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0-apresentação XI Semead-Usp

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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
A GESTÃO DE PESSOAS POR MEIO DA LIDERANÇA: UM ESTUDO SOBRE OS ELEMENTOS CULTURAIS BRASILEIROS E A TEORIA DE LIDERANÇA DO CAMINHO META.
Arnaldo Turuo Ono – Universidade Presbiteriana Mackenzie
XI SemeAd – Agosto de 2008
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
A teoria...
Embora largamente citada é ainda pouco entendida
Não se localizou registros de pesquisas no Brasil
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Teoria do Caminho-Meta, características básicas
Contingencial
Líder pode adotar um dos 4 estilos, dependendo da situação;
Influências do ambiente;
Influências das características do subordinado
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Desenvolvimento da teoria
GEORGOPOULOS
1957
Estudos de motivação
Caminho-Meta
EVANS
1970
TEORIA DO
CAMINHO-META
DE
MOTIVAÇÃO
(PATH-GOAL
THEORY OF
MOTIVATION)
HOUSE
1971
TEORIA DE
LIDERANÇA
DO
CAMINHO-META
(PATH-GOAL
THEORY OF
LEADERSHIP)
TEORIA DE 
LIDERANÇA
DO
CAMINHO-META
(PATH-GOAL
THEORY
OF
LEADERSHIP
FLEISSHAMN
1955
Estudos dos comportamentos 
do líder (Consideração e
Iniciação da estrutura)
VROOM
1964
Teoria 
da Expectativa 
de Motivação
HOUSE
MITCHELL
1974
HOUSE
DESSLER
1974
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Proposição 1
Os subordinados irão aceitar o comportamento do líder se este for uma fonte imediata de satisfação ou instrumento para satisfação futura (HOUSE e MITCHELL, 1974). 
Se o comportamento do líder não for aceito, a obtenção da meta é menos provável por causa da resistência passiva, sabotagem, ou conflito entre líder-subordinado (HOUSE e DESSLER, 1974). 
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Proposição 2
O comportamento do líder será motivacional, isto é, aumenta o esforço, à medida que:
1- o comportamento proporciona satisfação das necessidades do subordinado, contingente ao desempenho e
2- o comportamento complementa o ambiente do subordinado por meio do fornecimento de coordenação, direcionamento, suporte e recompensas por um desempenho efetivo (HOUSE e MITCHELL, 1974). 
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Variáveis Independentes
Comportamentos dos líderes 
Orientado p/ o Resultado
Proposição 2
O comportamento do líder aumentará o esforço do subordinado à medida em que (1) este proporciona satisfação das necessidades do subordinado, contingente ao desempenho (2) e que
complementa o ambiente do subordinado por meio do fornecimento de coordenação, direcionamento, suporte recompensas por um desempenho efetivo (HOUSE e MITCHELL, 1974)
Proposição 1
Os subordinados aceitam o comportamento do líder se este for uma fonte imediata de satisfação ou o instrumento para satisfação futura.
Se o comportamento não for aceito, a obtenção da meta é menos provável por causa da resistência passiva, sabotagem, ou conflito entre líder e subordinado (HOUSE e DESSLER, 1974)
Variáveis Moderadoras
Característica Ambiental
Estrutura da Tarefa
Formalidade da Organização
Importância do Grupo
Característica Subordinado
Habilidade auto-percebida
Variáveis Dependentes
Desempenho
Satisfação Intrínseca
Satisfação c/ Supervisão
Satisfação Geral
Expectativa I
Expectativa II
Clareza do Papel
Participativo
Diretivo
Apoiador
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Comportamentos do líder (variável independente)
Apoiador: amigável e acessível, que demonstra preocupação com a condição, bem-estar e necessidades dos subordinados.
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Comportamentos do líder (variável independente)
Diretivo: A liderança diretiva deixa claro aos subordinados o que é esperado deles, proporciona orientação específica e clara sobre o que deve ser feito e como isto deve ser realizado. 
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Comportamentos do líder (variável independente)
Participativo: consulta seus subordinados, solicita suas sugestões e leva em consideração essas sugestões antes de tomar decisões.
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Comportamentos do líder (variável independente)
Orientado para o Resultado: metas desafiadoras, espera de seus subordinados o mais alto desempenho, busca melhorias de desempenho e demonstra alto grau de confiança de que os subordinados assumirão as responsabilidades.
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Variáveis Moderadoras
Estrutura da Tarefa: o nível de estruturação das regras e procedimentos para a execução da tarefa. 
Importância do Grupo: Nível de importância dada, pelo subordinado, ao grupo, em outras palavras, a preferência dada ao grupo vis-à-vis seu superior imediato 
Formalidade da Organização: Nível de formalização dos procedimentos e políticas da organização. 
Habilidade auto-percebida: O nível de habilidade percebido pelo subordinado para a execução de determinada atividade ou tarefa. 
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Variáveis Dependentes
Desempenho: a qualidade e quantidade da produção de determinado indivíduo, avaliado pelo seu superior imediato. 
Satisfação Geral: O grau de satisfação relacionado com o trabalho. 
Satisfação com a Supervisão: O nível de satisfação com a supervisão imediata.
Satisfação Intrínseca: satisfação interna (pessoal).
Expectativa I: Relacionada com a quantidade de esforço que leva a um bom desempenho.
Expectativa II: Relacionada com o resultado (recompensa) que um bom desempenho pode proporcionar.
Clareza do Papel: Nível de ambigüidade e conflito existente no papel realizado.
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Problema de Pesquisa
Os comportamentos dos gestores, sob o efeito de uma variável moderadora, estão associados às variáveis de resultados dos subordinados?
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Pesquisa Quantitativa 
Pesquisa 1- Quantitativa do tipo descritiva e correlacional
Análise das possíveis relações entre os comportamentos dos gestores e as variáveis dependentes
Coleta de dados por meio de questionários
Análise de dados com a aplicação de softwares estatísticos
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Plano Amostral 
Empresa do ramo de autopeças (grande São Paulo), especializada em cortes, dobras e repuxos profundos de materiais ferrosos e não ferrosos.
Administração Familiar (dono e três filhos)
Cerca de 300 funcionários
Dos 226 respondentes validados, 56% atuam diretamente na produção; 94% com ensino fundamental (76% completo, 18% incompleto)
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Instrumento de coleta de dados 
Não há um instrumento específico para testar a teoria
Testes parciais
Indvik (1985) agrupou diversos instrumentos de vários autores para viabilizar o teste
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Tratamento dos dados
Dados Faltantes 
Outliers 
Exclusão de questões 
(HAIR et al, 1998; PALLANT, 2001) 
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Regressão Múltipla Hierárquica
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Regressão Múltipla Hierárquica
Y = k + β1 .X + β2.Z + β3.X.Z + e
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Regressão Múltipla Hierárquica
Interação
Preditora
Moderadora
0
0
0
0
0
1
0
1
0
0
1
1
1
0
0
1
0
1
1
1
0
1
1
1
Váriáveis
Interação
Preditora
Moderadora
0
0
0
0
0
1
0
1
0
0
1
1
1
0
0
1
0
1
1
1
0
1
1
1
Váriáveis
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Regressão Múltipla Hierárquica
Resumo geral das regressões hierárquicas com o método Enter 
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Regressão Múltipla Hierárquica
Resumo geral das regressões hierárquicas com o método Stepwise 
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Pesquisa Qualitativa
Pesquisa 2 - Qualitativa 
realizada por meio de entrevistas em profundidade
roteiro pré-definido
7 sujeitos de diferentes posições da empresa foram entrevistados 
análise de Conteúdo do tipo categórica temática foi aplicada
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Organizaçãoda Análise Qualitativa
Codificação
as 7 entrevistas foram transcritas na integra, utilizando-se para isto o editor de texto (MS Word), cada texto identificado com cores diferentes
identificados trechos das entrevistas considerados de maior importância
esses trechos foram organizados em um primeiro agrupamento
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Organização da Análise Qualitativa
Categorização
A princípio, as categorias temáticas haviam sido definidas, tendo como base questões relacionadas às variáveis utilizadas na teoria 
Foram realizados alguns agrupamentos e reagrupamentos que resultaram em um conjunto de 7 categorias de análise: 
Elementos da cultura da empresa
Recursos Humanos – (Políticas,Treinamento e Cargos e Salários)
Mudança cultural
Comunicação
Clareza do papel
Expectativa II
Estrutura da tarefa
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Análise dos Resultados
Estrutura da empresa
Recursos Humanos:
cargos e Salários, ausência de regras
políticas de RH, não há
treinamento, superficiais e periféricos
Mudança Cultural: esforços em busca de uma nova cultura organizacional
Comunicação: ocorrência de modo informal
Clareza do Papel: ambigüidade e certo nível de indefinição
Expectativa II (bom desempenho => bom resultados e recompensas): conflitos
Estrutura Tarefa: considerado elevado, porém, visões antagônicas
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Análise dos Resultados
Traços culturais Brasileiros identificados
paternalismo
patriarcalismo, a face do pai afetivo e supridor das necessidades que dele esperam os membros do clã 
patrimonialismo, a face absoluta e hierárquica, que impõe com aceitação tradicional suas vontades 
evitar conflito: na grande maioria das vezes, ocorre no sentido liderado-líder 
postura de Espectador: do mutismo, da baixa consciência crítica, baixa iniciativa, pouca capacidade de realização por auto-determinação e da transferência das responsabilidades dos problemas para os líderes 
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Discussão dos Resultados
os resultados da Pesquisa Quantitativa não confirmaram as hipóteses
foram identificados traços culturais genuinamente Brasileiros como o paternalismo, e a postura de espectador, que podem ter afetado os resultados 
eventualmente os subordinados poderiam ser inócuos às variações de nível das variáveis moderadoras utilizadas, pois, suas relações com seus líderes seguiriam uma lógica diferente da proposta por House. 
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Discussão dos Resultados
...
os traços culturais genuinamente brasileiros encontrados na amostra estudada seriam, então, possíveis agentes de influência dos resultados.
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Discussão dos Resultados
Importância do Grupo
Habilidade
Tipo de Tarefa
Normas da Empresa
Postura de Espectador
Evitar conflito
Paternalismo
Satisfação Geral
Satisfação com a Supervisão
Satisfação Intrínseca 
Desempenho
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Discussão dos Resultados
Paternalismo
Importância do Grupo
confirmação da união 
do clã em prol de seu pai 
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Conclusões
pôde-se verificar que nenhuma das relações testadas apresentou efeitos de moderação
isso, à luz da teoria de liderança empregada, aponta um processo de liderança não contingencial 
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Conclusões
as variáveis da teoria poderiam se comportar de modo diferente do preconizado, quando na presença de variáveis não consideradas pela teoria, por exemplo, traços culturais brasileiros.
as variáveis de moderação poderiam ser diferentes das definidas no estudo
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Conclusões
Em outras palavras, os traços culturais brasileiros, poderiam exercer o papel de uma variável na amostra pesquisa 
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
Exemplo hipotético para o contexto Brasileiro
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Teoria de Liderança do Caminho-Meta
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