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Unidade III - Gestão da Cadeia de Suprimentos 4 Fatores Chave

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Gestão de 
Suprimentos
Gestão da Cadeia de Suprimentos: 4 Fatores Chave 
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Esp. Washington Luis Reis
Revisão Textual:
Profa. Ms. Magnólia Gonçalves Mangolini
5
• Principais Elementos da Cadeia de Suprimentos: Fatores Chave 
de Desempenho
• Fator Chave Estoque
• Fator Chave Transporte
O objetivo desta unidade é fazermos uma abordagem sobre os principais elementos que compõe uma 
cadeia de suprimentos. Para facilitar o seu aprendizado, desenvolveremos as seguintes atividades:
• “Mapa Mental”: você terá uma visão geral da disciplina através de uma figura, que mostrará o 
encadeamento dos conteúdos a serem abordados, tais como, gestão dos estoques e transporte;
• “Contextualizando”: você conhecerá, através de alguns vídeos, aspectos das funções estoques, 
transportes, instalações e informações;
• “Apresentação Narrada”: depois da leitura anterior você poderá consolidar os conhecimentos, 
ouvindo uma narração dos principais conceitos apresentados;
• “Sistematização”: nesta atividade você colocará em prática os conhecimentos adquiridos;
• “Aprofundamento”: faremos uma discussão mais aprofundada dos conceitos aprendidos 
na unidade;
O objetivo desta unidade é abordarmos os principais elementos 
que compõe uma cadeia de suprimentos. 
Veremos que com uma boa gestão dos estoques, dos transportes, 
das instalações e das informações, as empresas e as cadeias 
produtivas poderão alcançar excelentes resultados. Além disso, 
por meio destes elementos, chamados de “Fatores Chaves”, 
as organizações poderão superar os principais obstáculos para 
bem atender seus clientes.
Gestão da Cadeia de Suprimentos: 
4 Fatores Chave
• Fator Chave Instalações
• Fator Chave Informação
• Aspectos a serem considerados na definição das estratégias
6
Unidade: Gestão da Cadeia de Suprimentos: 4 Fatores Chave
Contextualização
As organizações investem muitos recursos para conquistar e atrair clientes. Além de projetar 
e desenvolver produtos atraentes, as empresas precisam convencer os clientes a “provar” os 
seus produtos através de campanhas de marketing e publicidade. Depois de todo este esforço, 
finalmente a venda acontece e o objetivo é alcançado: o cliente escolhe o produto. 
Mas é importante entender que o esforço de atender o cliente não termina neste momento. 
Entra em campo agora a turma da logística. Depois da venda concretizada é preciso ter o produto 
em estoque. Para isso a empresa necessita ter boas instalações, onde os produtos podem ser 
processados, separados e carregados adequadamente. Nestas instalações os produtos devem 
estar bem dispostos e endereçados para evitar carregamentos errados, com fácil acessibilidade 
para empilhadeiras e bem embalados para evitar avarias.
 A próxima etapa é entregar o produto (transporte) no local e no momento que o cliente 
deseja. Para isso, é preciso decidir qual a forma (próprio ou terceirizado) e o meio de transporte 
a ser utilizado (rodoviário, aéreo, ferroviário, naval etc.). 
E para “engrenar” todas estas atividades, as empresas precisam ter o domínio da informação 
de tudo o que acontece. Para isso, importantes sistemas e tecnologias são empregados. 
Computadores, tabletes, sistemas que controlam os estoques existentes, sistemas que programam 
e roteirizam as entregas e sistemas que atendem os clientes, são exemplos de como as empresas 
se organizam para dar um bom atendimento aos seus clientes. 
Todos estes elementos serão abordados. Veja os vídeos a seguir que ilustram o que vamos 
tratar nesta unidade.
• O primeiro vídeo mostra a operação de armazenagem e movimentação de produtos. 
Destaque para a modernidade das instalações e equipamentos em um ambiente limpo e 
bem iluminado. Atente para a tecnologia de informação disponível nas empilhadeiras e 
carrinhos coletores. 
 http://www.youtube.com/watch?v=X_iqVu0pgEk
• O segundo vídeo apresenta uma operação com dois modais importantes: marítimo e 
rodoviário. Destaque para a operação de desembarque de contêineres dos caminhões e 
embarque no porão do navio.
 http://www.youtube.com/watch?v=3ZmAnVLpB30&feature=related
Assista aos vídeos e se prepare para aprofundar os conhecimentos no “conhecendo a teoria”. 
7
1. Principais Elementos da Cadeia de Suprimentos: 
 Fatores Chave de Desempenho
Para conseguir alinhar suas estratégias (competitiva e da cadeia de suprimentos) uma 
empresa precisa estabelecer critérios que equilibrem a responsividade e a eficiência de sua 
cadeia de suprimentos. Vimos que uma cadeia altamente responsiva busca atender seus clientes 
rapidamente e com uma gama diversa de produtos, sempre com muita inovação. Já uma cadeia 
altamente eficiente busca atender seus clientes com produtos e serviços padronizados, com 
pouca inovação tecnológica e sempre buscando o menor custo possível. 
Para alcançar o melhor equilíbrio entre a responsividade e a eficiência as empresas devem 
compreender muito bem a importância dos principais elementos que compõe uma cadeia de 
suprimentos, também chamados “Fatores Chave de Desempenho”, que são:
Estoque, Transporte, Instalações e Informação
 
• Estoque: são as matérias primas utilizadas para 
fabricação de um determinado produto, bem 
como o próprio produto acabado, pronto para ser 
comercializado. Geralmente representa o maior centro 
de custos das empresas, mas por outro lado, permite 
disponibilizar os produtos aos clientes, aumentando 
assim a responsividade da cadeia de suprimentos. 
• Transporte: é o elemento que possibilita o abastecimento 
das empresas com as matérias primas necessárias para 
a fabricação dos produtos e também a distribuição 
dos produtos acabados para os clientes. Pode ser feito 
através de diversas combinações entre modais (meios de 
transporte), tais como: rodoviário, ferroviário, naval, aéreo, 
ductoviário. Modais de transporte mais rápidos (rodoviário 
e aéreo) aumentam a responsividade das cadeias de suprimentos mesmo que a um 
custo elevado. Já os modais navais e ferroviários são bem mais econômicos, mas 
apresentam um menor desempenho na agilidade e rapidez dos produtos.
• Instalações: são os locais onde ficam armazenados 
os estoques das empresas. Podem ser as plantas 
das fábricas onde manufaturam e armazenam 
os produtos e as matérias primas, os centros de 
distribuição onde armazenam os produtos acabados, 
e as lojas onde armazenam os produtos que serão 
comercializados com os clientes.Uma empresa para 
ser altamente responsiva deve ter estoques o mais 
próximos possível de seus clientes, que desta forma 
serão atendidos mais rapidamente. Para isso, deverá 
ter vários pontos (instalações) de estoque. 
Axisadman - commons.wikipedia.org
Sharon Loxton 
commons.wikipedia.org
sxc.hu
8
Unidade: Gestão da Cadeia de Suprimentos: 4 Fatores Chave
Ter várias instalações leva também, as empresas, a terem mais custos e, desta forma, serem 
menos eficientes. Reduzir o número de instalações acarreta uma maior eficiência para as 
empresas (menos custos), mas por outro lado diminui a disponibilidade dos produtos aos 
clientes, reduzindo a responsividade da cadeia de suprimentos.
• Informação: é tudo aquilo que diz respeito à gestão da 
cadeia de suprimentos, desde o atendimento aos clientes e o 
relacionamento com os fornecedores, passando pela gestão 
dos estoques dos transportes e das instalações da empresa. Por 
meio deste elemento, as cadeias de suprimentos podem gerir 
com mais qualidade todos os outros Fatores Chave. Com um 
bom sistema de informações, a empresa pode prever melhor 
suas vendas e aumentar seus estoques (aumentando as vendas); com um bom sistema 
de entregas, a distribuição dos produtos aos clientes pode ser racionalizada, diminuindo 
o tempo e os custos das entregas. Podemos dizer que o Fator Chave informação é o mais 
importantepara o bom desempenho da cadeia de suprimentos. 
Segundo Chopra (2003), os gerentes da cadeia de suprimentos devem estabelecer o equilíbrio 
entre “eficiência” e “responsividade”, em cada um dos fatores chave, individualmente. O impacto 
conjunto dos quatro fatores chave vai, então, determinar a responsividade e a eficiência de toda 
a cadeia de suprimento. 
Ele também propõe uma estrutura de tomada de decisões, conforme “Figura 1”, onde as 
empresas definem sua estratégia competitiva e depois a estratégia da cadeia de suprimentos. 
A partir daí, a cadeia de suprimentos deve utilizar os fatores chave para alcançar o nível de 
desempenho desejado. Apesar de ser uma estrutura vertical lida de cima para baixo, muitas 
vezes as empresas podem interpretar a leitura dos quatro fatores chave e, a partir daí, definir 
mudanças nas estratégias, tanto da cadeia de suprimentos como na competitiva. 
 
Figura 1: Elementos da Cadeia de Suprimentos
Fonte: adaptado de Chopra (2003 )
9
2. Fator Chave Estoque
Os estoques existem em toda a cadeia de suprimentos. Segundo Ballow (2006), os 
estoques estão localizados em todos os níveis do canal de suprimentos. A “Figura 2” a seguir 
mostra que os estoques podem estar nos fornecedores, no transporte entre fornecedores e 
a produção, na produção (como matéria prima, produtos em processo e material acabado), 
no transporte de saída, nos armazenamentos intermediários (centros de distribuições ou 
lojas) e finalmente nos clientes. 
Figura 2: localização dos estoques
Fonte: adaptado de Ballow (2.006 )
Ideias Chave
A existência dos estoques pode ser atribuída muitas vezes a divergências nas previsões do que será 
necessário para atender as necessidades de produção ou de vendas. Os custos para manter os 
estoques é certamente o maior entre os custos logísticos. Mas, por outro lado, as empresas precisam 
mantê-los, caso contrário corre o risco de perder vendas. 
Os estoques podem estar no canal de suprimentos, podem ser mantidos por especulação 
(para se obter ganhos com variações dos preços), e também para manter e atender as variações 
da demanda ao longo de um período (estoques cíclicos e vendas sazonais). Em algumas 
situações o estoque pode estar oculto, ou seja, apesar de existir contabilmente ele pode estar 
danificado, obsoleto ou até mesmo ausente (roubo). Outro conceito importante é o de estoque 
de segurança, também conhecido como mínimo. Neste caso, ele é mantido pelas empresas 
para cobrir eventuais aumentos nas vendas ou pelo atraso nas entregas. Ou seja, é um estoque 
mantido para cobrir as incertezas na demanda e no abastecimento. 
10
Unidade: Gestão da Cadeia de Suprimentos: 4 Fatores Chave
Níveis de estoque grandes podem tornar a cadeia de suprimentos mais responsiva, para 
disponibilizar os produtos mais rapidamente e com maior variedade. Mas neste caso a cadeia 
torna-se menos eficiente, pois os custos para manter altos níveis de estoque são elevados. Para 
se tornar mais eficiente, as empresas buscam reduzir seus estoques por meio da padronização 
de produtos (pouca variedade), centralização de estoques, utilização de técnicas avançadas de 
previsão e modernos sistemas de informação (Just in Time). 
 Explore
Conheça Just in Time em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Just_in_time 
3. Fator Chave Transporte
Segundo Bertaglia (2009), a logística corresponde 
à movimentação de bens e serviços de seus pontos 
de origem aos pontos de uso ou consumo, e a 
atividade de transporte gera os fluxos físicos desses 
bens ou serviços ao longo dos canais de distribuição, 
e é responsável pelos movimentos dos produtos, 
utilizando modalidades de transporte que ligam as 
unidades físicas de produção ou armazenagem até os 
pontos de compra ou consumo. 
 Distância e Tempo são duas grandezas a serem vencidas pelo transporte. Estes fatores 
estão relacionados à responsividade que a cadeia poderá oferecer aos seus clientes. Quanto 
menor for o tempo de atendimento nas entregas, maior será a responsividade da cadeia. 
Por outro lado, para atender as distâncias em tempos menores, devem ser utilizados meios 
de transporte mais rápidos e com maior frequência o que, geralmente, os torna mais caro. 
Como exemplo, podemos citar empresas que se utilizam de transporte aéreo para despachar 
encomendas para seus clientes. 
Empresas que buscam eficiência na sua cadeia de suprimentos, buscam meios de transporte 
mais baratos e, portanto, mais lentos, como a ferrovia, por exemplo, que também não dão 
muitas opções de fragmentação das cargas. 
Os modos de transporte mais rápidos e que 
permitem fragmentação das cargas, tais como 
aéreo, rodoviário, via correio, são geralmente os 
mais caros. Já os modos de transporte mais lentos 
e que não permitem a fragmentação das cargas 
são os mais baratos. 
www.stockfreeimages.com
www.stockfreeimages.com
11
Sistemas modernos de programação e roteirizarão de entregas, permitem às empresas fazer 
atendimentos precisos, quanto ao local e o momento, para os seus clientes. Estes sistemas 
permitem também uma grande racionalização dos ativos utilizados (veículos e equipamentos de 
carga e descarga), reduzindo desta forma os custos envolvidos. 
Cabe ao gestor logístico também decidir se o transporte deve ser feito com recursos próprios 
(In house) ou não (terceirização). Algumas empresas, como as Casas Bahia, optam por serviços 
próprios (frota própria) por entenderem que o transporte é vital para garantir o sucesso da sua 
estratégia, independentemente dos custos envolvidos. 
Novamente podemos perceber que as decisões sobre transporte buscam o equilíbrio entre 
os custos envolvidos (eficiência) e a rapidez e mobilidade no atendimento às necessidades dos 
clientes (responsividade), cabendo ao gestor logístico equilibrar e alinhar as decisões com as 
estratégias da empresa.
 
4. Fator Chave Instalações
As instalações são os locais onde estão localizados os estoques das empresas e de onde 
partirão os transportes para atender os clientes. As instalações podem ser de:
• Fábricas : onde são produzidos os produtos 
a serem oferecidos aos clientes. Nas fábricas 
também são armazenadas as matérias primas 
que serão manufaturadas.
• Centros de distribuição: são os locais onde os 
produtos são armazenados, próximos aos centros 
de consumo, e de onde partirão para atender os 
clientes. Estes armazéns podem ser abastecidos 
pelas fábricas ou por outros centros de distribuição.
• Lojas: são os locais onde acontecem as transações 
de varejo entre os produtores e os clientes. As lojas 
podem ser abastecidas pelos centros de distribuição ou 
diretamente pelas fábricas. 
As decisões quanto à localização das instalações estão, geralmente, atreladas aos conceitos 
de responsividade e eficiência da cadeia de suprimentos. As instalações das fábricas buscam 
sempre o conceito de eficiência, ou seja, buscam alcançar os menores custos quanto à área 
Maurizio Pucci - Flickr.com
Centro distribuição da Casas Bahia 
Fonte: casodesucesso.com
pt.wikipedia.org
12
Unidade: Gestão da Cadeia de Suprimentos: 4 Fatores Chave
a serem ocupados (terrenos e prédios), os acessos de transporte (estradas, portos, terminais 
ferroviários), custo da mão de obra local, e a proximidade com os fornecedores. As empresas 
buscam benefícios fiscais (não pagamento de impostos) junto aos governos para decidirem 
sobre o local de suas instalações fabris. 
Ideias Chave
Com relação à localização dos centros de distribuição e lojas, as decisões estão mais atreladas 
aos conceitos de responsividade, ou seja, devem estar o mais próximo possível dos mercados 
consumidores para possibilitarem um acesso mais rápido aos clientes, tornando, desta forma, os 
produtos mais disponíveis. 
As instalações de fabricação e armazenagem (centros de distribuição) e até mesmo as lojas 
podem estar no mesmolocal e, desta forma, ter uma grande economia de estoques e transporte, 
tornando a cadeia de suprimentos eficiente. Mas por outro lado a tornará menos responsiva, 
pois provavelmente estará mais distante dos clientes. Ter um número maior de instalações 
(fábricas, centros de distribuição e lojas) permitirá uma maior proximidade com os mercados 
consumidores, aumentando desta forma a responsividade da cadeia. Mas, neste caso, os custos 
com estoques e instalações serão maiores, tornando a cadeia menos eficiente. 
A capacidade de fabricação e armazenagem também é outro fator importante na decisão 
sobre instalações. Uma fábrica ou armazém que opera perto de seu limite de produção ou 
armazenagem tem certamente custos menores de operação, já que está utilizando todo o 
seu potencial, e terá um alto grau de eficiência. Mas por outro lado terá pouca flexibilidade 
para atender variações da demanda. Se houver um aumento nas vendas ou a necessidade 
de um produto novo, as instalações não poderão atender, e desta forma a responsividade 
será prejudicada. 
5. Fator Chave Informação
Em mundo cada vez mais virtual, podemos dizer que o Fator 
Chave Informação é o principal indicador de desempenho 
na cadeia de suprimentos. É através da informação que os 
fornecedores conhecem as necessidades dos seus clientes. 
Modernos sistemas informáticos informam muitas vezes 
em tempo real o momento, a quantidade e o tipo de produto 
que o cliente se abastece nas prateleiras dos supermercados. 
A partir desse momento todo o processo de reabastecimento é 
acionado para que a mercadoria seja reposta. Fort Atacadista - Flickr.com
13
Através da informação, poderosos sistemas de programação e roteirizarão de entregas 
permitem que os produtos fluam entre os diversos pontos da cadeia de suprimentos. Eles 
definem o melhor modal (modo de transporte) a ser utilizado, o momento que a mercadoria 
deve ser coletada e entregue, o melhor caminho a ser seguido e mantém, tanto o cliente como 
o fornecedor, informados de qual é a situação da entrega (status). 
Poderosas ferramentas de simulação matemática permitem que os setores de marketing e 
vendas façam previsões sobre vendas futuras, baseadas em dados do presente e do passado, 
como volume de vendas e pedidos, novas tendência de consumo etc.
 
Fonte: eps.ufsc.br
Os setores de produção das fábricas operam com sofisticados sistemas de informação, que 
planejam, programam e controlam toda a produção, fazendo com que a capacidade instalada 
de máquinas opere sem ociosidade e evitando a falta de produtos bem como os excessos de 
produção e, desta forma, racionalizando os estoques. 
Além das atividades de planejamento vista acima, podemos dizer também que o dia a dia 
das empresas atualmente depende da utilização de tecnologias da informação. Emissão de 
pedidos, controles de estoque, cadastramento de clientes e fornecedores, controle de ativos 
(frota, equipamentos, máquinas), são algumas destas atividades.
A tecnologia da informação auxilia tanto as cadeias de suprimentos, que buscam alta 
responsividade, como alta eficiência. Através de sistemas informáticos os clientes altamente 
exigentes podem escolher produtos customizados (sob medida), definir prazos de entrega 
rápidos, além de sugerir novos produtos. 
A tecnologia da informação permite também que o custo envolvido em todo o processo 
da cadeia de suprimentos seja racionalizado, com a busca de matérias primas mais baratas, a 
padronização de processos produtivos e a programação e controle on line de estoques. Essa 
tecnologia permite, ainda, uma total integração de todas as etapas da cadeia de suprimentos. Se 
imaginarmos a cadeia produtiva automobilística, por exemplo, percebemos que toda a indústria 
envolvida (siderúrgicas, indústria de peças e componentes, as montadoras, as transportadoras, 
as revendas e os próprios clientes) está conectada. 
14
Unidade: Gestão da Cadeia de Suprimentos: 4 Fatores Chave
Em algumas situações os clientes definem como 
querem o carro (cor, acessórios etc.) e em poucos 
dias recebe a sua encomenda, vinda diretamente 
da fábrica, que pode estar, inclusive, em outro 
continente. Esta conexão entre toda a cadeia de 
suprimentos permite ganhos cumulativos para 
todas as empresas envolvias. 
 Diversas tecnologias estão disponíveis atualmente, dentre as quais podemos destacar: 
• Internet, esta ferramenta permite a total conexão entre todos os envolvidos na cadeia 
de suprimentos. Os clientes podem comprar, pagar, receber, acompanhar, reclamar, via 
internet. As empresas podem, além de divulgar e vender seus produtos, fazer pesquisas de 
opinião sobre seus produtos e serviços.
• EDI (intercâmbio eletrônico de dados), sistema que conecta os caixas eletrônicos de 
supermercados, por exemplo, com os depósitos, centros de distribuição e fornecedores, 
permitindo reposições automáticas.
• ERP (planejamento dos recursos da empresa), permite a integração de todos os 
dados e recursos de uma empresa. Ao emitir um pedido de vendas, por exemplo, toda 
a empresa (contabilidade, contas a receber, contar a pagar, estoques, entregas etc.) é 
alimentada de informações, evitando-se duplicidades de atividades e total controle das 
operações. 
• SCM (gerenciamento da cadeia de suprimentos), atua como um complemento dos 
sistemas ERP, permitindo ações de planejamento e, principalmente, a tomada de decisões. 
 
6. Aspectos a serem considerados na definição das estratégias
A evolução dos processos produtivos e da gestão da informação proporcionou grandes 
alterações no mundo empresarial. A partir desta constatação, a definição das estratégias das 
organizações se deparou com elementos que devem ser levados em consideração, tais como:
• A variedade de produtos é uma poderosa arma de vendas. 
As empresas seduzem seus clientes com este serviço. Como decorrência desta 
“responsividade”, as empresas precisam adequar suas instalações produtivas, tornando-
as mais flexíveis, ou seja, uma linha de produção deve permitir a fabricação de vários 
produtos diferentes e em pequenos lotes. Os armazéns também devem ter áreas maiores 
para poderem acomodar mais produtos. Com isso os estoques passam a ser maiores, 
aumentando desta forma os custos. As empresas passam a ter um novo problema que é a 
obsolescência dos produtos, ou seja, produtos que acabam “encalhados”.
Taneli Rajala - commons.wikipedia.org
15
• Com a grande velocidade de lançamento o que se percebe atualmente é a redução do 
tempo de vida dos produtos. 
Quantas vezes compramos um produto e em pouco tempo é lançado um novo modelo 
com inovações tecnológicas. Isso faz com que existam cada vez mais incertezas com 
relação às expectativas de vendas, fazendo com que toda a cadeia de suprimentos tenha 
que se precaver com relação a possíveis perdas de vendas, por haver falta de produtos, 
como também com relação a estoques ociosos e obsoletos. 
• Devido a grande concorrência entre as empresas, que lutam com todas as suas forças para 
conquistar e manter mercados, os clientes estão cada vez mais poderosos, ou seja, podem 
exigir mais pelo mesmo preço que pagavam, ou até mesmo mais barato. 
Mais variedade de produtos, inovações tecnológicas, produtos customizados (sob 
medida), garantias, serviços pós vendas, entregas rápidas, são algumas das necessidades 
que as empresas têm que atender junto aos seus clientes. Cabe, muitas vezes, a cadeia de 
suprimentos suprir estas necessidades.
• A terceirização dos serviços é uma outra realidade que se por um lado otimiza os custos 
produtivos, por outro, traz problemas de integração da cadeia de suprimentos. 
Citamos novamente a cadeia automobilística, cujas empresas são meras “montadoras” 
de carros, ou seja, recebem todas as peças e componentes prontos de seus fornecedores. 
Desta forma mais empresas compõe a cadeia de suprimentos, cada uma com suaspolíticas e estratégias próprias, o que exige um esforço ainda maior na gestão da cadeia 
de suprimentos. 
• O comércio mundial advindo da globalização dos negócios permitiu grandes avanços. As 
tecnologias se disseminaram, as matérias primas ficaram mais acessíveis, novos mercados 
foram atingidos, a concorrência entre as empresas propiciou ganhos para os clientes. Mas 
por outro lado a administração e gestão das cadeias de suprimentos tornaram-se mais 
complexas, envolvendo as particularidades de cada país e região envolvida.
Para Pensar
Segundo Chopra (2003), muitos obstáculos, tais como crescimento da variedade de produtos e 
redução dos ciclos de vida dos produtos, dificultaram progressivamente o alcance do alinhamento 
estratégico pelas cadeias de suprimento. A superação destes obstáculos oferece uma oportunidade 
extraordinária para as empresas utilizarem o gerenciamento da cadeia de suprimento para a obtenção 
de vantagem competitiva. 
16
Unidade: Gestão da Cadeia de Suprimentos: 4 Fatores Chave
Material Complementar
Gestão da Cadeia de Suprimentos 
Autores Oliveira e Longo
http://www.novomilenio.br/cursos/Artigos/Gest%C3%A3o%20da%20Cadeia%20de%20
Suprimentos%20na%20Industria%20da%20Constru%C3%A7%C3%A3o%20Civil.pdf
Veja o exemplo de Gestão da Cadeia de Suprimentos 
Autores Roldan e Hansen 
http://www.simpoi.fgvsp.br/arquivo/2012/artigos/E2012_T00443_PCN13558.pdf 
17
Referências
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Estratégia, 
Planejamento e Operações. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.
CHOPRA, Sunil. Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento. São Paulo: Pearson, 2003.
FARIA, Ana Cristina de. Gestão de Custos Logísticos. São Paulo: Atlas, 2010.
TAYLOR, David A. Logística na Cadeia de Suprimentos uma perspectiva gerencial. 
São Paulo: Pearson Addison-Wesley, 2005.
PORTER, Michael. Vantagem Competitiva. Rio de Janeiro:Campus, 1989.
SIMONE LETICIA RAIMUNDINI ET AL. Aplicabilidade de custeio baseado em atividades 
e análise de custos em hospitais. Rausp. São Paulo, v. 41, n. 4, p. 453-465;
SCHIER, C. U. Gestão de Custos. 2.ed.rev. e ampl. e atual. – Curitiba: Ibpex, 2011.
18
Unidade: Gestão da Cadeia de Suprimentos: 4 Fatores Chave
Anotações
www.cruzeirodosulvirtual.com.br
Campus Liberdade
Rua Galvão Bueno, 868
CEP 01506-000
São Paulo SP Brasil 
Tel: (55 11) 3385-3000

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