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01/06/2019
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Schistosoma manosni
Esquistossomose
Profa Dra Fabiana Nabarro Ferraz
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• A família Schistosomatidade apresenta vermes adultos de sexo
separado (dióicos) e que são parasitos de vasos sanguíneos;
• Schisto = fenda + Soma = corpo
• SCHISTOSOMA (corpo em forma de fenda)
INTRODUÇÃO
• A principal espécie que possui importância epidemiológica em
medicina humana no Brasil é:
• Schistosoma mansoni  ocorre na África, Antilhas e América
da Sul.
• A doença é conhecida popularmente por xistossomose, xistose,
doença dos caramujos, barriga d‘água…
INTRODUÇÃO
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• As espécies do gênero Schistosoma chegaram as Américas durante
o tráficos de escravos e com imigrantes orientais e asiáticos ( S.
mansoni, S. haematobium e S. japonicum);
INTRODUÇÃO
• Entretanto, apenas o S. mansoni se fixou  encontro de
hospedeiros intermediários e condições ambientais semelhantes ao
local de origem.
• MORFOLOGIA - Formas evolutivas
- Vermes adultos (macho e fêmea);
- Ovo;
- Miracídeo;
- Esporocisto;
- Cercária;
- Esquistossômulos;.
Schistosoma mansoni
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Schistosoma mansoni
• Verme adulto ( Hosp. definitivo  homem  sistema porta
hepático  veias mesentéricas inferior)
- Dióicos (macho e fêmea);
- Dimorfismo sexual;
- Longos e delgados;
Schistosoma mansoni
• Verme adulto - Macho
- Mede cerca de 1 cm, apresenta coloração esbranquiçada e tegumento
recoberto por projeções (tubérculos);
- Possui duas ventosas (ventral e oral), um canal ginecóforo onde a fêmea se
acopla para a cópula.
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Schistosoma mansoni
• Verme adulto - Fêmea
- Mede cerca de 1,5 cm, apresenta coloração mais escura e tegumento liso.
Assim como o macho, possui duas ventosas (ventral e oral).
Schistosoma mansoni
• Ovo
- Oval com espículo lateral voltado para 
trás;
- Mede 150mX60 m;
- Ovo maduro  miracídio no interior.
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Schistosoma mansoni
• Miracídio (forma infectante do hosp. interm.  caramujo do
gênero Biomphalaria)
- Forma livre nadante;
- Cilíndrico e ciliado;
- 160m X 60m;
- Extremidade anterior apresenta uma papila apical (terebratorium) 
glândulas adesivas  auxiliam na penetração dos miracídios nos moluscos.
Schistosoma mansoni
• Cercária (forma infectante do hosp. definitivo  homem)
- Possui comprimento total de 500m;
- Cauda longa e bifurcada;
- Ventosa oral - Glândulas de penetração;
- Ventosa ventral – fixa no hospedeiro.
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• HOSPEDEIROS
- Hospedeiro Definitivo  Homem
- Hospedeiro Intermediário  caramujos do gênero Biomphalaria spp.
Ciclo Heteroxênico
Schistosoma mansoni
• HOSPEDEIROS
- Hospedeiro Intermediário  caramujos do gênero Biomphalaria spp.
- Biomphalaria glabrata – principal espécie transmissora nas Américas;
- Biomphalaria tenagophila – Sul do Brasil;
- Biomphalaria straminea – nordeste brasileiro.
Schistosoma mansoni
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• HABITAT
Vermes adultos  Sistema porta hepático
Acasalamento e postura  ramos terminais da veia mesentérica
inferior.
Schistosoma mansoni
• MECANISMO DE TRANSMISSÃO
- Através da penetração ativa das cercárias na pele e mucosas;
 Áreas mais atingidas pés e pernas
 Locais de maior transmissão  Valas de irrigação, açudes, pequenos córregos…
Schistosoma mansoni
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• CICLO BIOLÓGICO - Heteroxênico
- Cada fêmea põe cerca de 400 ovos/dia, na parede de capilares e vênulas.
Schistosoma mansoni
• Passagem dos ovos para a luz intestinal ocorre
graças a fatores como:
- adelgaçamento da parede dos vasos provocados pela distensão
do mesmo com a presença do casal na sua luz;
- pressão com que os ovos são postos pela fêmea
(bombeamento);
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• CICLO BIOLÓGICO - Heteroxênico
Schistosoma mansoni
- perfuração da parede venular, auxiliado pelo bombeamento e
presença do espículo nos ovos;
- ação de enzimas proteolíticas produzidas pelo miracídio,
causando lesão nos tecidos; e reação inflamatória que facilita a
passagem desses ovos.
• CICLO BIOLÓGICO - Heteroxênico
Schistosoma mansoni
• Essa migração demora dias (mínimo seis)  necessário para a
maturação do ovo.
• Os ovos podem ficar presos na mucosa intestinal ou serem
arrastados para o fígado.
• Os ovos que conseguirem chegar à luz intestinal vão para o exterior
junto com o bolo fecal.
Os primeiros ovos são vistos nas fezes 42 dias após a 
infecção
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PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
Schistosoma mansoni
Ligada a vários fatores: - cepa do parasito
- carga parasitária
- idade
- estado nutricional
- resposta imunitária
PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
Schistosoma mansoni
• Para entender a evolução das alterações no paciente, estudaremos a 
ação das cercárias, esquistossômulos, vermes adultos e ovo:
Cercárias
• dermatite cercariana – prurido, eritema,
edema, pequenas pápulas e dor;
• A reação mantém-se por 2 a 3 dias;
• É mais intensa na reinfecção.
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PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
Schistosoma mansoni
Esquistossômolos
- 3 dias após são levados aos pulmões  sintomas pulmonares;
- 1 semana depois estão nos vasos do fígado  febre, eosinofilia,
linfadenopatia, esplenomegalia, hepatomegalia…
Vermes adultos
- Quando vivos não produzem lesões significativa;
- Ação espoliadora  elevado metabolismo;
- Os mortos causam lesões no fígado.
PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
Schistosoma mansoni
Ovos
- São os elementos fundamentais da patogenia da
esquistossomose
• Quando pequeno número de ovos atingem a luz intestinal lesões
produzidas são mínimas;
• Quando em grande número  hemorragias, edemas da submucosa e
fenômenos degenerativos  lesões reparadas.
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PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
Schistosoma mansoni
• Os ovos que atingem o fígado ou ficam retidos na mucosa intestinal
 liberam antígenos solúveis  reação inflamatória granulomatosa;
• Esquistossomose é uma doença que decorre basicamente da
resposta inflamatória granulomatosa que ocorre em torno dos
ovos vivos do parasito;
As lesões granulomatosas são as principais responsáveis pelas 
variações clínicas e pelas complicações digestivas e circulatórias.
Schistosoma mansoni
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PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
Schistosoma mansoni
• Estudaremos a seguir a evolução (fases e formas clínicas) típica da
esquistossomose:
- Esquistossomose Aguda
• Fase pré-postural;
• Fase aguda;
- Esquistossomose Crônica (variedade de formas clínicas)
• Intestino;
• Fígado;
• Outras localizações
PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
Schistosoma mansoni
• Esquistossomose Aguda
- Fase pré-postural
- Sintomatologia variada  ocorre cerca de 10-35 dias após a
infecção.
- Assintomáticos;
- Sintomáticos: mal-estar, com ou sem febre, problemas pulmonares
(tosse), dores musculares, desconforto abdominal e um quadro de
hepatite aguda (produtos de destruição dos esquistossômulos).
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PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
Schistosoma mansoni
• Esquistossomose Aguda
- Fase Aguda
• Aparece em torno de 50 dias e dura até cerca de 120 dias após a
infecção.
• Inicia disseminação de ovos  parede do intestino  enterocolite
aguda;
• No fígado  granulomas;
PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
Schistosoma mansoni
• Esquistossomose Aguda
- Fase Aguda
• Forma toxêmica  doença aguda, febril, acompanhada de sudorese,
calafrios, emagrecimento, fenômenos alérgicos, diarréia, disenteria,
cólicas, tenesmo, hepatoesplenomegalia discreta, linfadenia,
leucocitose com eosinofilia, aumento das globulinas e alterações
discretas das funções hepáticas (transaminases).
• Pode haver morte do paciente ou evoluir para a esquistossomose
crônica.
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PATOGENIAE SINTOMATOLOGIA
Schistosoma mansoni
• Esquistossomose Crônica
• Pode apresentar grandes variações clínicas:
- Intestino
- Maioria dos casos é benigna  dores abdominais, como fase de
diarreia mucossanguinolenta e, outras, de constipação, intercaladas
de longos períodos normais.
- Nos casos crônicos graves, pode haver fibrose intestinal 
diminuição do peristaltismo e constipação constante.
PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
Schistosoma mansoni
• Esquistossomose Crônica
- Fígado
- As alterações hepáticas surgem a partir do início da oviposição e
formação de granulomas.
• No início, o fígado apresenta-se aumentado de volume e bastante
doloroso a palpação.
•  das lesões granulomatosas  as alterações hepáticas se tornarão
mais sérias  fibrosamento do fígado  menor tamanho;
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PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
Schistosoma mansoni
• Esquistossomose Crônica
- Fígado com fibrose
PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
Schistosoma mansoni
• Esquistossomose Crônica
- Fígado
• Os granulomas hepáticos irão causar uma endoflebite e fibrose
periportal  obstrução dos ramos intra-hepáticos da veia porta  a
hipertensão portal;
• Essa hipertensão poderá intensificar-se com a evolução da doença,
causando no paciente uma série de alterações:
- Esplenomegalia;
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PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
Schistosoma mansoni
• Esquistossomose Crônica
- Fígado
- Varizes - desenvolvimento da circulação colateral intrahepática e de 
anastomoses no nível do plexo hemorroidário, umbigo, região inguinal 
e esôfago  tentativa de compensar a circulação portal obstruída e 
diminuir a hipertensão portal;
- Ascite - decorre das alterações hemodinâmicas, principalmente a
hipertensão.
PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
Schistosoma mansoni
• Esquistossomose Crônica
Esplenomegalia
Ascite
Varizes
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DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Schistosoma mansoni
- Parasitológico - Exame de fezes (Hoffmann, Ritchie, Kato-katz…)
- Biópsia ou raspagem da mucosa
- Imunológico - Reação Intradérmica
- IFI, ELISA…
- Biologia Molecular - PCR (Reação em cadeia da polimerase)
EPIDEMIOLOGIA
Schistosoma mansoni
z200 milhões de pessoas infectadas no mundo
z600 milhões sob risco
zEndêmico em 52 países, distribuídos:
xAmérica do Sul, Caribe, África e Leste do Mediterrâneo.
- No Brasil, a transmissão ocorre em 19 estados;
- As prevalências mais elevadas são encontradas nos estados de
Alagoas, Pernambuco, Sergipe, Minas Gerais, Bahia, Paraíba e
Espírito Santo.
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O Brasil é o país com a 
maior área endêmica das 
Américas
Acomete 2,5 a 6 milhões 
de pessoas
PROFILAXIA
Schistosoma mansoni
- Tratamento da população infectada;
- Saneamento básico;
- Educação sanitária;
- Controle de caramujos.
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Fasciola hepatica
Fasciolose
Profa Dra Fabiana Nabarro Ferraz
• F. hepatica é um parasito dos canais biliares de ovinos, bovinos,
caprinos, suínos e vários mamíferos  hosp. definitivos;
• Ocasionalmente pode parasitar o homem  zoonose (“baratinha do
fígado”);
• No Brasil é endêmica em animais nos seguintes Estados: Santa
Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro,
Minas Gerais, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul;
INTRODUÇÃO
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• Criação de animais em áreas úmidas ou alagadiças;
• Os casos de infecção humana acompanham a distribuição da doença
animal  100 casos humanos foram relatados no Brasil 
subdiagnosticada;
• Tem sido reltado casos humanos de fasciolose na Argentina, Chile,
Cuba, México, Porto Rico, Venezula, Uruguai, Inglaterra, França …
INTRODUÇÃO
• MORFOLOGIA - Formas evolutivas
- Verme adulto (hermafrodita);
- Ovo;
- Miracídeo (forma infectante do caramujo);
- Esporocisto;
- Cercária;
- Metacercária (forma infectante do hosp. definitivo).
Fasciola hepatica
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• MORFOLOGIA
- Verme adulto (hermafrodita);
- Aspecto foliáceo, 3 cm x 1,5 cm e cor
pardo-acinzentada;
- Ventosa oral e ventral;
- Tegumento coberto de espinhos na
região anterior.
Fasciola hepatica
• MORFOLOGIA
- Ovo;
- Medem de 150x90 µm;
- Forma elipsóide, presença de opérculo,
miracídio não desenvolvido.
Fasciola hepatica
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• HABITAT
- Interior da vesicular biliar ou
canais biliares;
Fasciola hepatica
• TRANSMISSÃO
- Ingestão de água ou verduras
contaminadas com metacercárias;
• HOSPEDEIROS
- Hospedeiro Definitivo  ovinos, bovinos, caprinos, suínos e vários
mamíferos (homem);
- Hospedeiro Intermediário  caramujos do gênero Lymnaea spp.
- Lymnaea columela e Lymnaea viatrix.
Ciclo Heteroxênico
Fasciola hepatica
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• PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
- A fasciolose é um processo inflamatórico crônico do fígado e ductos
biliares;
- Migração das formas imaturas no parênquima hepático;
- Presença dos vermes adultos nos ductos biliares.
Fasciola hepatica
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• PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
- Migração das formas imaturas no parênquima hepático
- A medida que a forma imatura migra  destruição do tecido  ação
enzimática  necrose  substituído por tecido conjuntivo;
- A maioria das infecções são assintomáticas (carga parasitária e RI
do hospedeiro);
- Hepatomegalia dolorosa e febre.
Fasciola hepatica
• PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA
- Presença dos vermes adultos nos ductos biliares
- Provoca ulcerações e irritações  inflamação  reação cicatricial
(fibrose) dos ductos biliares  redução do fluxo biliar 
insuficiência hepática e cirrose;
Fasciola hepatica
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• DIAGNÓSTICO
- Clínico  difícil;
- Laboratorial:
- Pesquisa de ovos nas fezes ou na bile  homem  produção de
poucos ovos  negativo;
- Sorologia (ELISA, IFI…)  baixa sensiblilidade e especificidade
(reação cruzada com S. mansoni).
Fasciola hepatica
• PROFILAXIA
Depende primeiramente do controle deste parasitose entre os
animais
- Tratamento dos animais;
- Desenvolvimento de vacinas;
- Isolamento de pastos úmidos;
- Controle da proliferação dos caramujos;
Fasciola hepatica
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• PROFILAXIA
- HOMEM: não beber água proveniente de alagadiços ou córregos,
não plantar ou consumir agrião que possa estar contaminada com
fezes de ruminantes.
Fasciola hepatica
REFERÊNCIAS