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QUADRIL Lara Camila | 4º Semestre • Nos permite caminhar, correr e pular; • Suporta o peso do nosso corpo através da conexão com nossas pernas; • É uma das articulações mais flexíveis e permite grande amplitude de movimento; perde, apenas, para a articulação do ombro. Visão geral O homem evoluiu da postura quadrúpede (90º) a bípede sem que houvesse uma adequação total da articulação do quadril; Isso pode ser notado pela observação da relação óssea que o acetábulo tem com a cabeça do fêmur. ➢ A cabeça do fêmur é “sustentada pelo colo do fêmur e forma um ângulo de 125º”; assim, não é tão potente quando um quadrúpede, mas é uma articulação estável e funcional. A articulação do quadril é composta: cabeça do fêmur; acetábulo pélvico OBS -> fêmur distal se articula com a patela; a fíbula não necessariamente se encaixa no fêmur distal, ela faz parte da articulação do joelho, mas é extra articular. ACETÁBULO O acetábulo é formado por três ossos: o ílio, ísquio e o púbis; É onde a cabeça do fêmur se encaixa; • Transmite cargas muito grandes (elásticas e compressivas); • Cargas de até 8x o peso durante corrida, podendo ser ainda maior com outras práticas esportivas; • Fornece estabilidade; • Permite mobilidade; O desequilíbrio da estabilidade x mobilidade leva a lesões no tecido mole e síndrome de impacto; Na borda do acetábulo existe um anel fibro cartilaginoso que aumenta sua profundidade para: coaptação articular, redução do atrito entre as superfícies ósseas e maior estabilidade articular. O nome desse anel é Lábio acetabular: aprofunda o acetábulo e aumenta a congruência articular. LIGAMENTOS Os principais ligamentos da pelve e quadril são reconhecidamente os ligamentos mais fortes do corpo e estão bem adaptados a forças transferidas entre a coluna e os membros inferiores; ➢ Ligamento iliofemoral; ➢ Ligamento pubofemoral; ➢ Ligamento anular do quadril; ➢ Ligamento acetabular transverso; ➢ Ligamento isquiofemoral; OBS -> nas crianças, o ligamento redondo (ligamento da cabeça do fêmur) é o mais importante, pois ele é o responsável por realizar a maior parte da irrigação sanguínea que chega à cabeça femoral da criança; assim, quando patológico, interfere no desenvolvimento da cabeça femoral. OBS -> a gordura da fossa do acetábulo (também chamada de gordura de Rofa), quando aumentada, também impede o encaixe da cabeça do fêmur no acetábulo da criança. MÚSCULOS QUE COMPÕEM A ARTICULAÇÃO DO QUADRIL Músculos glúteos: glúteo máximo, glúteo médio, glúteo mínimo, tensor da fáscia lata. Músculos internos do quadril: músculos ilíaco, psoas maior, psoas menor, obturador externo, obturador interno, gêmeo superior, gêmeo inferior, piriforme, quadrado femoral. MÚSCULOS DA COXA Músculos anteriores: sartório, reto femoral, vasto medial, vasto lateral, vasto intermédio; Músculos posteriores: bíceps femoral, semimembranoso, semitendinoso; Músculos mediais: grácil, pectíneo, adutor longo, adutor curto, adutor magno, obturador externo; MOVIMENTOS DO QUADRIL Flexão, adução, abdução, rotação interna e rotação externa. MUSCULOS ACESSÓRIOS A musculatura abdominal e os músculos eretores da coluna fornecem ainda mais estabilização à região do quadril e devem ser considerados em condições que afetam a inclinação pélvica e a articulação do quadril. AS PESSOAS AGACHAM DIFERENTE O corpo é algo variável; cada unidade biológica é diferente e é possível observar essas variações anatômicas na: cabeça do fêmur (tamanho ou angulação) e profundidade do acetábulo; assim, essas diferenças podem gerar diferentes padrões de agachamento. O agachamento é um movimento combinado de flexão máxima, abdução máxima e rotação externa máxima; Pessoas que tem o acetábulo mais profundo, consequentemente terão a cabeça do fêmur mais profunda; assim, ao agachar tem maior probabilidade de acontecer contato ósseo; quadril com acetábulo menos profundo possui maior mobilidade, pois a cabeça do fêmur consegue ter grau de amplitude maior. Pessoas que têm uma anteversão excessiva são mais favoráveis ao agachamento que pessoas que têm uma retroversão; ➢ O ângulo de anteversão normal é de 15º; ou seja, nossa rotação interna fisiológica é de 15º OBS -> anterversão excessiva pode ocasionar alteração no joelho, pés e alterar a marcha, assim com na retroversão. OBS -> o quadril é o inverso do pé; se o quadril está em rotação interna, o pé está em rotação externa; ex: na retroversão o pé é para fora. O ACETÁBULO FEMININO É DIFERENTE DO ACETÁBULO MASCULINO A pelve da mulher é mais larga que a do homem devido à função reprodutora própria da mulher; o homem tem os ossos mais achatados e grosseiros para favorecer a carga. A força de carga que o quadril recebe é proporcional à largura da pelve; assim, pessoas mais altas e mais largas recebem o impacto de uma força de carga muito maior no quadril que uma pessoa baixa e magra. Ou seja, a força que influencia mais no eixo de carga do quadril é o torque. DESVIOS DO QUADRIL –no adulto o ângulo normal é de 135º, acima disso é uma coxa valga. Coxa vara: inclinação da articulação do quadril de 90º a 110º; Coxa valga: inclinação da articulação do quadril acima de 135º; no entanto, no RN o fisiológico é até 150º >> Importante << Varo até 2 anos de idade pode ser fisiológico; Quando a criança faz 2 anos de idade, ela tem um alinhamento de 0º - normal; Criança de 4 anos com valgo de 18º é fisiológico, pois 4 anos é a idade do valgo máximo; O ângulo normal do RN é de 150º -> Coxa valga de 150º em RN não é patológico. OBS -> esses desvios, para serem considerados fisiológicos, também precisam ser simétricos; sendo assimétricos são, SEMPRE, patológicos. >> REVISANDO RN – Varo 2 anos – Normal 4 anos – Valgo máximo PATOLOGIAS Síndrome do trato ílio-tibial • É uma lesão inflamatória aguda; • Não necessita de tratamento cirúrgico; • Extremamente desconfortável e afasta os atletas de suas atividades; • Efeito “para-brisa” do tendão sobre o osso; • Inflamação da banda iliotibial pode causar dores na região lateral do joelho ou do quadril; • Comum em corredores; Fatores • Excesso de pronação; • Fraqueza muscular (principalmente glúteo médio); • Corrida em terrenos muito rígidos, como asfalto; • Corrica em locais de muito declive, como as margens da rua, muita subida ou descida – tênis inadequado. • Overtraining – excesso de atividade e cadência elevada; Quadro clínico • Hipersensibilidade na região lateral do fêmur (próximo ao joelho); • Dor e queimação quando essa região é palpada; FMS ou Triagem Funcional do Movimento é uma triagem qualitativa do movimento humano baseado em um sistema de ranking e pontuação que inclui 7 testes de avaliação dos padrões de movimento básico, onde limitações e/ou assimetrias musculares, caso existam, serão identificadas. Tendinopatia de Isquiotibiais Os músculos isquiotibiais são essenciais para flexionar o joelho e auxiliar na extensão do quadril. Impacto fêmoroacetabular Não se sabe ao certo quantas pessoas apresentam o IFA. Contudo, a estimativa internacional é que cerca de 15% da população apresenta algum tipo de alteração do quadril que caracteriza o IFA. Quadril CAM – há uma calosidade óssea no colo femoral; ocorre quando há um impacto sobre o acetábulo. ➢ Também tem associação com epifisiólise (escorregamento da fise da cabeça femoral); Quadril pincer – há um calo ósseo no acetábulo, e não no colo femoral;➢ Também tem associação com a ruptura labral; Quadril mixed – há uma calosidade óssea tanto no colo femoral, quanto no acetábulo. Pessoas que têm impactos tipo CAM, pincer ou mixer podem ter osteoartrose antes do tempo; Artrose do quadril A artrose no quadril é um desgaste da articulação que provoca sintomas como dor localizada no quadril, que surge principalmente durante o dia e ao andar ou permanecer sentado por muito tempo. A radiografia apresente esclerose acetabular, alteração da densidade óssea, encurtamento do colo femoral e aumento proporcional do troncanter maior – o que limita os movimentos, osteopenia local, espaço articular reduzido com uma fusão acetabular, perda do formato da cabeça do fêmur. Disfunção Sacroilíaca A dor causada pela disfunção sacroilíaca é facilmente confundida com dor lombar; Comum em pessoas que têm doença falciforme; Provocada por um desequilíbrio muscular, fraqueza ou por um excesso de músculos na região posterior e diminuição de músculo na região anterior. Para testar a articulação sacroilíaca é necessário que, em decúbito dorsal, o paciente realize uma abdução máxima da coxa forçando o joelho para baixo; Necrose avascular da cabeça femoral Esses pequenos vasos podem ser rompidos (por exemplo, nos casos de trauma e fratura do colo do fêmur) ou ocluídos por coágulos ou êmbolos de gordura. O resultado dessas duas situações é o infarto da cabeça femoral e a morte das células ósseas. OBS -> a principal irrigação da cabeça femoral na criança é o ligamento redondo, já no adulto é a artéria femoral circunflexa medial. Displasias e luxações congênitas Má formação no período embrionário onde o acetábulo apresenta formação inadequada causando ruptura do lábio, lesões da cartilagem e fadiga/tendinopatias dos músculos glúteos. É mais comum em meninas, primigestas, oligodramnia e crianças GIG. A bola azul mostra onde o fêmur deveria estar, e a seta mostra que o fêmur está articulando na asa do ilíaco. Assim, haverá um encurtamento aparente do membro inferior. Pubalgia Pubalgia significa dor na região do púbis, ou seja, da união dos ossos da pelve à frente, entre as coxas, na sínfise púbica, região de onde partem os músculos adutores (musculatura da parte interna da coxa). A causa maior é o chute vigoroso, distensão e ruptura parcial; Em crianças e adolescentes que ainda possuem o esqueleto imaturo não apresentam pubalgia porque a fise ainda não fechou – e isso permite muito movimento. Os músculos envolvidos na pubalgia são: adutor longo e reto abdominal, pois é a inserção desses músculos na região do ísquio que provoca a dor. OBS -> tem pessoas que tem a sínfise púbica alargada fisiologicamente, o que predispõe a pubalgia. >> CONCEITOS IMPORTANTES DISPLASIA -> é uma alteração do fisiológico, como uma alteração óssea radiográfica; nem sempre há sintomas associados. SUBLUXAÇÃO -> separação incompleta dos ossos que formam a articulação; LUXAÇAO -> separação completa dos ossos que formam a articulação;
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