Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Inspeção e Palpação do Precórdio O precórdio é a área de apresentação cardíaca na parede torácica anterior de modo que: As cavidades cardíacas que se localizam no tórax anterior, são: o átrio D, ventrículo D, aurícula E, ventrículo E. A ponta corresponde ao ventrículo E. O VD, fica junto a borda esquerda do esterno, mas não faz parte do contorno. Onde Localiza o Precórdio? Localização do Precórdio. A inspeção e palpação do precórdio oferecem contribuição de valor à conceituação clínica, motivo por que a sua importância vem sendo reiteradamente destacada. Três itens fundamentais são facilmente determinados por esse método à cabeceira do paciente: a) Situação, tamanho, mobilidade do coração e eventual presença de pulsação diastólica; b) No caso de aumento da área cardíaca, qual a câmara ventricular responsável, se esquerda, direita ou ambas; c) Se o aumento decorre predominantemente de dilatação ou de hipertrofia. Qual a importância da Inspeção e Palpação do Precórdio? A inspeção pode ser feita indiferentemente, atendendo à melhor visualização. A inspeção se iniciará com o paciente em decúbito dorsal, musculatura relaxada, ombros ligeiramente elevados, cabeça estendida. O tórax ficará despido. Em se tratando de pessoa do sexo feminino, poder-se-á utilizar uma camiseta, que será levantada ou abaixada, com descobrimento parcial do busto. Preferencialmente, devem ser realizadas a inspeção e a palpação simultaneamente, tornando os achados mais significativos. Inspeção Inspeção com paciente em decúbito dorsal Cor: normal, pálida, vermelha, cianótica, ictérica, amarela não ictérica, outras. Umidade: normal, úmida, seca. Brilho: normal, diminuído, luzidio. Oleosidade: normal, aumentada, diminuída. Elasticidade: normal, diminuída, pele pergaminhada. INSPEÇÃO ESTÁTICA DA PELE Tipo: alterações de cor, elevações edematosas, formações sólidas, coleções líquidas, alterações de espessura, perda/reparações teciduais. Tamanho Localização INSPEÇÃO ESTÁTICA DE LESÕES ELEMENTARES Podem resultar de deformações torácicas, sínfise pericárdica, afecções que produzem atrofia e retração das lâminas pulmonares que recobrem a face anterior do coração. INSPEÇÃO ESTÁTICA DE DE DEPRESSÕES Observar: Tamanho; Localização. INSPEÇÃO ESTÁTICA DE TUMORAÇÕES Os abaulamentos patológicos da região precordial podem ser difusos e circunscritos. Os abaulamentos difusos correspondem a causas extracardíacas e cardíacas. Os abaulamentos resultantes de fatores extracardíacos são geralmente difusos: derrame pleural, pneumotórax, cifoescoliose. Os abaulamentos de origem cardíaca se restringem ao precórdio e dependem de cardiopatia desenvolvida na fase de crescimento. Podem resultar de pericardite com derrame. Em se tratando de lesão congênita, as causas habituais são grande CIV (comunicação inter-ventricular) e átrio ventricularis comunis. Normalmente, o abaulamento é determinado pela dilatação do ventrículo direito, em maior contato com a parede torácica. INSPEÇÃO ESTÁTICA DE ABAULAMENTOS Tangencial: de pé, ao lado direito do paciente; Frontal: junto aos pés do paciente deitado; Para melhor avaliação de abaulamentos, o examinador deve observar de forma: Avaliação de abaulamentos com examinador tangencial Avaliação de abaulamentos com examinador frontal Visibilidade: em pacientes com enfisema pulmonar, obesos, com grandes mamas, ou que tenham musculatura desenvolvida o ictus pode se tornar invisível e impalpável. Localização: varia de acordo com o biótipo (brevilíneo, longilíneo, entre outros), nos mediolíneos ele se situa na linha hemiclavicular esquerda no 5º espaço intercostal. Nos brevilíneos desloca-se 2cm para cima e para a lateral ficando no 4º espaço intercostal. Nos longilíneos costuma estar no 6º espaço intercostal 1 ou 2 cm para dentro da linha hemiclavicular. Inspeção Dinâmica Ictus cordis Os diversos tipos de retração sistólica: puntiforme, pluricostal, rastejo sistólico, quando se acompanham de imobilidade do ictus cordis, significam sínfise pericárdica. No dorso, ocasionalmente, percebem-se retrações sistólicas das últimas costelas, à esquerda, denunciando também aderências pericárdicas. Quando o ictus é móvel, resultam de maior contato do coração com a parede torácica, seja por hipertrofia das câmaras ventriculares ou por retração das lâminas pulmonares que recobrem o coração. INSPEÇÃO DINÂMICA DE RETRAÇÕES A palpação deve ser feita pela direita do paciente. O tórax ficará despido. Em se tratando de pessoa do sexo feminino, poder-se-á utilizar uma camiseta, que será levantada ou abaixada, com descobrimento parcial do busto. Se o paciente estiver em decúbito forçado, o exame se fará sem movê-lo ou, quando muito, mudando de posição com o maior cuidado. Não havendo essa restrição, a palpação se iniciará com o paciente em decúbito dorsal, musculatura relaxada, ombros ligeiramente elevados, cabeça estendida. Palpação Palpação em decúbito dorsal Uma vez realizado o exame nessa posição, deve-se recorrer a outras posições e a manobras eventuais. Posições: decúbito lateral esquerdo, sentada, de pé, etc. Palpação em decúbito lateral esquerdo Ictus cordis ou choque de ponta é o levantamento periódico da zona de projeção da ponta do coração, sincrônico com a sístole cardíaca, levantamento que se vê, se palpa ou, às vezes, apenas se palpa. Em condições normais, a ponta corresponde ao ventrículo esquerdo. Palpação Ictus Cordis Para efetuá-lo, o paciente encontrar-se-á em decúbito dorsal (peito para cima) com a extremidade do leito que sustenta sua cabeça posicionada a 30º, seu tórax deve estar amostra e seus membros, tanto inferiores quanto superiores, não podem estar cruzados, de modo que descansem sobre a superfície. Com a mão espalmada em cima do tórax, procura-se o ponto de impulso mais forte e, após sua localização, se coloca a ponta dos dedos no espaço intercostal correspondem ao íctus para aumentar a sensibilidade tátil. Se for difícil efetuar a sua localização, solicita-se que o paciente vire para o seu lado esquerdo, tomando a postura de decúbito lateral esquerdo, assim se aproxima a ponta do coração à caixa torácica. A presença de íctus palpável não significa patologia. O íctus é patológico de acordo com suas características. Em pacientes musculosos, obesos e portadores de DPOC, a palpação de íctus pode ser dificultosa. Palpação do Ictus cordis 1 - Sede: é o local de maior intensidade. No adulto, a sede habitual é no 5º espaço intercostal esquerdo, meio ou 1 cm para dentro da linha mamilar. Mais raramente, 4º espaço intercostal esquerdo. Nos indivíduos idosos, à altura da 6ª costela ou no 6º espaço intercostal esquerdo. Nas crianças, 4º espaço intercostal esquerdo. Desvios no local em que o íctus é delimitado são indicativos de aumentos cavitários, de modo que: No aumento do VE, o íctus é movido para baixo. Nos VD, ocorre desvio é lateral. Na hipertrofia do VE não ocorre desvio. Durante a palpação do íctus, devem ser levadas em consideração as seguintes características: Avalia - se com cerca de dois parâmetros. Deve – se, contudo, levar em consideração que a extensão normal do íctus não deve passar de 2 – 3 cm. O primeiro são os espaços intercostais para mensurar o aumento de íctus. Já o segundo consiste em mensurar a extensão ictal por intermédio de polpas digitais. Circunscrito: palpável com até duas polpas digitais ou restrito há 2 EIC’s. Difuso: palpável com mais de duas polpas digitais ou incluso em espaço maior que dois ou mais EIC’s. Indicativo de dilatação do VE. Semiotécnica: deve-se colocar os dedos horizontalmente na direção do espaço intercostal, de modo que as polpas digitais penetrem no espaço. 2- Extensão É o grau de impulsão do choque. A intensidade do ictus normal é variável: medianamente intenso, muito intenso, pouco intenso. Em condições normais pode variar devido a fortes emoções e prática de exercício. Semiotécnica: Repousar a palma da mão sobre a localização do ictus cordis. 3- Intensidade É definidopela maneira de sucessão dos batimentos. O ictus rítmico ou cadenciado obedece a uma cadência regular: batimentos iguais, separados por intervalos iguais, dentro de uma freqüência em repouso de 60 a 80 por minuto. Havendo irregularidade, o ictus se diz arrítmico. 4-Ritmo Semiotécnica: examinador à direita do paciente, mão espalmada sobre o ictus cordis, pedir para o paciente virar para os lados esquerdo, direito e para sentar-se . Normalmente, o ictus cordis move-se cerca de dois centímetros para os lados, para cima e para baixo. Se o paciente tiver uma pericardite, a tendência é o coração aderir ao pericárdio e não haver mobilidade. 5-Mobilidade Palpação do Ictus cordis com mobilidade para a direita Palpação do Ictus cordis com paciente sentado O ictus cordis pode se apresentar deslocado da sede normal por causas intrínsecas (de origem cardíaca) e causas extrínsecas (extra cardíacas). 6-Variações da sede do ictus cordis Inclinar o pescoço para o lado em que se vai palpar; Observa-se a região do pescoço do paciente e identifique o músculo esternocleidomastóideo; Palpar o pomo de adão, deslizar os dedos lateralmente, afastando-se borda anterior do músculo esternocleidomastóideo; Palpa-se com polpa digital do polegar ou polpa digital dedos indicador e médio, no terço médio do ventre muscular; Palpar com delicadeza para não comprimir seio carotídeo (pode levar a bradicardia, parada cárdia, desprendimento de trombos aderidos); Não se deve palpar ambas artérias carótidas ao mesmo tempo; Pulso carotídeo Pulso carotídeo Pulso carotídeo Alex Ferreira; Amanda Carolina; Andressa Silva; Geice Grabrieli; Graciêla Gomes; Michael Douglas; Rhamayana Maria. Acadêmicos:
Compartilhar