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Prévia do material em texto

Segurança do Trabalho e Saúde 
Ocupacional
UNIDADE 1
2
UNIDADE 1
SEGURANÇA DO TRABALHO E SAÚDE OCUPACIONAL
PALAVRAS DO PROFESSOR
Caro (a) aluno (a), fico feliz por começarmos juntos esta disciplina.
Temos uma bela caminhada pela frente, repleta de conhecimentos. Está preparado (a)? Então 
vamos lá!
 
ORiEntAçõES DA DiSciPLinA
Nesta primeira unidade, vamos iniciar nossa disciplina realizando um breve pas-
seio na evolução do trabalho e da segurança no trabalho. Depois, iremos abordar 
os elevados números de acidentes do trabalho, como são classificados os tipos 
de acidentes do trabalho, os custos de um acidente do trabalho e suas conse-
quências para o trabalhador, empregador e a sociedade de uma forma geral. O 
que é uma CAT- Comunicado de Acidente do Trabalho, em que situação, quem e 
como devem ser emitidas. Estudaremos também situações que podem provocar 
um acidente como o Ato inseguro e a Condição Insegura e a diferença entre elas, 
o que são riscos ambientais e como eles são divididos.
Prezado (a) aluno (a), ressalto a importância da leitura do livro texto da disciplina 
disponível no ambiente, leitura dos guias, resolução das atividades avaliativas 
como forma de verificar os conhecimentos adquiridos, alem de participação nos 
fóruns. Bom estudo!
1. EVOLUçÃO DO tRABALHO 
PALAVRAS DO PROFESSOR
Querido (a) aluno (a), vamos iniciar nossa disciplina realizando um breve passeio na evolução do 
trabalho e da Segurança no trabalho, porém, antes, gostaria de lhe fazer uma pergunta: você co-
nhece o significado, a origem da palavra “trabalho”? Achei interessante lhe perguntar isto, tendo 
em vista que daqui para frente utilizaremos bastante está palavra. 
3
Pois bem, “trabalho” vem do Latim TRIPALIUM, que indicava um instrumento de tortura, formado 
por três estacas agudas (tri + palum). A palavra passou para a língua francesa como TRAVAILLER, 
que significa “sofrer, sentir dor”, evoluindo depois para “trabalhar duro”.
Ao longo de sua história, o homem vem passando por diversas transformações nas suas atividades 
laborais. Na Idade Média o homem criava seus utensílios e produzia seu alimento apenas para 
consumo próprio de forma artesanal. Com o tempo ele mesmo foi percebendo que se ele produzis-
se mais que o necessário para consumo poderia comercializar seu excedente e com isso adquirir 
novos produtos. Cada artesão comercializava aquilo que conseguia produzir, ou seja, todo seu 
trabalho dependia exclusivamente do seu esforço físico e do tempo que ele levava para produzir 
manualmente peça por peça. Da mesma forma aqueles artesãos que tinham um poder aquisitivo 
melhor começaram a pagar pelo trabalho de artesões menores, sendo assim, foi aumentando sua 
produtividade e, conseqüentemente, foram sendo criadas as primeiras relações de trabalho.
Um divisor de águas na história foi com certeza a Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra em 
meados do século XVIII, expandiu-se para o mundo a partir do século XIX, alterando profundamen-
te as relações sociais e econômicas no meio urbano e as condições de vida dos trabalhadores. A 
partir daí o trabalho que antes era totalmente manufaturado, ou seja, manualmente, passou a ser 
fabricado de forma mecânica com a presença das máquinas.
A Revolução Industrial trouxe consigo menos custos para produzir, maior velocidade na fabrica-
ção, consequentemente, maior produtividade e lucratividade. A grande responsável por isso foi a 
tecnologia de grandes máquinas automatizadas, com motor movido a vapor.
 
GUARDE ESSA iDEiA!
Meu caro (a), infelizmente, não só foram ganhos com a Revolução Industrial, 
existiram pontos positivos como já citados, mas também nos deparamos com 
situações nada agradáveis. Você agora irá conhecer alguns desses pontos ne-
gativos:
•	 Jornadas excessivas de trabalho, em algumas fábricas chegando a ser 
15h por dia;
•	 Exploração do trabalhador com baixa remuneração;
•	 Más condições de trabalho, causando doenças e acidentes do traba-
lho;
•	 Elevado índice de desemprego;
•	 Além dos impactos causados ao meio ambiente.
Diante dessas situações, os trabalhadores começaram a se organizar e requerer 
melhores condições de trabalho e salários apropriados, devida à inexistência de 
normas, os desentendimentos só se resolviam quando uma das partes cedesse. 
4
1.1 História e evolução da segurança do trabalho
Caro (a) aluno (a) depois de conversarmos um pouco sobre a evolução do trabalho, chega à hora de 
tratarmos da evolução da Segurança no trabalho. Na verdade, vamos pontuar alguns acontecimen-
tos que podemos considerar como de grande relevância para a história da Segurança no Trabalho:
1700 - publicação do livro De Morbis Artificum Diatriba (Doenças do Trabalho) do médico 
italiano Bernardino Ramazzini. Seu trabalho relacionava os riscos à saúde ocasionados 
por produtos químicos, poeira, metais e outros agentes encontrados por trabalhadores 
em 52 ocupações. Ramazzini percebeu que os sintomas que os seus pacinetes sentiam 
tinham relação com o ofício que eles desenvolviam, por isso em sua anamnese pergu-
tava sempre a ocupação do paciente;
1802 o parlamento inglês através de uma comissão de inquérito aprovou a 1° lei de 
proteção aos trabalhadores: Lei de saúde e moral dos aprendizes, estabelecendo limite 
de 12 horas de trabalho/dia, proibindo o trabalho noturno. Está Lei obrigava os em-
pregadores a lavarem as paredes das fábricas 2 vezes ao ano e tornava obrigatória a 
ventilação desses locais;
1919 a Criação da OIT (Organização Internacional do Trabalho). O Brasil é membro fun-
dador;
1943 - nesse ano foi aprovada pelo Decreto-Lei n°5452, em 01/05/43 (entrou em vigor 
em 10/11/43) a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. Foi o instrumento jurídico que 
viria a ser prática efetiva da prevenção no Brasil;
1966 – criação da Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Tra-
balho – FUNDACENTRO foi instituída na forma da Lei n o 5.161, de 21 de outubro de 
1966, com sede e foro na cidade de São Paulo, vinculada ao Ministério do Trabalho e 
Emprego;
1978 - a partir da lei N° 6.514 de 1977, foram aprovadas pela Portaria N.° 3.214, em 08 
de junho de 1978 as Normas Regulamentadoras expedidas pelo Ministério do Trabalho.
2. AciDEntES E inciDEntES 
Caro (a) aluno (a), infelizmente os acidentes do trabalho ainda fazem parte de forma bem expres-
siva da rotina dos trabalhadores brasileiros. Para que você consiga entender o tamanho do pro-
blema em relação aos acidentes que ocorrem todos os dias no ambiente de trabalho, é importante 
trabalharmos os números desses acidentes.
5
Como pode ser observado na figura 1 a seguir, de acordo com os dados do Anuário Estatístico dos 
Acidentes do Trabalho publicado pela Previdência Social os números dos acidentes do trabalho 
são alarmantes, em 2013 foi registrado o total de 717.991 acidentes que ocorreram no ambiente 
de trabalho. 
Esse número representa os acidentes que foram registrados, ou seja, houve a emissão da Comu-
nicação do Acidente do Trabalho – CAT, como também os que não tiveram comunicação tendo o 
valor de 158.830 acidentes. Os números se dividem em acidentes típicos, como visto na unidade 
anterior, que são os acidentes típicos da função do trabalhador, os de Trajeto que ocorrem no 
percurso entre a residência do trabalhador e o local do trabalho e vice versa e as Doenças do 
Trabalho.
Figura 1 – Parte da Tabela Estatística dos Acidentes do Trabalho no Brasil 2011/2013.
Fonte: http://sereduc.com/nE7rqc
Prezado (a), após conhecermos um pouco o cenário alarmante em que vivem os nossos trabalha-
dores através dos números estatísticos que mostram o quantitativo de pessoas que se acidentam 
todos os dias, em seu local de trabalho, tendo sua integridade física comprometida com lesões, 
mutilações, traumas psicológicos e diversas doenças relacionadas ao trabalho. Échegado o mo-
mento de trabalharmos alguns conceitos como a definição legal do que é considerado um acidente 
do trabalho.
 
GUARDE ESSA iDEiA!
De acordo com o Art. 19 da Lei 8213 de 24 de Julho de 1991, definimos acidente do trabalho como:
 
“Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exer-
cício do trabalho dos segurados, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a 
morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.”
6
De acordo com o conceito acima, para considerarmos um acidente como sendo do trabalho a pri-
meira coisa a analisar é se ele ocorreu com o trabalhador durante sua atividade laboral em que 
ele estava a serviço da empresa outro ponto importante é que o evento indesejado o impossibilite 
de desenvolver suas atividades de trabalho. 
Normalmente, fala-se muito sobre o conceito do acidente, porém, há outro termo que deve ser 
trabalhado bem, de grande relevância que é o Incidente. Podemos definir Incidente como sendo 
um “quase acidente”, o que antecede um acidente, propriamente dito, se não for tomada alguma 
medida preventiva.
ExEmPLO
Explicarei melhor através de um exemplo: 
Imagine você que seu João vinha caminhando por um dos corredores da empresa 
em que trabalha e, ao descer uma das escadas, ele escorregou em um dos de-
graus, mas logo voltou a se equilibrar, ou seja, ele quase caiu, escorregou, mas 
não chegou a cair, podemos considerar este fato como sendo um Incidente.
Tendo como base o conceito que o incidente antecede o acidente, podemos evitar 
que acidentes ocorram identificando os incidentes e adotando medidas de con-
trole prevenindo assim futuros acidentes.
Utilizando o mesmo exemplo que citei a cima, vamos dizer que seu João após o 
Incidente na escada, comunicou ao setor de segurança no trabalho o acontecido, 
então, como medida de prevenção o setor de segurança providenciou que fossem 
colocadas faixas antiderrapantes nos degraus das escadas. 
Dessa forma, a comunicação de um incidente levou a uma ação do setor respon-
sável que providenciou uma medida que evitará acidentes no futuro.
classificação dos acidentes do trabalho 
Olá, Está pronto para mais informações?
Vamos lá, neste tópico, iremos trabalhar como os acidentes são classificados de acordo com a 
Legislação da Previdência Social a Lei n°8213 de 24 de Julho de 1991.
O acidente do trabalho é um evento indesejável que pode gerar diversos prejuízos para uma orga-
nização. O gestor de Segurança no Trabalho é um profissional prevencionista que deverá adotar 
medidas que se antecipem aos riscos tentando de todas as formas eliminá-lo ou pelo menos 
minimizá-lo. 
 
7
DicA
É interessante que antes de citarmos a classificação dos acidentes, reforcemos 
dois conceitos fundamentais de Acidente do Trabalho: o conceito prevencionista 
e o conceito legal.
Agora você irá conhecer a definição desses dois conceitos fundamentais:
•	 O primeiro é o conceito prevencionista que diz:
“Acidente de trabalho é qualquer ocorrência não programada, inesperada, que 
interfere ou interrompe o processo normal de uma atividade, trazendo como con-
seqüência isolada ou simultaneamente perda de tempo, dano material ou lesões 
ao homem.”
•	 O segundo conceito é o considerado legal, de acordo com o Art. 19 da Lei 
n°8213 de 24 de Julho de 1991, temos:
“Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da 
empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados, provocando lesão corporal 
ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente 
ou temporária, da capacidade para o trabalho.”
 
PALAVRAS DO PROFESSOR
Depois de estudar os dois conceitos de acidente de trabalho, chegou o momento de você estudar 
os quatro tipos de acidentes do trabalho. Esses tipos de acidentes podem ser divididos em qua-
tro tipos: acidente típico, acidente de trajeto, doença do trabalho e doença profissional. Vamos 
estudar?
Acidente típico – são os acidentes provenientes da característica da atividade profissional 
desempenhada pela pessoa acidentada. 
 
ExEmPLO
Um trabalhador que tem a função de soldador ao desempenhar sua atividade, levou uma queima-
dura causada pelos pingos da solda, ou seja, foi uma situação típica de quem trabalha com solda.
Acidente de trajeto – são os acidentes ocorridos no trajeto entre o domicílio e o local de tra-
balho do segurado e vice-versa. 
 
8
O trabalhador saiu de sua casa em direção ao seu local de trabalho, porém ao atravessar a rua 
como de costume torceu o pé. 
Caro estudante, essa situação pode ser equiparada a um acidente do trabalho, levando em con-
sideração que o trabalhador estava fazendo o percurso até o seu local de trabalho. É importante 
salientar, que em caso de acidentes de trajeto independe o tempo que ele o empregado levou e o 
meio de locomoção (ônibus, carro próprio, etc.) que o trabalhador usou, porém é determinante a 
trajetória, ou seja, o itinerário que ele relatou que fazia de sua casa para o trabalho ou vice versa 
ao ser admitido e que consta no seu cadastro pessoal.
Doença do trabalho - é uma doença adquirida ou desencadeada devido às condições especiais 
em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente.
 
O trabalhador realiza sua atividade em um galpão onde o ruído é excessivo ocasionando uma 
PAIR- Perda Auditiva Induzida pelo Ruído. Essa situação ocorre devido às condições em que a 
atividade é realizada, ou seja, sem nenhum tipo de proteção.
Doença Profissional – é uma doença causada ou desencadeada pelo exercício do trabalho típico 
a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho 
e da Previdência Social. A doença apresenta um nexo de causalidade diretamente com a profis-
são do trabalhador.
Um empregado que trabalha na fabricação e aplicação de pinturas, lacas, vernizes ou tintas à 
base de compostos de chumbo foi diagnosticado com Saturnismo (doença desencadeada pela 
intoxicação a chumbo), ou seja, a doença tem o nexo de causalidade com sua profissão, onde ele 
se expõe aos compostos de chumbo.
Ainda se tratando na Lei n° 8213 de 24 de Julho de 1991, em seu artigo 20, ela determina situa-
ções que não são consideradas como doenças do trabalho. Assim, temos:
•	 Doença degenerativa;
•	 Inerente ao grupo etário;
•	 A que não produza incapacidade laborativa; 
•	 Doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, 
salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela 
natureza do trabalho.
9
3. cOnSEQUÊnciAS DOS AciDEntES DO tRABALHO
 
VOcÊ SABiA?
Você sabia que quando ocorre um acidente com um empregado dentro de uma 
empresa este evento indesejado traz consigo inúmeras consequências? Pois é, 
esta situação se reflete na empresa, no empregado e na sociedade como um 
todo. Agora você conhecerá um pouco dessas consequências para cada lado.
 
Consequências para a Empresa:
•	 Salário dos quinze primeiros dias após o acidente
De acordo com a Legislação Previdenciária, somente a partir do 31º dia é que o empregado tem 
direito a dar entrada no benefício por parte da Previdência Social, até o trigésimo dia a empresa 
terá que arcar com o salário do funcionário acidentado, não podendo descontar os dias em que o 
funcionário estiver de atestado médico.
•	 Transporte e assistência médica de urgência
A empresa irá arcar financeiramente com os custos da assistência médica de urgência do funcio-
nário acidentado.
•	 Interrupção da produção, paralisação de setor, máquinas e equipamentos
O acidente do trabalho causa prejuízos desde o momento em que ocorre a parada do setor, da 
máquina ou do equipamento por conta do evento indesejado, pois neste momento a empresa para 
a produtividade causandoassim, perda financeira. 
•	 Comoção coletiva ou do grupo de trabalho
O fato é que trabalhador consegue continuar a desempenhar suas atividades normalmente após 
presenciar ou mesmo ficar sabendo que um colega acabou de se acidentar? Por um determinado 
período a empresa terá dificuldades em motivar seus funcionários a voltar a produzir como antes 
o que irá causar também prejuízos financeiros. 
•	 Prejuízos ao conceito e à imagem da empresa
A organização tem a sua imagem comprometida, uma vez que nenhuma empresa quer ser vista 
como uma instituição que acidenta ou adoece os seus trabalhadores. A própria sociedade, de 
certa forma, evita adquirir produtos ou serviços dessas empresas.
???
10
•	 Embargo ou interdição fiscal, entre outros
O acidente do trabalho ainda traz consigo penalidades legais como a interdição ou embargo fis-
cal, além de multas e pagamento de indenizações.
consequências para o trabalhador acidentado 
O trabalhador acidentado passa pelo sofrimento físico e mental, os transtornos decorrentes de 
procedimentos cirúrgicos, em algumas situações a dependência de terceiros para acompanha-
mento e locomoção, diminuição do poder aquisitivo uma vez que ele ao entrar em benefícios não 
receberá o valor correspondente a cem por cento do seu salário habitual, depressão e traumas, 
entre outras consequências.
consequências para a Sociedade
O pagamento dos benefícios, pelo INSS, decorridos dos acidentes e doenças do trabalho somado 
ao pagamento das aposentadorias especiais sucessivos das condições ambientais do trabalho 
em 2008, encontraremos um valor da ordem de R$ 11,60 bilhões/ano. Diante desta informação 
concluímos que se as empresas se preocupassem em prevenir os acidentes e as doenças esses 
valores poderiam estar sendo investidos na melhoria da saúde ou na educação da população ao 
invés de estar sendo utilizado para remediar uma situação pode ser evitada como é o caso dos 
acidentes no ambiente laboral.
 
AcESSE O AmBiEntE ViRtUAL
Prezado (a) aluno (a), para uma melhor compreensão do assunto trabalhado, su-
giro que realize uma leitura do livro texto da página 09 até a página 20.
4. cAt- cOmUnicADO DE AciDEntE DO tRABALHO
Após o acidente do trabalho alguns procedimentos devem ser adotados. Um deles é a emissão 
da CAT- Comunicado de Acidente do trabalho que tem como objetivo comunicar o acidente ou 
doença do trabalho ao INSS e é a principal ferramenta de estatísticas de acidente de trabalho da 
Previdência Social. Atualmente, o preenchimento deste documento é online através do site da 
Previdência Social. 
 
GUARDE ESSA iDEiA!
É de suma importância você saber que a empresa deverá emitir a CAT até o 1º 
dia útil logo após o acidente, ou seja, as primeiras 24 horas, em caso de aci-
dente com óbito a emissão deverá ocorrer imediatamente. Caso o empregador 
não emita a CAT ele estará passível de ser penalizado por omissão pelo órgão 
competente.
11
É obrigação do empregador (empresa) emitir a CAT, porém se ele não o fizer o próprio acidenta-
do, seus dependentes, o sindicato ao qual o trabalhador é filiado, o médico que o atendeu, ou 
qualquer autoridade pública poderá emitir. Nesses casos o prazo para emissão não precisará ser 
respeitado.
tipos de cAt 
•	 CAT inicial: acidente do trabalho típico, trajeto, doença profissional, do trabalho ou 
óbito imediato; 
•	 CAT de reabertura: afastamento por agravamento de lesão de acidente do trabalho ou 
de doença profissional ou do trabalho; 
•	 CAT de comunicação de óbito: falecimento decorrente de acidente ou doença profissio-
nal ou do trabalho, após o registro da CAT inicial.
 
LEitURA cOmPLEmEntAR
Para melhor compreensão, sugiro que você acesse o link e visualize um modelo 
da CAT e seu manual de preenchimento de acordo com a previdência social.
5. PRicinciPAiS cOncEitOS E DEFiniçõES
Bem, após conversarmos sobre acidente do trabalho, suas consequências e a CAT é necessário 
antes de avançarmos um pouco mais em nossa disciplina que você estude alguns conceitos que 
nos ajudará em uma melhor compreensão dos próximos assuntos. 
Segurança no trabalho 
Podemos definí-la como o conjunto de recursos, tecnologias e técnicas aplicadas de forma pre-
ventiva ou corretivamente, para a proteção do trabalhador, dos bens de uma empresa e do meio 
ambiente, visando eliminar os riscos de acidentes decorrentes do processo de trabalho ou da 
realização de uma tarefa.
medicina do trabalho 
Também conhecida como Medicina Ocupacional é a especialidade médica que atua na prevenção 
de doenças que podem acometer o trabalhador no seu ambiente de trabalho. No Brasil, também é 
conhecida com outras nomenclaturas: Medicina Interna ou Medicina Ocupacional.
Higiene do trabalho ou Higiene Ocupacional 
É um conjunto de ciências e tecnologias que procuram a prevenir e controlar a exposição do tra-
balhador aos riscos ambientais. Sua atuação envolve a identificação, o estudo, as avaliações e o 
gerenciamento dos riscos químicos, físicos e biológicos presentes nos locais de trabalho.
12
Riscos Ambientais 
De acordo com Portaria n° 3.214 de 1978, na Norma Regulamentadora n° 09, temos, “conside-
ram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de 
trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são 
capazes de causar danos à saúde do trabalhador.” ·
6. AtO inSEGURO E cOnDiçÃO inSEGURA
Caro estudante, os acidentes do trabalho são ainda um grande problema para as empresas de 
diversas áreas. Os atos e as condições inseguras são apontados como os grandes responsáveis 
pela maioria dos acidentes no ambiente laboral.
Vamos agora conhecer um pouco sobre as diferenças entre estas situações.
Ato inseguro
São atitudes ou comportamentos dos trabalhadores que podem levá-los a sofrer um acidente. Os 
atos inseguros são cometidos por trabalhadores que não respeitam regras de segurança, e assim 
o fazem, porque não as conhecem de forma devida, ou ainda que tenha um comportamento contrá-
rio à prevenção, ou seja, sabem como deveriam agir mais preferem descumprir os procedimentos 
seguros. 
Alguns exemplos de comportamentos inseguros:
•	 Operar máquinas sem habilitação ou permissão;
•	 Dar manutenção e realizar limpeza de máquina em movimento;
•	 Inutilizar dispositivos de segurança;
•	 Não utilizar os equipamentos de proteção individual;
•	 Fumar em local proibido, etc.
No ano de 2009 o termo “Ato inseguro” foi retirado da legislação através da PORTARIA N.º 84, DE 
04 DE MARÇO DE 2009, onde o Ministério do Trabalho realizou uma alteração na NR 01 corrigindo 
um erro antigo. A nomenclatura “ato inseguro”, contida na alínea “b” do item 1.7, da Norma Re-
gulamentadora 01- Disposições Gerais foi removida da regulamentação como os demais subitens 
que concediam ao trabalhador a culpa pelo acidente de trabalho. 
A retirada desta nomenclatura da legislação veio a reforçar a responsabilidade por parte do em-
pregador (empresa) em cumprir e fazer cumprir a legislação do trabalho, pois até a data de altera-
ção da NR-01 pela portaria 84 as empresas como forma de justificar e esquivar-se da responsabi-
lidade atribuíam a culpa do acidente ao trabalhador.
13
condição insegura
São situações inadequadas, irregularidades encontradas no ambiente de trabalho que represen-
tam um risco e contribuem para causar um acidente podendo acarretar um evento indesejado 
para a integridade física do trabalhador, assim como sua saúde e também prejuízos para os bens 
matérias da empresa.
Exemplos de condições inseguras:
•	 Defeitos de instalações ou de equipamentos;
•	 A falta de proteção em máquinas;
•	 Má iluminação;
•	 Excesso de calor ou frio, umidade;
•	 Gases, vapores e poeiras nocivos a saúde;
•	 E muitas outras condições insatisfatórias do próprio ambientede trabalho.
7. RiScOS AmBiEntAiS 
Caro aluno (a), os riscos ambientais dentro do ambiente de trabalho são inúmeros, pois estamos 
expostos a qualquer um. Alguns passam a ter despercebidos por nós, mas que podem vim a causar 
um dano a nossa saúde. Estes riscos são chamados de riscos ambientais.
Estes mesmos riscos Ambientais podem ser divididos em cinco grupos: os físicos, químicos, bio-
lógicos, ergonômicos e de acidentes/mecânicos. Estes riscos encontrados no ambiente laboral 
podem trazer sérios problemas a saúde do trabalhador, porém, é importante que seja considerado 
a natureza, concentração, intensidade e o tempo de exposição do trabalhador a estes agentes.
14
Tabela 1 – Tabela dos Riscos Ambientais
Fonte: Tabela elaborada pelo professor com referencia nas informações contidas na Portaria 25, de 29 de 
Dezembro de 1994.
Bom caro aluno (a) finalizamos esta unidade com a expectativa que a segunda venha repleta de 
informações.
Espero que tenha gostado do conteúdo e lembre-se, o seu tutor estará a sua disposição para lhe 
auxiliar no que for preciso.
Até a próxima.
15
REFERÊnciAS BiBLiOGRÁFicAS
BRASIL. Segurança e medicina do trabalho. 73. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
CAMISASSA, Mara Queiroga. Segurança e Saúde no Trabalho: NRs 1 a 36 co-
mentadas e descomplicadas. São Paulo: Método, 2015. 
Sites:
<http://www.brasilescola.com/historiag/revolucao-industrial.htm> Acesso em 
16/07/15
<http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2011/04/evolucao-das-rela-
coes-trabalhistas> Acesso em 16/07/15
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Bernardino_Ramazzini> Acesso em 17/07/15
<http://segurancadotrabalhonwn.com/o-que-e-nr/> Acesso em 17/07/15
<http://www.fundacentro.gov.br/institucional/historia> Acesso em 18/07/15

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