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Resumo Musculos (Anatomia, fisiologia, histologia)

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ROTEIRO
 MORFO
E TUTORIA
Módulo 3
 P5
Aluno: 
André Luiz Cardoso 
Cardoso
Governo
 do Estado do Pará
Universidade do Estado do Pará
Curso de Medicina
 [2019][MED1]			
	SISTEMA MUSCULAR
Músculo estriado esquelético
	1. Caracterizar Histologicamente
	Cada célula muscular, mais comumente denominada fibra muscular, representa, na realidade, um sincício multinucleado (fusão de mioblastos). Em cortes transversais, as fibras apresentam formato multinucleado. Os núcleos localizam-se na periferia do sarcoplasma (citoplasma), próximo ao sarcolema (membrana plasmática).
	O músculo esquelético consiste em fibras musculares estriadas, mantidas unidas por tecido conjuntivo, o qual é essencial para a transdução da força. Nas extremidades esse tecido conjuntivo forma os tendões - ou outro arranjo colágeno - que fixa o músculo ao osso. Além disso, o músculo possui inervação e irrigação abundante.
	O tecido conjuntivo associado ao músculo pode ser:
Endomísio: camada delicada de fibras reticulares que circunda cada fibra muscular, possui vasos e nervos finos, que correm paralelamente a fibra muscular.
Perimísio: camada de tecido conjuntivo mais espessa, que circunda um grupo de fibras, formando um fascículo (unidade funcional). São encontrados vasos de maior calibre
Epimísio: bainha de tecido conjuntivo denso que circunda um conjunto de fascículos, constituindo o músculo. Vasos e nervos entram por ele.
Existem 3 tipos de fibra muscular: Vermelha, Branca e intermediária. Elas diferem quanto a seu diâmetro e cor natural in vivo; velocidade de contração, velocidade enzimática e atividade metabólica. A classificação atual das fibras musculares esqueléticas fundamenta-se na velocidade de contração, na velocidade enzimática da reação da miosina ATPase da fibra e no perfil metabólico.
Além disso, as fibras contam com a presença de Mioglobina, uma proteína ferrosa (semelhante a hemoglobina) que armazena oxigênio na fibra muscular.
As fibras podem ser do tipo I, IIa e IIb.
Tipo I: Possuem contração lenta, são resistentes à fadiga e geram menos tensão, possuem numerosas mitocôndrias e grandes quantidades de mioglobina. São chamadas de fibras oxidativas lentas.
Tipo IIa: São resistentes à fadiga e provocam a tensão máxima. As fibras do tipo IIa contêm grandes quantidades de glicogênio e são capazes de realizar a glicólise anaeróbica. Possuem muitas mitocôndrias e mioglobina.
Chamadas de fibras glicolíticas oxidativas rápidas.
Tipo IIb: São propensas à fadiga e provocam a tensão máxima. Relacionada à movimentos finos (como oculares). Possuem poucas mitocôndria e mioglobina pois realizam atividades anaeróbicas. Armazenam glicogênio.
2. Aspectos UltraEstruturais
MIOFRIBRILAS
As miofibrilas são compostas de feixes de miofilamentos, os quais são polímeros filamentosos individuais da miosina II (filamentos espessos) e da actina e suas proteínas associadas (filamentos finos).
Os miofilamentos são circundados por um retículo endoplasmático liso (REL) bem desenvolvido, também denominado retículo sarcoplasmático (Associa-se à mitocôndrias e depósitos de glicogênio). 
ESTRIAÇÕES
Nos microscópios de contraste, são visualizadas em forma de Bandas claras e escuras. [bandas I e A] A banda I (clara) é cortada ao meio por uma linha elétron-densa chamada de disco Z e a banda A (escura) é cortada pela banda H a qual é dividida pela linha M .
SARCÔMERO 
O sarcômero é a unidade contrátil básica do músculo estriado. Situa-se entre duas linhas Z.
Fino= actina / Espesso= Miosina
Filamento fino: Consiste em uma hélice de dupla fita de monômeros de actina (Actina Globular ou Actina G) polimerizada, sobre a qual a troponina e a tropomiosina encontram-se entrelaçadas. Cada molécula de actina G do filamento fino apresenta um sítio de ligação para a miosina, que, no estágio de repouso, é encoberto pela molécula de tropomiosina.
Troponina: Proteína reguladora da Tropomiosina. Formada por 3 subunidades globulares: 
TnC : Liga-se ao Ca++
TnT: Liga-se à tropomiosina
TnI : Liga-se à actina, impedindo a interação actina-miosina.
Filamento espesso: Composto pela Miosina II, que possui duas “cabeças globulares” com “braços de alavanca”. A cabeça da miosina contém dois sítios de ligação específicos, um para o ATP, com atividade de ATPase, e outro para a actina.
Nos músculos estriados, as moléculas de miosina agregam-se por meio de suas caudas para formar filamentos espessos de miosina, e assim suas cabeças se projetam para fora.
As proteínas acessórias mantêm o alinhamento preciso dos filamentos finos e espessos dentro do sarcômero. 
OBS: Quando o músculo se contrai, os filamentos permanecem do mesmo tamanho (ocorre a sobreposição de fios).
TÚBULOS T
O sistema tubular transverso junto ao RE. Sarcoplamático promovem a remoção de cálcio após a contração muscular. Cada túbulo T localiza-se sobre o encontro das bandas A-I e é formado pela invaginação do sarcolema (membrana celular). O sistema T contém proteínas sensoras de voltagem.
3. Desenvolvimento, reparo e renovação dos tecidos musculares
Os mioblastos derivam de uma população de autorrenovação de células tronco miogênicas multipotenciais. No início do desenvolvimento embrionário, essas células expressam o fator de transcrição MyoD, que, juntamente com outros fatores reguladores miogênicos (FRM), desempenha papel essencial na ativação das expressões dos genes específicos dos músculos e na diferenciação de todas as linhagens musculares esqueléticas.
O gene da miostatina regulador negativo produz a miostatina, a qual exerce um efeito inibidor sobre o crescimento e a diferenciação do músculo.
Os mioblastos podem ser:
Mioblastos primordiais: Formam os miotubos primários, os quais se estendem entre os tendões do músculo em desenvolvimento. Esses miotubos podem se diferenciar em fibras musculares.
Mioblastos maduros: Dão origem aos miotubos secundários, os quias localizam-se na zona inervada do músculo. Na fibra muscular multinucleada madura. 
Todos os núcleos são localizados no sarcoplasma periférico subjacente à membrana plasmática.
Célula Satélite: Posteriormente no desenvolvimento fetal, a população de células-tronco miogênicas multipotenciais gera um grupo de células denominadas de satélites. Cada célula satélite contém um único núcleo. Elas naturalmente encontram-se no estado de quiescencia, e expressam o fator Pax7 ; porém, diante de uma lesão muscular algumas são ativadas e transformam-se em precursores miogênicos das células musculares. Nesse caso, elas expressam o Pax7 juntamente ao MyoD e formam uma nova fibra muscular.
4. Constituição anatômica do músculo
Os músculos possuem uma origem (proximal) e uma inserção (distal), dessa forma eles conseguem constituir um sistema de alavancas.
As Fáscias são membranas que revestem o músculo feitas de tecido conjuntivo; no lugar onde toca o osso, ela se funde firmemente ao periósteo.
Ao se referir ao comprimento de um músculo, são incluídos o ventre e os tendões.
Os tendões de alguns músculos formam lâminas planas, ou aponeuroses, que fixam o músculo ao esqueleto.
Os músculos podem ser: Agonistas, Fixadores, Sinergistas e Antagonistas .
INERVAÇÃO
Os nervos motores geralmente entram na porção carnosa do músculo (ao contrário do tendão), quase sempre a partir da face profunda (assim, é protegido pelo músculo que supre)
FORMAS MUSCULARES
Unidade motora, formada por um neurônio motor e pela fibra muscular que ele controla.
Musculos refinados tem bastante terminações nervosas e menos fibras musculares. Músculos grandes possuem muitas fibras e poucas terminações.
Placa motora: Local de encontro de um neurônio efetor com a fibra muscular.
Bainha Sinovial dos Tendões: Facilitam o deslizamento de tendões que passam através de túneis fibrosos e ósseos (retináculo dos flexores de punho).
Bolsas Sinoviais (Bursas): São fendas no tecido conjuntivo entre os músculos, tendões, ligamentos e ossos. São constituídas por sacos fechados de revestimento sinovial.Facilitam o deslizamento de músculos ou de tendões sobre proeminências ósseas ou ligamentosas.
5. Contração muscular
	Próximo ao sarcômero existem terminações tubulares do retículo sarcoplasmático denominadas cisternas terminais, as quais armazenam Ca2+. A membrana plasmática das cisternas terminais contém abundantes canais de liberação de Ca2+, denominados receptores de rianodina. Porém, a concentração dele no sarcoplasma continua baixa em virtude da proteína calsequestrina, a qual sequestra até 50 íons de Ca++.
	A energia necessária para as reações químicas da contração muscular é fornecida por numerosas mitocôndrias e grânulos de glicogênio que se localizam ao redor das miofibrilas, em associação ao retículo.
	No sarcolema, na região da junção neuromuscular existem muitos receptores nicotínicos da acetilcolina, associados à canais de sódio. (acetilcolinesterase degrada Ach)
CONTRAÇÃO
A contração de uma fibra muscular esquelética é iniciada quando o impulso nervoso que se propaga ao longo do axônio de um neurônio motor chega à junção neuromuscular.
O impulso nervoso desencadeia a liberação de acetilcolina na fenda sináptica, que se liga aos canais de Na+ regulados por ACh, causando despolarização local do sarcolema.
Os canais de Na+ regulados por voltagem se abrem, e o Na+ entra na célula.
Uma despolarização generalizada propagasse pela membrana plasmática da célula muscular e continua através das membranas dos túbulos T.
As proteínas sensoras de voltagem (DHSR) na membrana plasmática dos túbulos T modificam a sua conformação.
Nas tríades de células musculares, os túbulos T estão em íntimo contato com as dilatações laterais do retículo sarcoplasmático, em que os canais de liberação de Ca2+ com comporta, RyR1, são ativados por mudanças na conformação das proteínas sensoras de voltagem.
A concentração aumentada de Ca2+ no sarcoplasma inicia a contração da miofibrila por meio da ligação à porção TnC
Ocorre a dissociação de TnI das moléculas de actina
A cabeça da miosina interage com a actina e decompõe o ATP, ocorre o deslizamento entre elas e a contração muscular.
Obs: Simultaneamente, uma bomba de ATPase ativada por Ca2+ na membrana do retículo sarcoplasmático transporta o Ca2+ de volta ao local de armazenamento sarcoplasmático. No entanto, a contração continuará enquanto os impulsos nervosos continuarem a despolarizar a membrana plasmática dos túbulos T.
6. Funcionamento do arco-reflexo
Reflexo de estiramento
Se inicia com um estímulo aferente no receptor muscular (fuso muscular), ao ser estirado este gera um potencial de ação que é transmitido pelos axônios das células localizadas nos gânglios dorsais (condutor aferente) que irão terminar no centro reflexo (medula). Este centro possui neurônios efetores que enviam sinais pelos seus axônios para as placas motoras, que liberam acetilcolina.
Tônus Muscular
Reflexo de estiramento tônico causado pelos neurônios motores gama. Respondem um pouco antes dos alfas e tem uma função preparatória para estes.
7. Tipos de Movimento
Contração Muscular Isométrica
Nesse tipo de contração, o comprimento do músculo não se altera –não ocorre deslizamento das miofibrilas nem realização de trabalho. O gasto de energia é menor.
Contração Muscular Isotônica
Aqui há o encurtamento do músculo, mas a tensão sobre ele permanece constante.

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