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Reclamação Constitucional

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Reclamação Constitucional
Art. 102, I, alínea l c/c Art. 103-A, § 3º.
Art. 105, I, alínea F. 
Art. 988 ao Art. 993. 
CF/1988
CPC/2015
Conceito e competência:
A reclamação é um processo de competência originária de tribunais, que pode ter por finalidade a preservação de sua competência ou a garantia da autoridade de suas decisões. Prevista na Constituição da República (e, por isso, tradicionalmente chamada de reclamação constitucional), ali se afirma seu cabimento, perante o STF (art. 102, I, l, e art. 103-A, § 3o) e perante o STJ (art. 105, I, f). Pois o CPC ampliou o cabimento da reclamação, que passa a poder ser ajuizada perante qualquer tribunal (art. 988, § 1º, primeira parte).
Câmara, Alexandre Freitas
Natureza Jurídica:
Reclamação seria uma Ação ou instrumento decorrente do direito de petição?
O Supremo Tribunal Federal, ainda na vigência do CPC/1973, em célebre julgamento no qual teve de enfrentar o tema, chegou à conclusão de que a reclamação constitucional não seria uma ação, mas o mero exercício do direito de petição, previsto no art. 5°, XXXIV, a, da CF. STF, Tribunal Pleno, ADI 2.212/CE, rei. Min. Ellen Grade, j. 2.1 0.2003, DJ 14.11.2003, p. 11. Entendimento confirmado na ADI 2.480/PB, Tribunal Pleno, rei. Min. Sepúlveda Pertence, j. 2.4.2007, DJE 15.6.2007. Na doutrina: Grinover, A reclamação, p. 76-77.
Há corrente doutrinária que defende a natureza jurídica de ação da reclamação constitucional, considerando-se presentes os elementos fundamentais que compõem uma ação: petição inicial veiculando uma pretensão, citação, contraditório, decisão de mérito coberta por coisa julgada material, além de exigências formais que corroboram a conclusão, tais como a exigência de pressupostos processuais positivos, a capacidade de ser parte, de estar em juízo e etc.
A l Turma do Supremo Tribunal Federal já teve oportunidade de condenar a parte sucumbente ao pagamento de honorários advocatícios partindo da premissa de ter a reclamação constitucional natureza jurídica de ação. STF, P Turma, Rei 24.417 AgR/SP, rei. Min. Roberto Barroso, j. 07/03/2017, DJe 24/04/2017.
 
Cabimento:
Art. 988, I, II, III e IV do CPC/15:
Forma de preservação da competência do tribunal;
Forma de garantir a autoridade da decisão do tribunal; 
Garantir a observância de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; 
Forma de garantir a observância de súmula vinculante; 
Forma de garantir a observância de precedente proferido em Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR) e Incidente de Assunção de Competência; 
Forma de garantir a observância de precedente proferido em repercussão geral e recurso excepcional repetitivo.
Legitimados:
Art.988 do CPC/15:
“Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público...”
Parte Interessada na propositura da reclamação é a parte que sofreu um prejuízo em razão de uma determinada decisão que usurpa competência ou que desobedece a autoridade de um tribunal, logo pode ser o autor, réu, um terceiro interessado que esteja intervindo no processo (Art.991 do CPC/15), e essa parte terá legitimidade ativa na medida que a mesma(o) sofre prejuízo a partir dessa decisão que deu ensejo a propositura da reclamação.
A reclamação pode ser ajuizada também pelo Ministério Público (art. 988, caput), não sendo reclamante o Ministério Público, deverá ele ser ouvido na qualidade de fiscal da ordem jurídica (art.991 do CPC/15).
Legitimidado passivo é aquele que pratica o ato impugnado e é objeto de reclamação, logo se for o juízo da primeira instância, irá o mesmo responder na qualidade passiva por essa reclamação
Procedimento
A reclamação pode ser ajuizada pela parte interessada ou pelo Ministério Público(art. 988, caput), e será dirigida ao tribunal cuja competência se pretende preservar ou cuja decisão se quer ver respeitada (art. 988, § 1o). Dentro da estrutura inteira do tribunal, será competente para conhecer da reclamação o órgão (seja ele o Tribunal Pleno, Órgão Especial ou órgão fracionário) cuja competência se busca preservar ou cuja autoridade se pretenda garantir(art. 988, § 1o, parte final).
A petição inicial da reclamação deve ser instruída com toda a prova documental necessária, e será dirigida ao Presidente do tribunal (art. 988, § 2o). Será ela, então, imediatamente autuada e distribuída ao relator do processo principal (se possível), nos termos do § 3o do art. 988. Ao despachar a reclamação, o relator deverá requisitar informações à autoridade a quem tenha sido imputada a prática do ato impugnado, que as prestará no prazo de dez dias (art. 989, I) e, se necessário, ordenará a suspensão do processo ou do ato impugnado, a fim de evitar que da produção de efeitos do ato atacado resulte dano irreparável (art. 989, II).
Além disso, o relator da reclamação deverá determinar a citação dos beneficiários do ato reclamado, que figurarão necessariamente como demandados no processo da reclamação, dispondo do prazo de quinze dias para apresentar contestação (art. 989, III). Além deles, porém, qualquer outro interessado poderá ingressar no processo da reclamação para impugnar a pretensão do reclamante (art. 990).
Não sendo reclamante o Ministério Público, deverá ele ser ouvido na qualidade de fiscal da ordem jurídica, dispondo do prazo de cinco dias para se manifestar, o qual correrá após o decurso do prazo para informações e para oferecimento de contestação pelos beneficiários do ato impugnado (art. 991).
O julgamento de procedência do pedido formulado na reclamação cassará a decisão exorbitante ou determinará medida adequada à solução da controvérsia (art. 992). Perceba-se que, não sendo a reclamação um recurso, não terá ela o efeito de reformar o ato reclamado. O tribunal, ao julgar procedente a reclamação, poderá, no máximo, invalidar o ato impugnado, cassando-o. Além disso, incumbe ao tribunal determinar as medidas que sejam necessárias para preservar sua competência ou garantir a autoridade de suas decisões.
OBS.:Não será admissível reclamação ajuizada para impugnar decisão judicial já transitada em julgado(art. 988, § 5°, I, na redação da Lei n° 13.256/2016, enunciado 734 da súmula não vinculante do STF)
 
FIM!  
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