Buscar

FILOSOFIA DA CIÊNCIA

Prévia do material em texto

QUESTÃO 01
O papel da dúvida é aquela pelo qual se necessita de uma explicação racional. Geralmente são pelos quais não há uma resposta única ou pelos quais a mente humana sempre retorna. É a dúvida que favorece o exercício da inteligência, do espírito da razão sobre questões teóricas importantes para todos nós. E a partir dela podemos dividir em quatro partes que são a primeira do método consistia em nunca aceitar algo como verdadeiro sem conhecê-lo evidentemente como tal. Isto é, evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção; não incluir nos meus juízos nada que não se apresentasse tão clara e distintamente à inteligência a ponto de excluir qualquer possibilidade de dúvida.
A segunda era dividir o problema em tantas partes quantas fossem necessárias para melhor poder resolvê-lo.
A terceira, conduzir por ordem os pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir pouco a pouco, gradualmente, até o conhecimento dos mais compostos; e admitindo uma ordem mesmo entre aqueles que não apresentam nenhuma ligação natural entre si. Por último, sempre fazer enumerações tão completas, e revisões tão gerais, que tivesse certeza de nada ter omitido.
QUESTÃO 02
1 - Regra da EVIDÊNCIA - aceitar apenas as ideias e os raciocínios que sejam claros e distintos.
2 - Regra da ANÁLISE - dividir um problema em muitas partes, de forma a estudá-las uma a uma.
3 - Regra da SÍNTESE - elevar-se do múltiplo ao uno, do mais simples ao mais complexo no conhecimento.
4 - Regra da ENUMERAÇÃO - fazer a revisão e enumerar a totalidade de elementos ou dar as conclusões a que chegou.
QUESTÃO 03
O juízo analítico não necessita de recorrer à existência, pois expressamos de modo diferente o mesmo conceito que expressamos no sujeito. Esse tipo de juízo é universal e necessário, contudo, não amplia o conhecer. A ciência se vale desses conceitos para esclarecer e explicar muitas coisas, mas não se baseia neles quando amplia seu próprio conhecimento. Para a ciência, o juízo típico da elaboração do conhecimento não pode ser o analítico a priori. 
Já os juízos sintéticos são responsáveis por ampliar nosso conhecimento, sempre que dizem algo de novo ao sujeito contido nele. Os juízos sintéticos são os que formulamos através da experiência. Esses juízos experimentais são sintéticos e ampliadores do conhecimento. Conforme Kant, no entanto, também a ciência não pode se basear nesse tipo de conhecimento, pois, essencialmente, depende da experiência, sendo a posteriori, o que não lhe dá o caráter de universal e necessário. Desses juízos a posteriori podemos, quando muito, extrair generalizações, nunca uma universalidade e uma necessidade. 
QUESTÃO 04
Juízos Sintéticos a posteriori são aqueles em que o predicado não está contido no sujeito, mas relaciona-se a ele por uma síntese. ... - Juízos Sintéticos a priori são juízos em que também o predicado não é extraído do sujeito, mas que pela experiência forma-se como algo novo, construído.
QUESTÃO 05
Entender as ciências é conhecer sua prática, seu funcionamento e seus mecanismos. ... Segundo Kuhn, os “paradigmas são as realizações cientificas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência” (Kuhn, 1991, p.13). 
QUESTÃO 06
 I - A noção de paradigma resulta fundamental neste enfoque historicista e não é mais que uma macroteoria, um marco ou perspectiva que se aceita de forma geral por toda a comunidade científica (conjunto de cientistas que compartilham um mesmo paradigma e realizam a mesma atividade científica) e a partir do qual se realiza a atividade científica, cujo objetivo é esclarecer as possíveis falhas do paradigma ou extrair todas as suas consequências. Em "Estrutura das Revoluções Científicas", o termo paradigma causou confusão a uma série de estudiosos. Kuhn esclareceria posteriormente que o termo pode ser utilizado num sentido geral e num sentido restrito. O primeiro diz respeito à noção de matriz disciplinar, que é o "conjunto de compromissos de pesquisa de uma comunidade científica[1]". O segundo sentido denota os paradigmas exemplares, que são a base da formação científica, uma vez que o pesquisador passa a dominar o conteúdo cognitivo da ciência através da experimentação dos exemplos compartilhados.
II - A ciência normal é o período durante o qual se desenvolve uma atividade científica baseada num paradigma. Esta fase ocupa a maior parte da comunidade científica, consistindo em trabalhar para mostrar ou pôr a prova a solidez do paradigma no qual se baseia. Thomas Kuhn estabelece três classificações possíveis para a constituição da ciência normal: determinação do fato significativo (constructos teóricos e práticos a respeito de leis da natureza), harmonização dos fatos com a teoria e articulação da teoria (resolução de ambiguidades e problemas).
III - Porém, em determinadas ocasiões, o paradigma não é capaz de resolver todos os problemas, que podem persistir ao longo de anos ou séculos inclusive, e neste caso o paradigma gradualmente é posto em cheque, e começa-se a considerar se é o marco mais adequado para a resolução de problemas ou se deve ser abandonado. Então é quando se estabelece uma crise. O objeto de estudo predominante neste período é denominado de anomalias.
IV - Ciência extraordinária, é o tempo em que se criam novos paradigmas que competem entre si tentando impor-se como o enfoque mais adequado.
V - Produz uma revolução científica quando um dos novos paradigmas substitui o paradigma tradicional. A cada revolução o ciclo inicia de novo e o paradigma que foi instaurado dá origem a um novo processo de ciência normal. Kuhn afirma que "decidir rejeitar um paradigma é sempre decidir simultaneamente aceitar outro

Continue navegando