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Estudo de Caso

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Estudo de Caso – Disciplina: Bases Biológicas Integradas (UNINGÁ)
Leia atentamente o trecho do texto retirado do artigo da Revista Pesquisa Fapesp intitulado “Autofagia para sobrevivência”
 
“Um mês antes uma equipe da Universidade de Cambridge havia mostrado na Human Molecular Genetics as possibilidades de uso do lítio e da rapamicina, combinados, para tratar a doença de Huntington, outra enfermidade com perda contínua da funcionalidade dos neurônios. “A autofagia parece remover os agregados de proteínas malformadas, que atrapalham o funcionamento das células nervosas e estão presentes em doenças neurodegenerativas como a de Huntington, Parkinson e Alzheimer”, observa Soraya. Segundo ela, estudos realizados em seu laboratório com células de pacientes com Huntington mostraram que estimular a autofagia pode retardar o aparecimento da morte celular por apoptose.
 
Uma célula que se limpou por meio da autofagia pode viver mais, de acordo com um estudo realizado nos Estados Unidos e publicado na Nature em julho de 2009. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores cuidaram de cerca de 3 mil ratos idosos, com uma idade equivalente a 60 anos em seres humanos. Administraram rapamicina, composto que estimula a autofagia, a uma parte dos animais e esperaram todos morrer naturalmente, de cinco a sete meses depois. Os camundongos que receberam rapamicina apresentaram um tempo de vida de 28% a 38% maior que os do grupo que não recebeu nada.”
 
Referência completa: Fioravanti, C. 2010. Autofagia para sobrevivência: A manipulação da autodigestão celular inspira novas estratégias para combater doenças. Pesquisa Fapesp 168 (48): 42-47.
 
Qual é a organela celular que exerce a função que tema central do texto? Explique como essa organela está envolvida no processo de autofagia.
RESPOSTA 
A organela celular que exerce a função do tema central do texto é o Lisossomo. Lisossomos são organelas presentes no citoplasma da grande maioria das células eucariontes. No interior dos lisossomos podemos encontrar grande quantidade de enzimas digestivas. Essa organela é importante para a atividade de digestão intracelular. Os lisossomos são formados no Complexo de Golgi (outra importante organela presente no Citoplasma). As proteínas da membrana dos lisossomos, assim como as enzimas hidrolíticas encontradas no seu meio interno são produzidas pelo Retículo Endoplasmático Rugoso (R.E.R), transferidas e processadas no Complexo de Golgi até que façam parte da constituição da organela. A função dos Lisossomos é fazer a degradação e digestão de partículas originárias do meio exterior às células e reciclar (função de renovação celular) outras organelas celulares que estão envelhecidas. Este processo é conhecido como autofagia.
Segundo Christian de Duve (1963) "autofagia é uma palavra de origem grega (auto = eu efagia = comer) que significa “comer a si mesmo”, processo explicado da seguinte forma:  
A autofagia acontece quando as células englobam e degradam porções de seu próprio citoplasma. Nesse processo, formam-se membranas, de origem ainda controversa, que englobam porções do citoplasma, produzindo uma estrutura fechada denominada de vacúolo autofágico ou autofagossomo. Posteriormente, o vacúolo une-se a lisossomos, dando origem ao autolisossomo ou autofagolissomo. As enzimas encontradas nos lisossomos serão, então, responsáveis por garantir que o material interno e a membrana sejam degradados. (SANTOS, Vanessa Sardinha Dos. "O que é autofagia?"; Brasil Escola.) 
Ou seja, a autofagia ocorre quando um lisossomo funde sua membrana com a membrana da organela que deseja desintegrar, liberando dentro dela suas enzimas, destruindo-a.

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