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Filo Nematoda ❑ Vermes redondos ❑ Mais de 12 mil spp ❑ Nematóides de vida livre e/ou parasitária ❑ 1 m2 de lama: 4 milhões de vermes! ❑ Parasitam plantas e animais Donald P., 1998 http://curezone.com/image_gallery/parasites/ascaris/default.asp?i=6&n=24 Estrutura geral dos nematóides ❑ Vermes cilíndricos ❑ Corpo delgado e alongado com extremidades afinadas ❑ Cutícula complexa (3 camadas de colágeno e 1 epicutícula de quitona) ❑ Boca na extremidade anterior: 3 lábios e órgãos sensoriais ❑ Dióicos http://www.brawleycreek.com/Photography/gallery2.html#p29 ❑Não possuem sistemas circulatório e respiratório ❑ Pseudocele: o fluído da cavidade funciona como um hidrostato. Contém metabólitos orgânicos e Hb. ❑ Epiderme secreta a cutícula, armazena e absorve os nutrientes do hospedeiro ❑ Locomoção ❑ Nutrição ➢Cavidade bocal: ➢Esôfago: possui 1 ou + bulbos ❑ Intestino. ❑Sistema reprodutivo (maioria dióicos) ❑ Espermatozóides não têm flagelo (mov. amebóide) Nematóides parasitos ❑ Endo/ectoparasitos de plantas ❑ Saprófagos (invertebrados) ✓Adultos: vida livre no solo ✓Última fase juvenil: PST invertebrado. ❑ Zooparasitos ➢ Pst de ambos sexos ➢Endoparasitos de vertebrados ❑ Transmissão: ➢ Ovos ➢Jovens recém eclodidos (vida livre) ❑ Migram pelo corpo do hospedeiro: ➢Ascaróides: alimentam-se do tubo digestivo de humanos, cães, gatos... ✓ Ascaris lumbricoides, Toxocara canis, T. cati ➢Ancilóstomos: alimentam-se de sangue. ✓ Necator spp, Ancylostoma spp ➢ Strongyloides stercoralis ❑ Não migram pelo corpo do hospedeiro ✓Oxiurídeos (Oxiúros): ✓ Enterobius vernicularis ➢ Triquinelóides ✓ Trichuris trichiura e Trichinella spirallis ❑ Necessitam de HI ➢ Filarióides Nematóides que migram pelo corpo do hospedeiro Ciclo de vida nematóide (Ascaróide) Eliminação de ovos nas fezes Ingestão de ovos ou larvas Larva penetra na parede intestinal Circulação (via sistema porta hepático) Coração-Pulmões Traquéia-esôfago Intestino delgado Verme adulto Ascaris lumbricoides-Ascaríase ❑ Problema de saúde pública, especialmente nos países em desenvolvimento. ❑ Estima-se que 1,5 bilhão de pessoas infectadas ❑ Prevalência de 73% no Sudeste Asiático ❑ 8% nas Américas Central e do Sul. ❑EUA 4 milhões de pessoas infectadas. ❑ No Brasil, 25 à 52% de escolares. WHO, 2002 Ciclo biológico Ciclo de Looss Transmissão ❑Alimentos ou água contaminados com ovos contendo a L3. ❑ Irrigação de verduras. ❑ Poeira ❑ Insetos ❑ Contaminação subunguial (crianças) Patogenia ❑ Larvas ➢ Síndrome de Löeffler: Quadro pneumônico ❑ Vermes adultos ➢ pode ser assintomática (poucos pst) ➢Ação tóxica: Ags parasitários ➢Ação espoliadora: Proteínas,carboidratos, lipídios e vit A e C. ➢Ação mecânica. http://curezone.com/image_gallery/parasites/ascaris/default.asp?i=6&n=24 Medicine Volume 94, Number 16, April 2015 Diagnóstico ❑ Clínico: difícil ❑ Laboratorial: Pesquisa de ovos nas fezes ❑ Lavar a mão antes de tocar nos alimentos. ❑ Lavagem e cozimento de verduras. ❑ Filtrar a água ingerida. ❑ Proteger os alimentos de insetos. Profilaxia ❑Ancylostomidae ❑Ancilostomose ❑ Ancylostoma duodenale (Dubini, 1843) ❑ Necator americanus (Stiles, 1902) ❑ Ancylostoma ceylanicum (Loss, 1911) ❑Espécies que parasitam o homem ❑Classificação ❑Ancylostominae: possuem dentes na margem bucal ❑ Bunostominae: possuem lâminas cortantes na margem bucal ❑Incidência e Distribuição geográfica ❑ 900 milhões infectados ❑ 60 mil morrem ❑ A duodenalis: Velho mundo ❑ N. americanus: Novo mundo ❑A. ceylanicum? ❑Morfologia ❑ Dimorfismo sexual ❑ Extremidade anterior curvada dorsalmente ❑ A duodenale: Cápsula bucal com 2 pares de dentes ventrais e 1 par no fundo ❑ A ceylanicum: 2 pares de dentes ventrais (1 par grande outro pequeno) ❑ N. americanus: 2 lâminas (subventral), 2 lâminas (margem interna), dente longo (subdorsal) sustentado por 2 lancetas ❑Ciclo biológico ❑Vias de transmissão ❑ via oral ❑ transcutânea ❑Patogenia ❑ Causa primária: Migração da larva e implantação do verme no intestino ❑Secundária: permanência do verme no intestino delgado ❑Sintomatologia ❑ Primária: ➢ Dermatite urticariforme: hiperemia, prurido edema ➢ Pulmões: tosse de curta duração e febre ➢ Intestino:dor epigástrica, diminuição do apetite, indigestão, cólica, indisposição; náuseas; flatulência; diarreia; constipação. ❑ Secundária: ➢Anemia Hookworm infections in the patient’s small bowel, as observed with endoscopy. (A) Most hookworms frequently appeared between the distal duodenum and the distal jejunum. (B, C) Hookworms appeared with reddish bodies attached to the intestinal mucosa. (D) Hookworms feeding on the intestinal mucosa with a hemorrhagic spot. (E) Blood oozing was found at the hookworms’ site of attachment. ❑Diagnóstico ❑ Clínico: Anamnese ❑ Laboratorial: ➢ Método de sedimentação espontânea ❑ Coprocultura (Harada e Mori) ❑ Métodos Sorológicos ➢ Hemaglutinação ➢ RFC ➢ ELISA ❑Tratamento e Profilaxia ❑Pirimidinas: Pamoato de pirantel ❑Benzimidazóis: Mebendazol e Albendazol ❑ Engenharia sanitária ❑Educação sanitária ❑ Suplementação de Fe e proteínas 2017 ❑Larva migrans cutânea ✓Agentes etiológicos: Ancylostoma braziliense, A. caninum ✓Também conhecidos como “bicho geográfico” ❑ou “bicho da areia” ❑A. braziliense ❑• Semelhante a A. duodenale ❑• Tamanho do verme adulto: 5 a 10 mm ❑• Cápsula bucal: 1 par de dentes ❑• Bolsa copuladora ❑A. caninum ❑• Semelhante a A. duodenale ❑• Tamanho do verme adulto: 9 a 20 mm ❑• Cápsula bucal: 3 pares de dentes ❑BIOLOGIA DO PARASITA ✓ Habitat (verme adulto): intestino delgado de cães e gatos ✓ Vias de transmissão: oral, cutânea ❑• Ciclo biológico ❑No Cão/Gato: semelhante ao de outras espécies de Ancylostoma ❑No homem: ❑Penetração de larvas pela pele e não conseguem completar sua evolução ❑PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA ✓ Pontos eritematosos ou pápulas, acompanhadas de prurido no local de penetração das larvas ✓ Formação de túneis (trajetos inflamatórios) que avançam 2 a 5 cm/dia ✓ Infecções microbianas secundárias podem ocorrer ✓Áreas do corpo mais atingidas: pés, pernas, mãos e antebraços ✓ O processo pode curar-se espontaneamente ou durar semanas e meses ❑TRATAMENTO ✓ Ivermectina ✓Albendazol ✓ Tiabendazol - uso tópico ❑ EPIDEMIOLOGIA ❑• Ocorrência mundial ❑• Mais frequente em praias e terrenos arenosos ❑• Incidência maior em crianças ❑DIAGNÓSTICO ❑Clínico Toxocara Grego: Toxon, flecha, kara, cabeça Werner 1782 Toxocaríase (T canis e T cati) ✓ Cães 6 meses são resistentes ✓ larvas quiescentes nos tecidos ✓ cadela gestante migram para o figado do feto ✓Após o nascimento - ciclo de Looss ✓Vermes adultos Larva migrans visceral ❑Toxocara canis, Toxocara leonina e Toxocara cati ❑ Homem hospedeiro acidental. ❑ Migrações larvais. ❑ Toxocara canis, Toxocara leonina e Toxocara cati ❑ Hospedeiros: cães e gatos. ❑ Infecções humanas são esporádicas ❑ Atinge principalmente crianças ( 10 anos) ❑ Com pico entre 1 e 4 anos ❑ Contato com o solo ou areia contaminada por fezes de animais, ingerem ovos (L3) desses parasitas. Larva migrans visceral - LMV Patogenia ❑ A maioria assintomáticos ❑ Sintomatologia: ✓ Depende da quantidade de larvas ✓ Órgão invadido ✓ Resposta imune. ❑ Quadro clássico: hipereosinofilia, hepatomegalia e linfadenite. ❑ Infiltrados pulmonares acompanhados de tosse, dispneia, anorexia e desconforto abdominal. ❑ SNC – manifestações neurológicas. ❑As larvas podem veicular o vírus da poliomielite assim como meningocefalite. Machado & A c h k a r, 2003 Quadro clínico de larva migrans visceral Dermatite por Toxocara canis ✓Papulo-eritematosas, agrupadas e confluentes Machado & A c h k a r, 2003 Histopatologia✓ Infiltrado inflamatório inespecífico (eosinofílico) Machado & A c h k a r, 2003 Diagnóstico LMV ❑ Clínico: difícil ❑ Sintomas e história do paciente (contato com cães). ❑Lab: ✓Biópsia do tecido. ✓Eosinofilia ✓Hipergamaglobulinemia IgG e IgE. ✓ Imunodiagnóstico: ELISA – utilizando anticorpos de secreção e excreção das larvas. Epidemiologia e Controle ❑ Larva migrans visceral esta associada com a presença de cães e gatos em praias, parques e praças. ❑ Caixas de areia em parques podem ser fonte de infecção desta parasitose ❑ Vermifugar os cães com anti-helmínticos de largo espectro. ❑ Evitar o acesso destes animais a praças, praias e parques. Estrongiloidíase StrongyIoides stercoralis Estrongiloidíase StrongyIoides stercoralis ▪ O gênero apresenta cerca de 52 espécies conhecidas; ▪ Apenas 2 são infectantes para o homem: ▪ S. stercoralis (Bavay, 1876) e S. fuelleborni (Von Linstow, 1905); ▪ S. stercoralis foi descoberto pelo médico Louis A. Normand e descrito Arthur R. J. B. Bavay, em 1876, enquanto trabalhavam juntos no Hospital Naval em Toulon, França. ▪ Em 1902, Stiles & Hassal finalmente o denominaram S. stercoralis (em grego, strongylos significa arredondado) StrongyIoides stercoralis Stuerchler, 1981 Ciclo biológico S. stercoralis STREIT, 2008 Ciclo biológico S. stercoralis Ciclo biológico S. stercoralis Harvey e Viney, 2001 Fêmea partenogenética parasita ▪ Tamanho: 2mm/0,04-0,05mm ▪ Boca: Apresenta 3 lábios; ▪ Esôfago longo ocupando 25% do parasita; ▪ Ovovivíparas; Morfologia S. stercoralis Morfologia S. stercoralis Fêmea de vida livre ▪ Tamanho: 1 mm /0,05-0,07mm ▪ O esôfago é curto e tem aspecto rabditóide; ▪ Intestino é simples e de difícil observação devido a presença dos órgãos genitais; ▪ Apresenta receptáculo seminal. Morfologia S. stercoralis Macho de vida livre ▪ Tamanho: 0,7mm /0,04mm ▪ Boca com 3 lábios; ▪ Esôfago rabditóide; ▪ Intestino terminando em cloaca onde se abre o canal ejaculador; ▪ Apresenta dois espículos curtos que facilitam a cópula. Morfologia S. stercoralis Larvas rabdtóides ▪ O esôfago, que é do tipo rabditóide; ▪ Medem 0,2 - 0,03mm/0,015 mm ▪ Apresenta primórdio genital nítido; ▪ As larvas L1 ou L2 originadas da fêmea parasita atingem o meio externo, sendo encontradas de uma a 25 larvas por grama de fezes. Morfologia S. stercoralis Larvas filarióides ▪ Esôfago do tipo filarióide, corresponde metade do tamanho da larva; ▪ Medem de 0,35-0,50mm/0,01 a 0,031nm ▪ Porção final da cauda entalhada. Ovos Larvados; ▪ São elípticos, de parede fina e transparente; ▪ Tamanho: ➢ fêmea parasita medem 0,05mm X 0,03mm; ➢ fêmea de vida livre medem 0,07mm X 0,04mm; ▪ Os ovos têm diferentes configurações cromossômicas 1n, 2n e 3n. Morfologia S. stercoralis ▪ Infectividade: A capacidade de penetração transcutânea das larvas filarióides é de até 5 semanas; ▪ Exigem solos úmidos, ricos em matéria orgânica e com temperatura entre 25-30ºC; ▪ Fêmeas partenogenéticas começam a ovipor no 17º dia de infecção; ▪ PPP: 20-30 dias. Biologia S. stercoralis ▪ Primoinfecção >> Larvas filarióides infectantes (L3) penetram através da pele ou das mucosas; ▪ Autoendoinfecção >> Larvas rabditóides sofrem muda ainda dentro do intestino >> as larvas filárióides invadem a mucosa intestinal; ▪ Autoexoinfecção >> Larvas rabditóides presentes na região perianal transformam-se em larvas filárióides invadem a pele da região. Infecção S. stercoralis Devidas à ação mecânica, traumática, irritativa, tóxica e antigênica decorrente não só das fêmeas partenogenéticas, mas também das larvas e dos ovos; ▪ Cutânea (larva currens) ▪ Pulmonar (síndrome de Loëfler) ▪ Intestinal (enderite) ▪ Disseminada (síndrome da hiperinfecção – mortalidade 70-85% Patogenia S. stercoralis ❑Pacientes com baixa carga parasitaria geralmente apresentam poucos sintomas ❑Formas graves se relacionam com a subnutrição e com a imunodeficiência Paciente do sexo masculino, 60 anos, com diagnóstico de tumor de timo, submetido, a tratamento cirúrgico, radioterapia e quimioterapia. Benincasa, 2007 ▪ Ivermectina - dose de 200 µg/kg duas doses com intervalo de 1-14 dias taxa de cura de 94-100%; ▪ Tiabendazol - dose de 25 mg/kg por via oral, duas vezes por dia durante três dias, é uma alternativa para infecções complicadas; ▪ Albendazol - dose de 10 mg/kg/d pode ser usado como uma alternativa, se nada mais está disponível, pois tem uma menor eficácia (38-45%). Tratamento S. stercoralis Laboratorial ▪ Métodos Diretos ➢Exame de fezes (Método de Baermann) ➢Coprocultura (sensibilidade 96%) ➢Endoscopia digestiva (suspeita infecção disseminada) ➢ Biopsia intestinal ➢ Necropsia ➢Esfregaços citológicos Diagnóstico S. stercoralis Diagnóstico diferencial Profilaxia S. stercoralis ▪ Utilização de calçados, educação e engenharia sanitária, além da melhoria da alimentação; ▪ Ao se comprovar o diagnóstico e proceder ao tratamento específico de todos os indivíduos parasitados da família mesmo que assintomáticos, bem como animais domésticos infectados, para eliminar a fonte de infecção; ▪ Em indivíduos imunodeprimidos, recomenda-se o uso profilático de tiabendazol por dois a três dias mensalmente. Nematóides que não migram pelo corpo do hospedeiro Oxiurídeos Enterobius vermicularis ❑ Linneu, 1758 – Ascaris vermicularis ❑ Rudolphi, 1803 – Oxyuris ❑ Lamarck, 1816 – O. vermicularis ❑ Leach, 1853 – Enterobius ✓ Popularmente conhecido como Oxiúros Paleoparasitologia e Biologia ❑ Foram feitos exames de coprólitos (fezes petrificadas). ❑ EUA – foram encontrados ovos datados de 10.000 anos. ❑ Chile – 1000 aC ✓ Deserto de Atacama,Lab. de Paleoparasitologia, ENSP, Fiocruz ❑ Biologia: Machos e Fêmeas vivem no ceco e apêndice. ❑ As fêmeas ovipõe na região perianal. ❑ As fêmeas podem ser encontradas na vagina, útero e bexiga. Morfologia ❑ Dimorfismo sexual ❑Características comuns: ✓ Cor ✓Forma ✓Asas cefálicas: expansões vesiculosas ✓Esôfago: claviforme Ciclo Biológico ❑ Auto-infecção externa ❑ Retroinfecção Transmissão Patogenia ❑ Assintomático na maioria das vezes. ❑ Prurido anal à noite. ❑ Enterite catarral, ceco inflamado e o apêndice pode ser atingido. ❑ Infecções bacterianas perianais, perda do sono e nervosismo. ❑ Vaginite, metrite, salpingite e ovarite. Diagnóstico ❑ Clínico: prurido anal noturno. ❑Laboratorial: Exame de fita adesiva ou método de Grahan. KUCIK, 2004 ❑A roupa de dormir na deve ser sacudida e sim enrolada e fervida. ❑ Cortar unha rentes ❑ Tratamento: Tetramidazol, Mebendazol, Piperazina e Albendazol • Repetir o tratamento após 20 dias. Profilaxia e Tratamento Triquinelóides Trichuris trichiura ❑ Roederer - 1761 – gênero Trichuris. ❑ Schrank – 1788 – verificou que o termo “trichuris” não era correto, porque significa cauda em forma de cabelo. Trichuris trichiura ❑ Habitat: adultos vivem com a extremidade anterior mergulhada na mucosa do ceco. Podem ser vistos no apêndice, cólon e íleo. CICLO BIOLÓGICO Morfologia Modo de transmissão ❑ Os ovos são extremamente resistentes no meio ambiente (um ano ou mais) e são disseminados pelo vento e água. ❑ Consumo de vegetais e água contaminada. ❑ Freqüentemente o parasitismo é baixo 5 a 8 vermes ❑ Alterações provocadas circunscritas da mucosa ❑ Infecções altas: os vermes secretam substância líticas que digerem as células ❑ Podem se alimentar de sangue ❑Pode haver invasão bacteriana, úlceras e abscessos. ❑Anemia e prolapso retal (pessoas jovens com infecção maciça) Patologia Patologia Diniz-Santos et al, 2005 ❑ Colonoscopia Prolapso retal ❑ Clínico: dificil ❑ Laboratorial: exame de fezes pelo método de sedimentação espontânea ❑ Epidemiologia: parasito cosmopolita, quase sempre associado com Ascaris. ❑ No Brasil o verme é mais encontrado nas regiões litorâneas e Amazônica.Diagnóstico e Epidemiologia Controle ❑ Lavar a mão antes de tocar nos alimentos ❑ Lavagem e cozimento de verduras ❑ Filtrar a água ingerida ❑ Proteger os alimentos de insetos. Tratamento ❑Tratamento: Tetramidazol, Mebendazol, Piperazina e Albendazol ✓ Repetir o tratamento após 20 dias. Trichinella spiralis ❑ Classe: Nematodes ❑ Sub-Classe: Adenophorea ❑ Ordem: Enoplida ❑ SuperFamília: Trichinelloidea ❑Família: Trichinellidae ❑ Gênero : Trichinella Trichinella spiralis Histórico ✓ 1835 - James Paget e Richard Owen descrevem o parasita com o nome de Trichina spiralis ✓ 1846 - Leidy observa cistos contendo larvas dentro em músculos de porcos ✓ 1860 - Rudolf Virchow descreve vermes adultos ✓ Zenker descobre a patogenicidade e o poder letal e transmissão do parasita pela ingestão de carne de porco. ✓ 1860 - 1880 - Várias epidemias são relatadas na Alemanha causando a morte de mais de 500 pessoas. ✓1895 Alcide Railliet muda o nome para Trichinella spiralis ✓ O relato mais antigo da Trichinella foi o encontro em músculos intercostais de uma múmia egípcia 1200 a C. Adultos: aspecto uniforme com um ligeiro aumento na parte posterior ❑Os machos são longilíneos com 1,4 a 1,6 mm e possuem um apêndice copulador ❑As fêmeas são também longilíneas com 3 a 4 mm e apresentam uma vulva na parte mediana do corpo ❑Larvas musculares medem 0,8 a 1,3 mm. Aspecto Morfológico Características morfológicas Músculo Fluidos internos Anel nervoso Esticócito Esôfago Intestino posterior Útero Ovário Embriões Larvas em desenvolvimento Larvas recém- nascidas Reto Fêmea adulta Características morfológicas Músculo Fluidos internos Primórdio genital Anel nervoso Beta Gamma Alpha 0 Alpha 1 Alpha 2 Esôfago Intestino intermediário Intestino posterior Esticócitos intestino tecidos Larvas Vermes adultos Ingestão Hospedeiro definitivo: animais carnívoros Ciclo da Trichinella Sintomatologia ❑ Fase intestinal ➢ Geralmente assintomática ➢Catarros intestinais, nauseas, vômitos, dores abdominais e diarréia. ❑Fase invasiva ➢ Febre ➢ edema de face ➢Mialgias ➢Dificuldades respiratórias ➢Alterações cardíacas Complicações ❑ Oculares - fotofobia, diplopia, dores na região ocular, estrabismo ❑ Pulmonares - dispnéia, tosse, voz rouca e dores toráxicas com expectoração muco-sangüinolenta. ❑ Gastro-intestinal - vômitos e diarréia com grandes perdas proteícas, hemorragias intestinais. ❑ Neurológicas - oclusão de pequenos capilares por larvas, cefaléia, vertigens, convulsões e delírios. ❑ Cutâneas - coceiras, hiper-sudação, formigamento. ❑ Cardíacas - taquicardia, hipotensão, palpitações, trombose, embolia e miocardite. ❑ Urinárias - micção involuntária é bastante frequente. Diagnóstico ❑ Testes Laboratoriais ➢ Hemograma ✓ hipereosinofilia ✓ verificação das enzimas musculares que neste caso devem estar aumentadas (creatina-muscular) ❑ Imuno fluorescência indireta (reações cruzadas com outras helmintoses) ✓ ELISA (presença de IgE e IgM altas). Testes pouco eficazes: ✓ Fezes ✓ Biópsia muscular Tratamento ❑ Sintomático ✓ Analgésicos: Aspirina e corticóides ❑ A eficácia do tratamento na fase intestinal e de migração do parasita. ❑ Depois da larva encistada nenhum medicamento até hoje as atingiu. ❑Albendazole (Zentel - SKF) em doses de 400 mg/ por dia durante 3 dias. ❑ Thiabendazole (Mintezol) 50 mg/kg ❑ Flubendazole (Fluvermal) 500 mg/dia durante 5 dias. Profilaxia ❑ Cozinhar a carne de forma a atingir (> 60o C) no seu interior. ❑ Congelar a carne por 3 dias a – 18 o C. Nematóides que necessitam de HI ❑Família Anisakinae ❑ANISAKIASIS ❑Anisakis simplex ❑A. pegreffii ❑ 1876 - Casos de gastroenterites ❑ 20.000 casos descritos com distribuição cosmopolita ❑ Japão (2000–3000 casos/ano) ❑ Frequente em países desenvolvidos ❑ Brasil Epidemiologia ❑Baird et al 2014 Audicana e Kennedy 2008 ❑Anisakis spp – Sintomas: – Gastroenterites, cólicas abdominais, vômitos, dor epigástrica e tosse devido a migração das larvas. – Pode ser confundido com apendicite, doença de Crohn, úlcera gástrica e cancer gastrointestinal – Alergia ❑Anisaquidose ❑- Sushi ❑- Sashimi ❑- Cebiche ❑Anisaquidose Diagnóstico • Vômito com larvas. • Endoscopia • PCR Controle • Evitar ingestão de peixes crus ou mal cozidos. • Temperatura que inativa o parasita é 60oC por 10`. • Congelamento a – 18oC por 7 dias. • Evisceração do peixe logo em seguida à pesca para evitar a penetração das larvas do mesentério para os músculos. ❑Ordem Filariidea Filária Linfática Taxonomia ❑Filariose linfática doença descrita na literatura médica chinesa e indiana pré-era cristã ❑ 1863 - Demarquay descobre microfilárias ❑ 1868 – Wucherer descreve microfilárias da elefantíase ❑ 1875 – O´Neil descreve microfilárias da oncocercose ❑1876 – Bancroft descreve filárias linfáticas adultas ❑ 1878 – Patrick Manson propõe transmissão por mosquitos Histórico ❑Características gerais ❑Grande número de espécies parasitas humano e animal ❑ Vermes finos e delicados ❑ Parasitos do sist. circulatório linfático, subcutâneo, cavidade peritoneal ou mesentérico ❑ HI ❑J Parasit Dis (June & December 2009) 33(1&2):3–12 Filarídeos que infectam humanos Filariose Linfática ❑ Wuchereria bancrofti ❑ B. malayi e Brugia timori ❑Adulto vasos linfáticos (4-8 anos) ❑Abdome, pelve, mamas, braços... ❑ Elefantíase ❑ Causada por W bancrofti, B malayi e B timori ❑ Endêmica em regiões tropicais ❑ 1 Bilhão vive em área de risco ❑ 120 milhões parasitados ❑ Periodicidade Distribuição geográfica Fontes et al 2012 ❑Morfologia ❑ Dimorfismo sexual ❑ Verme adulto ❑ Microfilária (embrião) ❑ Larva ❑Ciclo biológico L3 de W. bancrofti ❑Manifestações clínicas ❑ Verme adulto (linfático) ❑ Reações contra Ags do parasito ❑Assintomático ou danos subclínicos: renal (alta microfilaremia) ❑ Fase aguda: linfangite, linfadenite, febre, mal-estar, orquiepididimite ❑ Fase crônica: linfedema, hidrocele, quilúria e elefantíase (baixa microfilaremia) ❑Patogenia ❑Ação mecânica ❑Ação irritativa ❑ Eosinofilia pulmonar tropical: abscessos eosinofílicos Periodicidade Sack 2009 ❑ O2/CO2, temperatura no sono ❑ Seleção adaptativa do parasita ao hábito do vetor? Dreyer et al 2009 Manifestações clínicas Manifestações clínicas Diagnóstico ❑ Clínico ❑ Laboratorial: pesquisa de microfílárias no sangue periférico ➢ punção digital (20-100l) ➢ 22 - 23 h ➢Gota espessa ➢Giemsa ❑ Dietilcarbamazina: via oral 50 – 100 mg ❑ Microfilárias na urina (quilúria e hematúria) ❑ diagnóstico por imagem: Ultra- sonografia ❑ ELISA: cicatriz sorológica !!??? ❑Diagnóstico ❑Vaso linfático (W. bancrofti) ❑Tratamento ❑ Citrato de Dietilcarbamazina (DEC): 6 mg/kg/dia v.o 12 dias ❑ OMS: DEC + albendazol ou Ivermectina ❑ Correção cirúrgica ❑Profilaxia ❑ Tratamento dos indivíduos parasitados ❑ Combate ao vetor ❑Outros filarídeos Humanos ❑ Brugia malayi e B. timori ➢ Sudeste da Ásia e no Pacífico oriental ➢ Similares à W bancrofti exceto por alterações genitais são raras e renais são mais frequentes ➢HI: Anopheles e Mansonia ❑ Onchocerca volvulos ➢ filarídeo de tecido subcutâneo ➢18 milhões de parasitados (99% África) ➢ Oncocercomas: nódulos fibrosos subcutâneos ➢ HI: Simulium sp ❑Distribuição da onchocercose ❑Patogenia ❑Assintomático ❑ lesões cutâneas e oculares graves ➢ Dermatite Oncocercosa: migração da microfilária ➢Lesões oculares: ceratite – opacidade da córnea ➢Lesões linfáticas: infartamento de linfonodos próximos (edema linfático) ➢Disseminação: Renal, SNC, olho.... ❑Patogenia ❑River blindness❑Leopard skin ❑Diagnóstico ❑ Retalho cutâneo: Segmento cutâneo em sol. salina sobre lâmina. Observa-se microfilaria ❑ Biópsia ❑Tratamento ❑ Ivermectina: 200g/kg v.o ❑ Nodilectomia ❑Mansonella ozzardi ❑ Encontrado nas Ámericas ❑Oligopatogênicas(membrasa serosa, mesentério) ❑ HI: Culicóides ❑ Diagnóstico diferencial: microfilária não possui bainha, sem peridicidade Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32: Toxocara Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36: Patogenia Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40: Diagnóstico LMV Slide 41: Epidemiologia e Controle Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65: Paleoparasitologia e Biologia Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72: Trichuris trichiura Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88 Slide 89 Slide 90: Ciclo da Trichinella Slide 91 Slide 92: Sintomatologia Slide 93: Complicações Slide 94 Slide 95: Diagnóstico Slide 96: Tratamento Slide 97 Slide 98 Slide 99 Slide 100 Slide 101 Slide 102 Slide 103 Slide 104 Slide 105 Slide 106 Slide 107 Slide 108: Diagnóstico Slide 109: Controle Slide 110 Slide 111 Slide 112 Slide 113 Slide 114 Slide 115 Slide 116 Slide 117 Slide 118 Slide 119 Slide 120 Slide 121 Slide 122 Slide 123 Slide 124 Slide 125 Slide 126 Slide 127 Slide 128 Slide 129 Slide 130 Slide 131 Slide 132 Slide 133 Slide 134