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Da Dependência a Independência no Desenvolvimento do Indivíduo

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Da Dependência à Independência no Desenvolvimento do Indivíduo
A maturidade de um indivíduo não implica somente em crescimento pessoal, mas, também, na sua socialização. Deve ser capaz de se identificar com a sociedade satisfazendo suas necessidades pessoais sem ser anti-social e podendo manter ou modificar a sociedade em que se encontra. Em suma, a independência nunca é absoluta, um indivíduo interdependente de um ambiente social. Logo, a maturidade completa de um indivíduo não é possível em uma sociedade imatura ou doente. 
O crescimento emocional pode ser dividido em 3 categorias:
1) Dependência Absoluta: No inicio do desenvolvimento, o lactente é completamente dependente da mãe. Em termos psicológicos, consideramos que o lactente é dependente e independente. O processo de maturação, que é a evolução do ego e do self, depende de fatores tanto de herdados como da provisão do ambiente que possibilita à criança concretizar seu potencial. Esse processo de maturação é algo muito complexo que traz exigências para os pais que devem proporcionar um ambiente favorável a esse desenvolvimento. Esse ambiente favorável, inicialmente, se deve ao papel da mãe. A “preocupação materna primária” seria esse estado inicial nas primeiras semanas do nascimento do bebe e a preocupação da mãe e identificação dela com o bebe. Como acaba usando suas próprias experiências no cuidado com o bebe, a mãe está em estado dependente e vulnerável e o bebe está em dependência absoluta da mãe. A adaptação do bebe era vista somente pelas suas necessidades primitivas, hoje, porém, sabe-se que há um conjunto inteiro de ego a ser desenvolvido com suas próprias características. As necessidades do ego são muitas: segurar no colo, por exemplo, teria que haver uma identificação da mãe com o bebe nesse momento. A mãe protege o bebe e o conduz ao processo de vir a ser e, quando há uma falha na adaptação, é quebrado esse processo. As funções corporais da criança dão uma base para construção de um ego corporal e uma saúde mental futura. Essa adaptação dura pouco tempo. Logo o bebe começa acaba aprendendo a lidar com essas falhas menores de adaptação através, por exemplo, de espernear ou chorar. Nesse mesmo momento, a mãe inicia a retomada da sua vida e da sua própria independência. O lactente não tem consciência da provisão materna. A recompensa nesse estágio é que os processos de desenvolvimento do lactente não são distorcidos.
2) Dependência Relativa: é um estagio de adaptação a uma falha gradual dessa mesma adaptação. O processo de cuidado com o lactente é uma apresentação continua do mundo para ele. Quando há uma confusão no modo em que a realidade é apresentada, a compreensão intelectual de inicio pode ser afetada. O que a criança precisa é o cuidado e atenção de alguém continuamente. O lactente só terá uma apresentação não confusa da realidade se for cuidado por um ser humano que está devotado ao lactente e a tarefa de cuidar do lactente. A recompensa nesse estagio é que o lactente começa a tomar consciente dessa dependência. Aparece o primeiro sinal que a criança percebe quando a mãe esta ausente, a ansiedade. Ela começa a perceber que a mãe é necessária e a mãe acaba não querendo deixar ela para não causar tal ansiedade. Essa fase dura dos 6 meses aos 2 anos de idade. A partir dos 2 anos, a criança começa a lidar com a perda.
3) Rumo à Independência: A criança se torna gradativamente capaz de se defrontar com o mundo e com todas as suas complexidades com o que está dentro de si própria. Ela se identifica com a sociedade. Nesse momento se desenvolve a verdadeira independência, quando é capaz de viver uma experiência pessoal satisfatória envolvida com a sociedade. Pode haver recuos nessa socialização em alguns momentos, por exemplo, na puberdade. Os adolescentes vão de um grupo para outro e os pais são importantes nesse manejo devido a tensões instintivas e padrões que reaparecem estabelecidos em idade pré-escolar. Os adultos continuam esse processo de crescer e amadurecer ate uma maturidade completa.

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