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Isaias 3.12 15 MINHA VERSÃO impressão

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FACULDADE DE TEOLOGIA MEDODISTA LIVRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO BACHAREL EM TEOLOGIA 
 
Trabalho de Exegese do Antigo Testamento I e II 
Prof. Dr. Celio Silva 
Isaías 3:12-15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Christiano Rocha da Silva 
São Paulo - 2018 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 “Ah! Se Deus permitisse que a minha interpretação e a de 
todos os outros mestres desaparecessem, e que cada cristão pudesse chegar diretamente à 
Escritura apenas, e à pura palavra de Deus! Percebe-se já por essa tagarelice minha e 
incomensurável diferença entre a palavra de Deus e todas as palavras humanas, e como homem 
algum pode, com todas as suas palavras, adequadamente alcançar e explicar uma única palavra 
de de Deus. Trata-se de uma palavra eterna e deve ser compreendida e meditada com uma mente 
silenciosa. Ninguém é capaz de compreendê-la a não ser a mente que contempla o silêncio. Para 
qualquer um capaz de fazê-lo sem comentário e interpretação, meus comentários e os de todos 
os outros não seriam apenas inúteis, mas um estorvo. Vão para a própria Bíblia, caros cristãos, e 
não permitam que as minhas exposições e a de outros estudiosos sejam mais do que ferramenta 
que capacite a edificar de forma eficaz, de modo que sejamos capazes de compreender, 
experimentar e habitar a simples e pura palavra de Deus; pois apenas Deus habita em Sião.” 
Martinho Lutero – Sermão de Natal de 15221 
 
TEXTO HEBRAÍCO 
ISAÍAS 3:12-15 
 
 
י ִּמַע וי ָׂשְגֹנ לֵלוֹעְמ םי ִּשָׂנְו וּלְש ָׂמ וֹב י ִּמַע ךָיֶרְשַאְמ םי ִּעְתַמ 
AMY NOGËSÅYV MËOLEL VËNÅSHYM MÅSHËLU VO AMY 
MËASHËREYKHA MATËYM 
ךְֶרֶדְו ֶתֹחְרֹאךָי וּעֵל ִּב: ס 
VËDEREKH ORËCHOTEYKHA BILEU: S 
ב ָׂצ ִּנ בי ִּר ָׂל ה ָׂוהְי דֵמֹעְו ןי ִּד ָׂל םי ִּמַע : 
NITSÅV LÅRYV YHVH VËOMED LÅDYN AMYM: 
הָׂוהְי ט ָׂפְש ִּמְב אוֹבָׂי ם ִּע- יֵנְק ִּז וֹמַע וי ָׂר ָׂשְו םֶתַאְו םֶתְרַע ִּב םֶרֶכַה 
תַלֵזְג י ִּנ ָׂעֶה םֶכיֵת ָׂבְב : 
 
1 extraído do Livro “Evangelho Maltrapilho” de Brennan Manning – Editora Mundo Cristão pag. 44 e 45 
YHVH BËMISHËPÅT YÅVO IM-ZIQËNEY AMO VËSÅRÅYV VËATEM 
BIARËTEM HAKEREM GËZELAT HEÅNY BËVÅTEYKHEM: 
םֶכ ָׂלַמ (הַמ- ) םֶכ ָׂל וּאְכַדְת י ִּמַע יֵנְפוּ םי ִּי ִּנֲע וּנ ָׂחְט ִּת םֻאְנ- יָׂנֹדֲא 
ה ִּוהְי תוֹא ָׂבְצ: ס 
MALÅKHEM (MAH-) LÅKHEM TËDAKËU AMY UFËNEY ANYYM 
TITËCHÅNU NËUM-ADONÅY YËHVIH TSËVÅOT: S 
 
Vocabulário: 
וי ָׂשְגֹנ - NOGËSÅYV – quem oprime, aflige ou pressiona 
לֵלוֹעְמ - MËOLEL - variação de לֵלוֹע 'OLEL - criança 
םי ִּשָׂנְו - VËNÅSHYM – mulheres ou vossas mulheres 
וּלְש ָׂמ - MÅSHËLU – governar, reinar, dominar 
וֹב - VO – nele, dentro dele, em meio 
י ִּמַע - AMY – povo 
ךָיֶרְשַאְמ - MËASHËREYKHA – dirigir, conduzir, guiar 
םי ִּעְתַמ - MATËYM - variação de ה ָּע ָּת – TA'AH – errar, extraviar, 
perder-se, extraviar-se, desviar-se, ser levado a extraviar-se, desencaminhar 
ךְֶרֶדְו - VËDEREKH – variação de ךְ ֶּר ֶּד - DEREKH – caminho, via, caminhada 
ךָיֶתֹחְרֹא - ORËCHOTEYKHA – comportamento, costume 
וּעֵל ִּב: - BILEU – confundir, pertubar 
ב ָׂצ ִּנ - NITSÅV – levantar-se, estar de pé, posicionar-se, aproximar-se, colocar-
se, apresentar-se; 
בי ִּר ָׂל – LÅRYV - (inflamar) lahiv 
הָׂוהְי – YHVH – Yahweh, Senhor, Jeová 
דֵמֹעְו – VËOMED – partir, posicionar, levantar 
ןי ִּד ָׂל - LÅDYN – julgar, exercer juízo, executar julgamento 
םי ִּמַע – AMYM variação de AM – povos, nações, habitantes, cidadãos; 
ט ָׂפְש ִּמְב – BËMISHËPÅT – variação de MISPAT - dar um veredicto, proferir 
judicialmente uma sentença, julgar; 
אוֹבָׂי - YÅVO – variação do verbo אוֹב – BO' – chegar, vir, acontecer, entrar; 
ם ִּע-יֵנְק ִּז – IM-ZIQËNEY – variação de ZAQEN – velho, ancião, idoso, idade 
avançada; IM = ao lado, com, junto à; 
וֹמַע - AMO – variação de AM – povo, nação, habitante, cidadão; 
וי ָׂר ָׂשְו -VËSÅRÅYV – variação de SAR – príncipe, governante, comandante; 
םֶתַאְו – VËATEM – variação de ATEM – vós, vocês; 
םֶתְרַע ִּב – BIARËTEM – variação de BA'AR – queimar, consumir, exterminar; 
םֶרֶכַה - HAKEREM – variação de KEREM – vinha, vinhedo 
תַלֵזְג - GËZELAT – variação de GEZELAH – furto, roubo; 
י ִּנ ָׂעֶה - HEÅNY – variação de ANY - pobre, oprimido; 
םֶכיֵת ָׂבְב – BËVÅTEYKHEM – vossas casas; 
 םֶכ ָׂלַמ-הַמ - MALÅKHEM (MAH-) variação de LAKHEM + MAH - porque 
vós, porque vocês; 
םֶכ ָׂל - LÅKHEM – para vocês, a vocês, para vós, a vós; 
וּאְכַדְת - TËDAKËU - variação de DIKA – oprimir, esmagar, subjugar; 
י ִּמַע - AMY - variação de AM - povo 
יֵנְפוּ - UFËNEY – variação de PNIM ou PAN – face, rosto, cara 
םי ִּי ִּנֲע - ANYYM – variação de ANY (plural) – pobres, oprimidos 
וּנ ָׂחְט ִּת - TITËCHÅNU – variação de TACHAN – moer, triturar 
 םֻאְנ- יָׂנֹדֲא – NËUM-ADONÅY - variação de NEEM – Declara o Senhor 
 ה ִּוהְי – YËHVIH – Jeová, Yaweh 
 תוֹא ָׂבְצ -TSËVÅOT – exércitos 
 
1- TRADUÇÕES: 
1.1 - Minha tradução2: 
12 - Quem oprime o meu povo são crianças, vossas mulheres dominam(governam) em 
meio (dentro dele) ao povo; conduzem a extraviar-se do caminho, o costume 
(comportamento) é confundido (perturbado); 
13 - Levantou-se (inflamado), Yahweh, posicionando-se para exercer juízo aos povos; (ao 
seu povo) 
14 - Yahweh proferirar judicialmente uma sentença (julgará) junto (contra) aos anciões do 
povo e vossos príncipes (governantes), por consumir em vossas casas a vinha roubada 
dos pobres; 
15 - Porque vós? Vós oprimem meu povo, trituram a face dos pobres? Declara Yahweh, o 
Senhor dos Exercítos, (ou Declara o Senhor Yahweh dos Exércitos) 
 
1.2 - Outras traduções: 
 
Septuaginta3: 
12.λαός μου οἱ πρἀκτορες ὑμῶν καλαμῶνται ὑμᾶς καὶ οἱ ἀπαιτοῦντες κυριεύουσιν 
ὑμῶν λαός μου οἱ μακαρίζοντες ὑμᾶς πλανῶσιν ὑμᾶς καὶ τὸν τρίβον τῶν ποδῶν ὑμῶν 
ταρἀσσουσιν 
12 Ó meu povo, vossos exatores vos roubaram, e os que vos extorquem reinam sobre 
vós! Ó meu povo, aqueles que vos declaram abençoados vos enganam, pervertendo o 
caminho de vossos pés! 
13.ἀλλἀ νῦν καταστήσεται εἰς κρίσιν κύριος καὶ στήσει εἰς κρίσιν τὸν λαὸν αὐτοῦ 
13 Porém, agora, o Senhor levantar-se-á para o julgamento e entrará em juízo com o seu 
povo. 
 14.αὐτὸς κύριος εἰς κρίσιν ἥξει μετἀ τῶν πρεσβυτἐρων τοῦ λαοῦ καὶ μετἀ τῶν 
ἀρχόντων αὐτοῦ ὑμεῖς δἐ τί ἐνεπυρίσατε τὸν ἀμπελῶνά μου καὶ ἡ ἁρπαγὴ τοῦ πτωχοῦ 
ἐν τοῖς οἴκοις ὑμῶν 
 
2 Tradução baseada em pesquisa efetuada na Bíblia de estudo Palavras Chaves Hebraico-Grego da CPAD, 
Léxico do Hebraico e Aramaico do Antigo Testamento de William L. Holladay, Dicionário Hebraico – Português e 
Aramaico – Português de Milton Schwantes e outros das Editoras Sinodal e Vozes, Gramática Instrumental do 
Hebraico de Antonio Renato Gusso – Editora Vida Nova e principalmente com pesquisa efetuada no site: 
www.hebraico.pro.br versão Stuttgartensia 
3 Extraída do site: www.bibliacatolica.com.br 
14 O Senhor mesmo entrará em juízo contra os anciãos do povo, e com os seus 
governantes: "Por que tendes incendiado a minha vinha, e por que está o espólio do 
pobre em vossas casas? 
15.τί ὑμεῖς ἀδικεῖτε τὸν λαόν μου καὶ τὸ πρόσωπον τῶν πτωχῶν καταισχύνετε 
15 Por que enganais o meu povo, envergonhando a face dos pobres?" 
Almeida e Corregida fiel: 
12- Os opressores do meu povo são crianças, e mulheres dominam sobre ele; ah, povo 
meu! Os que te guiam te enganam, e destroem o caminho das tuas veredas. 
13- O Senhor se levanta para pleitear, e põe-se de pé para julgar os povos. 
14- O Senhor entrará em juízo contra os anciãos do seu povo, e contra os seus príncipes; 
é que fostes vós que consumistes esta vinha; o espólio do pobre está emvossas casas. 
15 -Que tendes vós, que esmagais o meu povo e moeis as faces dos pobres? Diz o 
Senhor DEUS dos Exércitos. 
Almeida Atualizada: 
12- Os opressores do meu povo são crianças, e mulheres estão à testa do seu governo. 
Ah! Povo meu! Os que te guiam te enganam e destroem o caminho das tuas veredas. 
13- O SENHOR se dispõe para pleitear e se apresenta para julgar os povos. 
14- O SENHOR entra em juízo contra os anciãos do seu povo e contra os seus príncipes. 
Vós sois os que consumistes esta vinha; o que roubastes do pobre está em vossa casa. 
15- Que há convosco que esmagais o meu povo e moeis a face dos pobres? – diz o 
Senhor, o SENHOR dos Exércitos. 
Nova Versão internacional: 
12- Meu povo é oprimido por uma criança; mulheres dominam sobre ele. Meu povo, os 
seus guias o enganam, e o desviam do caminho. 
13- O Senhor toma o seu lugar no tribunal; levanta-se para julgar os povos. 
14- O Senhor entra em juízo contra as autoridades e contra os líderes do seu povo. 
"Vocês arruinaram a vinha, e o que foi roubado dos necessitados está nas suas casas. 
15- Que pretendem vocês, ao esmagarem o meu povo, e ao moerem o rosto dos 
necessitados? " Quem pergunta é o Senhor, o Senhor dos Exércitos. 
Ave Maria: 
12- O meu povo é oprimido por tiranos caprichosos, e cobradores de impostos o 
dominam. Povo meu, teus guias te desencaminham, destroem o caminho por onde tu 
passas. 
13- O Senhor se levanta para acusar, e se ergue para julgar seu povo. 
14- O Senhor entra em juízo contra os anciãos e os magistrados de seu povo. Fostes vós 
que devorastes a vinha, o espólio do pobre está em vossas casas. 
15- Por que razão calcais aos pés o meu povo, e maltratais a face dos pobres?, declara o 
Senhor Deus dos exércitos." 
King James Atualizada: 
12- Os opressores do meu povo são adolescentes e as mulheres os governam como 
desejam. Ah, povo meu! Os teus dirigentes te desencaminham com mentiras, te 
confundem acerca do caminho em que deves andar. 
13- Yahweh levantou-se em seu lugar no tribunal; e passará a julgar todos os povos! 
14- Agora, Yahweh entra em julgamento contra os anciãos, príncipes e líderes do seu 
próprio povo, declarando: “Fostes vós que pusestes fogo à vinha; o despojo tirado dos 
necessitados está em vossas casas. 
15 – Que direito tens de esmagar e arruinar o meu povo; onde pensais chegar moendo o 
rosto do pobre?“ Quem vos interroga é Yahweh, o Senhor dos Exércitos! 
Jerusalém: 
12 – Quanto ao meu povo, os seu opressores o saqueiam, exatores governam sobre ele. 
Ó meu povo, os teus condutores te descaminham, baralham as veredas em que deves 
andar. 
13 – Iahweh levantou-se para acusar, está em pé para julgar os povos. 
14 – Iahweh entra julgamento com os anciãos e os príncipes de seu povo: “Fostes vós 
que pusestes fogo à vinha; o despojo tirado ao pobre está nas vossas casas. 
15 – Que direito tendes de esmagar o meu povo e moer a face dos pobres?” Oráculo do 
Senhor Iahweh dos Exércitos. 
2 – FORMA: 
Delimitação: A priori a finalidade deste trabalho exegético seria a análise da perícope 
referente ao texto do livro de Isaías capitulo 3 versos 13 ao 15, porém através da tradução 
baseada no texto hebraico da versão Stuttgartensia e principalmente analisando o texto 
da Septuaginta, resolvi incluir também o verso 12, onde diferentemente do texto hebraico 
a Septuaginta consta o termo τὸν λαὸν αὐτοῦ (o seu povo) no verso 13 e não aos povos, 
o que ao meu ver fazia com que o verso fosse algo a parte da perícope. 
J. Severino Croato descreve4: “Apesar de ser um texto composto (o v. 12 é um fragmento 
independente, mas bem colocado aqui como dobradiça entre os v. 1-11 e 13-15), fica bem 
estruturado em forma concêntrica, mostrando nos extremos a opressão dos poderosos e no 
centro a intervenção judicial de Javé.” 
Na minha concepção, os quatro versos possuem coesão textual, pois tratam do mesmo 
assunto, a opressão sofrida pelo povo de Deus por seus governantes, o que não se 
percebe no verso anterior (verso 11 que fala da impiedade praticada pelo próprio povo), 
muito menos nos seguintes que falam contra “as filhas de Sião”(verso 16 em diante). 
Repetições: Nota-se a repetição de diversas palavras que de certa maneira 
demonstram a ligação entre os versos que compõem a perícope, por exemplo o verbo 
oprimir וּאְכַדְת - TËDAKËU ou וי ָׂשְגֹנ - NOGËSÅYV (versos 12 e 15), governantes וי ָׂר ָׂשְו 
-VËSÅRÅYV ou וּלְש ָׂמ - MÅSHËLU (versos 12 e 15), juízo ןי ִּד ָׂל - LÅDYN (versos 13, 
14), povo י ִּמַע – AMY e λαὸν ( versos 12, 13, 14 e 15) e Senhor ou Yahwehהָׂוהְי – 
YHVH (versos 13, 14 e 15). 
Já a questão de gênero, trata-se de texto profético contendo acusação e julgamento, 
entretanto há a ausência no texto em si referente a sentença que comumente se vê nos 
escritos desse estilo. 
 
3 – DATA E AUTORIA: 
3.1 - Cronologia de Isaias5: 
782- 781 – Amazias provavelmente foi solto da prisão quando Jeroboão II assumiu 
sozinho o governo de Israel, após a morte de Jeoás. 
768 – Uzias assumi sozinho o governo de Judá – morte de Amazias. 
760 – Data aproximada do nascimento de Isaías 
753 – O reinado de Jeroboão termina em Israel 
750 – Uzias ferido de lepra 
745 – Tiglate-Pileser III começa a reinar na Assíria. 
743 – Os assírios derrotam Sarduris III, rei de Urartu. Uzias e seus aliados são derrotados 
pelos assírios, na batalha de Arpade. 
 
4 Pag.45 do livro “Isaias – Vol.I:1-39 – O profeta da justiça e fidelidade” - Editora Vozes/Sinodal - 1989 
5 Extraído do livro “A história de Israel no Antigo Testamento” de Samuel J. Schultz editora Vida Nova pag. 284 
740 – Jotão assume sozinho o governo – morte de Uzias. 
736-735 – Os exército assírios em Nal e Urartur. Peca começa reinar em Israel. 
735 – Acaz se torna rei pelo partido pró-assírio de Judá. 
734 – Os exércitos assírios invadem a Filístia. Guerra sírio-efraimita, após retirada dos 
assírios. 
733 – Invasão da Síria pelos assírios. 
732 – Damasco é conquistada pelos assírios, pondo fim ao governo sírio. Peca é 
substituído por Oséias, em Samaria. 
727 – Salmanaser V começa a reinar na Assíria. 
722 – Queda de Samaria. Sargão II ascende ao trono da Assíria. 
716-715 – Ezequias começa a reinar em Judá. Reforma religiosa – o templo é purificado. 
711 – As tropas assírias em Asdode. 
709-708 – Nascimento de Manassés. 
705 – Senaqueribe começa a reinar na Assíria. 
702 – Bel-Ibni substitui Merodaque- Baladã no trono da Babilônia. 
702-701 – Enfermidade de Ezequias – ameaça de Senaqueribe – Isaías assegura-lhe a 
segurança. A embaixada babilônica, da parte de Merodaque-Baladã, que estava no exílio, 
visita Jerusalém. 
697-696 – Manassés se torna – co-regente. 
688 – Segunda ameaça de Senaqueribe a Ezequias. 
687-686 – Morte de Ezequias – Manassés começa a reinar sozinho. 
680 – Isaías pode ter sito martirizado por Manassés. 
3.2 – Data e Autoria: 
Teria Isaías escrito o livro que traz o seu nome? Segundo Samuel J. Schutz “Nenhum 
erudito competente duvida da historicidade do livro de Isaías e nem do fato de que parte do livro 
foi escrito pessoalmente por ele. Alguns limitam contribuição do próprio Isaías a porções seletas, 
nos capítulos primeiro a trigésimo segundo, ao passo que outros lançam no seu crédito todos os 
sessenta e seis capítulos.”6 
 
6 Pag. 288 do Livro “A história de Israel no Antigo Testamento” de Samuel J. Schultz da Editora Vida Nova – 13ª 
edição 
Segundo ele ainda, “a análise mais popular desse volume é uma tríplice divisão. O primeiro 
Isaías consistiria dos capítulo 1 a 39. Dentro desta divisão, apenas seleções limitadas, extraídas 
dos capítulos1-11, 13-23 e 28-32, são realmente atribuídas àquele profeta do século VIII a.C. e a 
maior parte desta secção tem sua origem em períodos subseqüentes. O segundo Isaías, 
igualmente chamado de deutero-Isaías, capítulos 40-55, é atribuído a um autor anônimo que teria 
vivido em 580 a.C. Esse escritor teria vivido entre os cativos da Babilônia, tendo refletido em seus 
escrito as condições de exílio. O Terceiro Isaías, ou trito-Isaías, capítulos 56-66, é atribuído a um 
escritor que pintou as condições que havia em Judá, no século V a.C. ; e os eruditos datam esse 
autor antes do retorno de Neemias, em 444 a.C. A maioria daqueles que concordam com essa 
análise não limitam o livro de Isaías a esse três autores. Numerosos autores, a maioria dos quais 
viveu depois do exílio, tão tarde quanto o século II a.C., fizeram contribuições fragmentares. 
A ideia de que Isaías escreveu o livro inteiro que traz seu nome data, pelo menos, do segundo 
século a.C. 
Ao defender a unidade do livro de Isaías, certo escritor frisou que a teoria moderna não pode ser 
reputada como suficientemente satisfatória, porquanto não explica a tradição de sua origem 
isaiana. As declarações judaicas do século II a.C. atribuem o livro inteiro a Isaías. Os recém-
descobertos Papiros do Mar Morto, que datam daquele mesmo período, confirmam o fato de que 
o livro todo era tido como uma unidade, naqueles tempos.” 
Hans Walter Wolf, descreve: “Em relação a este conceito de data, será apropriado colocarmos 
os profetas em uma ordem cronológica concreta, como, aliás o próprio cânon pretende fazê-lo. Na 
era das ameaças feitas pelo império neo-assírio, no século VII. Amós e Oséias surgiram no reino 
do norte, Isaías em Jerusalém e Miquéias na zona rural de Judá. Na crise advinda da passagem 
do império neo assírio para o neobabilônico, ocorrida na segunda metade do século VII, 
encontramos Naum, Habacuc, Sofonias e Jeremias; este último prosseguiu sua obra após a 
queda de Jerusalém, em 587 a.C. Depois desta catástrofe surge Abdias [Obadias] em Jerusalém; 
nas primeiras décadas do exílio, aparece Ezequiel na Babilônia, e por volta da metade do século 
VI, antes da transição do império neobabilônico para o persa, aparece o Segundo Isaías ou 
Dêutero-Isaías (Is.40-55). Zacarias acompanha a volta do exílio e o novo começo em Jerusalém. 
Juntamente com Ageu encorajou a reconstrução do Templo em 521-520 a.C. Havia também 
profetas ativos em Jerusalém, cujas mensagens foram reunidas em Isaías 56-66 (Terceiro Isaías, 
também conhecido como Tríno-Isaías). Durante a crise do império persa e a transição para o 
grego, nos séculos V e IV, Malaquias, Joel, segundo Zacarias(9-11), terceiro Zacarias(12-14) e o 
autor de Apocalipse de Isaías (24-27).7 
Segundo a introdução do Livro de Isaías da Bíblia de Estudo NVI: “Isaías filho de Amoz, é 
muitas vezes considerado o maior dos profetas que deixaram documentos escrito. Seu nome 
significa “o Senhor Salva”. Era da mesma época de Amós, de Oséias e de Miquéias, e começou 
 
7 Pag. 75 do Livro “Bíblia do Antigo Testamento – Introdução aos escritos e aos métodos de estudo” de Hans Walter 
Wolf – Editora Teológica- Paulus – 3ª edição de 2003 
seu ministério em 740.a.C., ano que morreu o rei Uzias. Segundo uma tradição judaica sem 
provas (A ascensão de Isaías), foi serrado ao meio no reinado de Manassés (conforme Hb.11:37) 
Isaías era casado, e tinha, no mínimo dois filhos Sear-Jasube(7.3) e Maer-Shalal-Hassh-Baz(8.3). 
É provável que tenha passado a maior parte da vida em Jerusalém, exercendo maior influência no 
reinado de Ezequias(v.37.1,2). A Isaías também se atribui a composição de uma história de 
reinado do Rei Uzias (2Cr.26:22). Muitos estudiosos hoje duvidam que Isaías tenha sido autor de 
todo o livro que leva seu nome. Mas somente o nome dele está vinculado a obras(v. 1.1; 2.1; 
13.1). O argumento mais forte a favor da unidade do livro de Isaías e a expressão “o Santo de 
Israel” como título de Deus – ocorre 12 vezes nos capítulos de 1-39 e 14 vezes nos capítulos de 
40-66. Fora Isaías, aparece apenas 6 vezes no Antigo Testamento. Ao todo, existem em Isaías 
pelo menos 25 palavras ou formas hebraicas (nas duas divisões principais do livro) que não 
ocorrem em nenhum outro escrito profético. O emprego que Isaías faz do fogo como figura de 
castigo (v. 1.31; 10.17;26.11;33.11-14;34.9,10; 66:24), suas referências ao “monte santo' de 
Jerusalém e sua menção da estrada de Jerusalém são temas que voltam a ocorrer por todo o 
livro. A estrutura de Isaías também serve de argumento a favor da sua unidade. Os capítulos de 
36-39 consistem num interlúdio histórico, que conclui os capítulos de 1-35 e introduz os capítulos 
de 40-66. Vários versículos do Novo Testamento referem-se ao profeta Isaías em relação a várias 
partes do livro: Mt.12:17-21 (Is.42:1-4); Mt.3:3 e Lc. 3:4 (Is.40:3); Rm.10:16,20 (Is.53:1; 65:1), 
Jo.12:38-41 (Is.53.1;6:10)”.8 
Independente de qual linha se siga a respeito da autoria, o texto analisado faz parte da 
primeira seção do livro de Isaías(proto-Isaías), portanto sua autoria é quase certa, e deve 
ter sido gerada em meados do século VIII a.C. provavelmente após o ano 740 a.C. que 
conforme a cronologia supra, teria ocorrido a morte do Rei Uzias e o início do chamado 
profético de Isaías em Judá, e os relatos do texto seriam provavelmente sobre 
acontecimentos ocorridos no período do reinado de Acaz. 
4 – COMENTÁRIO: 
O texto em si relata sobre a opressão sofrida pelo povo em Judá, cujo despojos estavam 
sendo consumidos pelos seus governantes, que Isaías descreve como imaturos e 
voltados as seus próprios deleites, levando o Senhor Iahweh a se levantar inflamado para 
julgar. Acredito que os acontecimentos teriam ocorrido durante o período de reinado de 
Acaz, principalmente devido aos relatos de prosperidade durante o reinados anteriores de 
Uzias e Jotão e o reinado posterior de Ezequias. 
Samuel J. Schultz relata9: “Economicamente, Judá gozou de prosperidade sob Uzias. 
Interessava-se vitalmente o rei pela agricultura e pela criação animal. Grandes rebanhos, em 
áreas desérticas, exigiram escavação de poços e a edificação de torres de proteção. Os 
 
8 Pag. 1133 da Bíblia de Estudo NVI da editora Vida. 
9 Pag. 198 livro a História de Israel no antigo testamento 
vinhateiros aumentaram a sua produção. Se Uzias promoveu esses interesses desde os primeiros 
estágios de seu governo, isso deve ter exercido um efeito favorável sobre a situação econômica 
da nação inteira.” 
Em contrapartida no Livro A história Ilustrada do Mundo Bíblico da Seleção do Reader´s 
Digest10 menciona o seguinte sobre Uzias: “Embora seus quarenta anos de reinado mereçam 
muito mais espaço nos livros de Reis do que o de Jeroboão, algumas das melhores impressões 
das condições reinantes dentro do reino vem nos escritos de Isaías e Mica. Judá também gozava 
nova riqueza, e essa prosperidade, como em Israel, não beneficiava tanto os muitos como 
corrompia poucos. Tanto Isaías como Mica advertiam o povo contra a continuação de seu maus 
costumes, e ambos prediziam que, se não se reformassem, os assírio viriam do norte e 
assolariam a terra.” 
Flávio Josefo, no livro a Historia dos Hebreus11 descreve Uzias e Jotão como homens 
tementes a Deus e amantes da justiça, porém referente a Acaz descreve: “Jotão, rei de 
Judá, morreu na idade de quarenta e um anos, depois de ter reinado dezesseis e foi enterrado no 
sepulcro dos reis. Acaz, seu filho, sucede-o. Este soberano foi muito impio: calcou aos pés as leis 
de Deus e imitou os reis de Israel, em suas abominações. Ergueu em Jerusalém altares nos quais 
sacrificou aos ídolos, ofereceu-lhesseu próprio filho em holocausto, segundo costume dos 
cananeus e cometeu vários outros crimes detestáveis.” 
Schultz12 relata que durante o período do reinado de Acaz, período de crise em Judá, 
Isaías exerceu seu ministério profético ativamente durante seis anos. 
J. Ridderbos no livro Introdução e comentário de Isaías descreve13: “Como resultado da 
corrupção nos círculos mais elevados da terra, o povo é deixado à mercê da tirania de fracalhões 
que se permitem ser governados pelos capricho de mulheres. Até os guias espirituais, os 
provetas, abusam do seu cargo. Como falsos profetas que falam para o rei e o povo o que eles 
desejam ouvir (cf. I Re. 22:11ss; Mq.3:5), eles fazem de Judá se desviar, e tornam irreconhecível a 
estrada por que devem enveredar. Aqui é pronunciado o juízo. O próprio Senhor ocupa o Seu 
lugar no tribunal, tanto como promotor quanto como Juiz - como Juiz sobre as nações, mas 
especialmente sobre o Seu povo, particularmente os seu governantes...Aproveitaram de sua 
posição e de seu cargo para enriquecerem às expensas dos pobres. O que têm eles em mente, 
afinal de contas? Pergunta o versículo 15. Os pobres também pertencem ao povo do senhor; por 
esta razão, Ele acampa a sua causa e pune aqueles que os esmagam com a sua extorsão” 
No livro de Isaías contém diversos trechos que relatam sobre a opressão sofrida pelo 
povo, principalmente entre os pobres, orfãos e viúvas. Um exemplo disso está no capítulo 
10 versos 1 e 2 “Ai dos que decretam leis injustas, e dos escrivães que prescrevem opressão. 
 
10 Pag. 76 da edição de 1962, de Nelson Beecher Keyes 
11 Pag. 236 e 237 do livro A história dos Hebreus – obra completa, da CPAD 
12 Pag. 199 do livro a história de Israel no antigo testamento. 
13 Da Editora Mundo Cristão – serie cultura bíblica – edição de 1990 - pag. 82 
Para desviarem os pobres do seu direito, e para arrebatarem o direito dos aflitos do meu povo; 
para despojarem as viúvas e roubarem os órfãos!” 
O povo vinha sofrendo pela opressão de seus governantes, e era necessário que esses 
mesmos fossem advertidos quanto a essa impiedade. 
6– CONCLUSÃO: 
A mensagem de Isaías embora escrita há vários séculos, nos parecem tão atual como se 
os fatos estivem ocorrendo em pleno século 21. Principalmente, aqui no Brasil onde 
temos vivido períodos difíceis devido a má administração e corrupção por parte dos 
nossos governantes. Em parte por nossa própria culpa, pois fomos nós que os 
escolhemos, ao contrário do período relatado por Isaías onde o reinado era praticamente 
um questão de sucessão familiar, onde o povo não tinha a opção de escolher seus 
governantes. 
Independente de tudo isso, a questão é que necessitamos de pessoas competentes que 
possa administrar melhor a máquina pública e que sejam homens tementes a Deus, que 
acima de tudo prezem pela justiça, a ética e pelo bem estar de toda a nação. 
E que cada um de nós possamos ser como Isaías, denunciando todo tipo de injustiça e 
opressão aos menos favorecidos. 
7 – BIBLIOGRAFIA: 
Schultz, Samuel J. - “A história de Israel no Antigo Testamento” - Editora Vida Nova – edição de 
1995; 
Wolf, Hans Walter - “Bíblia Antigo Testamento – Introdução aso escritos e aos métodos de estudo” 
- Editora Teológica/Paulus – 3ª edição de 2003; 
Fee, Gordon D. E Douglas Stuart - “Manual de Exegese Bíblica” - Editora Vida Nova – edição de 
2008; 
Manning, Brennan - “O Evangelho Maltrapilho” - Editora Mundo Cristão – edição de 2005; 
Keyes, Nelson Beecher - “História ilustrada do mundo bíblico” - Seleções do Reader´s Digest – 
edição de 1962; 
Josefo, Flavio - “História dos Hebreus – obra completa” - Editora CPAD – edição de 1990; 
Ridderbos, J. - “Isaías introdução e comentário” - Editora Mundo Cristão – edição de 1990; 
Croato, J. Severino - “Isaías Vol. I:1-39 – O profeta da justiça e da fidelidade” - Editora 
Vozes/Sinodal – edição de 1989; 
Gusso, Antonio Renato - “Gramática instrumental do Hebraico” - Editora Vida Nova – edição de 
2017; 
Holladay, Willian L. - “Léxico Hebraico e Aramaico do Antigo Testamento” - Editora Vida Nova – 
edição de 2010; 
Schwantes, Milton e outros - “Dicionário Hebraico-Português e Aramaico- Português” - Editora 
Vozes/Sinodal – 33ª edição de 2017; 
Bíblia de Estudo Nova Versão Internacional – Editora Vida – edição de 2003; 
Bíblia de Estudo palavras chave – Hebraico-Grego – Editora CPAD – 4ª edição de 2015; 
Bíblia JFA off line – versão 6.1.2 
site: www.hebraico.pro.br 
site: www.bibliacatolica.com.br

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