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menor do fêmur. Figura 14. Parede posterior da cavidade abdominal O músculo psoas menor insere-se no corpo da décima segunda vértebra torácica e no da primeira lombar, e daí vai se fixar na eminência iliopúbica (íliopectínea). Atua 22 juntamente com outros músculos, na flexão da coxa, na articulação do quadril e na estabilização dessa articulação; é inervado pelo nervo femoral. O músculo quadrado lombar ( Figura 14) possui forma irregular de um quadrilátero, com suas fibras seguindo da última costela à crista ilíaca, sendo que à sua frente encontram-se os músculos psoas maior e menor, o cólon, rim e o diafragma. Auxilia na inclinação lateral do tronco e abaixa a décima segunda costela. Os músculos verdadeiros da pelve são os múscuclos isquiococcígeos e os músculos levantadores do ânus, os quais também auxiliam na flexão do cóccix e na resistência da pressão intra-abdominal. O músculo isquiococcígeo segue da porção ínfero- lateral tanto do sacro quanto do cóccix até a espinha isquiática, localizado na face profunda do ligamento sacroespinhal. Formando a maior parte do assoalho da pelve, o músculo levantador do ânus tem origem no corpo do púbis, nas espinhas isquiáticas e no arco tendíneo do músculo levantador do ânus, inserindo-se no corpo do períneo, cóccix, corpo (ligamento) anococcígeo, paredes da vagina ou próstata, reto e canal anal. De acordo com seu local de inserção e o seu trajeto, o levantador do ânus adquire denominações diferentes: puborretal, pubococcígeo e iliococcígeo. O músculo puborretal é a parte medial, mais estreita e espessa, tendo um formato da letra U, com importante papel na continência fecal e limita o hiato urogenital. Já o músculo pubococcígeo é mais largo, porém mais fino, com origem no corpo do púbis e arco tendíneo, com uma parte fixando-se no cóccix e outra se unindo ao músculo do lado oposto, constituindo parte do ligamento anococcígeo entre o ânus e o cóccix. Com origem no arco tendíneo posterior e na espinha isquiática, o músculo iliococcígeo é a porção lateral e posterior do músculo levantador do ânus, sendo fino e, assim como o pubococcígeo, une-se ao ligamento anococcígeo. Alguns músculos que fazem parte da região da coxa têm sua fixação proximal em regiões do quadril. Esses músculos incluem: reto da coxa, superiormente fixa-se na espinha ilíaca anteroinferior; músculo grácil com origem no corpo do púbis; músculo pectíneo, com origem na linha pectínea do púbis; adutor longo, fixando-se na extremidade superior se prende no corpo do púbis; adutor curto insere-se também no corpo do púbis; adutor magno com fixação proximal no ramo inferior do púbis e 23 ramo do ísquio; porção longa bíceps da coxa com fixação no túber isquiático; o músculo semitendíneo, com fixação proximal no túber isquiático; e o músculo semimembranáceo também com fixação proximal no túber isquiático. COMPONENTES ARTICULARES DA PELVE Uma articulação é o local onde ocorre a união entre dois ou mais ossos, independente do grau de movimento permitido por essa junção. Assim, a articulação da pelve tem de ser capaz de receber e transmitir pressões, mantendo a postura ereta e o equilíbrio; portanto, é rígida, resistente e estável. Figura 15. Pelve Os ligamentos que promovem a união dos ossos da pelve podem ser separados da seguinte forma: aqueles que propiciam a união entre o sacro e o ílio (articulação 24 sacroilíaca), o sacro ao ísquio, sacro ao cóccix (juntura sacrococcígea), a articulação dos dois ossos púbicos e, ainda, a articulação da coluna vertebral com a pelve, o ligamento iliolombar (Figura 15). ARTICULAÇÃO SACROILÍACA A articulação sacroilíaca é uma cartilagem hialina que se encontra entre as faces auriculares (em forma de orelha) do sacro e do ílio. A superfície de cada osso é recoberta por uma fina lâmina de cartilagem, cuja espessura é maior no sacro que no ílio, sendo que essa lâmina apresenta irregularidades que se encaixam, unindo- as. A mobilidade dessa articulação é limitada, isso se deve a sua função de transmitir o peso de boa parte do corpo ao quadril, que irá ser transmitido à próxima estrutura dependendo da posição na qual a pessoa se encontra. Dentre os ligamentos que formam essa articulação tem-se: ligamento sacroilíaco ventral, ligamento sacroilíaco dorsal e ligamento interósseo (Figura 16). 25 Figura 16. Pelve O ligamento sacroilíaco ventral, ou sacroilíaco anterior, compõem-se de vários feixes que unem a face anterolateral do sacro à borda da face auricular do ílio e ao sulco pré-auricular. O ligamento sacroilíaco dorsal, também denominado sacroilíaco posterior, encontra-se em uma depressão profunda entre sacro e o ílio, sendo a principal via de união entre os ossos. O ligamento sacroilíaco posterior curto, porção superior do ligamento sacroilíaco dorsal, possui orientação quase horizontal, indo do primeiro e segundo tubérculos transversos da face dorsal do sacro à tuberosidade do ílio. Já a porção inferior, ou ligamento sacroilíaco posterior longo, segue obliquamente, com origem na extremidade no terceiro tubérculo transverso da face dorsal do sacro e na espinha ilíaca póstero-superior, sendo este o local de união ao ligamento sacrotuberal. Os ligamentos sacroilíacos interósseos localizam-se profundamente entre as tuberosidades do sacro e do ílio. 26 LIGAMENTO SACROISQUIÁTICO A união entre o sacro e o ísquio é fornecida pelos ligamentos sacrotuberal e ligamento sacroespinhal. O ligamento sacrotuberal, denominado também de sacroisquiático maior ou posterior segue da espinha ilíaca posteroinferior e da borda inferolateral do sacro e do cóccix e se insere na borda interna da tuberosidade do ísquio. A porção inferior desse ligamento tem ligação contínua com o tendão de origem do músculo bíceps femoral. A parte posterior desse ligamento forma o início do glúteo máximo, e sua borda superior delimita o forame isquiático maior e menor posteriormente. Passam pelo ligamento sacrotuberal o nervo coccígeo e o ramo coccígeo da artéria glútea inferior. O ligamento sacroespinhal, ou ligamento sacroisquiático menor constitui-se de uma fina lâmina triangular que se fixa nas bordas laterais do sacro e do cóccix, local a partir do qual as suas fibras se unem com as da face intrapélvica do ligamento sacrotuberal e seu ápice vai fixar-se na espinha isquiática. Tem relação anterior com o músculo coccígeo, estando unido a ele. Delimita os forames isquiáticos, maior e menor, com sua borda posterior e inferior respectivamente. ARTICULAÇÃO SACROCOCCÍGEA A articulação entre o sacro e o cóccix é de mobilidade limitada e ocorre entre a face oval do ápice do sacro e a base do cóccix. Os meios de união que fazem parte dessa articulação são: os ligamentos sacrococcígeo ventral, dorsal e lateral, ligamentos interarticulares e um disco de fibrocartilagem interposta. O ligamento sacrococcígeo ventral é formado de fibras desiguais que passam da face ventral do sacro para a face ventral do cóccix, unindo-se ao tecido ósseo. O sacrococcígeo dorsal tem início na borda do orifício distal do canal sacral e tem inserção na face dorsal do cóccix, sendo separado em uma porção profunda curta e 27 uma parte superficial longa, completando a parte distal do canal sacral. O ligamento intertransverso, ou sacrococcígeo lateral, propicia a união entre o processo transverso do cóccix e o ângulo ínferolateral do sacro. Os ligamentos interarticulares ocorrem entre os cornos dos dois ossos, sendo feixes finos de cartilagem. O disco de fribrocartilagem está situado na região de contato entre o sacro e cóccix, sendo