 
21 
 
judeu para pregar o evangelho aos ímpios durante a tribulação, eles estarão 
espalhados por todo o mundo. Deus terá um encontro pessoal com cada um desses 
homens parecido com o encontro que teve com Saulo em sua conversão, e os 
capacitará a pregar o evangelho as nações. 
A mensagem anunciada por esses homens será o evangelho do reino (Mt 
24:14). Esta mensagem chamará o homem a se arrepender e invocar ao Senhor (Jl 
2:32). Será possível ser salvo durante a tribulação mas será bem mais difícil pois 
haverá perseguição, martírio e morte. (Mt 24:9 e Ap 20:4) 
 
AS DUAS TESTEMUNHAS DO APOCALIPSE 
 
 Em Apocalipse 11:3-13 são apresentados dois personagens que aparecerão 
no período da tribulação. Eles serão as duas testemunhas de Deus que farão grandes 
milagres e sinais enquanto pregam o evangelho para a nação de Israel. Para que a 
profecia de Ml 4:5-6 se cumpra, Elias precisa voltar antes do dia do Senhor. Alguém 
pode dizer que esta profecia se refere a João Batista, mas ele não converteu o coração 
dos pais aos filhos, tampouco ordenou que não chovesse, João Batista não era Elias, 
e sim o dom/unção de Elias estava sobre João Batista, além disso em (Mt 17:10-12) 
quando Jesus anunciou a vinda de Elias, João Batista já havia morrido. 
 É muito provável que a outra testemunha seja Moisés, pois em (Mt 17:3) ele 
aparece na transfiguração de Cristo junto com Elias e os sinais que as duas 
testemunhas farão conferem com sinais realizados por Elias e Moisés. 
 
A BATALHA OU GUERRA DO ARMAGEDOM 
 
 Guerra do Armagedom seria a melhor tradução, pois a palavra grega no original 
significa campanha e possui o mesmo sentido de guerra, ou seja, uma sequência de 
batalhas. Nasegunda parte dos sete anos haverá uma Guerra Mundial, onde países 
do mundo inteiro irão concentrar suas forças militares para conquistar o poder do 
planeta ao lado do Anticristo. 
Nessa grande guerra, que durará quase toda a segunda metade da tribulação 
a terra de Israel e seus habitantes serão o alvo dos reis da terra e do Anticristo, que 
nesta ocasião após a quebra de aliança com Israel, estará reinando em Jerusalém. 
Participarão da guerra os quatro grandes exércitos formados por conglomerados 
22 
 
continentais, citados no capítulo anterior e o próprio Jesus Cristo com seu exército 
celestial que virá em defesa do povo judeu. 
 A invasão feita pela Confederação Russo-PanIslâmica na tentativa de destruir 
os judeus (Ez 38 e 39) pode ser considerada como a primeira batalha, que terminou 
com esse grande exército sendo totalmente destruído pelo próprio Deus, isso faz com 
que ocorra então um desequilíbrio nas forças militares que estavam até então 
equilibradas, por isso não havendo ataque entre eles. 
Agora o exército do Sul, que são os países africanos vão querer invadir o 
Oriente Médio, sabendo dessa notícia o Anticristo será obrigado a sair de Jerusalém 
e fixar seu acampamento entre o Mar da Galileia e o Mar Mediterrâneo (vale de 
Megido) para evitar essa invasão (Dn 11:44-45 e Ap 16:13-14). Nesse meio tempo, os 
países da Ásia (Reis do Oriente) sabendo do confronto que está ocorrendo também 
irão em direção ao Oriente Médio. 
Como no cenário profético descrito em Zacarias 14 os judeus estarão em 
Jerusalém nos momentos finais da tribulação, é provável que o povo judeu que estava 
refugiado no deserto, aproveitará que o Anticristo saiu de Jerusalém para invadi-la, 
retomá-la e torná-la sua fortaleza para a batalha final. Quando o Anticristo descobre 
que os judeus retomaram a cidade de Jerusalém, ao invés de atacar os povos 
asiáticos, ele prefere fazer uma aliança com esse exército e eles então começam a 
descer o vale de Armagedom, também chamado de Megido, um trecho de 
aproximadamente 300km que faz o caminho entre Tel aviv e Jerusalém, para a grande 
batalha do Anticristo e seus exércitos contra o povo judeu. 
 
A VOLTA DO SENHOR (PAROUSIA) 
 
 Quando a guerra estiver no ponto máximo e todos os povos da terra estiverem 
no vale do Armagedom ansiosos para exterminar o povo judeu e os judeus estiverem 
sem esperança de vitória por mãos humanas, eles irão clamar a Jesus (Zc 12:9-14). 
Nesse tempo se cumprirá a palavra profética de Jesus acerca de Israel (Mt 23:27-39). 
O acontecimento máximo finalmente chegará, pois Cristo que foi rejeitado e morto, 
será enfim aceito pelo seu povo e então virá para socorrê-lo. 
Observe as características da segunda vinda de Cristo: 
 
- Seus pés pisarão sobre o monte das oliveiras (Zc 14:3-4 e At 1:9-11) 
23 
 
- A igreja virá do céu junto com ele (Zc 14:5, Ap 19: 7-8, 14) 
- O Messias entrará em Jerusalém pela porta dourada (Ez 43: 1-7) Jesus entrou por 
essa porta em sua entrada triunfal, (Mt 21: 1-12) pois esta é a entrada por onde passa 
quem vem do monte das oliveiras e quando Ele voltar no fim dos tempos, passará por 
ela novamente. 
- Todo joelho se dobrará diante de Cristo (Iz 45:23, Rm 14:11, Fl 2: 9-10 e Ap 15:4) 
- Todo olho o verá (Ap 1:7) 
- O Senhor aniquilará o demônio com seu poder (2 Ts 2:7-8) 
- O Senhor esmagará Satanás debaixo dos seus pés (Rm 16:20) 
- O Senhor lançará o Anticristo e o falso profeta no Geena (Ap 19:20) 
- O Senhor vencerá a guerra para Israel (Ez 39:4, Ap 19:21) 
- Os povos da terra saberão quem é o Senhor (Ez 38:23, Ez 39:7-8) 
- A glória do Senhor será conhecida por todos os povos (Ez 38:16) 
 
8. O MILÊNIO 
 
Depois de salvar o povo judeu, derrotar o Anticristo e seus exércitos e 
aprisionar Satanás, a última etapa da 1.ª ressurreição acontecerá. Dela participarão 
os mártires do A.T. (Is 26:19) e os salvos mortos na grande tribulação (Ap 20:4-6). 
Então Jesus Cristo inicia seu reino milenar. 
 
O JULGAMENTO DE ISRAEL E DAS NAÇÕES 
 
Todos os israelitas sobreviventes da tribulação serão julgados. Os critérios de 
julgamento serão a incredulidade e o pecado do povo. Apenas os aprovados entrarão 
no milênio, os reprovados serão lançados no Geena. (Ez 20:34-38 e Ml 3:2-5) 
 Aqueles que crerem na mensagem dos 144.00 durante a tribulação serão 
salvos, mas quem se aliar ao Anticristo na perseguição contra os judeus será 
condenado. Todos os gentios que sobreviverem na tribulação serão julgados e os 
aprovados terão direito a desfrutar do milênio de paz, porém os reprovados também 
serão lançados no Geena que é a segunda morte. (Jl 3:12-14 e Mt 25:31-34) 
 
CARACTERÍSTICAS DO MILÊNIO 
 
• Paz (Is 2:4) 
24 
 
• Alegria (Is 9:3-4, 12:3-6, 14:7-8) 
• Santidade (Is 1:26-27, 4:3-4, 29:18-23) 
• Glória (Is 24:23, 40:5) 
• Consolo (Is 12:1-2, 29:22-23) 
• Justiça (Is 9:7, 11:5, 32:16) 
• Pleno conhecimento (Is 11:1-2, 41:19-20) 
• Instrução (Is 2:2-3, 25:9) 
• Retirada da maldade (Is 11:6-9, 35:9) 
• A doença será eliminada (Is 33:24, Ez 34:16) 
• Cura de deformidades (Is 29:17-19, 61:1-2) 
• Proteção (Is 41:8-14) 
• Trabalho (Is 62:8,9, 65:21-23) 
• Prosperidade (Is 4:1, 35:1-2, Ez 34:26) 
• Aumento da luz (Is 4:5, 30:26, Zc 2:5) 
• Língua unificada (Sf 3:9) 
• Adoração unificada (Is 45:23, 52:7-10) 
• Presença manifesta de Deus (Zc 2:2,10-13) 
• Plenitude do Espírito (Is 32:13-15, 44:3) 
 
A ESTRUTURA DO REINO MESSIÂNICO 
 
 Será uma teocracia monárquica, porque o próprio Deus na pessoa de Cristo 
governará. O reino e a autoridade para governar serão entregues a Cristo pelo próprio 
Deus. (Dn 7:13-14) Nesse reino “todo joelho se dobrará e toda língua confessará que 
Jesus Cristo é o Senhor” (Rm 14:11). O governo sob autoridade de Cristo será um 
reino de grande paz (Is 2:4) e plena justiça (Is 11:4-5). 
 Todos os participantes da primeira ressurreição (igreja arrebatada, santos do 
A.T e da tribulação) já estarão em seus corpos glorificados e imortais. Estes serão 
sacerdotes e governarão a Terra juntamente com Cristo durante o milênio. (Ap 20:1-
6) 
 Os sobreviventes da tribulação, tanto de Israel quanto das nações, que forem 
aprovados no julgamento, desfrutarão da vida no milênio, mas ainda terão a natureza 
pecaminosa, eles se reproduzirão e repovoarão a terra. (Is 65:17-24) 
25 
 
Jerusalém será a sede e capital desse reino, que terá alcance mundial. Haverá 
sim cargos de governo e autoridade debaixo da autoridade suprema do Messias. Os 
cidadãos do milênio que já estiverem na forma imortal e glorificada ocuparão cargos 
de liderança no governo messiânico e Davi será o regente do reino em Jerusalém (Is 
55:3-4, Jr 30:9) 
Para manter a santidade da sociedade durante o milênio, o pecado será 
sumariamente punido com morte física. Essa punição se justifica pelo fato de que nem 
o diabo nem a sociedade mundana estarão presentes para tentar o homem, se este 
pecar será somente devido aos maus desejos do seu coração. (Is 11:4, 29:20-21) 
Os habitantes da terra durante o milênio serão: os glorificados e os mortais, 
salvos, mas que ainda terão a natureza Adâmica. Terão sua vida estendida, sem 
doenças e fisicamente perfeitos. É provável que os que se mantiverem fiéis ao 
Messias e ao seu governo, vivam durante todo o milênio. 
Devido ao cumprimento das alianças eternas no Milênio, Israel será totalmente 
reintegrado à terra da Palestina, a ocupará em sua totalidade e será regenerada 
espiritualmente por completo, tendo plena comunhão com Deus para sempre. As 
tribos de Israel repartirão novamente a Palestina entre si e cada tribo terá um território 
definido. 
 O milênio será apenas os primeiros mil anos da eternidade para aqueles que 
já estiverem na forma glorificada, pois para eles quase não haverá mudanças, mas 
será temporal para aqueles ainda mortais, pois para eles haverá grandes mudanças 
na transiçãodo Milênio para a Eternidade. 
O único grupo que não participará do milênio serão os mortos não salvos e 
ainda não ressurretos que estão no hades/sheol aguardando a 2.ª ressurreição para 
o julgamento do grande trono branco, esse julgamento só acontecerá no fim dos mil 
anos. (Ap 20:5-6) 
 
A ADORAÇÃO DURANTE O MILÊNIO 
 
 A maior característica do reino teocrático na Terra durante o Milênio será a 
adoração a Jesus Cristo. (Is 45:23, 66:23, Rm 14:11, Fl 2:9-11) Durante o Milênio, 
Jesus será o próprio Deus vivendo entre os homens. Para os servos fiéis será uma 
grande honra poder ver Jesus e adorá-lo face a face. Todos os habitantes do mundo 
inteiro virão adorá-lo em Jerusalém e participar da festa das cabanas. Dentre as três 
26 
 
grandes festas comandadas por Deus, a festa das cabanas é a de maior significado 
profético para os cristãos, ela comemora a proteção divina ao povo judeu nos 40 anos 
que ficaram no deserto. Como forma de simbolizar este período, durante a celebração, 
os judeus fazem suas refeições sob folhas e galhos ao ar livre, em uma sucá (uma 
espécie de cabana construída com folhas). 
O livro do profeta Ezequiel, a partir do capítulo 40 fala a respeito do templo de 
Jerusalém e da terra da Palestina durante o Milênio. Todos os rituais de adoração são 
explicados, as festas, os sacrifícios, tudo a respeito dos sacerdotes. A parte mais 
bonita é a descrição do rio que flui do Templo (47:1-12) pela cidade de Jerusalém e 
depois se divide em duas partes, uma desagua no mar Mediterrâneo e outra no mar 
Morto, essas águas dão vida a tudo por onde passam. 
 O templo deve existir durante o Milênio para que a santidade de Deus seja vista 
pelos povos, para a execução dos sacrifícios como um memorial, para ser habitação 
da glória divina e para se estabelecer como centro do governo divino. Os sacrifícios 
durante o Milênio não estão relacionados ao perdão dos pecados e sim como 
memoriais relembrando a antiga aliança, da mesma forma que a Santa Ceia é um 
memorial para nós. 
 
JERUSALÉM TERRESTRE E JERUSALÉM CELESTIAL 
 
 Durante o Milênio, haverá duas moradas distintas chamadas “Jerusalém”, uma 
será a própria cidade de Jerusalém na Palestina, que será a sede de todo o governo 
messiânico, ela é denominada como “Jerusalém terrestre”. E a outra chamada de 
“Jerusalém celestial” ou “Nova Jerusalém” será a morada eterna do Senhor e seus 
santos. Ela descerá dos céus e flutuará sobre a Jerusalém terrestre durante todo o 
Milênio. (Ap 21: 2-3 e 10) 
 O formato dessa cidade de acordo com a bíblia (Ap 21: 15-17) será um 
quadrado perfeito, com a gigante extensão de 2.200 KM de comprimento, largura e 
altura. Somente os já glorificados e imortais terão acesso a ela e a habitarão, nela 
estará a árvore da vida e fluirá o rio da água da Vida, ela iluminará toda a terra e será 
gloriosa. (Ap 22:1-2) 
 
OUTRAS TEORIAS A RESPEITO DO MILÊNIO 
 
27 
 
 Embora o pré-milenismo seja a visão mais antiga, correta e bíblica no decorrer 
da era cristã, outras duas visões foram desenvolvidas e durante algum tempo tiveram 
grande aceitação na história. Estamos falando do amilenismo e do pós-milenismo. 
- Amilenismo: Quando o imperador Constantino se converteu ao cristianismo no 
século IV, o cristianismo se tornou a religião oficial do império, muitos começaram 
então a achar que o tal reino messiânico havia chegado. Surgiu então uma 
controvérsia: Como conciliar as profecias bíblicas com estes eventos? A resposta foi 
fornecida pelo teólogo Agostinho, que alegorizou quase todas as profecias literais a 
respeito do reino messiânico e colocou a igreja como sendo o grupo que cumpre as 
profecias feitas a nação de Israel e o bispo de Roma (que veio a se tornar o Papa) 
como representante de Cristo na Terra. Essa visão ensina que ao término do reino 
messiânico que já estaria acontecendo em nossa era (desde 313 d.C.) haverá o 
aparecimento do Anticristo, a Tribulação e a volta de Cristo, sendo seguida pela 
ressurreição geral e o juízo final. Essa é a visão escatológica oficial da igreja católica 
romana até hoje. 
 
- Pós-milenismo: Com a reforma protestante muitos cristãos romperam o vínculo com 
Roma, por isso não era mais cabível aceitar a visão amilenista, onde o Papa reina 
eternamente como Cristo na terra. Então, reformadores como Calvino, estruturaram 
uma nova teoria escatológica, chamada de pós-milenismo, que ensina que o Milênio 
é um período indeterminado entre a primeira e a segunda vinda de Cristo. Essa visão 
defende a ideia de que com o evangelismo o mundo irá se converter gradualmente a 
Cristo e gradualmente a sociedade se tornará o reino messiânico de Cristo através da 
conversão em massa. Nessa visão Cristo reina através de todos os cristãos. Ensinam 
que após a conversão em massa, haverá um tempo de apostasia onde aparecerá o 
Anticristo que será destruído por Cristo em sua segunda vinda. Após a vinda física de 
Cristo seguirão os mesmos eventos finais previstos na visão amilenista. 
 Tanto o amilenismo quanto o pós-milenismo foram criados na tentativa de 
adequar o ensino das Escrituras à realidade da época. É claramente visível que ambas 
visões são fracas teologicamente e carecem de embasamento bíblico. Ambas têm 
falhas e são fundamentadas em interpretações alegóricas ou fora de contexto bíblico. 
Por tudo isso, elas já caíram em desuso. 
 
 
28 
 
 
 
 
 
9. A ETERNIDADE 
 
Na transição entre o término do Milênio e o início da eternidade, ocorrerão 
cinco eventos: 
1) A rebelião final de Satanás. 
2) A destruição de toda antiga criação. 
3) A segunda ressurreição. 
4) O julgamento do Grande Trono Branco. 
5) Criação de “novos céus” e “nova terra”. 
 
A REBELIÃO FINAL 
 
 Durante o milênio, o Senhor Jesus governará com cetro de ferro, ou seja, com 
grande rigidez, de forma que todo pecado será punido com morte física, todos deverão 
viver em santidade. Deus permitirá que Satanás seja solto do fim do milênio para 
confirmar quais as pessoas obedeciam a Jesus por amor e quais estavam sendo 
obrigadas a fazê-lo. (Ap 20:7-8) 
 Foi por este motivo que Jesus prendeu Satanás no abismo do Hades (Tártaro), 
pois lá é um lugar temporário, Deus em seu plano já tinha a intenção de soltá-lo no 
fim do Milênio e realizar o teste final para o ser humano. Em Ap 20:8 diz que o número 
de pessoas seduzidas por ele é “como a areia do mar”, esse grande número 
demonstra de forma definitiva que mesmo vivendo debaixo das mais ricas bênçãos e 
sob as melhores condições, o homem ainda é capaz de se revoltar contra seu Criador. 
 Este exército liderado por Satanás tentará marchar novamente contra 
Jerusalém e seus habitantes, numa tentativa inútil de destruir o Messias e seu reino. 
Porém, Deus fará descer fogo do céu para consumir esse exército rebelde. (Ap 20:9) 
 Depois de ter sido usado para cumprir a última etapa do plano de Deus, 
Satanás será lançado finalmente no lago de fogo e enxofre (Geena), para assim, 
juntamente com o Anticristo e o Falso profeta que já estavam lá, serem atormentados 
por toda eternidade. Após esse evento ocorrerá a destruição de toda a antiga criação. 
29 
 
 
A DESTRUIÇÃO DA ANTIGA CRIAÇÃO 
 
 Vários textos bíblicos anunciam que essa criação um dia terá fim, será 
destruída e substituída por uma nova criação. Veja os textos: (Hb 1:10-12), (2Pe 3:5-
7), (2Pe 3:10) 
 Para iniciar o estado eterno é necessário que o reino messiânico se funda com 
o reino eterno celestial do Pai e isso só será possível quando toda maldição for 
removida da terra, maldição que entrou nela por causa do pecado de Adão e Eva (Gn 
3:17-19). 
Nesse momento, todos os habitantes do reino messiânico que permaneceram 
fiéis a Cristo e ainda forem mortais, serão trasladados e transformados para uma 
natureza imortal e incorruptível. (1Co 15:50-57). O objetivo de Deus ao destruir essa 
criação é formar uma nova,mas no estado de plena e perpétua santidade. Enquanto 
essa criação está sendo consumida pelo fogo, ocorrerá a 2.ª ressurreição, onde todos 
os mortos não salvos serão julgados. 
 
A SEGUNDA RESSURREIÇÃO 
 
 Após o início da destruição da antiga criação, todos os mortos não salvos desde 
o início da humanidade, ressuscitarão para serem julgados. No A.T (Dn 12:2) Deus já 
havia revelado para a humanidade que uns iriam ressuscitar para a vida e outros para 
a morte eterna. Essa informação é confirmada no N.T em (Jo 5:28-29), porém somente 
em Apocalipse nos é revelado que a ressurreição dos justos é separada da dos ímpios 
(Ap 20:4-6) 
 No momento da 2.ª ressurreição só haverá os não salvos do Hades porque os 
salvos já ressuscitaram mil anos antes. Por isso esse julgamento é apenas para 
condenação. (Ap 20:11-15) 
 
O JULGAMENTO DO GRANDE TRONO BRANCO 
 
 Será o momento em que todos aqueles que viveram a vida sem Deus, serão 
convocados a se apresentar diante de Deus para prestar contas e receber a 
retribuição de seus atos. Nesse julgamento toda justiça de Deus será revelada e todo 
juízo contra o pecado será executado. Esse julgamento acontecerá num espaço 
30 
 
intermediário entre o céu e a terra, não ocorrerá na terra pois ela estará sendo 
destruída e tantas pessoas nem caberiam nela. Também não pode ocorrer no céu 
porque pecadores não podem entrar nele. 
De acordo com Ap 20:11-15 serão consultados dois registros. O primeiro com 
diversos livros é o registro da onisciência de Deus, neles estão registrados todos os 
pecados de todos os seres humanos, desde o início da humanidade. O segundo é o 
livro da vida, nele estão os nomes de todos aqueles que entregaram suas vidas a 
Jesus como sendo seu único Salvador e Senhor. (Ap 3:5). 
O julgamento acontecerá assim: os anjos encontrarão nos livros os registros de 
todos os pecados de cada indivíduo, serão mostrados a ele todas as vezes que ele 
pecou, negou a Cristo e todas as oportunidades que ele teve de aceitar a Cristo para 
sua salvação mas não o fez. Então, o nome do indivíduo será procurado no livro da 
vida, como não será achado, ele será condenado e punido sendo lançado do lago de 
fogo (Geena). 
Depois que todos tiverem sido julgados e lançados no lago de fogo, Deus 
também lançará a morte e o Hades no Geena, após o julgamento o Hades estará 
vazio e não terá mais utilidade, como depois do julgamento não haverá mais seres 
humanos mortais, a morte também não terá mais utilidade. Nesse momento se 
cumprirá a palavra profética de 1 Co 15:54-55. 
 
CRIAÇÃO DE NOVOS CÉUS E NOVA TERRA 
 
 Na regeneração plena da humanidade salva, será realizada a libertação da 
maldição do pecado e a humanidade se tornará imortal, incorruptível e indestrutível. 
Também acontecerá a punição definitiva de todos os perdidos com Satanás e seus 
anjos. Deus também regenerará todo o planeta, criando novos céus e nova terra, onde 
haverá alegria, justiça e paz eternas. Não haverá morte ou tristeza (2Pe 3:13) 
 A Jerusalém celestial pousará sobre a terra e será a morada eterna do Senhor 
e seus santos (que já habitavam nela desde o milênio), a nova terra já transformada 
e regenerada, será a habitação eterna do povo de Deus (Israel) para que haja o 
cumprimento de todas as alianças eternas que Deus fez com o povo. 
Apocalipse 21:3 diz: “Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles 
e será o seu Deus. Podemos concluir que também viverão na terra os povos das 
nações que não se aliaram a rebelião final de Satanás, permanecendo fiéis a Cristo. 
31 
 
No estado eterno, o reino messiânico de Cristo se fundirá ao reino celestial de Deus 
Pai, assim, céus e terra se tornarão uma única dimensão. 
É difícil falar sobre a eternidade, pois enquanto estamos vivendo esta vida 
material, nossa natureza é muito limitada e não conseguimos imaginar com clareza 
como será a eternidade com Deus e com Cristo. O texto que descreve da forma mais 
clara possível a esperança do cristão é 
“... olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que 
Deus preparou para aqueles que o amam” (1Co 2:9) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10. APOCALIPSE 
 
Para entendermos corretamente a revelação profética do livro de Apocalipse, é 
fundamental compreender a distinção escatológica que Deus faz da humanidade, 
dividindo-a em três grupos: Igreja (cristãos), Israel (judeus) e Nações (ímpios). Leia o 
texto de I Co 10:31-33 e perceba como Paulo descreve separadamente cada um dos 
três grupos. Isso nos comprova que na mente de Paulo, esta divisão da humanidade 
em três grupos proféticos já estava bem estruturada, principalmente a diferença entre 
judeus e cristãos. 
O livro de Apocalipse começa com um prólogo, onde o apóstolo João nos 
informa qual é o conteúdo do livro, a quem ele se destina e em quais circunstâncias 
ele recebeu esta revelação. Em Ap 1:19 o próprio Senhor Jesus nos mostra que sua 
revelação se dará em duas etapas, uma revelando os eventos que ocorrerão na 
32 
 
presente era (era da igreja) e outra, revelando os eventos pertencentes à era posterior 
(tribulação, milênio e estado eterno). 
 
PRIMEIRO GRUPO – A IGREJA 
 
Nos capítulos 2 e 3, são descritas as cartas para as sete igrejas localizadas na 
Ásia Menor, região esta, que atualmente é uma parte da Turquia. Essas cartas, 
embora sejam literais, tenham sido enviadas a sete igrejas literais em sete cidades 
literais, são também uma profecia de dupla referência, pois cada uma dessas sete 
igrejas representam um período histórico que o cristianismo viveu, sendo o último 
deles ainda futuro. A forma como esses períodos se cumpriram exatamente como 
foram profetizados e na mesma ordem que foram relatados, nos comprova que esta 
linha de interpretação profética é realmente correta. 
 
1) ÉFESO: A igreja primitiva 
 
Profeticamente essa igreja corresponde ao período dos apóstolos que se deu 
no século I. Era uma igreja muito preocupada em ensinar e manter o ensino 
biblicamente correto, ensino este, que estava sendo constantemente deturpado por 
seitas que se levantavam se dizendo cristãs, mas ensinando heresias. Porém, essa 
igreja estava se afastando do amor pelas vidas. A recomendação do Senhor foi: 
Voltem ao primeiro amor! 
 
2) ESMIRNA: A igreja perseguida e martirizada 
 
Profeticamente essa igreja corresponde desde o início do século II, até o início 
do século IV em 313 d.C. Nesse período, os cristãos sofreram grande perseguição 
pelos governantes romanos e muitos deles foram martirizados com mortes horríveis. 
Por isso Jesus os consolou com suas palavras de que Ele também foi morto, mas 
ressuscitou e aqueles que permanecerem fiéis até o fim também receberão a vida 
eterna. 
3) PÉRGAMO: Ascensão do Catolicismo Romano 
 
Profeticamente essa igreja corresponde ao período da ascensão do catolicismo 
romano que se deu do século IV ao VI. Jesus fala que esta igreja está habitando onde 
reside o trono de Satanás. No meio teológico isso comumente é aceito como uma 
referência a Roma, pois essa cidade era o centro de todo paganismo e idolatria da 
33 
 
época. Para esta igreja, Jesus disse que ainda eram fiéis, mas que estavam 
começando a se contaminar com idolatria e imoralidade. Era exatamente o que estava 
acontecendo com o cristianismo nessa época. Ao se unir com o estado romano, a 
igreja começou a incorporar todo tipo de paganismo devido a atuação dos falsos 
cristãos, que se tornaram cristãos a força, por decreto imperial. 
 
4) TIATIRA: Catolicismo Medieval 
 
Profeticamente, esta igreja representa o período que vai do século VI ao XV, a 
idade média, também conhecida como “era das trevas”. Jesus diz para essa igreja 
que suas boas obras eram maiores que as das anteriores, porém, diz também que ela 
estava totalmente contaminada com idolatria. Uma igreja idólatra e paganizada,que 
se esforça para fazer boas obras com o objetivo de tentar se salvar por meio delas, 
mas se esquece de Cristo e sua obra redentora. 
 
5) SARDES: Igreja da reforma Protestante 
 
O período da igreja de Sardes começou com uma reforma protestante 
deflagrada por teólogos como Lutero, Calvino e Zwinglio. Esse período vai do Século 
XVI ao XVIII. Nessa época, a pregação do evangelho bíblico e verdadeiro por meio 
dos reformadores, começou a tirar a sociedade do período de trevas. Jesus diz que 
esta igreja tem fama de viva, mas que ainda está morta e que suas obras ainda não 
eram perfeitas diante de Deus, pois os reformadores tinham fama de estar trazendo 
de volta o cristianismo santo e puro da igreja primitiva, mas ainda carregavam muitas 
doutrinas erradas do catolicismo medieval. 
 
6) FILADÉLFIA: A igreja do avivamento missionário 
 
Corresponde ao período que começou no século XVIII e se estende até os 
nossos dias. Esse período é caracterizado pela estruturação das sociedades bíblicas 
mundiais e pela grande expansão missionária que está levando a pregação do 
evangelho ao mundo. É por esse motivo que Jesus diz a essa igreja, que ela abriu 
uma porta que ninguém pode fechar. Isso confere perfeitamente com a característica 
do cristianismo nesse período, o qual está alcançando todas as pessoas, em todos os 
países do mundo. 
 
 
 
 
 
34 
 
 
 
7) LAODICÉIA: Igreja apóstata da tribulação 
 
 
Embora o período dessa igreja seja ainda futuro, já estamos vivendo o período 
de transição que encerra a era de Filadélfia e começa a era de Laodicéia, ou seja, 
esse período vai começar plenamente a qualquer momento. A característica principal 
da igreja desse período é que ela é morna, mistura as coisas de Deus com as coisas 
do mundo. Por isso Jesus disse que vai vomitá-la (pôr para fora de seu corpo) porque 
ela é uma igreja apóstata. É claro que haverá um pequeno grupo de remanescentes 
que ainda é sincero. A estes Jesus faz o convite para que abram as portas de seus 
corações e deixem Ele entrar. 
 O capítulo 4 começa com a expressão: “depois dessas coisas”, esta frase está 
ligada diretamente à Ap 1:19, pois ela marca o término da revelação da presente era 
e o início da revelação a respeito da era futura. Ao comparar Ap 4:1-2 com I Ts 4:16-
17 podemos observar os mesmos quatro elementos nos dois textos: 
- A voz poderosa; 
- O som semelhante a uma trombeta; 
- O deslocamento do indivíduo da Terra para o Céu; 
- O encontro dos santos com Cristo fora da terra. 
 Isso é uma forte indicação de que esses textos são paralelos e descrevem o 
arrebatamento da igreja. Cristo, para dar a João a revelação de todas as coisas que 
ocorrerão no futuro, transportou o apóstolo para a época do tempo do fim, para que 
ele vivenciasse com os próprios olhos como serão os eventos escatológicos. 
 Indo para Ap 4:3-11 vamos analisar duas simbologias encontradas nesse 
trecho, a primeira delas é o mar de vidro/cristal. A simbologia de “mar” são as nações 
gentílicas com todos os seus povos e línguas, sendo assim, esse “mar” representa a 
grande multidão de santos da igreja que adentraram ao céu no arrebatamento. Esse 
grande mar brilha como cristal porque estes santos já estão ressurretos/glorificados. 
 A outra simbologia são os 24 anciãos, observe as características deles: Tem 
tronos, tem coroas de vencedor, praticam o ofício sacerdotal de intercessores e 
adoram constantemente a Deus. Em Ap 1:6 já temos a indicação de quem são os 24 
anciãos, esse texto nos passa a informação de que todos os cristãos são reis e 
sacerdotes de Cristo, ou seja, os anciãos são simbolicamente a Igreja e são vistos no 
35 
 
céu num local designado para a igreja antes que os selos sejam abertos e os ais 
pronunciados, antes que qualquer das taças da ira de Deus seja derramada. 
Durante todo o capítulo 5 essa adoração e comunhão entre a Igreja e Cristo 
continua sendo retratada. O capítulo 6 dá início ao período tribulacional. O primeiro 
selo que Cristo rompe, libera o Anticristo para agir e dominar a terra. Durante todo o 
capítulo 6, enquanto a igreja está no céu desfrutando da comunhão com Cristo, os 
juízos de Deus estão sendo derramados na terra, representados pelos sete selos que 
Cristo está rompendo. 
Até este momento o foco do livro de Apocalipse está no primeiro dos três 
grupos, ou seja, a Igreja que assiste do céu o período tribulacional na Terra. Durante 
este tempo está ocorrendo o tribunal de Cristo e as bodas do cordeiro, porém no 
capítulo 7 entra em cena o segundo grupo, Israel. Deus ordena que os anjos pausem 
o julgamento e selem os 144 mil israelitas. O capítulo 7 e o início do 8 são capítulos 
de transição, pois neles é encerrada a visão pelo ponto de vista da Igreja e se inicia a 
visão pelo ponto de vista de quem está na terra enfrentando a tribulação. 
Por isso devemos entender que os três ciclos de sete julgamentos descritos do 
capítulo 6-18, não devem ser entendidos como cronologicamente sequenciais, mas 
sim temáticos e individualmente focados no ponto de vista de um dos três grupos, 
cada um por vez. Sendo assim, o capítulo 7 já descreve a parte final do período 
tribulacional, mas o faz do ponto de vista da igreja arrebatada. Nessa ótica, o 
encerramento da tribulação retrata a ressurreição dos salvos mortos durante a 
tribulação (Ap 6:9-11) e a preparação para a volta de Cristo a Terra com seus santos. 
Os capítulos 8,9 e 10 descrevem novamente os juízos de Deus durante o 
período tribulacional, porém dessa vez a ótica é dos que ficaram na terra, sendo eles 
judeus e gentios. No capítulo 10 é retratada a volta de Jesus, do ponto de vista 
daqueles que estão na terra. O texto de Ap 10:11 nos indica que a revelação da 
tribulação do ponto de vista da igreja já está encerrada, mas que ainda é preciso 
revelar do ponto de vista dos gentios. 
 
SEGUNDO GRUPO – ISRAEL 
 
 No capítulo 11 começa uma série de inserções paralelas, que nos revelam 
vários eventos relacionados ao período tribulacional, focados no ponto de vista dos 
judeus. Nesse capítulo, vemos vários elementos judaicos, que nos mostram que o 
36 
 
foco é o ponto de vista de Israel. São retratadas as duas testemunhas (Elias e Moisés), 
um representa a lei judaica e outro os profetas judeus. O aparecimento das duas 
testemunhas tem caráter profundamente judaico. 
 O capítulo 12 nos descreve uma simbologia com o objetivo de explicar qual foi 
o motivo principal para Deus ter escolhido Abraão para levantar um povo separado. 
Israel foi o “meio” pelo qual Deus concretizou o plano da salvação, trazendo Cristo a 
esse mundo. Nessa simbologia a mulher representa Israel. As simbologias do sol, a 
lua e das estrelas são um paralelo claro com o sonho de José, simbolizando a nação 
de Israel. A mulher (Israel) dá a luz ao Messias (Ap 12:5), inclusive o texto relata a 
ascensão de Cristo ao céu. Depois o texto descreve a perseguição que Israel 
enfrentará na segunda metade da tribulação (1260 dias) 
 Na continuação do capítulo 12, o texto descreve uma guerra entre o Arcanjo 
Miguel com seus anjos e Satanás e seus demônios. Como Satanás perde a batalha, 
numa tentativa de se vingar, ele se volta para atacar Israel, esse ataque é realizado 
através da pessoa do Anticristo e seu governo mundial. 
 No capítulo 13 entram em cena o Anticristo (besta do mar) e o falso profeta 
(besta da terra), que juntamente com o diabo (dragão) tentarão dominar o mundo. A 
simbologia de “mar” indica que o Anticristo será levantado a partir de nações 
gentílicas. As sete cabeças com coroas, indicam que esse império será sub-
governado sob a autoridade de sete reis. Os dez chifres nos indicam que esse império 
será dividido em dez partes. A simbologia de “terra” indica que o falso profeta virá da 
terra de Israel, ou seja, terá origem judaica. Como a besta da terra tem uma só cabeça, 
mas dois chifres,indica que a falsa religião será governada por uma só pessoa mas 
será subdividida em duas partes. 
 No capítulo 14 é retratada a volta de Cristo do ponto de vista judaico, para se 
encontrar com os 144 mil e derrotar o inimigo. Esse é outro capítulo de transição, pois 
ele marca o final da tribulação do ponto de vista dos judeus convertidos e dá início ao 
enfoque do terceiro grupo que são os gentios. 
 
TERCEIRO GRUPO – AS NAÇÕES 
 
Nos capítulos 15 e 16 são derramadas as pragas e as taças da ira de Deus. 
Esses são os julgamentos mais intensos, porque o alvo deles são os ímpios que 
adoram o Anticristo e seguem o falso profeta. O capítulo 17 descreve a destruição da 
37 
 
falsa religião e do sistema de governo iníquo, representados pela prostituta e 
babilônia, e pela besta sobre a qual ela está montada. Apocalipse 17:8 nos descreve 
que o império romano terá três fases: 1) Império Romano Antigo 2) Roma Papal ou 
Fragmentada 3) Império Romano Revivido ou Império do Anticristo: “ A besta que você 
viu, era (1) e já não é (2). Ela está para subir do abismo (3) e caminha para a 
perdição...” 
Apocalipse 17:9-11, nos revela que aos olhos de Deus o império do Anticristo 
será a fusão e consolidação de todos os impérios que oprimiram o povo de Deus. O 
capítulo 18 descreve a destruição da cidade que é sede de todo poder político e 
religioso mundano. Essa cidade é simbolizada pela Babilônia, mas historicamente ela 
representa a cidade de Roma. 
 
OS JUÍZOS DO APOCALIPSE 
 
 Os julgamentos são subdivididos em três grupos de sete julgamentos, 
selos, trombetas e taças. É importante entender que esses julgamentos não são 
sequenciais e sim temáticos. Cada um deles está associado à perspectiva de um dos 
grupos. Os selos representam os julgamentos do ponto de vista da igreja arrebatada, 
as trombetas representam os julgamentos do ponto de vista de Israel e as taças 
representam o mesmo julgamento do ponto de vista dos ímpios. Sendo assim, os três 
grupos de julgamentos ocorrerão durante os sete anos de tribulação. 
Também é bastante provável que, em alguns casos, o mesmo julgamento seja 
representado de formas diferentes, de acordo com o ponto de vista de quem os 
observa. 
 
OS SELOS (Ponto de vista da igreja arrebatada) 
 
1.º selo: O Anticristo é liberado para conquistar a Terra. 
2.º selo: Guerras por toda terra. 
3.º selo: Fome em toda terra. 
4.º selo: 1/4 dos habitantes morre pela fome, guerra, doenças e violência. 
5.º selo: Os mártires da tribulação são justificados e pedem a Cristo que os vinguem. 
38 
 
6.º selo: Ocorre um grande terremoto que faz as montanhas desabarem e as ilhas 
afundarem no mar. O sol escurece, a lua fica vermelha como sangue e meteoros caem 
do céu. 
7.º selo: Meia hora de silêncio no céu, precede a volta de Jesus Cristo. 
 
AS TROMBETAS (Ponto de vista dos judeus) 
 
1.ª trombeta: 1/3 de toda vegetação da terra é queimada. 
2.ª trombeta: 1/3 de toda vida marinha é destruída e também das embarcações. 
3.ª trombeta: 1/3 da água potável do planeta se torna venenosa. 
4. trombeta: 1/3 do sol, lua e estrelas perdem sua luminosidade, fazendo que 1/3 do 
dia fique sem a luz do sol e 1/3 da noite sem a luz da lua. 
5.ª trombeta: Deus liberta as hostes malignas presas no Tártaro para atormentar os 
ímpios. 
6.ª trombeta: Deus ordena aos anjos que sequem o rio Eufrates a fim de abrir o 
caminho para os exércitos do Oriente, para marchar em direção ao Oriente Médio para 
a guerra do Armagedom (1/3 das pessoas do mundo morrerá nessa guerra) 
7.ª trombeta: Cristo recebe de Deus autoridade para governar toda a Terra e se 
prepara para voltar e julgar o mundo. Ocorre um terremoto e um temporal de granizo. 
 
AS TAÇAS (Ponto de vista dos ímpios) 
 
1.ª taça: Os seguidores do Anticristo e do Falso profeta são atingidos com terríveis 
chagas dolorosas na pele. 
2.ª taça: Toda a vida marinha do planeta é destruída. 
3.ª taça: Toda água potável do planeta se transforma em sangue. 
4.ª taça: O calor do sol é multiplicado, atormentando pelo seu intenso calor. 
5.ª taça: O sol escurecesse no império do Anticristo o deixando em trevas. 
6.ª taça: Deus seca o Eufrates preparando o caminho para a guerra do Armagedom. 
7.ª taça: Ocorre o maior terremoto de todos os tempos, as montanhas desmoronam, 
as ilhas afundam no mar, caem do céu pedras de granizo de 35kg, preparando o 
caminho para a volta do Senhor. 
 
CONCLUSÃO 
 
39 
 
 Perceba que nos três grupos de julgamentos, o sétimo está associado com a 
volta de Cristo e que os julgamentos das trombetas têm seus equivalentes nos 
julgamentos das taças, apenas com outra ordem e em alguns casos com intensidade 
maior. 
 O capítulo 19 descreve a consumação plena do plano de Deus para a presente 
era. A volta do Rei dos reis e Senhor dos senhores. Jesus Cristo volta para a Terra 
juntamente com sua noiva. Essa descrição é paralela com os capítulos 12, 13 e 14 de 
Zacarias. Cristo volta a esse mundo para derrotar o Anticristo e seu exército, lançar o 
Anticristo e o falso profeta no lago de fogo, prender Satanás por mil anos, salvar o 
povo judeu convertido e arrependido e estabelecer seu reino messiânico na terra. 
 O capítulo 20 menciona de forma bem breve o reino messiânico, pois toda a 
revelação desse reino já está descrita em livros como Isaías, Jeremias, Ezequiel e 
Zacarias. Ainda nesse capítulo são descritos os eventos de transição entre o fim do 
milênio e o início do estado eterno. 
 Todo o capítulo 21 e início do 22 descrevem a Nova Jerusalém, ela é paralela 
ao texto de Ezequiel capítulo 40 em diante. Na última parte do livro há uma exortação 
e a afirmação que o tempo que acontecerão todos esses eventos estão próximos e 
por último uma advertência de que se alguém alterar alguma coisa nesse livro sofrerá 
condenação eterna.

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