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Pontifícia Universidade Católica do Paraná 
Engenharia Química – 5º Período 
Análise Instrumental 
Prof.: Monica Beatriz Kolicheski 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise Espectrofotométrica do Azul de Metileno 
 
 
 
André Ricardo Berton 
Caroline Paes Bomfim 
Kevyn Vaz Alves 
Matheus Pietrochinski 
Stephany Cristine Benetti 
Thaís Moletta 
 
 
 
 
Curitiba, 18/02/2010 
Palavra chave: Absorbância, 
Espectrofotometria. 
Objetivo: Obter o espectro de 
absorção do azul de metileno e construir 
uma curva de calibração. Determinar a 
concentração de uma amostra 
desconhecido. 
 
Introdução: A espectrofotometria é o 
método de análises óptico mais usado 
nas investigações biológicas e fisico-
químicas. O espectrofotômetro é um 
instrumento que permite comparar a 
radiação absorvida ou transmitida por 
uma solução que contém uma 
quantidade desconhecida de soluto, e 
uma quantidade conhecida da mesma 
substância. 
 Todas as substâncias podem 
absorver energia radiante, mesmo o 
vidro que parece completamente 
transparente absorve comprimentos de 
ondas que pertencem ao espectro 
visível. A água absorve fortemente na 
região do infravermelho. A absorção 
das radiações ultravioletas, visíveis e 
infravermelhas depende das estruturas 
das moléculas, e é característica para 
cada substância química. 
 Quando a luz atravessa uma 
substância, parte da energia é absorvida 
(absorbância): a energia radiante não 
pode produzir nenhum efeito sem ser 
absorvida. A cor das substâncias se 
deve a absorção (transmitância) de 
certos comprimentos de ondas da luz 
branca que incide sobre elas, deixando 
transmitir aos nossos olhos apenas 
aqueles comprimentos de ondas não 
absorvidos. 
 A fotometria é o ramo da óptica 
que se preocupa em medir a luz, em 
termos de como seu brilho é percebido 
pelo olho humano. Aquela se diferencia 
da radiometria, que é a ciência que 
mede a luz em termos de sua potência 
absoluta, por descrever a potência 
radiante associada a um dado 
comprimento de onda usando a função 
de luminosidade modeladora da 
sensibilidade do olho humano ao brilho. 
A fotometria também é utilizada na 
astronomia, na observação de estrelas, 
pela percepção da diminuição da luz por 
elas emitida. Através de estudos e 
cálculos, é possível descobrir novos 
planetas e saber informações como 
rotação, translação, distância da estrela 
e satélites. 
Métodos fotométricos 
De acordo com o senso comum, 
quanto mais cromóforo (substância que 
absorve luz) uma solução tiver, mais 
escura ela será. No início, a fotometria 
utilizou exatamente este instrumento, ou 
seja, o olho humano, para determinar a 
concentração de substâncias 
cromóforas. Para facilitar esta tarefa, 
uma vez que o nosso olho não é um 
equipamento absoluto, usou-se cores ou 
concentrações padrões com os quais a 
solução em análise poderia ser 
comparada. A precisão deste método, 
porém, não era adequada devido às 
propriedades da visão e também do 
componente subjetivo, que sempre que 
possível deve ser eliminado na 
quantificação. O advento de 
equipamentos capazes de quantificar a 
luz permitiu que a quantidade de fótons 
pudesse ser medida, permitindo uma 
quantificação muito mais precisa. 
 
Fotometria 
É a medida da luz proveniente 
de um objeto. A fotografia astronômica 
iniciou no fim do século XIX e durante 
as últimas décadas muitos tipos de 
detectores eletrônicos são usados para 
estudar a radiação electromagnética do 
espaço. Todo o espectro 
electromagnético, desde a radiação 
gama até as ondas de rádio são 
atualmente usadas para observações 
astronômicas. 
 Apesar de que observações com 
satélites, balões e espaçonaves podem 
ser feitas fora da atmosfera, a grande 
maioria das observações é obtida da 
superfície da Terra. Como a maioria 
das observações utiliza radiação 
electromagnética, e podemos obter 
informações sobre a natureza física da 
fonte estudando a distribuição de 
energia desta radiação, introduziremos 
alguns conceitos para a caracterização 
desta radiação. 
 
 comprimento de onda 
 freqüência 
c 300 000 km/s velocidade da 
luz 
Localização no espectro: 
A radiação visível vai aproximadamente 
de 3900 Å (violeta) até cerca 7800 Å 
(vermelho). 
 
 
 
 
 
 
 
Tab.1 - Freqüências e comprimentos 
de onda para várias cores, no vácuo. 
Cor 
Comprimento 
da Onda (Å) 
Freqüência 
(1012 Hz) 
violeta 3900 - 4550 659 - 769 
azul 4550 - 4920 610 - 659 
verde 4920 - 5770 520 - 610 
amarelo 5570 - 5970 503 - 520 
laranja 5970 - 6220 482 - 503 
vermelho 6220 - 7800 384 – 482 
 
Como as cores são subjetivas, 
pois dependem da sensibilidade de cada 
olho humano, a definição é um pouco 
arbitrária. 
Transmitância 
Se passarmos um feixe de luz de 
intensidade conhecida (Io) através de 
uma amostra e medirmos a intensidade 
da luz que emergiu, podemos calcular a 
transmitância (T) desta amostra da 
seguinte forma: T = I / Io , isto é, a razão 
de luz que atravessa a amostra. 
 
Lei de Lambert-Beer 
Para que esta diminuição na 
intensidade da radiação possa ser 
utilizada para a determinação da 
concentração de um cromóforo, é 
necessário relacionar estas duas 
grandezas, que são obtidas pela lei de 
Lambert-Beer. 
 Primeiramente é necessário 
esclarecer que a luz atravessa um 
caminho óptico no qual se encontram 
uma certa quantidade de moléculas do 
cromóforo, sendo que somente uma 
parte destas podem interagir de forma 
adequada com a luz para que esta possa 
ser absorvida. Importante mencionar 
aqui é que a quantidade de cromóforos 
que interagem com a luz neste caminho 
óptico é proporcional à concentração do 
cromóforo na cubeta (recipiente no qual 
passa a luz). Uma teoria que pretende 
relacionar a concentração de um 
cromóforo com a quantidade de luz 
absorvida deve levar em consideração 
que cada interação adequada da luz com 
o cromóforo diminui a intensidade do 
feixe de luz numa quantidade 
infinitesimal dP, no qual P é a 
intensidade radiante e d é uma 
quantidade infinitesimal. Esta redução 
na intensidade radiante é proporcional à 
concentração do cromóforo e à 
intensidade do feixe de luz. 
Podemos então escrever a equação 
como sendo: 
dP = C P db (1) 
 dP = -k C P db (2) 
 
No qual db representa uma 
quantidade infinitesimal do caminho 
óptico percorrido (o necessário para 
encontrar um cromóforo pronto para 
absorver um fóton), k é a constante de 
proporcionalidade e o sinal negativo 
significa que a intensidade da luz está 
diminuindo. 
 Bem, mas o que interessa é a 
quantidade de luz absorvida ao longo de 
certo caminho óptico de, por exemplo, 1 
cm e não infinitesimal. Para chegarmos 
à equação que descreve isto, devemos 
somar as d Ps em todos os d bs, o que 
matematicamente é conseguido com a 
integração, o que fornece: ln P/P0 = - k 
b C considerando que, ln = log2,303: 
 -log P = k b C 
 P0 2,303 
E finalmente considerando que 
P/P0 
TAquesendoCbA log 
Nesta equação, que é 
denominada de Lambert-Beer, o e 
(epsilon) é a absortividade molar, uma 
constante dependente do λ, do 
cromóforo, do solvente e da 
temperatura. Um e elevado significa 
uma grande capacidade de um 
cromóforo absorver luz de um certo λ 
em determinadas condições. 
Fig. 1 - Como mostrado na figura, a lei de 
Lambert-Beer fornece um traçadográfico de 
A x [C]. 
Em forma de reta enquanto que a 
transmitância fornece uma curva 
descendente, quando a abscissas é a 
concentração do cromóforo ([C]). Neste 
gráfico a inclinação da reta fornece o 
valor de “e b”, ou seja, um gráfico de A 
x [C] pode ser utilizado para o cálculo 
da absortividade molar.É importante 
mencionar que a lei de Lambert-Beer 
somente se aplica quando as seguintes 
considerações forem obedecidas: 
a) a radiação incidente deve ser 
monocromática, isto é, possuir somente 
um λ; 
b) os centros absorventes devem 
atuar independentemente uns dos outros 
no processo de absorção. 
Também é necessário destacar 
que quanto maior o e mais precisa será a 
determinação, o que significa dizer que 
o 1 mais adequado para a determinação 
da concentração de um cromóforo 
através da lei de Lambert-Beer é o λ de 
absorbância mais intensa, ou seja, o 
pico de absorbância. 
Métodos fotométricos na análise 
quantitativa 
O principal uso dos métodos 
fotométricos é na quantificação de 
substâncias. Estes métodos podem ser 
utilizados para a determinação da 
concentração de um cromóforo, a partir 
de soluções com concentrações 
conhecidas ou então com a utilização da 
constante e para as condições nas quais 
se está fazendo a determinação. Na 
construção de uma curva de calibração é 
importante utilizar todas as condições 
nas quais se encontra a amostra cuja 
concentração se deseja determinar. 
 
Espectrofotometria 
É o método mais exato para a 
determinação da concentração de 
substâncias em solução. Mas os 
instrumentos são mais dispendiosos do 
que os que foram descritos 
anteriormente. Um espectrofotômetro 
pode ser considerado como um 
fotômetro fotoelétrico de filtro refinado 
que permite o uso de faixas de luz 
aproximadamente monocromáticas 
continuamente variáveis. As partes 
essenciais de um espectrofotômetro são 
uma fonte de energia radiante, um 
monocromador, um dispositivo para o 
isolamento de luz monocromática, mais 
exatamente, faixas estreitas de energia 
radiante da fonte de luz, células de vidro 
ou de sílica feixes de energia radiante 
que passam através do solvente ou da 
solução. 
 A variação da cor de um 
sistema, com a modificação da 
concentração de um certo componente, 
constitui a base do que os químicos 
denominam análise colorimétrica. A cor 
é provocada pela formação de um 
composto corado, resultante da adição 
de um reagente apropriado, ou pode ser 
intrínseca ao constituinte analisado. A 
intensidade da cor pode ser comparada 
com a que se obtém pelo tratamento 
idêntico de uma quantidade conhecida 
(amostra). 
 De acordo com HARRIS, a 
colorimetria visa a determinar a 
concentração de uma substância pela 
medida da absorção relativa de luz, 
tomando como referência à absorção da 
substância numa concentração 
conhecida. Na colorimetria visual usa-
se, em geral, como fonte de luz, uma 
fonte natural ou artificial de luz branca. 
As de terminações são feitas num 
instrumento simples, denominado 
colorímetro, ou comparador de cores. 
Quando a vista for substituída por uma 
fotoelétrica , o instrumento é um 
colorímetro fotoelétrico. Neste 
instrumento emprega-se a luz que está 
numa banda estreita de comprimentos 
de onda, que se consegue pela passagem 
da luz através de filtros, isto é, de 
materiais coloridos na forma de placas 
de vidro, ou de gelatina, etc., que só 
transmitem a luz numa região espectral 
limitada. O instrumento é chamado, às 
vezes, "fotômetro de filtro". 
 Na análise espectrofotométrica a 
fonte de radiação emite até a região 
ultravioleta do espectro. Desta radiação 
selecionam-se comprimentos de onda 
definidos que constituem bandas, com 
largura menor que 1nm. Este 
procedimento necessita de um 
instrumento mais complicado, e por isso 
mais caro. O instrumento é um 
espectrofotômetro. 
 Um espectrômetro ótico é um 
instrumento que dispõe de um sistema 
ótico que pode provocar a dispersão da 
radiação eletromagnética incidente, e 
com o qual se podem fazer medidas da 
radiação transmitida num certo 
comprimento de onda da faixa espectral. 
Um fotômetro destina-se a medir a 
intensidade da radiação transmitida ou 
uma função desta intensidade. Um 
espectrômetro e um fotômetro, 
combinados num espectrofotômetro, 
podem gerar um sinal que corresponde à 
diferença entre a radiação transmitida 
por um material tomado como 
referência e a radiação transmitida pela 
amostra analisada, num certo 
comprimento de onda. 
 A principal vantagem dos 
métodos colorimétricos e 
espectrofotométricos é a de 
proporcionarem um meio simples para 
determinar quantidades diminutas de 
substâncias. O limite superior dos 
métodos colorimétricos é, em geral, a 
determinação dos constituintes que 
estão presentes em quantidades relativas 
inferiores a 1 ou 2%. A sensibilidade 
pode ser, no entanto, aumentada 
mediante a técnica da 
espectrofotometria derivada. O 
desenvolvimento de colorímetros 
fotoelétricos de baixo custo colocou ao 
alcance de qualquer instituição de 
ensino pequena este ramo da análise 
química instrumental. 
 
 
 
 
Tab. 2 - Comprimento de onda aprox. 
das cores. 
Cores Comprimento de 
Onda (nm) 
Ultravioleta <400 
Violeta 400-450 
Azul 450-500 
Verde 500-570 
Amarelo 570-590 
Alaranjado 590-620 
Vermelho 620-760 
Infravermelho >760 
 
 
 
Fig. 2 -Comprimento de Onda aproximado 
das cores 
 
 
 Na tabela estão as faixas de 
comprimento de onda aproximados que 
correspondem às diferentes cores. A 
percepção visual das cores é provocada 
pela absorção seletiva, por um objeto 
corado, de certos comprimentos de onda 
da luz incidente. Os outros 
comprimentos de onda ou são refletidos 
ou são transmitidos, de acordo com a 
natureza do objeto, e são percebidos 
pela vista como a luz do objeto. Se um 
corpo sólido opaco tem a aparência de 
branco, todos os comprimentos de onda 
são igualmente refletidos; se o corpo 
parece negro, a reflexão de luz de 
qualquer comprimento de onda é muito 
pequena. Se um corpo parece azul, são 
refletidos os comprimentos de onda que 
correspondem ao estímulo do azul, e 
assim sucessivamente. 
 Na figura abaixo aparecem os 
limites aproximados do comprimento de 
onda e o conjunto de radiações pode ser 
considerado o espectro eletromagnético 
(excluindo-se, como é claro, as ondas 
acústicas). Percebe-se, no espectro, que 
os raios y e os raios X têm 
comprimentos de onda muito curtos, 
enquanto a radiação ultravioleta, a 
radiação visível, a radiação 
infravermelha, e as ondas de rádio têm 
comprimentos de onda sucessivamente 
maiores. Na colorimetria e na 
espectrofotometria, a região visível e a 
região ultravioleta que lhe é adjacente 
são da maior importância. 
 
Fig. 3 - Espectro eletromagnético 
As ondas eletromagnéticas são 
usualmente descritas em termos (a) do 
comprimento de onda (distância entre 
os picos sucessivos em cm, a menos de 
explicitação de outra unidade), (b) do 
número de onda v (número de ondas por 
cm) e (c) da freqüência v (número de 
ondas por segundo). Comum serem 
usadas em centímetros. 
Espectrofotometria no 
Infra-vermelho 
Os compostos orgânicos também 
absorvem radiações na região do 
infravermelho (IV) do espectro. A 
radiação infravermelha não tem energia 
suficiente para excitar os elétrons e 
provocar transições eletrônicas, mas ela 
faz com que os átomos ou grupos de 
átomosvibrem com maior rapidez e 
com maior amplitude em torno das 
ligações covalentes que os unem. Estas 
vibrações são quantizadas e, quando 
ocorrem, os compostos absorvem 
energia IV em certas regiões do 
espectro. Nas vibrações, as ligações 
covalentes comportam-se como se 
fossem pequenas molas unindo os 
átomos. Quando os átomos vibram, só 
podem oscilar com certas freqüências, e 
as ligações sofrem várias deformações. 
Quando a ligação absorve energia, ela 
sofre alterações e, ao retornar ao estado 
original, libera essa energia, que então é 
detectada pelo espectrômetro. As 
moléculas podem vibrar de muitos 
modos. Dois átomos unidos por uma 
ligação covalente podem efetuar 
vibrações de estiramento dessa ligação, 
como se fosse uma mola que estica e 
retorna ao tamanho original. Três 
átomos também podem efetuar 
diferentes vibrações de estiramento e 
alteração dos ângulos de ligação, em 
vários planos do espaço. No entanto, as 
vibrações de estiramento são as mais 
importantes. 
 A radiação infravermelha é outra 
espécie de radiação eletromagnética 
cujo espectro começa num dos limites 
do espectro da luz (o vermelho) e se 
estende até à zona das ondas hertzianas 
(radar, televisão, rádio). É caracterizada 
por um comprimento de onda 
compreendido entre cerca de 800 e 105 
nm. Nas moléculas, os átomos e os 
grupos atômicos estão em contínuo 
movimento, uns em relação aos outros 
(vibrações moleculares). Quando elas 
são sujeitas a radiação com energia 
semelhante à correspondente a essas 
vibrações (radiação infravermelha), as 
moléculas podem alterar o seu estado de 
vibração (excitação), absorvendo a 
radiação correspondente à diferença de 
energia entre o estado inicial e o estado 
excitado. Como não é possível a uma 
molécula vibrar de qualquer modo, mas 
apenas de alguns modos, a absorção da 
radiação ocorre apenas para 
determinados valores da energia, 
valores estes que são característicos das 
moléculas. Assim, através da 
comparação dos valores de energia da 
radiação infravermelha para os quais há 
absorção, é possível identificar as 
moléculas ou os tipos de moléculas 
presentes nas amostras. Sendo assim um 
método rápido de analise química, de 
múltiplas propriedades. 
 
Usos e aplicações 
A espectroscopia no 
infravermelho é largamente usada tanto 
na indústria quanto na pesquisa 
científica pois ela é uma técnica rápida e 
confiável para medidas, controle de 
qualidade e análises dinâmicas. Os 
instrumentos agora são pequenos, e 
podem ser transportados, mesmo para 
medidas de campo. Com a crescente 
tecnologia em filtragem computacional 
e manipulação de resultados, agora as 
amostras em solução podem ser 
medidas com precisão (a água produz 
uma banda larga de absorbância na 
faixa de interesse, o que daria um 
espectro ilegível sem esse tratamento 
computacional). Algumas máquinas até 
mesmo dirão automaticamente que 
substância está sendo analisada a partir 
de milhares de espectros de referência 
armazenados na memória. Medindo-se a 
uma freqüência específica ao longo do 
tempo, mudanças no caráter ou na 
quantidade de uma ligação em 
particular podem ser medidas, isso é 
especialmente útil na medida do grau de 
polimerização na manufatura de 
polímeros. As máquinas modernas 
podem tirar medidas na faixa de 
interesse freqüentemente, como 32 
vezes por segundo. Isso pode ser feito 
enquanto se fazem medidas simultâneas 
com outras técnicas. Isso faz com que as 
observações de reações químicas sejam 
processadas mais rapidamente, de forma 
mais precisa e mais exata. 
Aparelhagem: 
Espectrofotômetro 
A Figura mostra um esquema de um 
espectrofotômetro, com os seus 
principais componentes numerados de 1 
a 5, sendo 1 - fonte, 2 - prisma para 
seleção do 1, 3 - fenda, 4 – cubeta com 
a amostra e 5 - detector produzindo o 
resultado final. 
 
 
 
 
Fig. 4- Esquema de um espectrofotômetro 
 
 
Fig.5 - Espectrofotômetro 
Os espectrofotômetros modernos 
geralmente utilizam feixes duplos 
produzidos através de espelhos 
semitransparentes, sendo que um feixe 
passa através da amostra enquanto o 
outro feixe não, e a comparação entre a 
intensidade destes dois feixes produz a 
leitura final do equipamento. Isto 
elimina problemas como flutuações na 
fonte, diferente detecção para diferentes 
ls, etc. 
 
Seleção do Comprimento de Onda 
Uma das premissas da lei de 
Lambert-Beer é a luz monocromática, 
isto é, que tenha somente um 
determinado λ, que precisa ser 
selecionado do vasto espectro 
geralmente fornecido pela fonte. 
 A seleção do λ pode ser 
realizado de várias formas. Nos 
fotocolorímetros, esta seleção se dá 
através do uso de filtros, que nada mais 
são do que vidros coloridos. 
Obviamente as cores destes vidros 
foram cuidadosamente escolhidas para 
que estes permitam a passagem de um λ 
específico. Na realidade a seleção do λ 
usando-se filtros geralmente consegue 
uma precisão de somente alguns nm, ou 
seja, consegue selecionar uma faixa de 
λs em vez de um λ específico. 
 Nos espectrofotômetros 
utilizam-se geralmente prismas ou 
grades de difração para uma seleção 
mais precisa do λ. Diferentes λs viajam 
com velocidades diferentes através da 
matéria, sendo que λs menores sofrem 
mais difração do que λs maiores. 
 Usando-se um prisma móvel 
juntamente com lentes adequadas e uma 
fenda se consegue selecionar λs com a 
precisão de até λ nm. 
 Outra forma de seleção do l é o 
uso de uma grade de difração, que nada 
mais é do que uma superfície irregular 
que consegue refletir a luz. A 
interferência desta luz refletida fornece 
um espectro, do qual se pode selecionar 
os λs de forma semelhante ao descrito 
para o prisma. 
 
Prisma (la > lb) 
 
Procedimento experimental: 
Etapa 1: Primeiramente, pipitou-se 3 
mL da solução padrão da solução de 
Azul de Metileno para um balão 
volumétrico de 50ml. Completou-se o 
volume do balão com água destilada, e 
posteriormente, agitou-se a solução para 
homogeneizar a mistura. Como a água 
foi o solvente da solução, utilizada 
como o branco, colocou-se a mesma em 
uma cubeta, cuidadosamente, para não 
danificar a cubeta, e interferir na leitura. 
No compartimento do aparelho, coloca-
se a cubeta contendo o branco (água 
destilada) para poder ser feito a 
calibração do aparelho. Calibrou-se com 
o branco o espectrofotômetro, 
eliminando a diferença de absorbância 
do branco, promovendo então a leitura 
real de absorbância da solução. Feito a 
calibração, configurou-se o aparelho em 
um comprimento de onda (λ) de 450nm, 
e verificamos a absorbância da 
solução.Calibrou-se novamente o 
aparelho com o branco (água destilada), 
para zerar a diferença de absorbância do 
solvente e programou-se o aparelho 
para detectar a absorbância no 
comprimento de onda (λ) de 460nm. 
Esse processo é feito sucessivamente 
do comprimento de onda de 450nm á 
750nm sendo realizados a cada 25nm. 
 
Etapa 2: Foram utilizados 5 balões 
volumétricos de 250mL, numerados de 
1 a 5. No balão n.º 1, pipetou-se 0,0mL 
da amostra de azul de Metileno e 
transferiu-se para um balão, e 
completou-se o volume, até ao menisco 
com água destilada. Em seguida, 
pipetou-se 1,0mL da amostra de azul de 
Metileno, e transferiu-se para o balão 
n.º 2, e completou-se seu volume com 
água destilada. No balão n.º 3, foram 
adicionados 2,0 mL da amostra de azul 
de Metileno e completou-se seu volume 
com água destilada.No balão n.º 4, 
adicionou-se 3,0mL de da amostra de 
azul de Metileno e completou-se seu 
volume com água destilada. No balão 
n.º 5, adicionou-se 4,0 mL da amostra 
de azul de Metileno e completou-se seu 
volume com água destilada, e finamente 
pipetou-se 5,0ml da amostra de Azul de 
metileno e completou-se com água.Em 
seguida, analisaram-se as amostras dos 
5 balões no espectrofotômetro. Como a 
água foi o solvente da solução, utilizada 
como o branco, colocou-se a mesma em 
uma cubeta, cuidadosamente, para não 
danificá-la, afim de não comprometer a 
leitura. Feito a calibração, colocou-se a 
cubeta com a solução do azul de 
metileno no aparelho em um 
comprimento de onda (λmáx.) (lâmbda 
máxima encontrada na análise da Etapa 
1). Retirou-se a cubeta com o branco do 
aparelho, e em uma outra cubeta, 
adicionou-se uma quantidade da solução 
contida no balão n.º 1, e colocou-a no 
aparelho para medir sua absorbância. 
Anotou-se o valor obtido, e retirou-se a 
cubeta do aparelho. 
Calibrou-se o aparelho novamente, 
colocando-se a cubeta do branco no 
aparelho, zerando a diferença de 
absorbância, para analisar a próxima 
amostra. Posteriormente, preparou-se 
outra cubeta com a amostra da solução 
contida no balão n.º 2 e colocou-a no 
aparelho, obtendo-se assim o valor de 
absorbância da mistura. Sendo realizado 
o mesmo procedimento para os balões 
de n.º 3, n.º 4 n.º 5, n.º 6. Feito isso, 
mediu-se também a absorbância da 
amostra problema, e anotou-se o 
resultado. 
Resultados e Discussões: 
 Com os dados coletados na 
primeira etapa, pode-se construir uma 
tabela com os valores dos dados 
referentes à absorbância da solução 
 
Experiência 1: 
Tab.3 - Absorbância do Azul de 
Metila 
Comp. de onda 
( λ ) nm 
Absorbância 
450 0 
475 0 
500 0 
525 0 
550 0 
575 0,002 
600 0,023 
625 0,025 
650 0,005 
675 0,005 
700 0,002 
725 0,004 
750 0,003 
 
 
Fig. 5- Gráfico da Absorção do Azul de 
Metila. 
 
 
0
0,005
0,01
0,015
0,02
0,025
450 550 650 750
A
b
so
rb
ân
ci
a
Comprimento de Onda (nm)
A tabela acima permite observar os 
valores de absorção da solução de Azul 
de Metila em um intervalo de 25nm, 
cobrindo a faixa de 450 a 750nm. 
Analisando os valores de absorção 
obtidos, foi possível identificar 
comprimento de onda máximo (λmáx.), 
esboçado graficamente (Fig. 5) para 
melhor visualização: 
 
Devido a um problema com a 
calibração do equipamento os dados 
encontrados neste primeiro experimento 
não são considerados coerentes, com 
isso foi feito uma segunda experiência. 
 
Experiência 2: 
Tab.4 - Absorbância do Azul de 
Metila 
Comp. de onda 
( λ ) nm 
Absorbância 
450 0,007 
475 0,02 
500 0,02 
525 0,02 
550 0,04 
575 0,05 
600 0,08 
625 0,1 
640 0,11 
650 0,13 
655 0,14 
660 0,15 
665 0,15 
670 0,14 
675 0,12 
700 0,02 
725 0,01 
750 0,01 
 
A tabela acima permite observar os 
valores de absorção da solução de Azul 
de Metila, cobrindo a faixa de 450 a 
750nm. Analisando os valores de 
absorção obtidos, foi possível 
identificar comprimento de onda 
máximo (λmáx.), esboçado graficamente 
(Fig. 6) para melhor visualização: 
 
 
Figura 6 - Gráfico da Absorção do Azul 
de Metila. 
 
No gráfico acima, é possível 
observar o valor comprimento de onda 
máximo (λmáx.) encontrado foi de 
665nm, para uma absorbância de 0,15. 
 
Na etapa 2, foram analisadas as 
soluções dos cinco balões (de 
concentrações distintas), a fim de 
verificar seus respectivos valores de 
absorbância, no comprimento de onda 
de 665nm (λmáx.), como pode-se 
observar na tabela abaixo. 
 
 
0
0,03
0,06
0,09
0,12
0,15
450 550 650 750
A
b
sr
o
b
ân
ci
a
Comprimento de onda ( λ ) nm 
Tab.5- Leitura da Absorbância para 
λ máx. 
Amostra Comp. de 
onda ( λ ) 
nm 
Absorbância 
1 665 0,0 
2 665 0,105 
3 665 0,262 
4 665 0,430 
5 665 0,604 
6 665 0,784 
Amostra 
Problema 
665 0,078 
 
O valor do comprimento de onda 
máximo (λmáx.) 665 nm utilizado na 
tabela acima para medir a absorbância 
das seis soluções, foi encontrado na 
etapa 1. Na etapa 2, foi medida também 
a absorbância de uma amostra 
problema, de concentração 
desconhecida. Assim, pode-se calcular 
as concentrações finais dos seis balões 
analisados: 
 
- Cálculo da Concentração da Solução 
Diluída de Azul de Metileno (100ppm). 
1. Amostra para 0 mL de Azul de 
Metileno 
C1xV1=C2xV2 
C1x100=100x0 
C1= 0mg/L 
2. Amostra para 1 mL de Azul de 
Metileno 
C1xV1=C2xV2 
C1x100=100x1 
C1= 1mg/L 
3. Amostra para 2 mL de Azul de 
Metileno 
C1xV1=C2xV2 
C1x100=100x2 
C1= 2mg/L 
4. Amostra para 3 mL de Azul de 
Metileno 
C1xV1=C2xV2 
C1x100=100x3 
C1= 3mg/L 
5. Amostra para 4 mL de Azul de 
Metileno 
C1xV1=C2xV2 
C1x100=100x4 
C1=4mg/L 
 
 
6. Amostra para 5 mL de Azul de 
Metileno 
C1xV1=C2xV2 
C1x100=100x5 
C1=5mg/L 
 
Transformando a concentração de 
(mg/L) para (Gmol/L): 
 
 
 
 
 Após calcular as concentrações 
das seis amostras de azul de metileno 
temos a seguinte tabela: 
Tab. 4 - Tabela de Dados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amostra 
Volume 
Água 
(mL) 
Volume 
Azul de 
Metileno 
(mL) 
Concentração 
(ppm);(mg/L) 
Concentração 
(Gmol/L) 
Absorbância 
Comprimento 
de Onda 
1 100 0 0 0 0 665 
2 99 1 1 3,13*10^-6 0,105 665 
3 98 2 2 6,25*10^-6 0,261 665 
4 97 3 3 9,38*10^-6 0,430 665 
5 96 4 4 1,25*10^-5 0,604 665 
6 95 5 5 1,56*10^-5 0,783 665 
A tabela acima mostra as 
concentrações finais encontradas para 
cada solução (exceto a solução 
problema), suas respectivas 
absorbâncias em função de um 
comprimento de onda determinado. 
Variação da Concentração de Azul 
de Metileno x Absorbância 
 
 
 
Fig. 7 -Variação da Concentração de Azul de 
Metileno x Absorbância 
 
 
O gráfico acima (Fig. 7), permite 
observar a variação da concentração da 
solução padrão de Azul de Metileno em 
função da absorbância. A partir dos 
resultados obtidos no gráfico, pôde-se 
encontrar a linearidade da reta R
2
= 
(valor da reta) e através de sua equação, 
calcular a concentração da amostra 
problema: 
 
 
Equação da reta: 
y = a + b.x 
0,078 = 51085x-0,0351 
51085x=0,078+0,0351 
x = 2,21.10^-6 Gmol/L 
 
Conclusão: Com base nos resultados 
observados, pôde-se concluir que a 
curva de calibração está de forma linear 
com os pontos obtidos das 
concentrações das soluções analisadas, 
e que a margem de erro foi pequena, 
tendo como base o coeficiente linear (R) 
que apresentou um valor muito próximo 
de 1, aproximadamente 0,9937. É 
importante ressaltar que para se obter 
uma curva de calibração com a menor 
margem de erro possível, a fim de não 
comprometer os resultados do 
experimento, deve-se estar atento 
durante toda execução do procedimento, 
tanto ao pipetar a quantidade correta de 
solução, como cuidar para não 
ultrapassar a marcação do menisco ao 
preencher o volume dos balões. Deve-se 
também, tomar o máximo cuidado ao 
manusear as cubetas a fim de evitar as 
perdas por reflexão e espalhamento, e a 
cubeta de referência deve conter o 
mesmo solvente utilizado (branco). 
 
y = 51085x - 0,0351
R² = 0,9937
0
0,2
0,4
0,6
0,8
0 0,00001 0,00002
A
b
sorb
ân
ci
a
Concentração (Gmol/L)
Através do gráfico (fig.7) pode-
se gerar a equação da reta, e assim 
pode-se e calcular e obter o valor da 
concentração da amostra problema, de 
 2,21.10^-6 Gmol/L. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas: 
 
[1] EWING,GALEN WOOD. 
Métodos instrumentais de análise 
química. Editora Edgard Blucher 
ltda.1972. 
 
[2] SKOOG, DOUGLAS A.; 
HOLLER, F. James; NIEMAN, 
Timothy A. Princípios de análise 
instrumental. Porto Alegre: Bookman, 
2002.

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