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Resumo
Metodologia da pesquisa
Você já deve ter ouvido que seguir a perspectiva da 
metodologia científica é um dos caminhos para a 
realização de trabalhos acadêmicos.
A partir deste conteúdo, você refletirá sobre o desenvolvimento
da ciência, a partir da abordagem de aspectos relativos aos 
tipos de investigação científica e da avaliação do uso da teoria 
nos projetos de pesquisa.
Para dar conta dessa tarefa, serão necessárias algumas 
reflexões sobre a importância desse método de estudo bem 
como dos princípios éticos que devem ser considerados no 
momento de concretização de tais trabalhos.
Sendo assim, esta disciplina tem como objetivos:
1. Definir o percurso da metodologia científica e a construção 
de seus aspectos formais;
2. Descrever os fundamentos, os métodos e tipos de pesquisa 
da e na produção do conhecimento científico;
3. Demonstrar a elaboração de pesquisas e trabalhos 
científicos, de acordo com orientações da Universidade Estácio 
de Sá (UNESA) e regras da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT).
Construção do conhecimento
Você já se perguntou, alguma vez, sobre como o conhecimento 
é construído? De que forma ele vem se acumulando e sendo 
transmitido às pessoas ao longo dos anos?
RESPOSTA: 
Os iluministas acreditavam que era possível conter todo o 
saber em uma enciclopédia, mas sabemos que ele nunca 
coube tampouco caberá em um conjunto de livros – 
principalmente se considerarmos o surgimento da internet.
Para que possamos construir conhecimento, precisamos nos 
valer de algum método, de um lugar pelo qual vamos transitar,
com indicações, marcações, estratégias, enfim, tudo 
devidamente registrado para futuras consultas.
Método e metodologia científica
Quando falamos em metodologia científica, estamos pensando 
em estudar o método, isto é, os caminhos traçados em 
determinada pesquisa para que os resultados sejam 
entendidos.
A partir desse momento, podemos, então:
Generalizar (ou não) os resultados;
Compreender os procedimentos de análise;
Repetir os passos do experimento e dos achados, revalidando 
os dados ou refutando-os.
Tipos de conhecimento
Antes de nos aprofundarmos sobre o estudo do método científico para fins de 
construção do conhecimento, vamos identificar, primeiro, os tipos de saberes 
com os quais lidamos todos os dias. Para começar, precisamos entender que 
conhecer é um processo que não ocorre de forma imediata. O sujeito 
cognoscente – aquele que conhece – se apropria do objeto, que, nesse 
momento, passa a ser apreendido. Ao produzirmos conhecimento, mobilizamos
nossos sentidos e nossas capacidades intelectuais, processando, de alguma 
forma, as informações absorvidas. Essas sensações são transformadas por 
nosso intelecto em ideias, reconstruindo as realidades com as quais lidamos e 
construindo outras tantas.
Como afirma Rampazzo (2013, p. 18. Grifo do autor):
“[...] a complexidade do real, objeto do conhecimento, ditará, 
necessariamente, formas diferentes de apropriação por parte do sujeito 
cognoscente. Essas formas darão os diversos níveis de conhecimento [...]”.
De acordo com o autor, de forma didática, o conhecimento pode ser 
estruturado e organizado nos seguintes níveis:
Popular ou do senso comum;
Científico;
Filosófico;
Teológico.
Conhecimento popular ou senso
O conhecimento popular ou do senso comum é aquele construído no dia 
a dia, em nosso cotidiano.
Por isso, também é conhecido como conhecimento empírico, pois são as
experiências vivenciadas que vão consolidando os saberes construídos.
Atualmente, esse tipo de saber tem sido alvo de interesse da ciência. Afinal, 
trata-se de um conhecimento historicamente construído antes da 
sistematização dos métodos, o que vem trazendo muitas pistas para 
investigações mais profundas e ordenadas.
Como exemplo desse nível de conhecimento, Rampazzo (2013, p. 18) afirma:
“[...] não é necessário estudar Direito para saber que cada sociedade tem suas 
normas e suas leis”.
Conhecimento científico
O conhecimento científico é relativamente recente na história do 
mundo ocidental. Esse saber tem pouco mais de 400 anos e foi consolidado 
entre os séculos XVI e XVII, com Galileu Galilei (1564-1642). Contudo, conforme
aponta Rampazzo (2013), isso não quer dizer que não havia conhecimento 
rigoroso e metódico antes desse período.
Regularidade
Esse tipo de saber busca ser geral e generalizável, como leis que possam 
definir conceitos aplicáveis aos objetos, mesmo em situações diferenciadas.
Utilização de instrumentos
A utilização de instrumentos permite que os achados científicos ultrapassem a 
subjetividade do cientista, visto que estes podem ser controlados e avaliados 
com rigor e precisão, o que possibilita uma verificação objetiva da realidade 
que se apresenta. Esses instrumentos devem ser usados de acordo com as 
especificidades de cada área do conhecimento.
Comunicação
Esse tipo de saber deve ser comunicável e aberto, visto que pode ser testado a
qualquer instante por outros cientistas e, a partir desse momento, referendado 
ou refutado.
As novas tecnologias, por exemplo, vão apontando novos caminhos e oferecem
oportunidades de verificação dos conhecimentos já construídos, levando em 
conta novos instrumentos de testagem.
Observação e experimentação
Para diferenciar-se da Filosofia e de outras formas de conhecimento, a ciência 
pauta-se na observação e na experimentação, de forma controlada e rigorosa.
Rigor na investigação e na redação
Para ser generalizável, a ciência tem de se pautar em caminhos claros e 
precisos durante as investigações, o que não quer dizer que os registros serão 
sempre escritos e apresentados na mesma linguagem.
Por isso, é necessário rigor no desenvolvimento das pesquisas, ou seja, definir 
os conceitos de forma a reduzir ou mesmo eliminar a ambiguidade. 
Desse rigor pretendido, fazem parte a particularidade de cada campo 
disciplinar e suas formas de expressão – cada qual com seu método, seu 
vocabulário e seus termos específicos.
Objetividade
Esse tipo de saber busca ser objetivo, de modo que as observações e os 
achados possam ser reproduzidos e testados por outros, seguindo os registros 
sistematizados. Disto resulta a importância do método: parte-se de um 
caminho bem organizado e relatado para chegar às descobertas e 
constatações (ou não).
Conhecimento filosófico
Ao contrário das áreas específicas das ciências, a Filosofia é muito 
abrangente e preocupa-se com as inúmeras questões da realidade 
humana, seguindo à procura de respostas mais profundas que nos fazem 
refletir, mesmo amparados pela razão.
De acordo com a origem da palavra:
FILOSOFIA = AMOR À SABEDORIA
Tal significado confirma sua vocação: a busca de um saber que transcende 
os aspectos verificáveis da vida, a partir de uma visão de conjunto.
Por exemplo, o conhecimento filosófico quer entender:
Por que a ciência existe?
A quem atendem os achados e as descobertas obtidos através dos métodos 
científicos?
Conhecimento teológico
O conhecimento teológico pretende encontrar a verdade não pelo 
caminho da investigação, mas pela revelação.
Em outras palavras, trata-se de um saber baseado na fé, mesmo partindo de 
reflexões racionais e sistemáticas.
Dessa forma, os dados referendados por esse tipo de conhecimento não
serão descobertos pelo senso comum, pela ciência nem pela filosofia, 
mas, sobretudo, pela experiência da crença.
Método científico – ***POSSIBILIDADE GRANDE DE CAIR NA 
PROVA
Entre os níveis de conhecimento que estudamos, o que mais nos interessa 
nesta disciplina é aquele que contempla o método científico.
Conforme vimos anteriormente, suas bases foram firmadas a partir do final da 
Idade Média, com as novas descobertas feitas por Galileu Galilei.
A partir de então, a busca de uma compreensão metódica dos fatos e de suasrelações toma o centro da ciência como pesquisa, com a explicação dos 
acontecimentos pela observação científica atrelada ao raciocínio.
Observações
Não se trata de verificações sem compromisso. Ao contrário, o método 
científico requer uma análise precisa, atenta, metódica e ética dos fatos.
É através dos processos de observação que o cientista/pesquisador vai 
coletando os dados para futuramente analisá-los à luz das teorias já 
construídas. O aspecto ético é fundamental nesse processo e em todas as 
etapas da pesquisa.
Problematização/perguntas
Trata-se das perguntas que fazemos, levantando os problemas que 
pretendemos equacionar ou mesmo resolver ao longo da investigação.
Formulação de hipóteses
Com os problemas ou as questões elencadas, podemos propor hipóteses que 
serão confirmadas ou refutadas no decorrer do desenvolvimento da pesquisa.
Verificação das hipóteses
Momento de testar as hipóteses empiricamente, ou seja, de experimentá-las 
para verificar sua validade ou inutilização.
Conclusões
Sistematização do caminho percorrido na investigação. Esse é o instante em 
que apresentamos as descobertas da pesquisa e a finalizamos, a partir da 
síntese de ideias.
Documentação/registro e análise dos dados
A documentação ou o registro bem como a análise dos dados devem perpassar
todo o caminho da investigação, pois trazem ao cientista/pesquisador a 
necessária dúvida sobre seus achados, permitindo uma vigilância 
metodológica, o que, possivelmente, garantirá o rigor do método empregado.
Generalização dos resultados/novas descobertas/novas perguntas
A princípio, uma investigação científica rigorosa e metódica pretende 
generalizar suas conclusões como leis. Mas a diversidade do mundo 
contemporâneo e a visão de ciência atual alertam que nem todos os achados e
as descobertas científicas são generalizáveis, pois há exceções em todos os 
campos do saber.
Inclusive, os resultados de determinado trabalho acadêmico podem implicar 
outras interpretações que nos farão desenvolver novas pesquisas, pensar em 
novas perguntas sobre o mesmo tema e, por fim, chegar a novas descobertas.
Continuar a aprender...
SEMPRE continuamos a aprender. Afinal, o ciclo nunca para!
Veja as seguintes etapas:
-Problematização;
-Formulação/verificação das hipóteses;
-Referencial teórico;
-Instrumentos da pesquisa;
-Conclusões.
Podemos destacar as seguintes fases do método científico:
-Problematização (p. 1)
“Considerando os objetivos deste texto, não avançaremos análises referentes a
modelos de educação superior em suas relações com a indissociabilidade 
ensino-pesquisa-extensão, mas acreditamos importante registrar nossa adesão
ao modelo que a toma como princípio básico, tanto por suas dimensões ético-
políticas quanto por suas dimensões didático-pedagógicas. Neste sentido, sem 
preterir a importância da primeira dimensão, é sobre a segunda que 
discorreremos mais acuradamente. Para tanto, primeiramente, versaremos 
sobre alguns preceitos gerais acerca do ensino superior para, na sequência, 
focalizar a referida indissociabilidade com um de seus fundamentos 
metodológicos”.
-Formulação/verificação das hipóteses (p. 3-4)
“Por tais razões, inclusive, a dupla função do ensino superior não pode ser 
dissociada. Se, por um lado, ele é via de formação profissional, implicando a 
aprendizagem de um conjunto de conhecimentos e domínios metodológico-
técnicos, é, também, via estruturante de recursos afetivo-cognitivos 
imprescindíveis para que os educandos possam conhecer com o devido rigor, 
cientificidade e criticidade não apenas as dimensões técnicas de seu futuro 
exercício profissional como também as condições histórico-sociais nas quais 
este exercício ocorrerá, dado que reafirma a importância da indissociabilidade 
ensino-pesquisa-extensão”.
-Referencial teórico (p. 4-8)
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996;
Phillipe Perrenoud;
Vasquez (1968);
Duarte (1998);
Saviani (1984);
Vigevani (2001);
Rosemberg (2002);
Moraes (2001);
Resolução UNESP nº 102/00, que dispõe sobre o Regimento Geral da Extensão 
Universitária na UNESP;
Plano Nacional de Extensão (2000).
-Instrumentos da pesquisa
Pesquisa bibliográfica baseada em literatura da área e na legislação.
-Conclusões (p. 9-10)
EXERCÍCIOS E RESPOSTAS
1-As palavras são mapas que nos indicam ideias e, em sua maioria, 
têm raízes bem distantes das quais acabam se distanciando por seu
uso continuado. Pensando nisso e no que estudamos, a palavra 
método tem sua raiz no grego methodos e significa: 
RESPOSTA: Caminho.
O método corresponde a um caminho e é aplicado em pesquisas 
como o registro do percurso da investigação.
2-De acordo com o que estudamos, são tipos de conhecimento: 
RESPOSTA: Científico, filosófico, teológico e popular ou do senso 
comum. 
De fato, lidamos com todos esses níveis de aprofundamento do 
saber, mas, conforme a tipologia apresentada e mais usualmente 
aceita, o conhecimento é classificado em, pelo menos, quatro tipos 
– popular ou do senso comum, científico, filosófico e teológico.
3-As características do conhecimento científico são:
RESPOSTA: Regularidade, objetividade, rigor na investigação e na 
redação, observação e experimentação, utilização de instrumentos 
e comunicação.
Para ser considerado como científico, o conhecimento precisa 
apresentar regularidade, objetividade, rigor na investigação e na 
redação, observação e experimentação, utilização de instrumentos 
e comunicação.
4-O método científico segue determinadas etapas ou fases. São 
elas:
RESPOSTA: Observação, problematização, formulação/verificação 
das hipóteses, conclusões e generalização dos resultados.
De acordo com as normas aceitas, as etapas do método científico 
contemplam a observação, a problematização, a 
formulação/verificação das hipóteses, as conclusões e a 
generalização dos resultados. O não cumprimento de uma dessas 
fases poderá enviesar e falsear os dados e resultados obtidos.
5-A documentação ou o registro bem como a análise dos dados
devem:
RESPOSTA: Perpassar todo o caminho da investigação.
De acordo com o que estudamos, uma pesquisa que se pauta no 
método científico deve ser acompanhada do início ao fim pela 
documentação ou pelo registro, bem como pela análise sistemática 
dos dados e resultados. A documentação em forma de registro – 
escrito ou fotográfico, por exemplo – é muito importante, pois 
garante ao pesquisador o armazenamento do caminho/método 
percorrido na investigação, além de subsidiar futuras pesquisas. 
Também é pela documentação que a comunicação dos achados da 
investigação pode ser divulgada e confrontada pela comunidade 
científica e pela sociedade de maneira geral.
*******FIM DOS EXERCÍCIOS ********
Planejando a pesquisa
INTRODUÇÃO
Nesta aula, você vai conhecer os tipos de pesquisa e a natureza das abordagens de um 
trabalho científico.
Para desenvolvê-lo com base no tema de sua escolha, é preciso seguir determinada linha
teórica que sustente a investigação e uma metodologia específica que o auxilie a planejar 
a pesquisa de forma adequada.
Vamos estudar melhor esses assuntos?
Método científico
A escolha do método de investigação diz respeito ao tipo de 
pesquisa que pretendemos desenvolver. Muitas vezes, os resultados
desse trabalho não são fidedignos porque o método escolhido para 
investigar determinado problema não condiz com o tema da 
pesquisa.
Por isso, sua adaptação ao assunto pesquisado é de suma 
importância, pois pode ser uma garantia ou, pelo menos, uma 
tentativa de manter o rigor científico e alcançar bons resultados.
Mas o que, de fato, significa pesquisar? Vamos descobrir?
Conceito de pesquisa
Quem empreende uma pesquisa busca informações relevantes para
desenvolver seu trabalho e procura organizá-las de forma 
cuidadosa e metódica. Algunsautores a definem da seguinte forma:
Sendo assim, um dos objetivos da pesquisa é buscar a 
solução de problemas por meio do método científico.
Caracterização da pesquisa
Qualquer investigação se caracteriza por três elementos básicos:
O levantamento de algum problema;
O encaminhamento ou a solução a(o) qual se chega;
Os meios, ou seja, os instrumentos e procedimentos metodológicos adequados 
ao empreendimento em questão.
A partir desses elementos, o objeto a ser pesquisado pode tornar-se mais 
visível ao pesquisador, permitindo uma melhor escolha do método de 
investigação.
Logo, o ato de pesquisar está cercado pelos seguintes questionamentos:
Para seguir esse percurso investigativo, é muito importante que você 
determine o tipo de pesquisa que desenvolverá. Vejamos o porquê…
Área de conhecimento da pesquisa
Em outras palavras, ao tentar entender o que é ser humano, o pesquisador se 
dá conta de que há inúmeras possibilidades válidas de compreender e explicar 
essa construção – ou seja, o modo de ser e de agir do indivíduo.
Dessa forma, o tipo de pesquisa do qual você lança mão é o que vai determinar
a obtenção de resultados confiáveis que possam ser analisados e apreendidos.
Partindo dessas ideias, vamos destacar, a seguir, as categorias investigativas 
mais utilizadas no meio acadêmico.
Pesquisa documental e bibliográfica
A pesquisa documental tem por base a procura de documentos de origem
primária que podem ser encontrados em arquivos, fontes estatísticas e não 
escritas.
Esses arquivos podem ser:
Públicos – a partir dos quais provavelmente vamos encontrar documentos 
oficiais;
Particulares – a partir dos quais encontramos documentos de natureza 
privada (aqueles que pertencem, geralmente, a instituições desse tipo).
Já a pesquisa bibliográfica tem como objetivo a investigação de um 
problema a partir de referências teóricas publicadas em livros, 
periódicos etc.
Essa pesquisa pode ser realizada de forma independente ou como parte de 
outros tipos de investigação.
Todos eles necessitam, praticamente, de um levantamento bibliográfico prévio 
para situar e fundamentar o problema em questão, bem como para justificar os
limites e as possíveis contribuições da própria pesquisa.
Pesquisa descritiva
A pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona os fatos
e dados pesquisados sem a interferência do pesquisador. Esse tipo de 
investigação procura descobrir e registra a frequência com que ocorrem os 
fenômenos, sua relação e a conexão com outros eventos, bem como sua 
natureza e suas principais características. De acordo com Rampazzo (2013), a 
pesquisa descritiva pode tomar a forma de:
******última INFORMAÇÃO
Estudo de caso
Observação particular de determinado indivíduo, grupo social, determinada 
família ou comunidade, cujo objetivo é investigar aspectos particulares de sua 
vida e de seus costumes.
Pesquisa experimental
A pesquisa experimental depende do estabelecimento de hipóteses e 
variáveis que vão sendo progressivamente testadas em situações de controle 
e confirmadas (ou não).
Essas situações são importantes, pois pretendem anular ou, até mesmo, 
minimizar a influência de variáveis que intervêm no processo da pesquisa.
Variáveis da pesquisa experimental
Rampazzo (2013, p. 56) aponta três tipos de variáveis:
Vejamos, a seguir, um exemplo de aplicação dessas variáveis em determinada 
situação.
Analise o seguinte caso...
Os alunos das escolas A e B obtêm diferentes resultados no processo seletivo 
de entrada na universidade por conta do estresse de alguns.
Abordagem quantitativa
Agora que você já conhece os tipos de pesquisa, vamos nos aprofundar sobre 
as abordagens que podemos agregar a eles, a fim de que possamos 
desenvolver a investigação. Vamos começar pela abordagem quantitativa.
Para Rampazzo (2013, p. 58), esta:
“[...] se inicia com o estudo de certo número de casos individuais, quantifica 
fatores segundo um estudo típico, servindo-se, frequentemente, de dados 
estatísticos, e generaliza o que foi encontrado nos casos particulares”.
Sendo assim, um estudo de natureza quantitativa preocupa-se, sobretudo,
com a quantidade de dados observados, a partir dos quais são elaborados 
mapas estatísticos que servem de referência para posteriores análises.
De maneira geral, essa abordagem é mais utilizada nas ciências duras – as 
chamadas Ciências Exatas – e pretende a generalização dos achados na 
investigação.
Abordagem qualitativa
A abordagem qualitativa põe em xeque o valor da generalização, ou seja, não 
procura, de forma mais direta, as estatísticas para os casos pesquisados – 
como a anterior.
Ao contrário, de acordo com Rampazzo (2013, p. 58-59), esta:
“[...] busca uma compreensão particular daquilo que estuda – o foco de sua 
atenção é centralizado no específico, no peculiar, no individual, almejando 
sempre a compreensão, e não a explicação dos fenômenos estudados. [...]
A pesquisa é concebida como um empreendimento mais abrangente e 
multidimensional do que aquele comum na pesquisa quantitativa”.
Procurando o específico de cada situação analisada, a abordagem 
qualitativa tem o objetivo de compreender os fenômenos com base 
nos contextos de tempo e espaço e nos sujeitos da pesquisa, sem 
deslocar os fatos da realidade investigada.
Introdução
Nesta aula, vamos tratar da organização da pesquisa como um 
projeto. Logo, você vai identificar as etapas de uma investigação e as 
opções teóricas de que podemos nos valer para desenvolvê-la. 
Para isso, é importante conhecer as normas da Associação Brasileira 
de Normas Técnicas (ABNT), que unificam a redação do trabalho, além 
de estabelecer princípios e diretrizes sobre a pesquisa científica. 
Então, aproveite este estudo para aperfeiçoar seus conhecimentos!
Escolha e delimitação do tema
Na aula anterior, estudamos os tipos de pesquisa e suas abordagens 
quantitativa e qualitativa.
Mas, antes de optar por uma dessas abordagens, você deve escolher e
delimitar seu tema de estudo, de modo que seja viável e condizente 
com o tipo de pesquisa que pretende desenvolver.
Delimitar o assunto a ser tratado é como colocar uma lente sobre 
determinado objeto de pesquisa, na tentativa de focalizar os detalhes 
dentro de um grande campo do saber.
Ensino superior
Essa delimitação é fundamental para o adequado andamento da 
pesquisa, pois nos permite visualizar, com maior clareza, os aspectos 
que pretendemos investigar.
Invenção:
Fase da intuição, da descoberta, da formulação de hipóteses, na qual 
o pensamento é provocado e questiona aspectos da realidade.
Pesquisa:
Fase experimental – com trabalho de laboratório ou de campo – ou 
bibliográfica.
Aqui, começamos a comparar nossas intuições com as percepções dos 
outros, confrontando ideias, rejeitando-as, reformulando-as, enfim, 
formalizando uma concepção – mesmo provisória – que já nos aponta 
um caminho a seguir.
Composição do trabalho:
Fase de desenvolvimento do trabalho investigativo. Após amadurecer 
a ideia inicial da pesquisa, já é possível seguir um caminho definitivo 
que poderá – ou não – confirmar essa ideia anterior, norteando o rumo 
do trabalho.
Referencial Teórico
Depois de empreender as etapas anteriores, é fundamental buscar o 
referencial teórico necessário para desenvolver a investigação com o 
rigor científico inerente a um trabalho acadêmico de boa qualidade.
De acordo com Severino (2007, p. 133):
“[...] o trabalho de pesquisa deverá dar conta dos elementos 
necessários para o desenvolvimento do raciocínio demonstrativo, 
recorrendo, assim, a um volume de fontes suficiente para cumprir 
essa tarefa – esteja ela relacionada com o levantamento de dados 
empíricos, com ideias presentes nos textos ou com intuições e 
raciocínios do próprio pesquisador”.
Mas que fontes seriam essas?Os referenciais teóricos são os textos básicos para o tema que você 
pretende pesquisar: um material que pode ajudar a situar o assunto 
em um panorama mais geral nesse primeiro momento.
Organização do referencial teórico
A partir do estabelecimento de um aporte teórico inicial, você deve 
começar a explorar e a organizar o material de sua pesquisa, valendo-
se da heurística, a fim de ter em mãos o suporte necessário para 
empreender o estudo que pretende.
Atualmente, essa busca também pode ser feita por meio dos recursos 
da internet, mas tanto o material físico quanto o virtual precisam ser 
checados em termos de seriedade e confiabilidade, até porque:
Todo trabalho acadêmico-científico deve basear-se em 
fontes confiáveis!
Organização do referencial teórico
Vamos dar continuidade à elaboração da pesquisa-
exemplo, com base no tema apresentado 
anteriormente: a formação docente para o Ensino 
Superior. Para organizar o quadro teórico referente a 
esse assunto, podemos nos perguntar:
Problematizando o tema da pesquisa
Toda investigação parte de um problema. Para elaborá-
lo, você precisa responder as seguintes perguntas:
O que quero pesquisar?
Que questão pretendo responder com minha pesquisa?
Como afirma Freixo (2010, p. 157):
“[...] neste processo de formulação de uma questão de 
investigação mais precisa, é importante que se enuncie 
a interrogação sobre sua pertinência, seu valor teórico e
prático, e suas dimensões metodológicas, sem esquecer,
evidentemente, suas implicações éticas”.
Sendo assim, ao formular um problema de pesquisa, é 
fundamental apontar, de modo transparente e explícito, 
o que você planeja resolver, delimitando o campo do 
saber em que se enquadra seu trabalho e apresentando 
suas principais características.
Por exemplo, no filme O óleo de Lorenzo, o pai de um 
menino portador de doença rara decide realizar um 
trabalho científico para descobrir uma forma de 
prolongar a vida do filho.
Diante do diagnóstico negativo dado pelos médicos, ele 
resolve, por conta própria, pesquisar em diversas fontes
como estabilizar os níveis de gordura no sangue 
Formulação de objetivos e de hipóteses
Após a questão-problema da pesquisa ser anunciada, é 
necessário formular os objetivos do estudo e algumas 
hipóteses que serão confrontadas com os dados 
colhidos.
Justificativa em cronograma
Para além das hipóteses, que podem – ou não – ser 
confirmadas ao longo da investigação, a pesquisa 
necessita de uma justificativa plausível que explique 
sua validade e fundamente os argumentos do 
pesquisador.
É através desse elemento que você fará sua 
argumentação quanto à importância do 
desenvolvimento do trabalho científico e de seus 
resultados.
Também é fundamental que você organize um 
cronograma que lhe indique o andamento da 
investigação e as etapas que têm de ser alcançadas nos 
prazos estabelecidos.
Trata-se de uma espécie de calendário, no qual 
marcamos as fases da pesquisa e o tempo estimado 
para que sejam cumpridas.
Normas da ABNT
Até agora, pautamos nosso estudo na confiabilidade e 
no rigor científico da pesquisa, mas não podemos deixar
de expor as normas para a elaboração de trabalhos 
acadêmicos, tais como:
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC);
Dissertações;
Teses;
Artigos;
Pôsteres.
Estamos nos referindo às regras que garantem a 
normatização/unificação na apresentação de 
investigações cuja base é a ciência, assegurando que os
procedimentos sejam padronizados – inclusive na 
redação do estudo.
No Brasil, o órgão responsável por essa padronização é 
a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 
Lidar com essas normas é comum na vida acadêmica, 
universitária e de alguns cursos técnicos, mas aplicá-las
demanda tempo e paciência.
As universidades e entidades educacionais fazem 
adaptações da ABNT de acordo com sua própria 
normatização. Dessa forma, para desenvolver seu 
trabalho, consulte, antes, o manual de normas da 
universidade em que estuda.
Exercícios:
1-Leia as seguintes afirmações: 
I. Logo após a escolha do tema da pesquisa, é necessário delimitá-lo. 
II. A delimitação do tema não é tão fundamental à pesquisa qualitativa. 
III. A delimitação do tema é uma das fases da pesquisa que pode ser ignorada.
Entre os itens anteriores, está(ão) INCORRETO(S):
I e II
I e III
II e III (RESPOSTA)
I, II e III
Apenas I
JUSTIFICATIVA:
A delimitação do tema da pesquisa é necessária logo após sua escolha, a fim 
de que haja maior rigor e centralidade na investigação.
2-De acordo com Severino (2007), as fases para o amadurecimento de um 
trabalho científico incluem:
As análises qualitativas, e a elaboração de gráficos e tabelas.
A invenção, o momento da pesquisa e a composição do trabalho.(RESPOSTA)
O estudo exploratório, a revisão bibliográfica e a escrita do resumo.
A coleta de dados empíricos, a pesquisa qualitativa e a análise dos gráficos.
As análises quantitativas, a elaboração de quadros teóricos e a introdução.
JUSTIFICATIVA:
As fases de amadurecimento da pesquisa são a invenção/opção pelo assunto a 
ser investigado, o momento da pesquisa – que inclui as alternativas 
metodológicas e as etapas de elaboração do estudo e de coleta de dados –, e a
composição do trabalho – que formaliza as análises do material colhido e nos 
permite chegar às considerações finais da pesquisa.
3-No momento da organização do quadro teórico da investigação, o 
pesquisador deve:
Estabelecer o objeto de estudo.
Levar em conta todas as investigações pesquisadas.
Consultar somente um tipo de pesquisa.
Considerar as várias fontes de busca de material.(RESPOSTA)
Empreender uma pesquisa reduzida, com apenas uma visão sobre o assunto.
JUSTIFICATIVA:
Na fase de organização do referencial teórico da pesquisa, é muito importante 
buscar materiais a partir de várias fontes, valendo-se de inúmeros recursos – 
como a internet, por exemplo.
4-De acordo com Freixo (2010), a hipótese é uma sugestão que:
Não se concretiza.
Serve de resposta para o problema.(RESPOSTA)
Indica a possibilidade de invalidação da pesquisa.
Resolve os impasses da pesquisa em seu curso.
Anula toda a pesquisa se não for confirmada.
JUSTIFICATIVA:
Freixo (2010) define, de maneira sucinta, a hipótese como a sugestão de uma 
resposta para o problema da pesquisa, considerada a priori na investigação.
5-No Brasil, a ABNT é responsável por: 
I.Padronizar a elaboração de trabalhos acadêmicos. 
II. Ditar as normas técnicas de vários setores de produção. 
III. Normatizar os aspectos da produção técnica brasileira em diversas áreas do 
conhecimento e da produção de bens e serviços. 
Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S):
I e II
I e III
I, II e III (RESPOSTA)
Apenas III
Apenas I
JUSTIFICATIVA:
No Brasil, a ABNT é o órgão responsável por normatizar e padronizar a 
produção acadêmica e de bens e serviços da indústria e do comércio.
Introdução
Nesta aula, você conhecerá os instrumentos que auxiliam a 
pesquisa bibliográfica – tais como o fichamento de leituras, a 
análise e a revisão de textos –, além de técnicas para a coleta de 
dados. 
Você também aprenderá a utilizar citações diretas e indiretas em 
seu texto acadêmico. Aproveite essas dicas para construí-lo da 
melhor forma possível!
Levantamento bibliográfico
Na aula anterior, estudamos as fases de elaboração e de 
desenvolvimento de pesquisas acadêmicas, bem como as regras da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que emite a 
padronização de trabalhos científicos.
Agora, daremos continuidade a esse estudo, conhecendo os 
instrumentos de investigação e as formas de redação desse tipo de 
texto.
Vamos começar com o levantamento bibliográfico, que reúne dados
disponíveis sobre o assunto da pesquisa.
Essa é uma das principais etapasdo trabalho, pois, a partir desse 
recolhimento inicial, você pode ter ideia de como desenvolver o 
tema que delimitou para seu estudo.
Apontamentos na bibliografia
Após o levantamento bibliográfico, você deve iniciar uma nova 
etapa em seu trabalho: a leitura desse material, produzindo 
fichamentos, anotações e observações sobre ele.
Pesquisa bibliográfica x Pesquisa documental
Para entender a distinção entre as pesquisas bibliográfica e 
documental, assista ao vídeo a seguir, que trata dessas e de outras 
modalidades de pesquisa em Educação:
Independente do tipo de pesquisa que pretende desenvolver, ao 
tomar notas sobre os textos investigados ou sobre um evento 
programado, você ganha tempo para escrever seu trabalho. Se for 
preciso examinar determinada obra, por exemplo, basta consultar 
suas anotações a respeito dela – e não lê-la por completo 
novamente.
Dessa forma, você terá acesso ao conteúdo que julgou mais 
importante para o desenvolvimento de seu tema de investigação.
Técnicas e instrumentos para coleta de dados
Por exemplo, para obter melhores resultados, uma pesquisa de 
orientação quantitativa vai se valer de mecanismos de coleta que 
possam dar conta de uma grande quantidade de dados, os quais 
serão, posteriormente, analisados e interpretados com base na 
fundamentação teórica do trabalho.
Entrevista
A entrevista é uma técnica de pesquisa que permite uma maior 
aproximação entre o pesquisador e os sujeitos da pesquisa. É nesse
espaço que serão travadas relações de interação com a implicação 
do entrevistador e do entrevistado.
De acordo com Freixo (2010), as entrevistas podem ser:
Estruturadas:
Entrevista realizada a partir de perguntas formuladas e 
padronizadas antecipadamente. Aqui, não há espaço para a 
alteração dos tópicos elencados de forma prévia. A intenção dessa 
padronização é obter respostas que poderão ser analisadas e 
comparadas depois.
Semiestruturadas:
Entrevista que segue um roteiro prévio, mas, nesse caso, o 
pesquisador tem a liberdade de incluir nela outros itens que, 
porventura, apareçam ao longo do evento.
Não estruturadas:
Entrevista realizada livremente a partir da escolha de um tema. 
Trata-se de uma espécie de conversa com o entrevistado.
Observação
A observação é uma técnica de pesquisa que 
permite a constatação – ou não – de um fato ou 
fenômeno, quer se trate de uma observação 
planejada ou ocasional.
Natural:
Observação não planejada.
Experimental ou científica: 
Observação planejada, na qual são estabelecidas 
variáveis previamente elencadas.
Não participante:
Neste caso, o observador permanece fora da 
realidade que se propôs a observar como objeto de 
estudo e não interfere na situação, assumindo o 
papel de espectador.
Participante:
Neste caso, o observador participa da situação 
observada e incorpora-se ao grupo como um 
elemento da comunidade estudada.
Questionário
O questionário é um conjunto de questões que permitem reunir
informações e opiniões dos sujeitos da pesquisa dentro do 
tema recortado para o estudo.
Usualmente, os questionários são preenchidos por escrito pelos
próprios participantes da pesquisa, o que possibilita ao 
pesquisador ter um controle maior dos dados coletados em sua
posterior análise.
Assim que determinar o que deseja alcançar, você deve 
elaborar as questões de forma clara e objetiva, de modo que os
sujeitos da pesquisa possam respondê-las sem qualquer tipo 
de intervenção ou explicação sua.
Dessa forma, é interessante que, antes de desenvolver a 
pesquisa, você valide esse instrumento de estudo, realizando 
um pré-teste dos questionários com um grupo menor de 
pessoas. 
Vantagens do uso do questionário
Uma das vantagens do uso do questionário como instrumento 
de pesquisa é a liberdade do respondente: ele pode escrever 
sua opinião sobre o que é solicitado sem, muitas vezes, 
precisar se identificar.
Nesse sentido, as respostas poderão revelar aspectos que, 
provavelmente, não viriam à tona em uma entrevista, por 
exemplo.
Além disso, quando bem organizados visualmente – com 
formatação adequada e aplicação planejada –, os questionários
permitem a diminuição dos custos da investigação.
Isso acontece porque, através dessa ferramenta, você pode 
obter um bom número de respostas em um curto espaço de 
tempo e sem a necessidade de vários deslocamentos 
sucessivos ao local dos respondentes.
Atualmente, existem ferramentas virtuais que:
Possibilitam a elaboração de questionários online – como o 
Google Drive, por exemplo;
Fazem a tabulação dos dados;
Constroem gráficos com resultados.
Entretanto, o papel do pesquisador é fundamental na 
interpretação desses dados coletados no questionário, pois 
cabe a ele compreender, de forma mais apurada, os aspectos 
que se revelam nas respostas e indicações dos respondentes.
Com os resultados em mãos, você já pode redigir seu texto 
acadêmico, valendo-se da argumentação científica.
Argumentação científica
Como você viu nas aulas anteriores, a redação científica tem 
de seguir certos padrões, normas e regras. O trabalho dever 
ser escrito em linguagem clara, precisa e lógica, sem dar 
margem a dúvidas e a interpretações equivocadas. A correção 
gramatical também é imprescindível à redação.
Dessa forma, os leitores poderão compreender os resultados de
seu estudo.
Por isso, é importante definir os conceitos e dar ao leitor a 
exata localização de onde se está falando, indicando quais os 
princípios, as definições e os critérios utilizados em sua 
pesquisa e sob que ponto de vista eles foram desenvolvidos.
Isso é fundamental, pois um mesmo aspecto pode ser 
conceituado de maneira distinta nas diversas áreas do 
conhecimento. Quer ver um exemplo?
Suponha que o tema principal de sua investigação esteja 
voltado para a educação infantil e de jovens e adultos, e que, 
de certo modo, você precise, ao longo de seu texto, definir 
criança e jovem. Logo, é necessário se ancorar em 
determinados princípios que estejam de acordo com o assunto 
a ser tratado.
Mas existem inúmeras formas de conceituarmos esses termos, 
com base em diferentes campos do saber.
Cabe a você, como pesquisador, identificar a definição que 
melhor se enquadra a seu objeto de estudo.
Em função de tudo o que apontamos anteriormente, 
observamos que a redação do texto acadêmico requer um 
pouco mais de cuidado e de formalidade.
Por isso, evite o verbalismo, a prolixidade, gírias, palavras e 
expressões vulgares. Opte sempre pela norma culta da língua 
portuguesa, visando à clareza na leitura de sua pesquisa.
Fuja, também, do emprego de expressões taxativas, tais como 
“afirma-se”, “conclui-se” etc. Em um trabalho científico, é mais
adequado utilizar sentenças flexíveis, que trazem, em si, a 
relatividade da ciência – objeto sempre em posição transitória 
justamente por sua cientificidade. Veja alguns exemplos: “os 
resultados sugerem que...”, “os dados parecem apontar 
para...”.
Além disso, para garantir a compreensão efetiva do leitor, seu 
texto deve ser objetivo e de fácil leitura.
Uso de citações
Na escrita de seu trabalho acadêmico-científico, você também 
pode – e DEVE – fazer citações que possam confirmar ou se 
contrapor ao ponto de vista defendido em seu estudo.
Elas devem ter sempre sua fonte divulgada no corpo do texto 
e, também, ao final do trabalho, na seção REFERÊNCIAS. Dessa
forma, você dá o crédito das ideias a seus devidos autores, 
sem se apropriar indevidamente dos conceitos do outro.
As normas da ABNT também permitem que a referência de 
uma citação seja indicada por notas de rodapé.
Essas notas são utilizadas para acrescentar maiores detalhes à 
pesquisa e complementar sua ideia central, permitindo ao 
leitor a verificação das informações ali veiculadas, além de 
ampliar a argumentação do texto principal.Sendo assim, esse conjunto de recursos de estilo permite que a
redação dos trabalhos acadêmicos assuma uma característica 
diferenciada, com o rigor e a disciplina exigidos pela escrita 
científica.
Resumo e palavras-chave
O resumo de seu trabalho tem de ser breve e trazer as 
informações mais relevantes da pesquisa.
As normas da ABNT (NBR 6028, nov. 2003) apontam que esse 
tópico, presente em relatórios técnico-científicos e em 
trabalhos acadêmicos – tais como Trabalhos de Conclusão de 
Curso (TCCs), teses e dissertações –, deve apresentar de 150 a 
500 palavras.
Na maioria das vezes, o resumo vem acompanhado de 3 a 5 
palavras-chave: os termos que se destacam ao longo da 
investigação, indicando seu foco.
Como você pôde observar, o trabalho científico é composto de 
uma série de passos que precisam ser sistematizados, 
consolidados e revistos periodicamente frente a novos dados e 
a novas investigações.
Afinal:
Na ciência, a única certeza é a mudança!
EXERCÍCIOS:
1-De acordo com o que estudamos ao longo desta aula, as 
notas ou os fichamentos devem ser tomados no(s) seguinte(s) 
momento(s) da pesquisa:
I. Apenas no final.
II. Desde o início.
III. Apenas no início.
Entre os itens anteriores, está(ão) INCORRETO(S):
I e II
I e III (RESPOSTA)
II e III
I, II e III
Apenas I
JUSTIFICATIVA:
É necessário tomar notas e elaborar fichamentos dos textos 
lidos desde o início da pesquisa.
2-De acordo com Freixo (2010), o(s) principal(is) meio(s) para a
coleta de dados é(são):
O método exploratório.
A conversa descompromissada.
A entrevista, a observação e as perguntas abertas.
A entrevista, a observação e as perguntas fechadas.
A entrevista, a observação e o questionário.(RESPOSTA)
JUSTIFICATIVA
Os três principais meios para a coleta de dados em uma 
pesquisa são a entrevista, a observação e o questionário, que 
permitem que o pesquisador opte, de acordo com o objeto 
investigado, por uma ou várias ferramentas que possam 
coletar dados o mais fidedignamente possível.
3-De maneira geral, as entrevistas são classificadas em:
Estruturadas e desestruturadas.
Estruturadas e semiestruturadas.
Estruturadas, semiestruturadas e observativas.
Estruturadas, semiestruturadas e não estruturadas.(RESPOSTA)
Semiestruturadas e desestruturadas.
JUSTIFICATIVA:
Conforme aponta Freixo (2010), as entrevistas podem ser 
estruturadas, semiestruturadas e desestruturadas.
4-De acordo com o que estudamos ao longo desta aula sobre 
os instrumentos de coleta de dados de pesquisa, é possível 
afirmar que:
I. A observação natural não é planejada.
II. A observação experimental ou científica, na qual são 
estabelecidas variáveis previamente elencadas, é planejada.
III. A observação não é válida como método de pesquisa.
Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S):
I, II e III (RESPOSTA)
I e II
Apenas I
Apenas II
I, II e III
JUSTIFICATIVA:
A observação é um método válido de coleta de dados que 
segue os protocolos do rigor científico.
5-Na redação do trabalho acadêmico-científico, as citações são 
utilizadas:
Para confundir o leitor.
Apenas para confirmar os achados da pesquisa.
Para confirmar ou confrontar os achados da pesquisa.
(RESPOSTA)
Apenas para negar os achados da pesquisa.
N.R.A.
JUSTIFICATIVA
As citações devem ser utilizadas no texto acadêmico-científico 
tanto para confirmar quanto para confrontar os dados da 
pesquisa.

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