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Gestão de Suprimentos Gestão da Cadeia de Suprimentos: 4 Fatores Chave Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Esp. Washington Luis Reis Revisão Textual: Profa. Ms. Magnólia Gonçalves Mangolini 5 • Principais Elementos da Cadeia de Suprimentos: Fatores Chave de Desempenho • Fator Chave Estoque • Fator Chave Transporte O objetivo desta unidade é fazermos uma abordagem sobre os principais elementos que compõe uma cadeia de suprimentos. Para facilitar o seu aprendizado, desenvolveremos as seguintes atividades: • “Mapa Mental”: você terá uma visão geral da disciplina através de uma figura, que mostrará o encadeamento dos conteúdos a serem abordados, tais como, gestão dos estoques e transporte; • “Contextualizando”: você conhecerá, através de alguns vídeos, aspectos das funções estoques, transportes, instalações e informações; • “Apresentação Narrada”: depois da leitura anterior você poderá consolidar os conhecimentos, ouvindo uma narração dos principais conceitos apresentados; • “Sistematização”: nesta atividade você colocará em prática os conhecimentos adquiridos; • “Aprofundamento”: faremos uma discussão mais aprofundada dos conceitos aprendidos na unidade; O objetivo desta unidade é abordarmos os principais elementos que compõe uma cadeia de suprimentos. Veremos que com uma boa gestão dos estoques, dos transportes, das instalações e das informações, as empresas e as cadeias produtivas poderão alcançar excelentes resultados. Além disso, por meio destes elementos, chamados de “Fatores Chaves”, as organizações poderão superar os principais obstáculos para bem atender seus clientes. Gestão da Cadeia de Suprimentos: 4 Fatores Chave • Fator Chave Instalações • Fator Chave Informação • Aspectos a serem considerados na definição das estratégias 6 Unidade: Gestão da Cadeia de Suprimentos: 4 Fatores Chave Contextualização As organizações investem muitos recursos para conquistar e atrair clientes. Além de projetar e desenvolver produtos atraentes, as empresas precisam convencer os clientes a “provar” os seus produtos através de campanhas de marketing e publicidade. Depois de todo este esforço, finalmente a venda acontece e o objetivo é alcançado: o cliente escolhe o produto. Mas é importante entender que o esforço de atender o cliente não termina neste momento. Entra em campo agora a turma da logística. Depois da venda concretizada é preciso ter o produto em estoque. Para isso a empresa necessita ter boas instalações, onde os produtos podem ser processados, separados e carregados adequadamente. Nestas instalações os produtos devem estar bem dispostos e endereçados para evitar carregamentos errados, com fácil acessibilidade para empilhadeiras e bem embalados para evitar avarias. A próxima etapa é entregar o produto (transporte) no local e no momento que o cliente deseja. Para isso, é preciso decidir qual a forma (próprio ou terceirizado) e o meio de transporte a ser utilizado (rodoviário, aéreo, ferroviário, naval etc.). E para “engrenar” todas estas atividades, as empresas precisam ter o domínio da informação de tudo o que acontece. Para isso, importantes sistemas e tecnologias são empregados. Computadores, tabletes, sistemas que controlam os estoques existentes, sistemas que programam e roteirizam as entregas e sistemas que atendem os clientes, são exemplos de como as empresas se organizam para dar um bom atendimento aos seus clientes. Todos estes elementos serão abordados. Veja os vídeos a seguir que ilustram o que vamos tratar nesta unidade. • O primeiro vídeo mostra a operação de armazenagem e movimentação de produtos. Destaque para a modernidade das instalações e equipamentos em um ambiente limpo e bem iluminado. Atente para a tecnologia de informação disponível nas empilhadeiras e carrinhos coletores. http://www.youtube.com/watch?v=X_iqVu0pgEk • O segundo vídeo apresenta uma operação com dois modais importantes: marítimo e rodoviário. Destaque para a operação de desembarque de contêineres dos caminhões e embarque no porão do navio. http://www.youtube.com/watch?v=3ZmAnVLpB30&feature=related Assista aos vídeos e se prepare para aprofundar os conhecimentos no “conhecendo a teoria”. 7 1. Principais Elementos da Cadeia de Suprimentos: Fatores Chave de Desempenho Para conseguir alinhar suas estratégias (competitiva e da cadeia de suprimentos) uma empresa precisa estabelecer critérios que equilibrem a responsividade e a eficiência de sua cadeia de suprimentos. Vimos que uma cadeia altamente responsiva busca atender seus clientes rapidamente e com uma gama diversa de produtos, sempre com muita inovação. Já uma cadeia altamente eficiente busca atender seus clientes com produtos e serviços padronizados, com pouca inovação tecnológica e sempre buscando o menor custo possível. Para alcançar o melhor equilíbrio entre a responsividade e a eficiência as empresas devem compreender muito bem a importância dos principais elementos que compõe uma cadeia de suprimentos, também chamados “Fatores Chave de Desempenho”, que são: Estoque, Transporte, Instalações e Informação • Estoque: são as matérias primas utilizadas para fabricação de um determinado produto, bem como o próprio produto acabado, pronto para ser comercializado. Geralmente representa o maior centro de custos das empresas, mas por outro lado, permite disponibilizar os produtos aos clientes, aumentando assim a responsividade da cadeia de suprimentos. • Transporte: é o elemento que possibilita o abastecimento das empresas com as matérias primas necessárias para a fabricação dos produtos e também a distribuição dos produtos acabados para os clientes. Pode ser feito através de diversas combinações entre modais (meios de transporte), tais como: rodoviário, ferroviário, naval, aéreo, ductoviário. Modais de transporte mais rápidos (rodoviário e aéreo) aumentam a responsividade das cadeias de suprimentos mesmo que a um custo elevado. Já os modais navais e ferroviários são bem mais econômicos, mas apresentam um menor desempenho na agilidade e rapidez dos produtos. • Instalações: são os locais onde ficam armazenados os estoques das empresas. Podem ser as plantas das fábricas onde manufaturam e armazenam os produtos e as matérias primas, os centros de distribuição onde armazenam os produtos acabados, e as lojas onde armazenam os produtos que serão comercializados com os clientes.Uma empresa para ser altamente responsiva deve ter estoques o mais próximos possível de seus clientes, que desta forma serão atendidos mais rapidamente. Para isso, deverá ter vários pontos (instalações) de estoque. Axisadman - commons.wikipedia.org Sharon Loxton commons.wikipedia.org sxc.hu 8 Unidade: Gestão da Cadeia de Suprimentos: 4 Fatores Chave Ter várias instalações leva também, as empresas, a terem mais custos e, desta forma, serem menos eficientes. Reduzir o número de instalações acarreta uma maior eficiência para as empresas (menos custos), mas por outro lado diminui a disponibilidade dos produtos aos clientes, reduzindo a responsividade da cadeia de suprimentos. • Informação: é tudo aquilo que diz respeito à gestão da cadeia de suprimentos, desde o atendimento aos clientes e o relacionamento com os fornecedores, passando pela gestão dos estoques dos transportes e das instalações da empresa. Por meio deste elemento, as cadeias de suprimentos podem gerir com mais qualidade todos os outros Fatores Chave. Com um bom sistema de informações, a empresa pode prever melhor suas vendas e aumentar seus estoques (aumentando as vendas); com um bom sistema de entregas, a distribuição dos produtos aos clientes pode ser racionalizada, diminuindo o tempo e os custos das entregas. Podemos dizer que o Fator Chave informação é o mais importantepara o bom desempenho da cadeia de suprimentos. Segundo Chopra (2003), os gerentes da cadeia de suprimentos devem estabelecer o equilíbrio entre “eficiência” e “responsividade”, em cada um dos fatores chave, individualmente. O impacto conjunto dos quatro fatores chave vai, então, determinar a responsividade e a eficiência de toda a cadeia de suprimento. Ele também propõe uma estrutura de tomada de decisões, conforme “Figura 1”, onde as empresas definem sua estratégia competitiva e depois a estratégia da cadeia de suprimentos. A partir daí, a cadeia de suprimentos deve utilizar os fatores chave para alcançar o nível de desempenho desejado. Apesar de ser uma estrutura vertical lida de cima para baixo, muitas vezes as empresas podem interpretar a leitura dos quatro fatores chave e, a partir daí, definir mudanças nas estratégias, tanto da cadeia de suprimentos como na competitiva. Figura 1: Elementos da Cadeia de Suprimentos Fonte: adaptado de Chopra (2003 ) 9 2. Fator Chave Estoque Os estoques existem em toda a cadeia de suprimentos. Segundo Ballow (2006), os estoques estão localizados em todos os níveis do canal de suprimentos. A “Figura 2” a seguir mostra que os estoques podem estar nos fornecedores, no transporte entre fornecedores e a produção, na produção (como matéria prima, produtos em processo e material acabado), no transporte de saída, nos armazenamentos intermediários (centros de distribuições ou lojas) e finalmente nos clientes. Figura 2: localização dos estoques Fonte: adaptado de Ballow (2.006 ) Ideias Chave A existência dos estoques pode ser atribuída muitas vezes a divergências nas previsões do que será necessário para atender as necessidades de produção ou de vendas. Os custos para manter os estoques é certamente o maior entre os custos logísticos. Mas, por outro lado, as empresas precisam mantê-los, caso contrário corre o risco de perder vendas. Os estoques podem estar no canal de suprimentos, podem ser mantidos por especulação (para se obter ganhos com variações dos preços), e também para manter e atender as variações da demanda ao longo de um período (estoques cíclicos e vendas sazonais). Em algumas situações o estoque pode estar oculto, ou seja, apesar de existir contabilmente ele pode estar danificado, obsoleto ou até mesmo ausente (roubo). Outro conceito importante é o de estoque de segurança, também conhecido como mínimo. Neste caso, ele é mantido pelas empresas para cobrir eventuais aumentos nas vendas ou pelo atraso nas entregas. Ou seja, é um estoque mantido para cobrir as incertezas na demanda e no abastecimento. 10 Unidade: Gestão da Cadeia de Suprimentos: 4 Fatores Chave Níveis de estoque grandes podem tornar a cadeia de suprimentos mais responsiva, para disponibilizar os produtos mais rapidamente e com maior variedade. Mas neste caso a cadeia torna-se menos eficiente, pois os custos para manter altos níveis de estoque são elevados. Para se tornar mais eficiente, as empresas buscam reduzir seus estoques por meio da padronização de produtos (pouca variedade), centralização de estoques, utilização de técnicas avançadas de previsão e modernos sistemas de informação (Just in Time). Explore Conheça Just in Time em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Just_in_time 3. Fator Chave Transporte Segundo Bertaglia (2009), a logística corresponde à movimentação de bens e serviços de seus pontos de origem aos pontos de uso ou consumo, e a atividade de transporte gera os fluxos físicos desses bens ou serviços ao longo dos canais de distribuição, e é responsável pelos movimentos dos produtos, utilizando modalidades de transporte que ligam as unidades físicas de produção ou armazenagem até os pontos de compra ou consumo. Distância e Tempo são duas grandezas a serem vencidas pelo transporte. Estes fatores estão relacionados à responsividade que a cadeia poderá oferecer aos seus clientes. Quanto menor for o tempo de atendimento nas entregas, maior será a responsividade da cadeia. Por outro lado, para atender as distâncias em tempos menores, devem ser utilizados meios de transporte mais rápidos e com maior frequência o que, geralmente, os torna mais caro. Como exemplo, podemos citar empresas que se utilizam de transporte aéreo para despachar encomendas para seus clientes. Empresas que buscam eficiência na sua cadeia de suprimentos, buscam meios de transporte mais baratos e, portanto, mais lentos, como a ferrovia, por exemplo, que também não dão muitas opções de fragmentação das cargas. Os modos de transporte mais rápidos e que permitem fragmentação das cargas, tais como aéreo, rodoviário, via correio, são geralmente os mais caros. Já os modos de transporte mais lentos e que não permitem a fragmentação das cargas são os mais baratos. www.stockfreeimages.com www.stockfreeimages.com 11 Sistemas modernos de programação e roteirizarão de entregas, permitem às empresas fazer atendimentos precisos, quanto ao local e o momento, para os seus clientes. Estes sistemas permitem também uma grande racionalização dos ativos utilizados (veículos e equipamentos de carga e descarga), reduzindo desta forma os custos envolvidos. Cabe ao gestor logístico também decidir se o transporte deve ser feito com recursos próprios (In house) ou não (terceirização). Algumas empresas, como as Casas Bahia, optam por serviços próprios (frota própria) por entenderem que o transporte é vital para garantir o sucesso da sua estratégia, independentemente dos custos envolvidos. Novamente podemos perceber que as decisões sobre transporte buscam o equilíbrio entre os custos envolvidos (eficiência) e a rapidez e mobilidade no atendimento às necessidades dos clientes (responsividade), cabendo ao gestor logístico equilibrar e alinhar as decisões com as estratégias da empresa. 4. Fator Chave Instalações As instalações são os locais onde estão localizados os estoques das empresas e de onde partirão os transportes para atender os clientes. As instalações podem ser de: • Fábricas : onde são produzidos os produtos a serem oferecidos aos clientes. Nas fábricas também são armazenadas as matérias primas que serão manufaturadas. • Centros de distribuição: são os locais onde os produtos são armazenados, próximos aos centros de consumo, e de onde partirão para atender os clientes. Estes armazéns podem ser abastecidos pelas fábricas ou por outros centros de distribuição. • Lojas: são os locais onde acontecem as transações de varejo entre os produtores e os clientes. As lojas podem ser abastecidas pelos centros de distribuição ou diretamente pelas fábricas. As decisões quanto à localização das instalações estão, geralmente, atreladas aos conceitos de responsividade e eficiência da cadeia de suprimentos. As instalações das fábricas buscam sempre o conceito de eficiência, ou seja, buscam alcançar os menores custos quanto à área Maurizio Pucci - Flickr.com Centro distribuição da Casas Bahia Fonte: casodesucesso.com pt.wikipedia.org 12 Unidade: Gestão da Cadeia de Suprimentos: 4 Fatores Chave a serem ocupados (terrenos e prédios), os acessos de transporte (estradas, portos, terminais ferroviários), custo da mão de obra local, e a proximidade com os fornecedores. As empresas buscam benefícios fiscais (não pagamento de impostos) junto aos governos para decidirem sobre o local de suas instalações fabris. Ideias Chave Com relação à localização dos centros de distribuição e lojas, as decisões estão mais atreladas aos conceitos de responsividade, ou seja, devem estar o mais próximo possível dos mercados consumidores para possibilitarem um acesso mais rápido aos clientes, tornando, desta forma, os produtos mais disponíveis. As instalações de fabricação e armazenagem (centros de distribuição) e até mesmo as lojas podem estar no mesmolocal e, desta forma, ter uma grande economia de estoques e transporte, tornando a cadeia de suprimentos eficiente. Mas por outro lado a tornará menos responsiva, pois provavelmente estará mais distante dos clientes. Ter um número maior de instalações (fábricas, centros de distribuição e lojas) permitirá uma maior proximidade com os mercados consumidores, aumentando desta forma a responsividade da cadeia. Mas, neste caso, os custos com estoques e instalações serão maiores, tornando a cadeia menos eficiente. A capacidade de fabricação e armazenagem também é outro fator importante na decisão sobre instalações. Uma fábrica ou armazém que opera perto de seu limite de produção ou armazenagem tem certamente custos menores de operação, já que está utilizando todo o seu potencial, e terá um alto grau de eficiência. Mas por outro lado terá pouca flexibilidade para atender variações da demanda. Se houver um aumento nas vendas ou a necessidade de um produto novo, as instalações não poderão atender, e desta forma a responsividade será prejudicada. 5. Fator Chave Informação Em mundo cada vez mais virtual, podemos dizer que o Fator Chave Informação é o principal indicador de desempenho na cadeia de suprimentos. É através da informação que os fornecedores conhecem as necessidades dos seus clientes. Modernos sistemas informáticos informam muitas vezes em tempo real o momento, a quantidade e o tipo de produto que o cliente se abastece nas prateleiras dos supermercados. A partir desse momento todo o processo de reabastecimento é acionado para que a mercadoria seja reposta. Fort Atacadista - Flickr.com 13 Através da informação, poderosos sistemas de programação e roteirizarão de entregas permitem que os produtos fluam entre os diversos pontos da cadeia de suprimentos. Eles definem o melhor modal (modo de transporte) a ser utilizado, o momento que a mercadoria deve ser coletada e entregue, o melhor caminho a ser seguido e mantém, tanto o cliente como o fornecedor, informados de qual é a situação da entrega (status). Poderosas ferramentas de simulação matemática permitem que os setores de marketing e vendas façam previsões sobre vendas futuras, baseadas em dados do presente e do passado, como volume de vendas e pedidos, novas tendência de consumo etc. Fonte: eps.ufsc.br Os setores de produção das fábricas operam com sofisticados sistemas de informação, que planejam, programam e controlam toda a produção, fazendo com que a capacidade instalada de máquinas opere sem ociosidade e evitando a falta de produtos bem como os excessos de produção e, desta forma, racionalizando os estoques. Além das atividades de planejamento vista acima, podemos dizer também que o dia a dia das empresas atualmente depende da utilização de tecnologias da informação. Emissão de pedidos, controles de estoque, cadastramento de clientes e fornecedores, controle de ativos (frota, equipamentos, máquinas), são algumas destas atividades. A tecnologia da informação auxilia tanto as cadeias de suprimentos, que buscam alta responsividade, como alta eficiência. Através de sistemas informáticos os clientes altamente exigentes podem escolher produtos customizados (sob medida), definir prazos de entrega rápidos, além de sugerir novos produtos. A tecnologia da informação permite também que o custo envolvido em todo o processo da cadeia de suprimentos seja racionalizado, com a busca de matérias primas mais baratas, a padronização de processos produtivos e a programação e controle on line de estoques. Essa tecnologia permite, ainda, uma total integração de todas as etapas da cadeia de suprimentos. Se imaginarmos a cadeia produtiva automobilística, por exemplo, percebemos que toda a indústria envolvida (siderúrgicas, indústria de peças e componentes, as montadoras, as transportadoras, as revendas e os próprios clientes) está conectada. 14 Unidade: Gestão da Cadeia de Suprimentos: 4 Fatores Chave Em algumas situações os clientes definem como querem o carro (cor, acessórios etc.) e em poucos dias recebe a sua encomenda, vinda diretamente da fábrica, que pode estar, inclusive, em outro continente. Esta conexão entre toda a cadeia de suprimentos permite ganhos cumulativos para todas as empresas envolvias. Diversas tecnologias estão disponíveis atualmente, dentre as quais podemos destacar: • Internet, esta ferramenta permite a total conexão entre todos os envolvidos na cadeia de suprimentos. Os clientes podem comprar, pagar, receber, acompanhar, reclamar, via internet. As empresas podem, além de divulgar e vender seus produtos, fazer pesquisas de opinião sobre seus produtos e serviços. • EDI (intercâmbio eletrônico de dados), sistema que conecta os caixas eletrônicos de supermercados, por exemplo, com os depósitos, centros de distribuição e fornecedores, permitindo reposições automáticas. • ERP (planejamento dos recursos da empresa), permite a integração de todos os dados e recursos de uma empresa. Ao emitir um pedido de vendas, por exemplo, toda a empresa (contabilidade, contas a receber, contar a pagar, estoques, entregas etc.) é alimentada de informações, evitando-se duplicidades de atividades e total controle das operações. • SCM (gerenciamento da cadeia de suprimentos), atua como um complemento dos sistemas ERP, permitindo ações de planejamento e, principalmente, a tomada de decisões. 6. Aspectos a serem considerados na definição das estratégias A evolução dos processos produtivos e da gestão da informação proporcionou grandes alterações no mundo empresarial. A partir desta constatação, a definição das estratégias das organizações se deparou com elementos que devem ser levados em consideração, tais como: • A variedade de produtos é uma poderosa arma de vendas. As empresas seduzem seus clientes com este serviço. Como decorrência desta “responsividade”, as empresas precisam adequar suas instalações produtivas, tornando- as mais flexíveis, ou seja, uma linha de produção deve permitir a fabricação de vários produtos diferentes e em pequenos lotes. Os armazéns também devem ter áreas maiores para poderem acomodar mais produtos. Com isso os estoques passam a ser maiores, aumentando desta forma os custos. As empresas passam a ter um novo problema que é a obsolescência dos produtos, ou seja, produtos que acabam “encalhados”. Taneli Rajala - commons.wikipedia.org 15 • Com a grande velocidade de lançamento o que se percebe atualmente é a redução do tempo de vida dos produtos. Quantas vezes compramos um produto e em pouco tempo é lançado um novo modelo com inovações tecnológicas. Isso faz com que existam cada vez mais incertezas com relação às expectativas de vendas, fazendo com que toda a cadeia de suprimentos tenha que se precaver com relação a possíveis perdas de vendas, por haver falta de produtos, como também com relação a estoques ociosos e obsoletos. • Devido a grande concorrência entre as empresas, que lutam com todas as suas forças para conquistar e manter mercados, os clientes estão cada vez mais poderosos, ou seja, podem exigir mais pelo mesmo preço que pagavam, ou até mesmo mais barato. Mais variedade de produtos, inovações tecnológicas, produtos customizados (sob medida), garantias, serviços pós vendas, entregas rápidas, são algumas das necessidades que as empresas têm que atender junto aos seus clientes. Cabe, muitas vezes, a cadeia de suprimentos suprir estas necessidades. • A terceirização dos serviços é uma outra realidade que se por um lado otimiza os custos produtivos, por outro, traz problemas de integração da cadeia de suprimentos. Citamos novamente a cadeia automobilística, cujas empresas são meras “montadoras” de carros, ou seja, recebem todas as peças e componentes prontos de seus fornecedores. Desta forma mais empresas compõe a cadeia de suprimentos, cada uma com suaspolíticas e estratégias próprias, o que exige um esforço ainda maior na gestão da cadeia de suprimentos. • O comércio mundial advindo da globalização dos negócios permitiu grandes avanços. As tecnologias se disseminaram, as matérias primas ficaram mais acessíveis, novos mercados foram atingidos, a concorrência entre as empresas propiciou ganhos para os clientes. Mas por outro lado a administração e gestão das cadeias de suprimentos tornaram-se mais complexas, envolvendo as particularidades de cada país e região envolvida. Para Pensar Segundo Chopra (2003), muitos obstáculos, tais como crescimento da variedade de produtos e redução dos ciclos de vida dos produtos, dificultaram progressivamente o alcance do alinhamento estratégico pelas cadeias de suprimento. A superação destes obstáculos oferece uma oportunidade extraordinária para as empresas utilizarem o gerenciamento da cadeia de suprimento para a obtenção de vantagem competitiva. 16 Unidade: Gestão da Cadeia de Suprimentos: 4 Fatores Chave Material Complementar Gestão da Cadeia de Suprimentos Autores Oliveira e Longo http://www.novomilenio.br/cursos/Artigos/Gest%C3%A3o%20da%20Cadeia%20de%20 Suprimentos%20na%20Industria%20da%20Constru%C3%A7%C3%A3o%20Civil.pdf Veja o exemplo de Gestão da Cadeia de Suprimentos Autores Roldan e Hansen http://www.simpoi.fgvsp.br/arquivo/2012/artigos/E2012_T00443_PCN13558.pdf 17 Referências BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Estratégia, Planejamento e Operações. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. CHOPRA, Sunil. Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento. São Paulo: Pearson, 2003. FARIA, Ana Cristina de. Gestão de Custos Logísticos. São Paulo: Atlas, 2010. TAYLOR, David A. Logística na Cadeia de Suprimentos uma perspectiva gerencial. São Paulo: Pearson Addison-Wesley, 2005. PORTER, Michael. Vantagem Competitiva. Rio de Janeiro:Campus, 1989. SIMONE LETICIA RAIMUNDINI ET AL. Aplicabilidade de custeio baseado em atividades e análise de custos em hospitais. Rausp. São Paulo, v. 41, n. 4, p. 453-465; SCHIER, C. U. Gestão de Custos. 2.ed.rev. e ampl. e atual. – Curitiba: Ibpex, 2011. 18 Unidade: Gestão da Cadeia de Suprimentos: 4 Fatores Chave Anotações www.cruzeirodosulvirtual.com.br Campus Liberdade Rua Galvão Bueno, 868 CEP 01506-000 São Paulo SP Brasil Tel: (55 11) 3385-3000
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