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Artroplastia Total do Quadril Prof. Tiago Ueda Indicações Cirúrgicas e Considerações • A ATQ é usada para corrigir danos não tratáveis resultantes da OA, da AR, da necrose avascular e tônus muscular anormal causado por paralisia cerebral • Os procedimentos não eletivos são realizados para fraturas nas quais a fixação com redução interna aberta mostrou-se inapropriada • Contra-indicações para a cirurgia são massa óssea inadequada, suporte periarticular inadequado, fatores de riscos médicos sérios, sinais de infecção e falta de motivação do paciente na aderência ao tratamento • As próteses duram menos de 20 anos, portanto os candidatos são usualmente maiores de 60 anos • O alívio da dor e a melhora da função têm sido medidas em 98% até 2 anos após a ATQ Indicações Cirúrgicas e Considerações Procedimentos Cirúrgicos • Primeiro, o osso artrítico remanescente e a cartilagem articular são retirados do copo acetabular e um novo copo de metal, com uma camada de revestimento plástico de polietileno, é fixado no lugar • Segundo, a cabeça femoral artrítica é removida e substituída por uma cabeça femoral/componente em haste que é presa no canal medular do fêmur proximal • Abordagem Póstero-lateral – Preserva o glúteo médio e mínimo, bem como o vasto lateral, tornando mais fácil a reabilitação – Também provê marcha normal mais rápida no PO – Uso de travesseiro de abdução em 30° – Evitar RI, Adução e flexão do quadril acima de 90° • Abordagem Ântero-lateral – Sem risco de deslocamento posterior, não precisa permanecer em abdução, permitindo liberdade de movimentação – Seqüela de AVC, PC, ou seja, desequilíbrio muscular e espasticidade – Evitar RE associada à flexão do quadril Procedimentos Cirúrgicos Fase I • Sessão de Treinamento Pré-operatório – TEMPO: 1-2 dias – OBJETIVOS: orientar quanto às precauções com transferências e movimentos, e ajudar o paciente a se tornar independente nos exercícios – Avaliar: força, ADM, estado neurológico, sinais vitais, nível funcional e consciência sobre segurança – Ensinar exercícios PO neste momento • Movimentos do tornozelo, exercícios para o quadríceps e glúteos, flexão ativa de quadril e joelho (deslizamento do tornozelo), manter ADM dentro as especificações de cada técnica cirúrgica, abdução isométrica do quadril e abdução ativa do quadril • Não realizar abdução se uma osteotomia trocantérica tiver sido realizada • A elevação da perna gera estresse maior que a marcha sem carga, porém pode ser encorajada quando o paciente puder suportar carga parcial ou total • Os exercícios para glúteos e para abdução isométrica devem ser realizados com contração submáxima Fase I Mecanismo de Luxação da Prótese Rotação Interna ou Externa Adução além da linha média Flexão acima de 90º • OBJETIVOS – Evitar danos do nervo periférico, úlceras de pressão, deslocamento da prótese, estase de fluidos nos MMII, coleção de fluido nos pulmões – Melhorar o controle voluntário da perna envolvida – Iniciar o treinamento de mobilidade – Sentar em cadeira por 30 minutos – Enfatizar sobre as precauções da ATQ Fase IIa – 1-2 dias PO • Critérios para progredir de fase – PO (enfermaria) – Sem sinais de infecção – Clinicamente estável • Incapacidades e limitações prévias – Dor – Imobilização PO no leito com travesseiro de abdução – Trocas respiratórias limitadas Fase IIa – 1-2 dias PO • Intervenção – Ajustar o travesseiro de abdução com tiras no tornozelo – Colocar apoio para os pés – Informar ou relembrar o pcte as precauções (Flx, Ad e RI) – Isométricos – série para o quadríceps e glúteos – ADM A – Encorajar a tosse e uso do espirômetro de incentivo – No segundo dia treinar mobilidade no leito e transferências – Treino de marcha (de acordo com liberação médica) com uso de órtese e descarga parcial de peso (membro operado não ultrapassa o sadio e evitar fazer pivô) Fase IIa – 1-2 dias PO • OBJETIVOS – Manter precauções PO – Melhorar a ADM-A – Melhorar força de MMSS – Adquirir independência nas transferências e na marcha usando dispositivos de apoio – Promover as precauções domiciliares Fase IIb – 3-7 dias PO • Critérios para prosseguir para esta fase – Boa tolerância para fase IIa – Sem sinais de infecção – Sem aumento significativo da dor – Clinicamente estável – Melhora gradual na tolerância ao programa de enfermaria • Incapacidades prévias e limitações funcionais – Limitação da mobilidade no leito – Limitação na transferência – Limitação na marcha – Limitação no entendimento das precauções PO Fase IIb – 3-7 dias PO • Intervenção – Continuar as intervenções da fase IIa, conforme tolerado – ADM • Deslizamento dos calcanhares • Abdução do quadril (se possível) • Extensão terminal do joelho • Exercícios para MMSS – Treinamento de mobilidade no leito – Treinamento de transferência – Treinamento de marcha (membro operado não ultrapassa o sadio) e de escadas (subir com o não afetado e descer com o afetado) Fase IIb – 3-7 dias PO • OBJETIVOS – Melhorar a independência – Prevenir quedas – Promover segurança e independência com deambulação na comunidade – Melhorar da força em MMII Fase III – 1-6 semanas • Critérios para progredir para esta fase – Alta hospitalar – Nenhuma perda de ADM – Nenhum aumento de dor – Necessidade de recuperar mais independência • Incapacidades prévias e limitações funcionais – Tolerância limitada para transferências e para marcha – Resistência cardiovascular e força limitada nos MMII Fase III – 1-6 semanas • Intervenção – Continuação e progressão das intervenções da fase II – Treino de marcha em vários terrenos – Exercícios em cadeia fechada ( semi- agachamentos, subida de degraus, elevação dos calcanhares) – Terapia em piscina – Flexão de quadril com joelho estendido – Abdução do quadril Fase III – 1-6 semanas Redução Aberta e Fixação do Quadril Prof. Tiago Ueda Indicações Cirúrgicas e Considerações • 5 categorias principais – Fraturas de colo femoral não deslocadas o minimamente deslocadas – Fraturas de colo femoral deslocadas – Fraturas intertrocantéricas estáveis – Fraturas intertrocantéricas instáveis – Fraturas subtrocantéricas • O objetivo tradicional da reabilitação tem sido restaurar o paciente ao nível de função que havia antes – Apenas 20 a 35% conseguem nível de independência prévio à lesão Fase I – 1-7 dias PO • OBJETIVOS – Promover independência ou bipedestação assistida para transferência no leito, treinar marcha (60 metros) – Promover independência para o programa de exercício doméstico • Critérios para progredir para esta fase – PO (paciente internado) • Incapacidades prévias e limitações funcionais – Dor – Mobilidade limitada no leito – Limitação para transferência – Limitação para marcha – Limitação de força Fase I – 1-7 dias PO • Intervenção – Treino de mobilidade no leito – Treino de marcha – Treino de transferência – Isométricos para quadríceps e glúteos – ADM-Ativo Assistida (flexão, extensão, abdução e adução) Fase I – 1-7 dias PO • OBJETIVOS – Aumentar ADM ativa para flexão de quadril em 90°, abdução em 20° e flexão de joelho em 90° – Aumentar força do quadril para 60% e do joelho para 70% – Fortalecer MMSS – Treinar marcha independente com apoio – Melhorar equilíbrio – Realizar transferências independentemente Fase II – 2-4 semanas • Critérios para progredir para esta fase – Sem sinal de infecção – Sem aumento de dor • Incapacidades prévias e limitações funcionais – Limitaçãoda ADM do quadril – Limitação da força dos MMII – Limitação de transferências no carro – Limitação da marcha Fase II – 2-4 semanas • Intervenção – Continuação da fase I – ADM-P – alongar panturrilha, isquiocrurais e quadríceps – ADM-A – bipedestação (flexão, extensão, abdução e adução), semi-agachamentos ou Investidas, deslizamento na parede – ADM-A – Sentado – quadríceps • Exercícios com tubos elásticos para MMSS • Treinamento de marcha/escada • Treinamento de equilíbrio • Treinamento de transferência de carro Fase II – 2-4 semanas Fase III – 5-8 semanas • OBJETIVOS – Controlar a dor – Readquirir a ADM ativa completa dos MMII – Aumentar força dos MMII para 75% – Treinar deambulação na comunidade • Critérios para progredir para esta fase – Independência para transferências no carro – Nenhuma perda de ADM do quadril • Incapacidades prévias e limitações funcionais – Limitação da ADM ativa e força em MMII – Tolerância limitada para deambulação – Tolerância limitada para os exercícios cardiovasculares – Limitação para reassumir atividades mais avançadas Fase III – 5-8 semanas • Intervenção – Progresso de exercícios nas fases I e II, adicionando resistência – Calor, gelo, estimulação elétrica – Exercícios de estabilização do tronco – Ergometria da parte superior do corpo – Bicicleta ergométrica – Treino de marcha em terrenos irregulares Fase III – 5-8 semanas
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