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Prévia do material em texto

2018
ComuniCação e 
Linguagem
Prof.ª Cláudia Suéli Weiss
Prof.ª Elisabeth Penzlien Tafner
Prof.ª Estela Maris Bogo Lorenzi
Prof.ª Luana Ewald
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Prof.ª Cláudia Suéli Weiss
Prof.ª Elisabeth Penzlien Tafner
Prof.ª Estela Maris Bogo Lorenzi
Prof.ª Luana Ewald
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
W429c
 Weiss, Cláudia Suéli 
 Comunicação e linguagem. / Cláudia Suéli Weiss; Elisabeth Penzlien 
Tafner; Estela Maris Bogo Lorenzi; Luana Ewald. – Indaial: UNIASSELVI, 2018.
 225 p.; il.
 ISBN 978-85-515-0222-8
 1.Linguagem e línguas. – Brasil. 2.Psicolinguística. – Brasil. I. Weiss, 
Cláudia Suéli. II. Tafner, Elisabeth Penzlien. III. Lorenzi, Estela Maris Bogo. IV. 
Ewald, Luana. V. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 401
III
apresentação
Linguagem e comunicação são partes integrantes de nossas vidas, 
indispensáveis não somente para a aquisição de conhecimentos, nas mais 
diversas áreas do saber, como para a participação nos diferentes contextos 
sociais. 
O ritmo em que desenvolvemos nossas atividades é cada vez mais 
acelerado, daí a necessidade de uma comunicação eficaz tanto nas relações 
pessoais como nas interpessoais. E não somos apenas nós que vivemos 
nesta rotina, a sociedade também é caracterizada pelo ritmo frenético 
das mudanças, especialmente no mundo dos negócios, com a integração 
apressada das diversas mídias, o perfil das organizações tanto empresariais 
como sociais vem se alterando significativamente. 
É preciso reconstruir o cenário em que tais modificações ocorrem, 
porque na verdade a comunicação e a linguagem funcionam como um ícone, 
que liga diferentes culturas e, inclusive, tendências. Tentar situá-las à revelia 
deste contexto – amplo e complexo – implica esgotar o seu conteúdo e o seu 
poder de persuasão.
Na Unidade 1, analisaremos a origem, a importância, as funções 
e as formas que a linguagem e a comunicação apresentam. Saber a real 
funcionalidade do processo de comunicação, utilizando recursos que 
enfatizam a intenção do que o emissor quer compartilhar, reforça tanto a boa 
comunicação das empresas e/ou instituições para com seus clientes, como 
também gera um diferencial no profissional que partilha dessas informações.
Na Unidade 2, trataremos dos textos que compõem os documentos 
(em especial os que você utiliza no seu dia a dia profissional), descreveremos 
sua função, definiremos sua estruturação, apresentaremos modelos e 
características. A compreensão de coesão e coerência textual também é parte 
integrante dessa unidade, pois escrever é uma habilidade que pode ser 
aperfeiçoada diariamente, por meio de atividades rotineiras simples, como 
variadas leituras. Nesse sentido, quanto maior o contato com diferentes 
gêneros, maior será a intimidade do leitor com eles e, por conseguinte, 
menores seriam suas dificuldades em produzi-los.
Na Unidade 3, abordaremos os tópicos de gramática, no que se 
refere ao uso da pontuação, classes gramaticais e expressões. O emprego da 
norma padrão é importante para que você possa adotá-la em situações mais 
formais de uso da linguagem, como em entrevistas de emprego, concursos, 
produção de textos acadêmicos ou de sua área profissional. Para que a escrita 
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
e a comunicação sejam mais eficazes, devemos conhecer o vocabulário e as 
regras que são aceitas pela nossa comunidade linguística, o que implica, em 
determinados momentos, o uso da norma padrão da língua portuguesa. 
Esperamos que, caro acadêmico, ao final deste livro, a partir dos 
conhecimentos adquiridos, você possa interagir com maior segurança em 
relação ao uso da Língua Portuguesa, nas modalidades falada e/ou escrita, em 
situações formais ou informais, tanto corriqueiras como profissionais. Para 
tanto, este livro de estudos contém textos, reflexões, ideias, imagens, dicas 
funcionais e questões pertinentes ao uso adequado da Língua Portuguesa.
Bons estudos!
Prof.ª Cláudia Suéli Weiss
Prof.ª Elisabeth Penzlien Tafner
Prof.ª Estela Maris Bogo Lorenzi
 Prof.ª Luana Ewald
V
VI
VII
UNIDADE 1 – LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES 
COGNITIVAS ............................................................................................................... 1
TÓPICO 1 – LINGUAGEM: UM MEIO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL .................................... 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 PARTICULARIDADES DA LINGUAGEM: LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL ....... 5
2.1 A LINGUAGEM NÃO VERBAL ................................................................................................... 9
2.2 A LINGUAGEM VERBAL .............................................................................................................. 11
3 PARTICULARIDADES DA LÍNGUA FALADA E LÍNGUA ESCRITA .................................... 13
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 16
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 17
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 18
TÓPICO 2 – COMUNICAÇÃO: PROCESSOS E ELEMENTOS .................................................... 19
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 19
2 O PAPEL DA COMUNICAÇÃO NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS ..................................... 19
2.1 TIPOS DE COMUNICAÇÃO ......................................................................................................... 22
3 ELEMENTOS DO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO ................................................................. 24
3.1 EMISSOR ........................................................................................................................................... 243.2 RECEPTOR ....................................................................................................................................... 25
3.3 MENSAGEM .................................................................................................................................... 25
3.4 CANAL DE COMUNICAÇÃO .................................................................................................... 25
3.5 CÓDIGO ............................................................................................................................................ 25
3.6 REFERENTE ..................................................................................................................................... 26
4 BARREIRAS A UMA COMUNICAÇÃO EFICAZ ......................................................................... 27
4.1 REDUNDÂNCIA ............................................................................................................................ 28
4.2 RUÍDO ............................................................................................................................................... 29
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 31
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 32
TÓPICO 3 – A LINGUAGEM E SUAS PARTICULARIDADES .................................................... 33
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 33
2 NÍVEIS DE LINGUAGEM ................................................................................................................. 33
2.1 NÍVEL CULTO OU FORMAL ........................................................................................................ 34
2.2 NÍVEL INFORMAL ......................................................................................................................... 34
2.3 USO ADEQUADO DA LÍNGUA ÀS SITUÇÕES DE COMUNICAÇÃO ............................... 38
2.4 GÍRIAS ............................................................................................................................................... 38
3 A LINGUAGEM PARTICULAR DE UMA PROFISSÃO ............................................................. 39
4 A LINGUAGEM E SUAS FUNÇÕES ................................................................................................ 41
4.1 FUNÇÃO EMOTIVA ...................................................................................................................... 42
4.2 FUNÇÃO REFERENCIAL .............................................................................................................. 44
4.3 FUNÇÃO APELATIVA ................................................................................................................... 44
sumário
VIII
4.4 FUNÇÃO FÁTICA ........................................................................................................................... 46
4.5 FUNÇÃO METALINGUÍSTICA .................................................................................................... 47
4.6 FUNÇÃO POÉTICA ........................................................................................................................ 48
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 49
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 51
UNIDADE 2 – A ESTRUTURA TEXTUAL ......................................................................................... 55
TÓPICO 1 – O TEXTO E SUA INTENÇÃO ....................................................................................... 57
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 57
2 A CONSTRUÇÃO DO TEXTO: COESÃO E COERÊNCIA ......................................................... 58
2.1 COESÃO ............................................................................................................................................ 58
2.1.1 Mecanismos de coesão ........................................................................................................... 58
2.2 COERÊNCIA .................................................................................................................................... 61
3 PARÁGRAFO ........................................................................................................................................ 66
3.1 A ESTRUTURAÇÃO DO PARÁGRAFO ...................................................................................... 67
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 69
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 70
TÓPICO 2 – OS DIVERSOS TEXTOS ................................................................................................. 73
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 73
2 CARACTERÍSTICAS DOS TEXTOS ................................................................................................ 73
3 A NARRAÇÃO ...................................................................................................................................... 74
4 A DESCRIÇÃO ...................................................................................................................................... 79
5 A ARGUMENTAÇÃO .......................................................................................................................... 81
6 COESÃO E ARGUMENTAÇÃO ........................................................................................................ 82
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 86
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 87
TÓPICO 3 – O ESTUDO DO TEXTO: LEITURA, INTERPRETAÇÃO E GÊNEROS ................ 91
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 91
2 A LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL ............................................................................. 92
2.1 O MAIOR DESAFIO DAS INSTITUIÇÕES: A COMUNICAÇÃO INTERNA ....................... 92
3 OS MODELOS TEXTUAIS ................................................................................................................. 93
3.1 RELATÓRIOS ................................................................................................................................... 95
3.1.1 Partes do relatório ................................................................................................................... 95
3.1.2 Aplicação .................................................................................................................................. 96
3.2 ATA .................................................................................................................................................... 97
3.2.1 Escritura e modelo .................................................................................................................. 98
3.3 OFÍCIO ..............................................................................................................................................99
3.3.1 Elaboração e modelo ............................................................................................................100
3.4 REQUERIMENTO .........................................................................................................................102
3.4.1 Escritura e modelo ................................................................................................................102
3.5 E-MAIL ............................................................................................................................................103
3.5.1 Linguagem e dicas na elaboração de um e-mail formal .................................................104
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................106
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................107
IX
UNIDADE 3 – A GRAMÁTICA E SUAS PARTES ..........................................................................109
TÓPICO 1– AS CLASSES DE PALAVRAS .......................................................................................111
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................111
2 AS CARACTERÍSTICAS DE CADA CLASSE .............................................................................111
2.1 SUBSTANTIVO ..............................................................................................................................113
2.2 ADJETIVO ......................................................................................................................................118
2.3 ADVÉRBIO .....................................................................................................................................123
2.4 NUMERAL ......................................................................................................................................125
2.5 ARTIGO ...........................................................................................................................................126
2.6 PREPOSIÇÃO .................................................................................................................................129
2.7 CONJUNÇÃO ................................................................................................................................131
2.8 INTERJEIÇÃO ...............................................................................................................................134
2.9 VERBO .............................................................................................................................................135
2.10 PRONOMES .................................................................................................................................147
2.10.1 Os pronomes de tratamento ...............................................................................................154
3 COLOCAÇÃO PRONOMINAL ......................................................................................................156
3.1 PRÓCLISE .......................................................................................................................................156
3.2 MESÓCLISE ....................................................................................................................................157
3.3 ÊNCLISE .........................................................................................................................................157
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................159
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................161
TÓPICO 2 – PONTUAÇÃO, ACENTUAÇÃO E O USO DO HÍFEN ..........................................163
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................163
2 O EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO ...........................................................................164
2.1 O PONTO .................................................................................................................................................... 164
2.2 DOIS-PONTOS ...............................................................................................................................166
2.3 O PONTO E VÍRGULA ................................................................................................................166
2.4 A VÍRGULA ....................................................................................................................................167
2.5 O PONTO DE INTERROGAÇÃO ...............................................................................................174
2.6 O PONTO DE EXCLAMAÇÃO....................................................................................................174
2.7 AS RETICÊNCIAS .........................................................................................................................175
2.8 AS ASPAS ........................................................................................................................................176
2.9 O TRAVESSÃO ...........................................................................................................................................176
2.10 OS PARÊNTESES .........................................................................................................................177
3 A ACENTUAÇÃO DAS PALAVRAS ......................................................................................................178
3.1 A CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A TONICIDADE DAS SÍLABAS ..........................179
4 CRASE ...................................................................................................................................................183
5 HÍFEN ....................................................................................................................................................185
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................191
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................193
TÓPICO 3 – LÍNGUA PORTUGUESA: DÚVIDAS PERTINENTES NA ESCRITURA 
 DE UM TEXTO ................................................................................................................195
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................195
2 AMBIGUIDADE .................................................................................................................................196
X
3 ESTRANGEIRISMOS ........................................................................................................................198
4 PLEONASMO ......................................................................................................................................200
5 EXPRESSÕES .......................................................................................................................................201
5.1 USO DOS PORQUÊS ....................................................................................................................201
5.2 USO DE MAU E MAL ..................................................................................................................203
5.3 USO DE SENÃO E SE NÃO ........................................................................................................2055.4 USO DE MAIS E MAS ..................................................................................................................206
5.5 USO DO HÁ E A ...........................................................................................................................207
5.6 USO DE AONDE E ONDE ..........................................................................................................208
5.7 USO DE A FIM E AFIM ...............................................................................................................210
5.8 USO DE DEMAIS E DE MAIS .....................................................................................................211
5.9 USO DE AO ENCONTRO DE E DE ENCONTRO A ................................................................212
5.10 USO DE ACERCA, A CERCA E HÁ CERCA ..........................................................................213
5.11 USO DE A PRINCÍPIO E EM PRINCÍPIO ...............................................................................214
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................216
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................218
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................219
1
UNIDADE 1
LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: 
REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES 
COGNITIVAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
 A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• identificar as particularidades e a importância da língua escrita e falada;
• entender os processos e elementos da comunicação;
• refletir e adequar o uso da linguagem em diferentes situações;
• conhecer e diferenciar as funções da linguagem, bem como compreender 
a importância de cada uma no processo comunicativo;
• refletir sobre os tipos de comunicação e verificar sua real e eficaz utilização 
no contexto comunicativo;
• identificar e apresentar soluções para os problemas relacionados às falhas 
comunicativas no cotidiano profissional.
 Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade 
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – LINGUAGEM: UM MEIO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
TÓPICO 2 – COMUNICAÇÃO: PROCESSOS E ELEMENTOS
TÓPICO 3 – A LINGUAGEM E SUAS PARTICULARIDADES
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
LINGUAGEM: UM MEIO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
1 INTRODUÇÃO
Expressar-se de maneira competente na língua materna é uma necessidade 
inegável para o bom desempenho de atividades que envolvam a palavra. Portanto, 
uma primeira reflexão merece atenção: qual é a distinção de linguagem e língua? 
De maneira geral, a linguagem está atrelada ao ato de comunicar-se com 
as pessoas. De acordo com Terra (1997), damos o nome de linguagem a todo 
sistema de sinais convencionais que nos permite realizar atos de comunicação. 
Existem várias linguagens: a dos surdos, a que você fala, a dos sinais de trânsito, 
a das bandeiras em corridas de automóveis, entre outras. 
 Língua, por sua vez, refere-se ao conjunto de expressões e palavras que 
são usadas por um determinado povo, sendo esta munida de regras para o uso 
adequado. A língua é um dos atributos da linguagem.
Para interagir, articular a linguagem, o ser humano faz uso de uma língua, 
constituída de uma gramática própria. É importante ressaltar que a língua é um 
organismo vivo e, por esse motivo, é natural que exista um distanciamento, por 
vezes, entre o que é prescrito pelas normas de uma gramática tradicional e o que 
é efetivamente utilizado por seus falantes. 
De acordo com Terra (1997, p. 13), a definição de língua é: “[...] a linguagem 
que utiliza a palavra como sinal de comunicação”. Entendemos, então, que a 
língua é um aspecto da linguagem e pertence a um grupo de indivíduos, estes, 
por sua vez, concretizam a língua através da fala. 
 
Podemos dizer que no ato da comunicação não utilizamos somente um 
conjunto de palavras faladas e/ou escritas, mas também imagens, gestos, cores e 
sinais. Observe:
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
4
FIGURA 1 – COMUNICAÇÃO
FONTE: <http://3.bp.blogspot.com/_R98DBfPQdxw/S8dsVEpZvGI/AAAAAAAAAFk/gAJ9vRnexR4/
s400/libras-708316.png>. Acesso em: 6 ago. 2018.
Temos, como exemplo de gestos e sinais, o alfabeto de libras. A seguir, 
você pode visualizar a importância das cores na comunicação. 
FIGURA 2 – A COR NA COMUNICAÇÃO
FONTE: <https://vilamulher.uol.com.br/imagens/thumbs/2010/10/08/o-significado-das-cores-
32-807-thumb-570.jpg>. Acesso em: 6 ago. 2018.
TÓPICO 1 | LINGUAGEM: UM MEIO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
5
A cor é muito explorada pelos publicitários, pois é um elemento que causa 
distintas sensações. Elas são fundamentais na representação de logomarcas e 
produtos de empresas.
Para compartilhar a essência da empresa e/ou corporação e provocar a percepção 
da marca nos consumidores, é necessário fazer um estudo das cores mais adequadas para 
o seu negócio. A logomarca precisa causar impacto, ser lembrada e reconhecida perante os 
diversos públicos das empresas. Este é o grande desafio dos designers, criar marcas que se 
destaquem entre tantos concorrentes.
NOTA
Além disso, é preciso adequar a linguagem para as diferentes situações, 
ou seja, dependendo do lugar, do momento e das pessoas com quem nos 
comunicamos, faz-se necessária a adequação da linguagem. É com base nessas 
questões que convidamos você, acadêmico, a aprofundar seus estudos nos tópicos 
seguintes. 
2 PARTICULARIDADES DA LINGUAGEM: LINGUAGEM VERBAL 
E NÃO VERBAL
Como vimos, a linguagem não é somente um conjunto de palavras – 
faladas ou escritas –, mas de gestos e imagens. Assim, não nos comunicamos 
apenas pela fala ou escrita, não é verdade? A linguagem pode ser verbalizada, 
daí é que vem a analogia com o verbo. Alguma vez você já tentou comunicar-se 
sem utilizar um verbo? Faça o teste e você vai perceber o quão difícil é obter algo 
coerente. 
As pessoas podem comunicar-se pelo Código Morse, pela escrita, por gestos, 
pelo telefone, e-mail, internet etc.
UNI
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
6
A comunicação é essencial nas relações, sejam elas pessoais, empresariais 
e/ou educacionais. Apesar de poder ser realizada de várias maneiras, só existe 
comunicação quando a mensagem é recebida com o mesmo valor com que ela 
foi transmitida. A linguagem possui, então, particularidades que vão além de 
somente substantivo, adjetivo, verbo, pronomes e/ou preposições. Por isso, 
veremos a distinção entre linguagem verbal e linguagem não verbal. 
Tanto a linguagem verbal quanto a não verbal têm um papel muito 
importante na comunicação. Para tanto, torna-se imprescindível que as duas 
estejam em concordância, para que a comunicação seja coerente. 
 
A linguagem humana é um processo altamente complexo. Podemos 
afirmar que ela está presente nas diversas situações de comunicação. Por exemplo:
FIGURA 3 – NA CONVERSA DAS PESSOAS
BLABLABLA
BLABLABLA
FONTE: <http://3.bp.blogspot.com/_mtUsGlokEt4/TOvPfReYhwI/AAAAAAAAAKY/
hN8UdcwgWpc/s320/desenho%2Bde%2Bpessoas%2Bconversando%2B2.jpg>.
 Acesso em: 6 ago. 2018.
FIGURA 4 – EM PLACAS DE SINALIZAÇÃO
FONTE: <https://www.portaldecarapicuiba.com/wp-content/uploads/placa-de-sinalizacao-
120x120.jpg>. Acesso em: 6 ago. 2018.
TÓPICO 1 | LINGUAGEM: UM MEIO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
7
FIGURA 5 – EM LIVROS, JORNAIS E REVISTAS
FONTE: <http://3.bp.blogspot.com/-CGRsjBidsJo/Tx9ZRzB6yAI/AAAAAAAAALo/rqyFs14GpSQ/
s400/imagesCAMA8X5Z.jpg>. Acesso em: 6 ago. 2018.
FIGURA 6 – NAS MENSAGENS PUBLICITÁRIAS
FONTE:As autoras
FIGURA 7 – NA DANÇA 
FONTE: <http://the-contact.org/wp-content/uploads/2018/03/380x380-M1-Open-Stage.jpg>. 
Acesso em: 6 ago. 2018.
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
8
FIGURA 8 – NOS GESTOS
FONTE: <http://1.bp.blogspot.com/-L0V8GSkudOg/TY8usvQOxDI/AAAAAAAAABc/
CJa3Hyq3w-0/s320/allgestures.jpg>. Acesso em: 6 ago. 2018.
FIGURA 9 – NA EXPRESSÃO FISIONÔMICA
FONTE: <http://lh5.ggpht.com/I5_d4Qbmx3KoM5cz0SrBfqEemxgNTM67H_
MP22cmJZ7ySfdGoXUzq1gTZZOnjlbFhQ=h310>. Acesso em: 6 ago. 2018.
FIGURA 10 – NOS CÓDIGOS CIENTÍFICOS 
FONTE: <https://www.grupoescolar.com/thumbnail.php?imagem=painel/files/8C0ED.
jpg&l=330&a=170>. Acesso em: 6 ago. 2018.
TÓPICO 1 | LINGUAGEM: UM MEIO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
9
Todas as situações mencionadas demonstram a capacidade humana de 
se comunicar utilizando as linguagens não verbais e verbais. Vamos conhecê-las? 
2.1 A LINGUAGEM NÃO VERBAL
A linguagem não verbal é aquela que não utiliza palavras para comunicar. 
Como ela ocorre? Ela é estabelecida por meio de gestos, sons, cores, imagens, 
entre outras. Os sinais de trânsito, por exemplo, demonstram que a mensagem 
é repassada através das cores. A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) efetiva-se 
através dos gestos. 
 
Muitas vezes a linguagem não verbal serve como reforço para aquilo 
que dizemos: em determinados momentos, junto com a fala, utilizamos outros 
recursos para reforçar nossa mensagem. Podemos citar como exemplo as histórias 
em quadrinhos, pois o conteúdo da fala da personagem é reafirmado através da 
imagem. Nas propagandas publicitárias também fica evidente a importância e 
função da linguagem não verbal. 
Segundo Terra (1997, p. 12), “[...] a linguagem não verbal é aquela que 
utiliza para atos de comunicação outros sinais que não as palavras”. 
Vamos conhecer mais sobre a linguagem não verbal através das figuras 
que seguem:
FIGURA 11 – PROIBIDO FUMAR
FONTE: <https://i1.wp.com/piniglarism.com/wp-content/uploads/2008/05/nosmoking.jpg>. 
Acesso em: 6 ago. 2018.
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
10
FIGURA 12 – ADEUS À CIDADE
FONTE: <http://4.bp.blogspot.com/_Y95C4ipvBCA/TIfU9caW2mI/AAAAAAAAAEs/5r8cYpXiwds/
s320/charge3.JPG>. Acesso em: 6 ago. 2018.
Entendemos facilmente a mensagem que cada figura quer transmitir, não 
é mesmo? A linguagem não verbal, então, apesar de não utilizar as palavras, é 
capaz de efetivar um ato comunicativo. Além disso, é importante destacarmos 
que a linguagem não verbal também se faz presente em situações de avaliações 
acadêmicas, como o ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes). 
Gráficos, tabelas, infográficos e figuras compõem a linguagem não verbal e 
comumente são usados com finalidades comunicativas em avaliações e, inclusive, 
no ambiente empresarial. Por isso, convidamos você a analisar e praticar as 
orientações a seguir, que tratam dos recursos visuais de áudio em apresentações 
empresariais.
DICAS
• O público consegue ler projeções visuais muito mais rápido do que você 
consegue falá-las. Portanto, não tente ler. 
• Recursos visuais que funcionam com uma plateia pequena não funcionam bem com uma 
grande. 
• Não se mova quando desejar que a plateia se concentre no material visual. 
• Ideias abstratas são mais fáceis de serem compreendidas quando são representadas 
visualmente, através de desenhos, gráficos etc. Estes devem ser simples, porém impactantes.
TÓPICO 1 | LINGUAGEM: UM MEIO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
11
O mais importante sobre a utilização de recursos tecnológicos (informática, 
telecomunicações etc.) é saber acompanhar as novidades e tendências que surgem 
a cada dia, e manter-se atualizado – up to date – para renovar e incorporar novas 
práticas ao seu repertório.
2.2 A LINGUAGEM VERBAL
Podemos definir como linguagem verbal aquela em que as palavras são 
os sinais utilizados para os atos comunicativos. O termo “verbal” vem do latim 
verbale e significa palavra. Assim, é por meio de palavras – linguagem verbal – que 
expressamos desejos, sentimentos, ordens, opiniões, revelando nossas opiniões e 
expondo nosso raciocínio. 
Segundo Nicola (2009, p. 126), “[...] a linguagem verbal é aquela que 
utiliza a língua (falada ou escrita)”. A linguagem verbal pode ser abordada sob 
duas modalidades: a língua escrita e a oral. Veremos a seguir algumas charges 
que exemplificam a linguagem verbal. 
FIGURA 13 – LINGUAGEM VERBAL ESCRITA
FONTE: <http://4.bp.blogspot.com/_zf0VLAWc7Vs/TIAeYGtNrCI/AAAAAAAAACM/
fw3M6Db8xPo/s320/charge_calvin_haroldo-480x304.jpg>. Acesso em: 6 ago. 2018.
Às vezes eu acho que o indício
mais óbvio de que existem formas
de vida inteligente fora da terra
é que nenhuma delas tentou
entrar em contato conosco.
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
12
FIGURA 14 – LINGUAGEM VERBAL FALADA
Quando eu crescer
quero ter
muitos 
vestidos! E eu muita
cultura!
Se você sair na rua
sem cultura, a polícia
te prende?
Não
Experimenta 
sair sem vestido
É triste ter
que bater em alguém
que tem razão!
FONTE: <http://3.bp.blogspot.com/_UM5gUHvwWrA/S5Am8El0vvI/AAAAAAAAAB4/
G7C3XjX17no/s400/mafa1.jpg>. Acesso em: 6 ago. 2018.
Você já encontrou dificuldades em colocar no papel algo que na linguagem 
oral consegue transmitir sem dificuldades? Acreditamos que sua resposta seja 
sim. Então, vamos aprofundar nossos estudos? 
TÓPICO 1 | LINGUAGEM: UM MEIO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
13
3 PARTICULARIDADES DA LÍNGUA FALADA E LÍNGUA ESCRITA
Vimos que língua é um sistema de representação constituído por palavras 
e por regras que se combinam, permitindo que expressemos uma ideia, uma 
ordem, emoção, enfim, um enunciado de sentido completo que estabelece 
comunicação. Tais regras e palavras são comuns aos membros de uma sociedade, 
assim, a língua pertence a toda comunidade. 
A fala, por sua vez, se concretizará a partir do uso que o falante faz da 
língua. No momento em que efetivamos o processo de comunicação o fazemos 
através da fala ou da escrita. Ao analisarmos a história da humanidade ou a nossa, 
podemos perceber que primeiro falamos e depois escrevemos. Adquirimos a fala 
naturalmente, porém a escrita nos é ensinada. Na fala, o significante é sonoro; e na 
escrita, é gráfico. Caro acadêmico, ao transmitirmos uma mensagem percebemos 
que a fala e a escrita adquirem algumas particularidades, não é mesmo? 
Quando falamos da importância da língua escrita, esta reside nas suas 
próprias características se comparada à língua falada. A língua oral possui 
diversos recursos, como entonação da voz, expressão fisionômica, gestos, além 
de ser mais espontânea. A escrita requer mais atenção, pois não é uma simples 
representação do que se fala. Em todas as línguas as pessoas escrevem e falam de 
maneira distinta, porém podemos efetivar a comunicação tanto num enunciado 
falado quanto em um escrito.
Perceba que não escrevemos conforme falamos, nem falamos conforme 
escrevemos. O humorista Jô Soares, em uma entrevista à revista VEJA (1990), fez 
o seguinte comentário, "Português é fácil de aprender porque é uma língua que 
se escreve exatamente como se fala”. Ele brinca com a diferença entre a fala e a 
escrita, observe:
Pois é. U purtuguêis é muinto fáciu di aprender, purqui é uma língua 
qui a genti iscrevi ixatamenti cumu si fala. Num é cumu inglêis qui dá até 
vontadi di ri quandu a genti discobri cumu é qui si iscrevi algumas palavras. 
Im purtuguêis não. É só prestátenção. U alemão pur exemplu. Qué coisa mais 
doida? Num bate nada cum nada. Até nu espanhol qui é parecidu, si iscrevi 
muinto diferenti. Qui bom qui a minha língua é u purtuguêis. Quem soubé falá 
sabi iscrevê.
FONTE: <http://educacao.uol.com.br/portugues/lingua-escrita-e-oral-nao-se-fala-como-se-
escreve.jhtm>.Acesso em: 6 ago. 2018. 
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
14
Na linguagem falada, especialmente em situações mais informais, temos 
menos planejamento que na escrita, pois podemos detectar se estamos sendo 
entendidos ou não. Então, a linguagem é mais espontânea, a coesão se dá por meio 
de gestos, entonação da voz, expressão fisionômica, entre outros. Há também a 
presença de elementos que mantêm a conversação aberta, como, por exemplo, 
“você entendeu?”, “está claro?”, “você concorda?”. Contudo, se pensarmos em 
um discurso mais formal, como o próprio pronunciamento de um presidente, ou 
a apresentação de um telejornal, ou a apresentação de um trabalho acadêmico, a 
linguagem apresentará um grau de planejamento bastante significativo.
A modalidade escrita formal, como a produção dos seus textos acadêmicos, 
avaliações, textos empresariais, requer ainda mais planejamento. Marcuschi 
(2004), ao tratar da fala e da escrita, explica que, embora normalmente sejam 
vistas de forma dicotômica, polarizadas, estão fortemente entrelaçadas. Nos 
gêneros mais planejados, como a apresentação e produção escrita de trabalhos 
acadêmicos, vemos que o planejamento linguístico é alto em ambas as situações, 
especialmente porque a escrita envolve, neste caso, também a oralidade. Em 
gêneros menos planejados, como os bilhetes, mensagem de Whatsapp e conversas 
orais, percebemos que a oralidade está influenciando não somente a fala, mas 
também a escrita. Por isso, a dicotomização da fala e escrita não tem sido aceita 
entre estúdios da linguagem.
Apesar de a linguagem falada ser mais utilizada, na comunicação 
é a escrita que adquire maior importância para as teorias gramaticais, pois se 
considera que a última possui aspecto de maior permanência. Há um dizer dos 
antigos romanos: “verba volant; scripta manent”, que se traduz: “as palavras voam, 
aquilo que está escrito permanece”. 
Não há como negar que a língua escrita é mais bem elaborada que a 
língua falada, porque é a modalidade que mantém a unidade linguística 
de um povo e é a que faz o pensamento atravessar o espaço e o tempo. 
Nenhuma reflexão, nenhuma análise mais detida será possível sem 
a língua escrita, cujas transformações se processam lentamente e 
em número consideravelmente menor, quando comparada com a 
modalidade falada (CASAGRANDE, 2016, p. 729).
É importante compreendermos que a escrita NÃO é superior à fala, 
mas que ambas são modalidades distintas para a realização da língua, tanto em 
situações formais quanto informais. O contexto da escrita, contudo, é claramente 
diferente do contexto da fala, já que o autor precisa considerar o distanciamento 
físico do leitor no planejamento linguístico, a fim de buscar sua compreensão. 
TÓPICO 1 | LINGUAGEM: UM MEIO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
15
Assim, a sintaxe da língua falada e da escrita se diferencia. Enquanto 
esta tem a possibilidade de planejar, corrigir e apresentar o resultado 
pronto fazendo com que o leitor não tenha acesso nem controle sobre 
o mecanismo de preparação do texto; aquela sucede orações sem a 
preocupação de estruturar as frases, o interlocutor se preocupa 
sempre em preencher vazios, o que resulta na presença de parênteses, 
correções, paráfrases, truncamentos, repetições, elipses, pausas, 
anacolutos, marcadores conversacionais, digressões (CASAGRANDE, 
2016, p. 726).
Depois de apresentadas algumas distinções entre as modalidades da 
língua, você, acadêmico, já está apto para diferenciá-las. Dispomos, na sequência, 
um texto sobre esse assunto. 
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
16
NO BOCHINCHO
Manuel do Nascimento Vargas Neto
Ao Rubens de Barcellos
Huai-huin, huai-huin, huai-huin, hua-huaia-huin...
O gaiteiro abre a gaita no bochincho...
Por gostar de fandango foi que eu vim,
Mas ‘stá apertado como queijo em cincho...
Gaiteiro, toca um “chote” só pra mim,
Pois ninguém “junta” no rincão que eu rincho!
Quero ver se aqui tem algum micuim
Que queira se meter como capincho...
Veio o dono com parte de teteia,
Já le traquei meu mango bem na ideia,
Pois pra esparramar foi mesmo um upa!
Dei um talho de adaga no gaiteiro
Atravanquei um coice no candiero
E levei uma china na garupa...
FONTE: VARGAS NETO, Manuel do Nascimento. In: BERTUSSI, Lisana. De Simões Lopes Neto 
aos poetas da Califórnia. Porto Alegre: Tchê! Comunicações, 1985, p. 63.
Na leitura acima, você deve ter identificado que, embora o texto esteja 
representado na modalidade escrita, possui traços da oralidade, como na própria 
escolha lexical: talho; china; capincho, só para citar alguns exemplos. Além 
disso, as escolhas morfológicas e sintáticas (como em “Atravanquei um coice no 
candiero” e “Já le traquei meu mango bem na ideia”) reforçam a intenção do autor 
em aproximar a oralidade da escrita com finalidades poéticas. Outros gêneros, 
em contrapartida, dificilmente aceitariam essa aproximação da oralidade com a 
escrita, como é o caso da produção de relatórios, avaliações, artigos, entre outros.
LEITURA COMPLEMENTAR
17
Neste tópico, você aprendeu que:
• Linguagem é o uso da língua para comunicar-se com os pares.
• A linguagem humana é um processo complexo e está presente em diversas 
situações.
• Língua refere-se ao conjunto de expressões e palavras que são usadas por um 
determinado povo.
• A língua não é uniforme.
• Não utilizamos somente um conjunto de palavras – faladas e escritas – para nos 
comunicar, mas também gestos, expressão fisionômica, entre outros elementos.
• Faz-se necessário adequar a linguagem de acordo com os momentos de uso.
• A comunicação é vital nas relações interpessoais.
• A fala concretiza-se a partir do uso que o falante faz dela.
• A linguagem verbal é aquela que utiliza palavras para efetivar o ato 
comunicativo.
• A linguagem não verbal é aquela que não utiliza palavras, efetiva-se através de 
gestos, cores, sinais e imagens.
• A linguagem não verbal não é menos importante que a verbal e, portanto, 
complementam-se.
• A linguagem escrita tende a apresentar maior preocupação com as regras 
gramaticais e a coerência da mensagem por não dispor da negociação de 
sentidos simultânea que costuma ocorrer na fala durante conversas face a face, 
por exemplo. 
• Na linguagem oral menos planejada, a comunicação ocorre de forma mais 
espontânea e está acompanhada da entonação de voz, expressão fisionômica 
e gestos. Além disso, o uso de repetições é mais frequente, enquanto na 
linguagem escrita deve ser evitado.
• Não falamos conforme escrevemos. Não escrevemos conforme falamos. 
• A fala antecede a escrita.
RESUMO DO TÓPICO 1
18
1 Leia o excerto de texto apresentado a seguir, produzido pela Equipe IBC 
Coaching, em 15 de abril de 2013, intitulado A importância da comunicação 
interpessoal nas empresas.
“A efetiva comunicação interpessoal nas empresas é um dos itens 
fundamentais para o sucesso de líderes, liderados e o alcance dos resultados 
planejados pela organização. Imagine um “chefe” que não consegue ser 
entendido, pois não sabe dar ordens ou explicar, de forma clara, a finalidade 
de uma ação, projeto, compartilhar seus conhecimentos ou dar um feedback. 
Com certeza, os colaboradores sob sua tutela terão dificuldades de entender as 
tarefas e executá-las com exatidão”.
FONTE: <http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/a-importancia-da-
comunicacao-interpessoal-nas-empresas/74968/>. Acesso em: 12 jun. 2018.
Elabore, com suas palavras, um comentário sobre a temática: A 
importância da comunicação nas relações interpessoais. Procure relacionar 
seu comentário com a compreensão de linguagem construída ao longo de seus 
estudos até o momento.
2 Sobre a presença de linguagem verbal e não verbal em seu cotidiano, indique 
uma situação de ocorrência para cada.3 Sobre a linguagem escrita e a linguagem oral, aponte três particularidades 
de cada.
AUTOATIVIDADE
LINGUAGEM ESCRITA LINGUAGEM ORAL
19
TÓPICO 2
COMUNICAÇÃO: PROCESSOS E ELEMENTOS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Vive-se num mundo globalizado, recheado de situações incertas. A 
sociedade é caracterizada pelo ritmo frenético das mudanças, seja por uma 
nova geografia (ou nova geopolítica) ou pela acelerada integração das mídias. E, 
neste contexto, a comunicação tem seu valor. E só poderão fazer o diferencial as 
empresas e/ou instituições que aprenderem a se comunicar, a trabalhar de forma 
interligada, somando forças e gerando o “saber fazer” na sua equipe. Condição 
essencial para que os resultados se aperfeiçoem e se transformem num diferencial, 
visto que se vive numa época em que a competitividade é demasiadamente 
acirrada em qualquer organização.
 
É preciso reconstruir o cenário em que estas modificações ocorrem 
porque, na verdade, a comunicação funciona como um ícone que liga diferentes 
culturas e tendências. Tentar situá-la à revelia deste contexto – amplo e complexo 
– implica esvaziar o seu conteúdo e o seu poder de persuasão. 
Convidamos você, acadêmico, a explorar o vastíssimo campo da 
comunicação em seus variados aspectos. Temos ainda por objetivo estudar a 
questão da comunicação e os diversos conceitos que a envolvem, além de refletir 
sobre os elementos que a completam. Faremos, também, algumas reflexões sobre 
a sua importância nas relações interpessoais como num todo. 
2 O PAPEL DA COMUNICAÇÃO NAS RELAÇÕES 
INTERPESSOAIS
A capacidade comunicativa não é privilégio dos seres humanos; ela é 
bastante complexa e pode ser encontrada em outros momentos da vida animal, 
nas aves, nos peixes, nos mamíferos e outros. Em sua etimologia, Marques de 
Melo (1975, p. 14) lembra que “[...] comunicação vem do latim ‘communis’, comum. 
O que introduz a ideia de comunhão, comunidade”. Se falamos em “processo de 
comunicação”, cabe também uma rápida verificação no termo “processo”. Berlo 
(1991, p. 33) o descreve como “[...] qualquer fenômeno que apresente contínua 
mudança no tempo”, ou “qualquer operação ou tratamento contínuo”. 
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
20
Entendê-lo implica relacioná-lo com a linguagem, a cultura e a tecnologia. 
Quanto à linguagem, Tattersall (2006, p. 73) afirma que “[...] se estamos 
procurando um único fator de liberação cultural que abriu caminho para a 
cognição simbólica, a invenção da linguagem é a candidata mais óbvia”. 
Quanto à cultura e tecnologia, nos parece essencial concordar com Mayr 
(2006, p. 95) ao sugerir que “Uma pessoa do século XXI vê o mundo de maneira 
bem diferente daquela de um cidadão da era vitoriana” e que “Essa mudança 
teve fontes múltiplas, em particular os incríveis avanços da tecnologia”. 
Souza Brasil (1973, p 76), mais ousado, enxerga a cultura como subordinada 
à comunicação. E sabe-se que um subordinado, geralmente, identifica-se com o 
seu superior.
Logo, caro acadêmico, podemos dizer que comunicação é uma ação pela 
qual os indivíduos trocam entre si informações, sentimentos ou experiências. 
É através dela, por exemplo, que podemos alcançar sinergia dentro de uma 
organização, visto que ela nos permite unir forças e atuar de maneira a cooperar 
e colaborar obtendo resultados positivos por meio do trabalho em equipe. 
Quando nos comunicamos partilhamos algo e, por este ato de compartilhar 
ou comunicar, conhecemos e somos conhecidos. E, se somos conhecidos e 
conhecemos, estamos vivendo em relação, por isso a qualidade da nossa existência 
humana depende, e muito, de nossos relacionamentos.
 
A comunicação não pode ser confundida com a simples transmissão 
unilateral de informações. A comunicação humana exige a participação, no 
mínimo, de duas pessoas. Assim, ela só existe quando se estabelece entre mais de 
uma pessoa. Quando há um bloqueio, a mensagem não é captada e a comunicação 
é interrompida, pois, “[...] se um indivíduo fala e ninguém ouve, o processo da 
comunicação humana não se completou” (PENTEADO, 1977, p. 5). Existindo esse 
problema, a diferença de significado do que foi captado de uma mensagem e o 
que o transmissor queria exatamente dizer é o ícone que pode atrapalhar o elo 
comunicativo. 
Acredita-se, acadêmico, que praticamente todas as relações humanas e 
interpessoais abrangem a comunicação, pois ela é um veículo de significados que 
pode influenciar, inclusive, nossos comportamentos. Vamos entender melhor? 
Cada pessoa produz significados próprios diante dos acontecimentos ou das mais 
variadas situações e, ao expressá-los, acrescenta algo de sua personalidade, por 
isso os significados que damos às experiências são desfigurados, enriquecidos ou 
empobrecidos através da comunicação. 
A comunicação nas relações interpessoais pode ser entendida de uma forma 
mais simplificada, como sendo uma atividade caracterizada pela transmissão 
e recepção de informações entre indivíduos ou, ainda, como o modo pelo qual 
TÓPICO 2 | COMUNICAÇÃO: PROCESSOS E ELEMENTOS
21
se constroem e se interpretam significados a partir das trocas de experiências. 
Enfim, o processo de comunicação é marcado por um procedimento resultante 
de uma interação social. 
Então, caro acadêmico, só há comunicação quando, de alguma forma, 
o conteúdo da mensagem é interpretado e internalizado pelo receptor, ou seja, 
quando é notada uma resposta em decorrência da mensagem. Enviar um e-mail 
ou deixar uma mensagem gravada no celular, por exemplo, não representa 
exatamente o comunicar, mas, sim, transmitir uma informação. Só haverá uma 
comunicação completa se, de alguma forma, o receptor indicar ao emissor que 
recebeu a informação que lhe foi emitida. E isso só acontecerá quando uma nova 
ação desencadeie significação, ou seja, um sinal de retorno for identificado. 
A linguagem é um elemento essencial para que o processo de interação 
aconteça, pois é a partir do significado dos sinais que as pessoas atribuem sentido 
às atividades. Desse modo, o processo de comunicação implica retorno ou 
feedback para as interações sociais. O resultado da comunicação pode ser aquele 
que o emissor pretendia (ou não). Se for o que pretendia, houve comunicação 
eficaz. E, como processo interativo de troca de mensagens, o emissor atua sempre 
simultaneamente com o receptor e vice-versa. 
ATENCAO
Afinal, você sabe o que é feedback? É uma palavra de origem inglesa, que já 
pertence ao nosso idioma, isto é, ela foi aportuguesada e, segundo o Dicionário Houaiss 
2009, significa a informação que o emissor (o que envia a mensagem) obtém da reação do 
receptor, e que serve para avaliar os resultados da transmissão.
No entanto, os significados atribuídos a uma mensagem dependem das 
características pessoais de quem a envia, de quem a recebe e do contexto da 
interação social. A cada mensagem o receptor agrega determinado significado, o 
qual poderá ou não corresponder à intenção do emissor. Assim, constata-se que a 
comunicação tem um procedimento imperfeito, dependendo do grau de eficácia 
com as variáveis que intervêm na interpretação de significados. 
Nas relações interpessoais, a comunicação está, também, atrelada aos 
movimentos corporais que podem exprimir o positivo ou o negativo do que se 
sente em relação ao outro. Os gestos que desenvolvemos podem transmitir muitas 
informações, principalmente relativas ao nível social, à competência, à segurança 
e à franqueza. Entretanto, acredita-se que a maior barreira para a comunicação 
interpessoal é a nossa tendência automática de julgar, avaliar, aprovar ou não o 
comportamento ou a opinião de outra pessoa ou de um grupo. 
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
22
Então, acadêmico, você acredita que existe alguma maneira de solucionarou amenizar essa barreira? Certamente há! Quando ouvimos com atenção, essa 
tendência é minimizada. Isto significa que devemos analisar e avaliar a ideia 
expressa e a atitude de interpretação da outra pessoa, devemos perceber como 
ela se posiciona diante do assunto do qual se está falando. 
Você precisa ser capaz de ver o ponto de vista do outro, assim os seus 
próprios conceitos serão reavaliados. Agindo desta maneira, a emoção não 
será mais o ápice da discussão, as diferenças serão diminuídas e aquelas 
que permanecerem serão racionalmente compreensíveis, e a comunicação se 
estabelecerá.
Assim, a clara e efetiva comunicação é, absolutamente, essencial para os 
relacionamentos de qualquer ordem como muitas outras realizações humanas. 
Comunicar-se bem e de forma favorável é uma questão de prática diária. A falta 
ou deficiência de comunicação nos relacionamentos, sejam pessoais, profissionais 
ou sociais pode afetar em níveis variados todas as áreas da vida ou ocasionar 
muito desgaste e até angústia. Praticar a arte da boa comunicação é muito valioso: 
é, acima de tudo, agregar maturidade pessoal que trará bons resultados para 
muitos segmentos de sua vida. 
2.1 TIPOS DE COMUNICAÇÃO
Caro acadêmico, vimos a importância da comunicação para a 
sobrevivência de uma organização e/ou instituição, mas, para que esta tenha 
sucesso, é necessário que os tipos de comunicação sejam entendidos com atenção, 
pois, como você já estudou até aqui, a comunicação é um processo de interação 
no qual compartilhamos mensagens, ideias, sentimentos e emoções, podendo 
influenciar o comportamento das pessoas que, por sua vez, reagirão a partir de 
suas vivências, crenças, valores, história de vida e cultura. Por isso, a eficácia da 
interpretação não pode ser garantida, embora possa haver planejamento para 
auxiliar esse processo. 
No cotidiano profissional utilizamos a comunicação para o desempenho de 
nossas atividades, o que nos traz muitos benefícios se seu uso for consciente, pois 
a boa comunicação tende a facilitar o alcance dos nossos objetivos, independente 
da área em que atuamos.
Assim, você pode notar que existem vários tipos de comunicação. Ela 
pode ser direta, indireta, formal ou não, unilateral ou bilateral. Vamos observar 
alguns conceitos: 
A comunicação formal é uma transmissão oficial feita através das vias de 
diálogo que existem no organograma de uma empresa e/ou instituição. Geralmente 
é feita por escrito e devidamente documentada através de correspondências ou 
formulários (GOMES; CARDOSO; DIAS, 2010).
TÓPICO 2 | COMUNICAÇÃO: PROCESSOS E ELEMENTOS
23
Já a comunicação informal é a desenvolvida espontaneamente através 
da estrutura sem formalidades e fora dos canais de comunicação estabelecidos 
pelo organograma de uma empresa e/ou instituição. Segundo Gomes, Cardoso e 
Dias (2010), esta conduz mensagens que podem ou não ser relativas às atividades 
profissionais. Através dela, pode-se conseguir mais rapidamente mensurar 
opiniões e insatisfações dos colaboradores, ao ter uma ideia mais ampla do clima 
organizacional e da reação das pessoas aos processos de mudança.
Quando pensamos na comunicação unilateral, temos que ter em mente 
que é estabelecida de um emissor para um receptor, e este último é passivo. 
Pertencem a este grupo os locutores de uma rádio, da televisão, o cartaz de 
parede com mensagens publicitárias e de propaganda ou aquele que pronuncia 
uma palestra ou um discurso (GOMES; CARDOSO; DIAS, 2010).
A comunicação bilateral exige reciprocidade entre o emissor e o receptor. 
É o que acontece nas conversas, nos diálogos, nas entrevistas, enfim, onde há uma 
troca de mensagens. Este tipo de comunicação permite que se estabeleça, entre 
emissor e receptor, uma troca de papéis (GOMES; CARDOSO; DIAS, 2010). 
Existe ainda a comunicação direta, na qual duas ou mais pessoas estão cientes 
do que se quer fazer em comum; está muito claro o que se pretende.
A comunicação indireta pode ser definida como a que o emissor está consciente do que 
pretende, embora o receptor não o esteja. Neste tipo de comunicação há a persuasão, que 
influi no pensamento do outro sem que este perceba.
IMPORTANT
E
Há de se considerar que a utilização dos diversos tipos de comunicação 
em uma empresa e/ou instituição não garante a sua eficácia. Portanto, antes de 
iniciar um comunicado, é sensato perguntar-se: 
• O que e a quem quero comunicar? 
• Que causas e finalidades tenho ao transmitir este conteúdo?
• Este conteúdo é justo para que eu consiga persuadir o receptor?
Partindo destas questões, observe o esquema a seguir, elaborado por 
Harold Lasswell (1902-1978), que representa o ato comunicativo.
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
24
FIGURA 15 – ESQUEMA LINEAR DE COMUNICAÇÃO DE LASSWELL
• Emissor
• Estudo da
 produção 
• Mensagem
• Análise de
 conteúdo
• Meio
• Análise da
 mídia
• Receptor
• Análise da
 audiência
• Efeitos
• Estudo dos
 Efeitos
FONTE: <http://raquelcamargo.com/blog/wp-content/uploads/2010/08/midia.jpg>. 
Acesso em: 6 ago. 2018.
A diretora-geral de informação da Agência Angola Press (ANGOP), Luísa 
Damião, afirmou em entrevista à Rádio Luanda em 30 de março de 2010 que “o uso correto 
da comunicação, através da transmissão de mensagens adequadas e eficazes, é capaz de 
promover mudanças de atitudes na sociedade”.
NOTA
Caro acadêmico, existem alguns elementos que são fundamentais 
para que haja comunicação. Assim, podemos afirmar que estes elementos, na 
maioria das vezes, são utilizados sem que nós percebamos, alguns, porém, são 
identificados, pois sem eles não haveria como comunicar-se. Quer saber como? 
É o que veremos a seguir.
3 ELEMENTOS DO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
Nas diversas situações de comunicação, seja falada, escrita ou até mesmo 
nos sinais de trânsito, você está interagindo com o mundo e com os demais a sua 
volta. Assim, o ato comunicativo, às vezes, é muito sutil, mas sempre engloba 
alguns elementos básicos, tais como: emissor, receptor, mensagem, canal de 
comunicação, código e referente.
3.1 EMISSOR
É o remetente, ou seja, o que envia uma mensagem, e pode ser uma pessoa 
ou um grupo, um órgão, uma empresa, um canal de televisão, um site na internet 
e assim por diante. Em conformidade com Penteado (1977, p. 4):
Ninguém se comunica consigo mesmo. O clássico exemplo do 
faroleiro ilustra esse princípio: – Na solidão em que vive, o processo 
da comunicação humana somente se completa quando o facho de luz 
TÓPICO 2 | COMUNICAÇÃO: PROCESSOS E ELEMENTOS
25
– transmissor – atinge o navio que passa – receptor. Enquanto o facho 
de luz não é percebido de bordo, não existe comunicação humana.
 Cabe, ainda, lembrar que geralmente o emissor analisa o nível de 
conhecimento de seu público-alvo antes de emitir uma mensagem.
3.2 RECEPTOR
É o destinatário da mensagem, isto é, para quem a mensagem foi ou será 
enviada. Pode ser para uma pessoa ou para um público-alvo, ou ainda um animal 
ou uma máquina, como o computador.
3.3 MENSAGEM
“É o objeto de comunicação, ela é estabelecida pelo conteúdo das 
informações transmitidas. A mensagem é o elo dos dois pontos do circuito; é o objeto 
da comunicação humana e sua finalidade” (PENTEADO, 1977, p. 5). Chamamos 
ainda de mensagem o que o emissor transmite e o que o receptor recebe. 
3.4 CANAL DE COMUNICAÇÃO 
Meio pelo qual a mensagem pode circular: jornal, revista, televisão, rádio, 
folheto, folder, outdoor e o próprio ar. 
Concordamos com Penteado (1977, p. 5) quando menciona o exemplo: 
“Suponhamos que alguém – o receptor – encontre uma garrafa numa praia 
deserta e que dentro dessa garrafa exista uma mensagem [...]”. Nesta situação, 
percebemos um canal de comunicação, pois o mesmo cumpriu seu papel, que é o 
de transportar uma mensagem.
3.5 CÓDIGOO código é o meio através do qual a mensagem é transmitida, isto é, através 
da fala, da escrita, dos gestos ou das imagens. De acordo com Penteado (1977, p. 
5), “[...] um pedaço de papel coberto de garatujas não é uma mensagem, porque é 
ininteligível, não pode ser percebido pela inteligência”. Em suma, pode-se dizer 
que é o conjunto de elementos com significado aceitos pelo emissor e receptor. 
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
26
Garatujas correspondem a um desenho rudimentar, sem forma e ilegível.
NOTA
3.6 REFERENTE
O referente é o contexto ou a situação a que a mensagem remete ou ainda 
é a situação na qual emissor e receptor estão inseridos. Assim, a linguagem irá 
adquirir diversas funções, como a de emocionar, informar, persuadir, fazer 
refletir, entre outras.
Existem dois tipos de referente: o situacional, formado pelos elementos 
que situam o emissor e o receptor e pelas circunstâncias da transmissão da 
mensagem; e o textual, formado pelos elementos de todo o contexto linguístico. 
Agora que você conhece os elementos da comunicação, veja como eles 
podem ser representados observando o esquema a seguir:
FIGURA 16 – ESQUEMA DA COMUNICAÇÃO
Emissor Receptor
Código
Referente
Canal de Comunicação
Mensagem
FONTE: <https://www.coladaweb.com/wp-content/uploads/linguagem_2.JPG>.
 Acesso em: 6 ago. 2018. 
É importante ressaltar, portanto, que a comunicação deve ser simples, 
direta, lógica e adaptada ao público-alvo, pois só se sabe verdadeiramente o que se 
disse depois de ouvir a resposta ao que se disse. Para que isto aconteça, o emissor 
deve ser um bom observador e ouvinte; a mensagem deve ser clara, precisa e 
com uma informação de retorno, já que a comunicação serve para informar, 
persuadir, motivar, educar, integrar os indivíduos na sociedade, distrair, divertir 
e muito mais.
TÓPICO 2 | COMUNICAÇÃO: PROCESSOS E ELEMENTOS
27
4 BARREIRAS A UMA COMUNICAÇÃO EFICAZ
Conforme vimos, se analisarmos o ato da comunicação, vale ressaltar que 
ela é um tanto dificultada já entre pessoas próximas, com laços afetivos, pois há 
uma tendência de dispensar tolerância, paciência e cuidado com o que vai ser 
falado ou ouvido.
Em uma instituição ou empresa, onde a afetividade é praticamente 
imperceptível ou, por muitas vezes, inexistente, conclui-se que a comunicação 
tende a ser ainda mais complexa. Entretanto, Pimenta (2004), com um ponto 
de vista adverso, diz que a neutralidade e a racionalidade, características do 
ambiente empresarial, tendem a facilitar a comunicação, uma vez que as emoções 
e a passionalidade, às vezes exageradas das relações familiares, podem servir 
como empecilhos.
Em muitas situações, os deslizes que suscitam esses problemas são 
involuntários, os indivíduos os cometem sem perceber, seja por uma questão 
de hábitos adquiridos ou por referências culturais e familiares. É imprescindível 
pensar bem antes de falar, agir e ter sempre em mente que, em uma empresa 
ou instituição, as opiniões e percepções serão sempre suscetíveis a discussões e 
confusão, principalmente quando se trabalha com grupos heterogêneos. Vamos 
conhecer alguns tipos de barreiras que podem gerar falhas à boa comunicação? 
Vejamos: 
• A distração é um elemento de alta capacidade de embaralhar a recepção correta 
de uma informação, é uma ligação inesperada. 
• A presunção não enunciada acontece quando o emissor pressupõe que o 
receptor já saiba o significado, porém não o sabe, assim as informações são 
perdidas.
• A apresentação confusa é a falta de ordem e coerência que dificultam o 
entendimento das informações. 
• A representação mental pode causar confusão, pois o receptor obtém os 
dados e constrói uma imagem do que está sendo dito. Uma voz carinhosa, por 
exemplo, chama a atenção do receptor, o que pode distorcer a mensagem. 
• A credibilidade, que é a autoridade das pessoas, tem um peso muito grande 
na hora do recebimento de uma informação.
• A distância física é a probabilidade decrescente de as pessoas se comunicarem 
quando a distância é significativa entre elas. 
• A defensidade acontece quando temos um conceito sobre o emissor e a 
defensiva impede a comunicação.
• A limitação do receptor, que é o grau cultural ou a forma de encarar situações 
e os interesses que temos, limita a capacidade de entender o que é proposto. 
Diante do exposto, ainda pode-se acrescentar um último tipo de barreira que 
efetivamente dificulta a condição de uma boa comunicação, a autossuficiência. E 
podemos concordar com Penteado (1977, p. 71) quando diz: “Para a comunicação 
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
28
humana, a autossuficiência, com todas as suas consequências, significa obstáculo 
por vezes intransponível: é impossível para qualquer pessoa começar a aprender 
o que ela julga que já sabe. O sucesso do aprendizado depende da disposição em 
se admitir que não se sabe”. 
Quem tem autossuficiência é autossuficiente. Afinal, caro acadêmico, você 
sabe o que é ser uma pessoa autossuficiente? 
Autossuficiente é aquele que tem a capacidade de viver sem depender de outrem; 
independente, ou capaz de atender às próprias necessidades de consumo, sem necessitar 
de recorrer à importação de produtos.
FONTE: <https://www.dicio.com.br/autossuficiente/>. Acesso em: 6 ago. 2018.
NOTA
Nos próximos subtópicos veremos com mais detalhamento alguns tipos 
de barreiras que podem gerar falhas à boa comunicação.
4.1 REDUNDÂNCIA 
A redundância na comunicação acontece quando o emissor transmite 
uma informação repetindo-a, quando poderia utilizar uma linguagem mais 
clara e objetiva. Utilizar positivamente este artifício é um dos maiores desafios 
de quem almeja ser um bom comunicador. Se você prestar atenção, muitas 
informações retratam redundâncias sintáticas, quando falamos “subir para 
cima”, por exemplo; redundâncias gestuais, quando apontamos o polegar para 
cima para dizer positivo, ou redundâncias tonais, quando exclamamos: “Estou 
morto de fome!”, entre outras. Por vezes, a redundância se faz necessária para 
que uma mensagem mostre perceptibilidade, como também para nos livrarmos 
de possíveis ruídos. Bem, estes você estudará logo mais. 
Pode-se dizer, então, que redundância é toda a parte da mensagem que não 
traz nenhuma informação nova, isto é, refere-se a um excesso ou a um pleonasmo. 
A redundância se associa à contenção da informação. Na comunicação cotidiana 
a encontramos na união dos gestos com a fala. Então, quando dizemos “nós 
estamos aqui”, poderíamos apenas falar “estamos aqui”.
TÓPICO 2 | COMUNICAÇÃO: PROCESSOS E ELEMENTOS
29
Ei, você lembra o que é pleonasmo?
O pleonasmo pode ser tanto uma figura quanto um vício de linguagem. Ele é uma 
redundância, proposital ou não, numa expressão, enfatizando-a. Não se preocupe, adiante 
você encontrará uma explicação completa, ok?
NOTA
4.2 RUÍDO
De modo mais informal, o ruído ou a interferência é tudo o que afeta a 
transmissão da mensagem. São fatores que surgem ou que se colocam entre o 
emissor e o receptor no processo de comunicação. 
 
“A interferência ou ruído é criado por todos os fatores que, embora 
não pretendidos pela fonte, acrescentam-se ao sinal durante o processo de 
transmissão” (RÜDIGER, 1998, p. 21). 
Se você falar em voz muito baixa, se efetuar erros de codificação, se você 
estiver nervoso, se faltar com a atenção, se faltar energia elétrica, se manchar o 
papel que contém a informação, certamente ocorrerão ruídos num contexto de 
comunicação. Para que todas essas informações fiquem claras, observe o esquema 
a seguir:
FIGURA 17 – ESQUEMA DE RUÍDO NA COMUNICAÇÃO
FONTE: As autoras
Emissor Receptor
Ruído
Mensagem
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
30
O bom sensoé palavra de ordem dentro das relações comunicativas 
profissionais. Para tanto, cabe a cada um a constante autoanálise em relação ao 
comportamento e à postura diante do grupo e das situações comunicativas que 
exercemos.
Caro acadêmico, após esta etapa de estudos, quando você se comunicar, 
tente minimizar as barreiras para uma comunicação eficaz. E para tanto, observe 
algumas dicas: 
• utilize uma linguagem apropriada e direta; 
• forneça informações claras e completas;
• use canais múltiplos para estimular os vários sentidos do receptor; 
• comunique-se face a face;
• ouça ativamente; e 
• tenha empatia. 
Para você visualizar como a comunicação funciona, observe o esquema de 
Shannon e Weaver: 
FIGURA 18 – O MODELO DE SHANNON-WEAVER DO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
Fonte de
Informação Transmissor Canal Receptor Destino
Mensagem MensagemSinal Sinal
Fonte de
Ruído
Feedback
FONTE: Adaptado de <http://www.ceismael.com.br/oratoria/shannon.gif>. 
Acesso em: 6 ago. 2018.
DICAS
Para você aprofundar seus conhecimentos em relação à comunicação e sentir-
se mais autoconfiante nesse processo, leia: RIBEIRO, Lair. Comunicação global: a mágica da 
influência. Rio de Janeiro: Objetiva, 1993. Você vai aprender muito numa leitura divertida e 
de fácil acesso!
31
RESUMO DO TÓPICO 2
 Neste tópico, você aprendeu que:
• A comunicação não pode ser confundida com a simples transmissão unilateral 
de informações, ela só existe quando se estabelece entre duas ou mais pessoas.
• Todas as relações humanas e interpessoais abrangem a comunicação, pois 
ela é um veículo de significados que pode, inclusive, influenciar nossos 
comportamentos.
• A comunicação nas relações interpessoais pode ser entendida, de uma forma 
mais simplificada, como uma atividade caracterizada pela transmissão e 
recepção de informações entre indivíduos.
• A comunicação formal é a comunicação oficial endereçada através dos canais 
de diálogo existentes no organograma de uma empresa ou de uma instituição.
• A comunicação informal é aquela desenvolvida espontaneamente através da 
estrutura sem formalidades e fora dos canais de comunicação.
• Há seis elementos no processo de comunicação, que são: o emissor (remete a 
informação); o receptor (o destinatário da mensagem); a mensagem (o objeto 
de comunicação); o canal de comunicação (o meio pelo qual a mensagem pode 
circular); o código (o meio através do qual a mensagem é transmitida) e o 
referente (o contexto, a situação e os objetos reais a que a mensagem remete).
• A comunicação precisa ser simples, direta, lógica e adaptada ao público-alvo, 
pois só se sabe verdadeiramente o que se disse depois de ouvir a resposta ao 
que se disse, o chamado feedback.
• A redundância acontece quando o emissor transmite uma informação 
repetindo-a, em vez de transmiti-la com clareza.
• O ruído ou a interferência é tudo o que afeta a transmissão de uma mensagem.
32
1 Duas pessoas conversam ao telefone celular. A pessoa que está ouvindo, 
porém, não consegue entender o que a outra está dizendo, pois o seu aparelho 
apresenta um pequeno defeito. O ruído, neste processo de comunicação, 
está no:
a) ( ) Código.
b) ( ) Canal.
c) ( ) Emissor.
d) ( ) Receptor.
e) ( ) Mensagem.
2 Observe e responda:
AUTOATIVIDADE
FIGURA 19 – CALVIN CONVERSA POR TELEFONE
FONTE: <https://escolakids.uol.com.br/public/upload/image/calvin-e-haroldo(1).jpg>. 
Acesso em: 31 out. 18.
A tirinha ilustra elementos do processo de comunicação que você já 
estudou. Com base no que foi visto, e com relação à tirinha, julgue os itens a 
seguir:
I- A voz da personagem Calvin é um canal de comunicação.
II- A personagem Calvin desempenha o papel de emissor da mensagem.
III- A forma como o diálogo por telefone se desenvolveu indica que houve um 
ruído no processo de comunicação.
IV- Os elementos fonte, código, canal, estão presentes na tirinha.
Estão corretos apenas os itens:
a) ( ) I e III.
b) ( ) I e IV.
c) ( ) II e III.
d) ( ) II e IV.
e) ( ) III e IV.
3 Diga quais são as barreiras para uma comunicação eficaz e explique-as. 
Oi,
Eu, Calvin!
Como vai ?
.UH HUH...
Belo dia lá fora,
Não? ... YEP...
Ouça, eu suponho
que você deve estar
pensando por que
eu liguei...
33
TÓPICO 3
A LINGUAGEM E SUAS PARTICULARIDADES
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Abordamos no Tópico 1 que a linguagem possui peculiaridades. A língua 
é de domínio público, pertence a todos os membros de uma comunidade, e 
concretiza-se por meio do uso individual da fala, ou seja, cada falante a utiliza 
conforme as suas necessidades de comunicação, seu grau de escolaridade, 
sua faixa etária, ou sua região na qual reside, daí a dizer que a língua possui 
variedades. 
Você, ao imitar alguém, já acabou por reproduzir algumas palavras que 
são características da pessoa imitada? Podemos dizer que a diversidade dessa 
utilização ocorre devido a inúmeros fatores ou níveis, assunto a ser abordado 
neste tópico.
2 NÍVEIS DE LINGUAGEM 
Uma das variantes a ser estudada diz respeito aos níveis de linguagem. No 
processo de comunicação torna-se imprescindível que o falante (emissor) faça a 
seleção das variantes da língua, ou seja, as formas adequadas para cada situação, 
considerando alguns aspectos, tais como: o que dizer, para quem dizer, em que 
lugar e como dizer. 
DICAS
Ao considerar os aspectos “o que dizer, para quem dizer, em que lugar e como 
dizer”, você já está realizando seu planejamento textual. Acesse o portal UOL para conferir 
mais dicas de planejamento textual para suas produções escritas: <https://alunosonline.uol.
com.br/portugues/dicas-para-planejar-sua-redacao.html>.
A partir disso, analisaremos distintos níveis de linguagem. Vamos 
conhecer quais são e em que momento utilizar cada um?
34
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
2.1 NÍVEL CULTO OU FORMAL
Em situações formais, como o próprio nome sugere, esse nível de fala é 
utilizado pelas pessoas escolarizadas. A linguagem culta deve ser utilizada pelos 
meios de comunicação escrita, como jornais, revistas, livros etc. O nível culto 
se caracteriza pelo uso mais apurado do vocabulário e o cuidado com as regras 
gramaticais. Em situações de cerimônia, deve ser usada a linguagem formal. 
O fragmento a seguir apresenta linguagem em nível formal.
A memória paulista está em risco. Um levantamento inédito produzido 
pelo Sistema Estadual de Museus (SISEM), órgão ligado à Secretaria de Estado 
da Cultura de São Paulo, mostra que 86% dos 415 museus paulistas têm, ao 
menos, um problema grave.
Faltam políticas de conservação do acervo, cuidados de climatização, 
reservas técnicas, funcionários e, em alguns casos, visitantes – porque há 
instituições fechadas ao público. O diagnóstico mostra a situação em que se 
encontram documentos e peças importantes para a história de São Paulo. Se 
bem utilizado [o levantamento], pode indicar quais medidas urgentes devem 
ser tomadas pelos responsáveis pelos museus.
FONTE: <http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/86-dos-museus-paulistas-tem-
problemas-20110918.html>. Acesso em: 6 ago. 2018.
2.2 NÍVEL INFORMAL
A espontaneidade é característica presente neste nível de linguagem. No 
dia a dia, em situações informais, as pessoas não estão atentas ao que é certo ou 
errado, segundo a linguagem padrão. Elas se comunicam com maior liberdade e 
necessitam, muitas vezes, de agilidade na transmissão da mensagem. 
Geralmente, nos diálogos encontramos exemplos da linguagem coloquial. 
O texto que segue O Poeta na Roça, de Patativa do Assaré, reproduz o nível 
informal. Observe:
O poeta da roça
Sou fio das mata, cantô da mão grossa,
Trabaio na roça, de inverno e de estio.
A minha chupana é tapada de barro,
Só fumo cigarro de paia de mio.
Sou poeta das brenha, não faço o papé

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