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Fisioterapia Aplicada a Traumato-Ortopedia Aula 24: A articulação coxofemoral Prof. Arlindo Elias Objetivos 2 • TEMA DA AULA: A articulação coxofemoral • REFERÊNCIA: Material de aula • OBJETIVO: Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: Compreender as principais características anatômicas e biomecânicas da articulação coxofemoral • PPC (Projeto Pedagógico do Curso): • O profissionais devem ter conhecimento aprofundado das as estratégias de intervenção do cotovelo/punho/mão para a elaboração de um programa de treinamento adequado Introdução 3 A articulação do quadril é do tipo bola-e-soquete formada entre a cabeça do fêmur e o acetábulo da pelve. Estruturalmente, a função principal do quadril é a estabilidade. A mobilidade assume uma função secundária embora seja também significativa. Introdução 4 Função do quadril: - Suportar o peso da cabeça, braços e tronco durante a postura ereta e atividades dinâmicas como a marcha, corrida e subida/descida de escadas. - Transmissão de forças entre a pelve e os MMII. O quadril suporta de 1.3 a 5.8 vezes o peso corporal durante a caminhada e 4.5 a 8 vezes o peso corporal durante a corrida. Osteologia do quadril 5 A pelve Osteologia do quadril 6 O fêmur Osteologia do quadril 7 O fêmur A cabeça femoral é composta de osso trabecular margeado por uma fina camada de osso cortical. A arquitetura trabecular é especialmente desenvolvida para suportar forças tensivas e compressivas. - O ponto fraco do sistema é o triângulo de Ward. Articulação coxofemoral 8 A cápsula articular da articulação coxofemoral é formada pelos ligamentos iliofemoral, pubofemoral e isquiofemoral. - Os ligamentos são tensionados durante a extensão e relaxados durante a flexão. O ligamento da cabeça femoral é uma estrutura exclusiva da articulação coxofemoral. - Importante fonte de vasculatização da cabeça do fêmur, especialmente em crianças. - Em adultos, com o desenvolvimento do sistema vascular colateral das artérias circunflexas, sua importância diminui. Articulação coxofemoral 9 Articulação coxofemoral 10 Articulação coxofemoral 11 O labrum acetabular é formado por fibrocartilagem e tecido conectivo denso. - Aumento da estabilidade articular - Diminuição das forças transmitidas para a cartilagem. - Contém terminações nervosas que participam dos mecanismos de propriocepção e nocicepção. Músculos 12 Músculos 13 Músculos posteriores Músculos 14 Músculos rotadores externos Músculos 15 Músculos anteriores Músculos 16 Músculos isquiostibiais Músculos 17 Músculos adutores Neurologia 18 A região glútea recebe inervação cutânea pelo nervo subcostal, nervo iliohipogástrico; ramo posterior de L1-L3 e ramos primários posteriores (nervos cluneais) de S1-S3 Os nervos dos músculos que cruzam a articulação do quadril (n. femoral, obturador, glúteo superior e o nervo para o quadrado femoral) também suprem a articulação do quadril. - A dor originada na articulação coxofemoral pode ser referida em quaisquer regiões da coxa, perna ou pé. Neurologia 19 Neurologia 20 Neurologia 21 Neurologia 22 Aspectos biomecânicos 23 A articulação do quadril permite movimentos nos 3 planos de movimento: - Flexão 110-120° - Extensão 10-15° - Abdução 30-50° - Adução 25-30° - Rotação interna 30-40° - Rotação externa 40-60° Aspectos biomecânicos 24 Os movimentos do quadril são independentes, mas os graus finais requerem a participação da pelve. A localização do centro de gravidade do corpo (anterior à 2ª vértebra sacral) requer a geração de grandes forças de equilíbrio do quadril Em posição anatômica, a orientação da cabeça femoral provoca forças de contato entre o fêmur e o acetábulo na região anterosuperior do quadril. Aspectos biomecânicos 25 O colo femoral é submetido à forças de cisalhamento e torsões devido a sua orientação oblíqua em relação à diáfise. O ângulo entre a diáfise e o colo femoral é conhecido como ângulo de inclinação Aspectos biomecânicos 26 Efeitos da coxa valga: - Modificação das forças de reação articulares de uma direção vertical para uma paralela à diáfise. Ocorre redução da superfície de suporte de carga com sobrecarga da região superior da articulação - Redução do momento de força dos abdutores, causando desvantagem mecânica e requerendo contração mais vigorosa desses músculos para estabilizar a articulação. Maior risco de fadiga. - Aumento do comprimento do membro inferior - Aumento da carga no compartimento medial do joelho. Efeitos da coxa vara: - Aumento da força de cisalhamento do colo femoral. - Diminuição das forças de compressão articular. Aspectos biomecânicos 27 O ângulo entre o colo e a diáfise femoral no plano transverso é conhecido como ângulo de torção Aspectos biomecânicos 28 Quando o peso corporal está igualmente distribuído através de ambos os MMII, as forças atuantes no quadril são equivalentes à metade do peso corporal Durante o apoio unipodal, o deslocamento do centro de gravidade modifica dramaticamente as forças de equilíbrio. - Produção de forças compensatórias para contrabalançar o corpo - A articulação do quadril é o pivô para todas as forças Durante a marcha, as forças que incidem sobre o quadril sãomultiplicadas pela força de reação do solo, aceleração e desaceleração do membro inferior Na fase de suporte, o pico de forças pode chegar a 300 ou 400% o peso corporal.
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