Buscar

RESUMO - ANÁLISE DA SITUAÇÃO JURÍDICA DO MENOR INFRATOR NO BRASIL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ANÁLISE DA SITUAÇÃO JURÍDICA DO MENOR INFRATOR NO BRASIL
Janete da Silveira Wilke, autora; Ingrid Juliany Raiol Nascimento, co-autora
Antônio Torquilho Praxedes, professor orientador
Diante de inúmeras discussões e debates acerca de propostas para deter o crescimento da delinquência juvenil, a redução da maioridade penal vem sendo um assunto bastante divergente, pois sociedade e legisladores clamam para que a maioridade penal seja aos 16 anos e que haja um controle repressivo sobre estes, embora exista resistência em sentido contrário. A impunidade reiterada no Brasil traz a falsa ideia de que ou tudo é permitido, ou que o Direito é ineficaz, gerando uma expectativa relacionada à banalidade do delito ocasionando um ciclo vicioso e autodestrutivo contrário à ordem pública. Isso levanta os seguintes questionamentos: Como diminuir a criminalidade e a delinquência juvenil? Como aliar os mecanismos de controle formal (do Estado) aos de controle informal (sociedade)? A estrutura familiar não tem mais a mesma constituição conservadora, de outrora. A estrutura familiar hoje não é mais composta por pai, mãe e filhos, nem estes permanecem adstritos ao controle hierárquico familiar. O lar não mais oferece a segurança como em tempos passados, levando a criança a buscá-la em outros lugares: nos parentes, na escola, nos amigos e na própria sociedade. Como tentativas de solucionar esses problemas a partir de ações do próprio Estado, pode-se elencar duas doutrinas: a do Direito Penal do Menor e a da Situação Irregular. A primeira trazia um pensamento limitado sobre os direitos do menor, porque ele era submetido às medidas correcionais, diante de ato ilícito consumado pela criança ou jovem; seria o momento em que a lei penal estaria ao seu dispor. Não havia distinções no tratamento desses inimputáveis naturais, pois eram tratados como criminosos adultos. A segunda doutrina contestou o pensamento da Doutrina Penal do Menor, pois recriminava que os menores fossem acolhidos nas mesmas situações e instituições que os adultos. Superando as teorias acima mencionadas, surgiram outras duas, que abordam o problema do menor a partir das ações combinadas entre o Estado e a Sociedade, visando o seu bem-estar e sua ressocialização. A primeira delas é chamada de Teoria Ecológica, que se constitui numa tentativa para reverter aquela situação de precariedade no tratamento dos menores, propondo ao Estado maior visibilidade nas grandes cidades, com o intuito de diminuir esse controle formal, replanejar a cidade visando ter mais espaços públicos, criar projetos sócios culturais para aumentar os laços sociais e, consequentemente, seu controle, diminuindo, portanto, o controle formal. A segunda é chamada de Doutrina da Proteção Integral, que reconheceu que as crianças e adolescentes são pessoas em fase de desenvolvimento, propondo que lhes sejam garantidos direitos correlatos ao seu grau de vulnerabilidade. Findava-se não só a prática da repressão desmedida e, também, o uso mascarado das intenções de punir como ato de educar. Essas novas perspectivas têm por fundamento a realização de uma justiça social inclusiva. A pesquisa foi organizada por meio de metodologia descritiva, analisando a situação sociojurídica do menor infrator, com base em bibliografia interdisciplinar específica sobre o tema. 
Palavras-chave: Menor infrator. Criminalidade. Maioridade penal. Políticas públicas. Inclusão social.

Continue navegando