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Efeitos da Dynamic Tape no pé equino de crianças com paralisia cerebral espástica

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EFEITOS DA DYNAMIC TAPE NO PÉ EQUINO DE CRIANÇAS COM PARALISIA 
CEREBRAL ESPÁSTICA 
EFFECTS OF DYNAMIC TAPE ON EQUINE FOOT OF CHILDREN WITH SPASTIC 
CEREBRAL PARALYSIS 
Mayara Pereira de Carvalho¹, Marina Ortega Golin² 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Acadêmica do curso de Fisioterapia da Faculdade de Medicina do ABC; 
2. Docente do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Medicina do ABC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Endereço para correspondência: 
Faculdade de Medicina do ABC 
Mayara Pereira de Carvalho 
Av. Lauro Gomes, 2000, Vila Sacadura Cabral, CEP 09060-870 
Tel: 49935427 
Endereço eletrônico: mayara_2607@hotmail.com 
 
 
RESUMO 
Introdução: A paralisia cerebral (PC) é uma patologia que acomete o Sistema 
Nervoso Central (SNC), sendo que a espasticidade é a forma mais comum, 
caracterizada pelo aumento dos reflexos tônicos de estiramento (tônus muscular). O 
pé equino é comum nesses quadros (união dos movimentos: varismo de retropé, 
adução e supinação de antepé e acentuação do cavo plantar), alterando a 
biomecânica do tornozelo-pé e impactando na funcionalidade e independência desses 
indivíduos. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos da aplicação 
da bandagem elástica Dynamic Tape (DT) no m. tibial anterior de crianças com PC 
espástica, quantificar sua interferência no grau de hipertonia dos flexores plantares e 
na amplitude de movimento (ADM) de dorsiflexão passiva. Métodos: Participaram 
cinco crianças com PC espástica e pé equino que estavam inseridos em programa de 
tratamento fisioterapêutico individual, segundo o Conceito Bobath. A bandagem 
elástica DT foi aplicada no músculo tibial anterior em posição de encurtamento 
máximo, duas vezes por semana após a terapia, por um período de dois meses. 
Resultados: Os resultados obtidos mostraram que a DT contribuiu para aumentar a 
ADM de dorsiflexão (38,4° no lado direito e 18,8° no esquerdo) e diminuir a graduação 
da hipertonia do músculo tríceps sural de todos os participantes. Conclusão: Assim, 
a DT pode ser um recurso adicional nas sessões de fisioterapia, pois mostrou eficácia 
para redução da hipertonia e aumento do arco de movimento. 
 
Palavras-chave: paralisia cerebral, Dynamic Tape, bandagem funcional, 
espasticidade, pé equino. 
 
ABSTRACT 
 
Introduction: The cerebral palsy (CP) is a pathology that affects the central nervous 
system (CNS), spasticity is the common form, it is characterized by an increase in the 
toning reflexes of stretching (muscle tone). The equine foot is common in these cases 
(union of the movements: back foot varus, adduction and supination of the forefoot and 
accentuation of the plantar cavus), altering the biomechanics oh the foot ankle and 
impacting the functionality and Independence of these individuals. Purpose: The 
purpose ofthis study was to verify the effects of the application of the elastic bandage 
Dynamic tape(DT) on anterior tibial muscle of children with spastic CP, to quantify their 
interference in the degree of hypertonia of the plantar flexors, and in the wideness of 
motion (WOM) of passive dorsiflexion. Methods: Five children, with CP and equine 
foot from the individual physiotherapeutic treatment program, participated in this study, 
according Bobath concept. The elastic bandage DT was used in the anterior tibial 
muscle in the maximum shortening position, twice a week after therapy, for a period of 
two months. Results: The results showed that DT contributed to increase dorsiflexion 
(38,4° in the right side and 18,8° in the left side) and to decrease the graduation of the 
hypertonia of tríceps surae muscleof all participants. Conclusion: Therefore, the DT 
may be na additional resource in physioterapy sessions,as it has sown efficacy to 
reduce hypertonia and increase the motion arch. 
 
Key words: Cerebral Palsy, Dynamic Tape, Functional Bandage, Spasticity, Equine 
Foot. 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS E TABELAS 
 
Figura 1. Posicionamento final da aplicação da Dynamic tape.................................12 
Tabela 1. Caracterização da amostra........................................................................13 
Tabela 2. Descrição da Escala de Ashworth antes e após avaliações......................14 
Tabela 3. Descrição da goniometria antes e após avaliações...................................14 
Tabela 4. Goniometria: média dos valores de amplitude de movimento...................14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVITURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS 
 
ADM: amplitude de movimento 
cm: centímetro 
df: diferença final 
DT: Dynamic tape 
GMFCS: Classificação da Função Motora Grossa 
HEMC: Hospital Estadual Mário Covas 
m: músculo 
MMII: Membros inferiores 
PC: Paralisia Cerebral 
SNC: Sistema nervoso central 
TCLE: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
%: porcentagem (por cento) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................7 
2 MÉTODOS...............................................................................................................10 
3 RESULTADOS........................................................................................................13 
4 DISCUSSÃO...........................................................................................................15 
5 CONCLUSÃO.........................................................................................................19 
REFERÊNCIAS..........................................................................................................20 
ANEXOS....................................................................................................................22 
 ANEXO A – Termo de consentimento livre e esclarecido............................22 
 ANEXO B – Termo de Assentimento..............................................................25 
 ANEXO C – Escala Modificada de Ashworth................................................ 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
1 INTRODUÇÃO 
A paralisia cerebral (PC) ou encefalopatia crônica infantil não progressiva é 
uma patologia que acomete o sistema nervoso central (SNC), atingindo cerca de 2 a 
2,5 a cada 1000 nascidos vivos. Essa disfunção neurológica pode acontecer devido 
falhas nos períodos pré, peri e pós-natal, podendo ser: congênitas (más formações, 
síndromes) ou adquiridas (traumas, hipóxia, isquemia, infecções, entre outros), 
resultando em alterações de tônus, força muscular e controle postural. (JAN, 2006) 
Seu comprometimento pode ser classificado de acordo com a topografia, que 
inclui déficits motores, ou seja, a parte do corpo acometida pela lesão, podendo ser: 
hemiparesia, diparesia e tetraparesia (JAN, 2006). Outra forma de classificação se dá 
pela perda neuronal (área afetada), que determinará o tipo clínico do paciente, sendo: 
espástico (lesão no córtex motor), extrapiramidal (lesões nos núcleos da base), 
atáxico ou hipotônico (lesão no cerebelo) e misto (diversas áreas de acometimento). 
Além disso, ela pode ser denominada como leve, moderada ou grave, de acordo com 
o grau de comprometimento. (ASSIS-MADEIRA, CARVALHO; 2009) 
Esta categorização quanto à severidade é subjetiva e por este motivo foi criada 
a Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS), que avalia o desempenho 
locomotor de crianças de 2 a 18 anos. Analisa o grau de locomoção das crianças, 
assim como sua independência e subdivide em 5 níveis de habilidades (de I a V). 
(SPOSITO; RIBERTO, 2010) 
A espasticidade é a forma mais comum de PC, caracterizadapelo aumento dos 
reflexos tônicos de estiramento (tônus muscular), sendo velocidade dependente, ou 
seja, necessita de um movimento rápido para ser estimulada e não é sinônimo de 
força muscular (são inversamente proporcionais). (GOMES; GOLIN, 2013). Está 
intimamente ligada a fadigabilidade, paresia, perda da destreza, alterações de reflexos 
cutâneos e autonômicos. Consequentemente levará a déficits de desenvolvimento 
motor, postura anormal, encurtamentos musculares e até deformidades, que 
impactarão negativamente na qualidade de vida dessas crianças e familiares. 
(SANTOS, 2014) 
Para que a criança tenha independência é necessário que desenvolva controle 
motor, que está diretamente relacionado à estabilidade postural em relação ao 
espaço, tendo como objetivo coordenação e equilíbrio. Porém, nas crianças com PC 
espástica este controle encontra-se alterado devido aos déficits causados pela lesão 
8 
 
cerebral, que prejudica a maturação do SNC, relação do indivíduo com o meio, 
aprendizado motor e estimulação sensorial. (COSTA; CARVALHO; BRACCIALLI, 
2011). 
Além disso, essas crianças possuem grande dificuldade em realizar 
movimentos voluntários, apresentando, com frequência, limitações na marcha devido 
a alteração musculoesquelética resultante no pé equino. A fisiopatologia deste ainda 
é desconhecida. Porém, sabe-se que o ventre muscular do gastrocnêmico sofre 
alteração devido à espasticidade, que o torna mais rígido e encurtado, limitando os 
movimentos de dorsiflexão, gerando maior gasto energético e fadiga. (MAAS et al, 
2014) 
O pé equino pode ser definido como a união dos seguintes movimentos: 
varismo de retropé, adução e supinação de antepé e acentuação do cavo plantar. 
Esse padrão de movimento além de prejudicar a biomecânica da articulação 
tornozelo-pé, interfere em todo membro inferior, comprometendo a articulação do 
joelho, quadril, biomecânica da marcha, equilíbrio estático e dinâmico. (CARGNIN; 
MAZZITELLI, 2003) 
Para o seu tratamento são utilizados, com frequência, os seguintes recursos 
fisioterapêuticos: mobilização passiva, alongamento dos músculos tibial posterior e 
gastrocnêmico, posicionamento ortostático, estímulo e fortalecimento dos 
dorsiflexores e uso de órteses. (CARGNIN; MAZZITELLI, 2003) 
O tratamento fisioterapêutico é essencial para a reabilitação da PC, pois é 
capaz de promover melhora da qualidade de vida e funcionalidade da criança e 
cuidadores, objetivando o incremento da força, flexibilidade, mobilidade e estabilidade. 
A fisioterapia dispõe de diversos recursos, tais como, Conceito Bobath, cinesioterapia 
convencional, hidroterapia, equoterapia, equipamentos (bolas, rolos, esteiras, 
mobiliários), estimulação elétrica funcional (FES), órteses, atividade lúdicas e 
sensoriais. (OLIVEIRA et al, 2013) 
Atualmente, tem-se utilizado também as bandagens elásticas. A denominada 
Dynamic Tape (DT) é muito utilizada na reabilitação esportiva. Foi lançada no 
mercado em 2010 e criada por Ryan Kendrick, em 2009. Essa bandagem visa 
armazenar a energia potencial gerada no movimento, convertendo-a em energia 
cinética, pela absorção de carga e desaceleração do movimento. Assim, auxilia no 
trabalho do controle motor, diminuindo ou aumentando alavanca de movimento. 
(MCNEILL; PEDERSEN, 2016) 
9 
 
A DT pode ser utilizada no complexo ligamentar do tornozelo de crianças com 
PC, visando reduzir a carga, desacelerar a flexão plantar e inversão, com consequente 
melhoria da estabilidade, força e propriocepção. Quando aplicada no músculo (m) 
tibial anterior, estimula o movimento de dorsiflexão, podendo diminuir os padrões do 
pé equino causados pela espasticidade. Portanto, pode contribuir para melhorar os 
padrões de movimento, aumentar a estabilidade articular, diminuir a sobrecarga da 
articulação, favorecendo o equilíbrio e a marcha desses pacientes. (MCNEILL; 
PEDERSEN, 2016) 
Logo, o objetivo do presente estudo foi verificar os efeitos da aplicação da 
bandagem elástica DT no m. tibial anterior de crianças com PC espástica, quantificar 
sua interferência no grau de hipertonia dos flexores plantares e na amplitude de 
movimento (ADM) de dorsiflexão passiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
2 MÉTODOS 
O estudo, com desenho transversal e observacional, foi realizado no 
ambulatório de fisioterapia do Hospital Estadual Mário Covas (HEMC), composto por 
cinco crianças com diagnóstico de PC espástica e idades entre 1 e 16 anos. Para sua 
caracterização foram coletados os seguintes dados: topografia (diparesia, 
hemiparesia e tetraparesia), sexo, idade, idade de início de tratamento fisioterapêutico 
e sua duração, órteses e dispositivos utilizados. 
O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da 
Faculdade de Medicina do ABC, tendo como número de parecer: 1.953.174. Os 
participantes foram devidamente esclarecidos sobre a finalidade a que o estudo se 
propôs e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), sendo 
orientados sobre o anonimato, privacidade e possibilidade de desistência em qualquer 
etapa da pesquisa. 
Os critérios de inclusão foram: realizar tratamento fisioterapêutico no hospital 
citado; ter diagnóstico médico de PC e clínico de espasticidade; ser capaz de realizar 
dorsiflexão ativa ou ativo assistida; autorização do responsável através da assinatura 
prévia do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo A) e nos casos de 
crianças com idades entre sete e dezesseis anos, assinatura do Termo de 
Assentimento pelo participante (Anexo B). 
Dentre os critérios de exclusão analisou-se a não colaboração da criança na 
execução das técnicas de avaliação e tratamento; baixa adesão à técnica aplicada; 
deformidade articular em tornozelo; retração tecidual dos mm. flexores plantares que 
não permita a dorsiflexão passiva a neutro ou zero grau; retração tecidual dos 
músculos flexores do joelho, que impossibilite a extensão passiva total do joelho com 
o quadril em posição neutra; realização prévia de cirurgia ortopédica para 
alongamento do m. tríceps sural e aplicação de toxina botulínica no m. tríceps sural 
nos últimos seis meses. 
Todos os participantes estavam inseridos no programa de tratamento 
fisioterapêutico individual, segundo Conceito Bobath, com frequência semanal de 
duas vezes e duração da sessão de 50 minutos. Foram classificados de acordo com 
os níveis funcionais do GMFCS para graduar a função motora e independência. 
A intervenção com a DT no m. tibial anterior foi utilizada como recurso adicional. 
A primeira colocação da bandagem foi realizada ao término da sessão de terapia e a 
11 
 
criança permaneceu com a mesma durante o intervalo entre sessões (três dias), 
sendo substituída a cada sessão, com proposta de aplicação por dez semanas. 
O protocolo de avaliação constituiu-se de quatro momentos, sendo o primeiro 
antes e após aplicação da DT, o segundo após oito aplicações (antes e após a 
aplicação), o terceiro após mais oito aplicações (antes e após a aplicação) e o último 
após quarenta dias do término das aplicações (referente ao período em que os 
pacientes e alunos estavam de férias devido calendário do estágio, ou seja, os 
pacientes estavam sem atendimento fisioterapêutico e sem aplicação da bandagem 
elástica). Nas avaliações foi mensurada a ADM de dorsiflexão passiva pela 
goniometria e graduada a hipertonia do m. tríceps sural, utilizando a Escala de 
Ashworth Modificada. 
Para execução da goniometria, o participante permaneceu confortável em 
decúbito dorsal (DD), com quadril neutro e joelho estendido, em repouso, descalço e 
sem meias. Após o posicionamentorealizou-se a dorsiflexão passiva máxima para 
estirar o m. tríceps sural. O goniômetro foi utilizado aberto (180°), sendo que o fulcro 
do goniômetro foi posicionado em alinhamento com o maléolo lateral, o braço fixo 
alinhado com a diáfise da fíbula e o braço móvel acompanhou a movimentação do 
tornozelo em alinhamento com o quinto metatarso. A angulação de partida foi a flexão 
plantar de repouso e o ângulo de dorsiflexão máximo obtido teve como ponto de 
referência o grau máximo de dorsiflexão passiva atingido. (MARQUES, 2003) 
A Escala de Ashworth Modificada tem a finalidade de avaliar o grau de 
hipertonia muscular resultante da espasticidade, graduando a resposta de 0 a 4 (0, 1, 
+1, 2, 3 e 4). Sendo que 0 significa que não há alteração de tônus e 4 corresponde à 
limitação de movimentação passiva devido à severa hipertonia. (SPOSITO; RIBERTO, 
2010) 
O posicionamento para graduar a hipertonia do participante foi o mesmo 
aplicado à goniometria. A avaliadora com uma das mãos estabilizou o terço distal da 
perna (diáfise distal da tíbia) e realizou, primeiramente, a movimentação passiva lenta 
de dorsiflexão e flexão plantar do tornozelo, identificando, assim, a ADM máxima de 
cada participante. Em seguida, realizou a movimentação passiva rápida, partindo da 
flexão plantar máxima até atingir a dorsiflexão máxima. 
Para aplicação da DT, foi realizada a mensuração do comprimento da 
bandagem utilizada, sendo essa variável de acordo com a perna da criança, desde as 
falanges proximais dos artelhos até a tuberosidade da tíbia. Depois, foi mensurado o 
12 
 
comprimento das falanges proximais dos artelhos até o talus. A DT foi cortada em 
duas porções, uma seguindo o m. tibial anterior (direção do hálux ao tálus) e outra o 
m. fibular terceiro (direção do quinto artelho ao tálus). As pontas de cada extremidade 
também foram recortadas para que ficassem arredondas e não descolassem. Após a 
preparação da DT, o participante foi posicionado de forma confortável em DD, com 
quadril neutro e joelho estendido, em repouso, descalço e sem meias; em seguida, 
realizou-se a dorsiflexão passiva máxima, deixando o m. tibial anterior em sua posição 
de encurtamento e o m. tríceps sural em alongamento. Depois de posicionado 
adequadamente, foi fixada primeiro a margem de ancoragem de três cm, da direção 
dos artelhos para tíbia e realizada a tração da bandagem com respectiva fixação, 
terminando com a ancoragem (três cm) na região da tuberosidade da tíbia (Figura 1). 
No total, foram utilizados seis rolos da bandagem DT tattoo preto cinco cm x cinco cm. 
Figura 1. Posicionamento final da aplicação da DT 
 
Para análise dos dados foi realizada a descrição das variáveis, sendo as 
variáveis qualitativas apresentadas por frequência absoluta e frequência relativa e as 
quantitativas apresentadas por média, desvio padrão, valores mínimo e máximo, 
devido aos dados apresentarem distribuição normal (Teste de Shapiro-Wilk, p>0,05). 
O cálculo foi estabelecido por meio da diferença média no método da goniometria pela 
subtração da 4ª avaliação pela 1ª avaliação antes da terapia. O programa estatístico 
utilizado foi o Stata versão 11.0. 
13 
 
3 RESULTADOS 
Na tabela 1, observa-se a caracterização dos participantes do estudo referente 
ao diagnóstico clínico, idade, idade de início do tratamento e duração do tratamento e 
uso de órteses. Dessa forma, foi analisado que a maioria dos pacientes eram meninos 
e fazia uso da órtese goteira suropodálica antiequino fixa, estando esse valor 
relacionado ao diagnóstico de cada um, pois os pacientes hemiparéticos não as 
utilizavam. 
Quanto ao nível funcional do GMFCS, o participante 1, 2 e 4 foram classificados 
como nível II (atingirão marcha independente com restrições em terrenos irregulares), 
o 3 como V (cadeirante, necessitando se adaptações e ser conduzido pelo cuidador) 
e 5 como I (marcha independente, sem restrições). 
Tabela 1. Caracterização da amostra. 
Na tabela 2, são apresentados os resultados da avaliação da hipertonia de cada 
paciente, segundo Escala de Ashworth Modificada. Verificou-se que a DT a curto 
prazo, ou seja, imediatamente após a aplicação, não promoveu alteração na 
tonicidade do m tríceps sural, logo não reduziu a hipertonia instantaneamente. Porém 
após oito aplicações, observou-se redução da hipertonia e sua manutenção nas 
avaliações seguintes. Nos pacientes mais graves foi visto que a redução da 
espasticidade continuou. De acordo com a quarta avaliação, foi analisado que os 
efeitos da bandagem se mantiveram mesmo sem sua aplicação (40 dias sem 
aplicação de bandagem). 
 
 
 
Variáveis n % 
Hipótese diagnóstica 
PC hemiparético espástico 2,0 40,0 
PC diparético espástico 2,0 40,0 
PC tetraparético espástico 1,0 20,0 
Órteses 
Sim 3,0 60,0 
Não 2,0 40,0 
Sexo 
Feminino 1,0 20,0 
Masculino 4,0 80,0 
 Média (dp) Mínimo - Máximo 
Idade (meses) 89,4 21,0 – 200,0 
Idade no início do tratamento (meses) 64,2 6,0 - 170,0 
Duração do tratamento (meses) 25,2 15,0 – 36,0 
Número de aplicações 14,0 10,0 – 16,0 
14 
 
Tabela 2. Descrição da Escala de Ashworth antes e após avaliações. 
Participante 
Lado direito 
1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação 4ª Avaliação Antes Após Antes Após Antes Após 
1 1+ 1+ 1 1 1 1 1 
2 - - - - - - - 
3 1+ 1+ 1+ 1 1+ 1+ 1 
4 1 1 0 0 0 0 0 
5 - - - - - - - 
 Lado esquerdo 
 1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação 4ª Avaliação Antes Após Antes Após Antes Após 
1 1+ 1+ 1+ 1 1 1 1 
2 3 3 2 1+ 2 1+ 2 
3 1+ 1+ 1 1 1 1 1 
4 1 1 0 0 0 0 0 
5 1+ 1+ 1 1 1 1 1 
Nas tabelas 3 e 4 é possível observar as mensurações de goniometria. Na 
primeira avaliação foi verificado que em relação à ADM, a DT possui efeito imediato, 
ou seja, após alguns minutos da sua aplicação há aumento na angulação do 
movimento passivo de dorsiflexão. Nas avaliações seguintes constatou-se que o 
benefício da bandagem relacionado a goniometria se manteve, aumentando 
gradativamente as angulações e melhorando questões como mobilidade e marcha. 
Mesmo após 40 dias sem bandagens, os ganhos na ADM se mantiveram, com 
redução mínima na goniometria. No total, em relação a diferença média (4ª avaliação 
– 1ª avaliação antes), o lado direito (38,4°) foi mais favorecido que o esquerdo (18,8°). 
Tabela 3. Descrição da goniometria antes e após avaliações. 
 
Participante 
Lado direito 
1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação 4ª Avaliação 
Antes Após Antes Após Antes Após 
1 74,0 86,0 98,0 102,0 115,0 116,0 98,0 
2 - - - - - - - 
3 62,0 85,0 74,0 76,0 78,0 86,0 88,0 
4 76,0 128,0 134,0 143,0 143,0 143,0 141,0 
5 - - - - - - - 
 
Participante 
Lado esquerdo 
1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação 4ª Avaliação 
Antes Após Antes Após Antes Após 
1 72,0 82,0 96,0 104,0 115,0 117,0 92,0 
2 70,0 72,0 80,0 77,0 90,0 95,0 76,0 
3 84,0 90,0 90,0 96,0 85,0 102,0 90,0 
4 74,0 120,0 128,0 128,0 128,0 128,0 104,0 
5 64,0 78,0 94,0 96,0 99,0 99,0 96,0 
 
Tabela 4. Goniometria: média dos valores da Amplitude de Movimento (ADM). 
Goniometria 
1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação 4ª Avaliação df* Antes Após Antes Após Antes Após 
Média 
Lado direito 70,6 99,6 102,0 107,0 112,0 115,0 109,0 38,4 
Lado esquerdo 72,8 88,4 97,6 100,2 103,4 108,2 91,6 18,8 
15 
 
4 DISCUSSÃO 
De acordo com os resultados do presente estudo, pode-se observar que a 
bandagem elástica DT aplicada no pé equino de crianças com PC espástica, foi eficaz 
para aumentar a ADM do tornozelo, resultando concomitantemente em diminuição da 
espasticidade do m. gastrocnêmio, segundo a Escala Modificada de Ashworth. Sendo 
esses efeitos tanto imediatos (logo após a aplicação), quanto a longo prazo 
(mantendo-se mesmo sem aplicação da DT). 
Segundo Ribeiroet al. (2017), 26,7% das crianças com PC apresentam 
limitação de ADM em MMII, principalmente nos movimentos de extensão de joelho, 
dorsiflexão e flexão plantar. Já em relação as alterações musculoesqueléticas, 
observaram que 40% apresenta rotação externa de quadril e pé equino varo. 
Justificando-se assim, a necessidade de investigação de medidas de intervenção. 
O pé equino, nos casos de espasticidade, é resultado da fraqueza do tibial 
anterior e da espasticidade do m. tríceps sural, sendo que a hipertonia impede que 
haja crescimento muscular, resultando em contraturas e diminuição do diâmetro das 
fibras. Esses fatores resultam em diminuição do comprimento muscular, logo, limitam 
a ADM do tornozelo (encurtamento do m. tríceps sural e fraqueza de m tibial anterior), 
impactando na funcionalidade (redução de mobilidade e instabilidade do complexo 
tornozelo-pé). (MULLER, VALENTINI; 2016; ÁVILA, ROCHA, 2014). Com base nos 
mecanismos geradores deste desvio postural, pressupõe-se que recursos 
terapêuticos que estimulem a dorsiflexão sejam efetivos para sua redução. 
Aqui neste estudo observou-se que as crianças de menor idade, foram aquelas 
que apresentaram melhor resposta. Além disso, notou-se que as mesmas começaram 
o tratamento fisioterapêutico nos primeiros meses de vida, beneficiando-se dos 
recursos da fisioterapia e da técnica analisada. Como referido por Pomin e Palácio 
(2009), que afirmam que crianças que iniciam tratamento nos primeiros anos de vida 
têm melhor prognóstico e respondem bem à terapia recebida, pois a plasticidade 
neural infantil é mais eficaz nesse período. 
Anteriormente, a única forma de se corrigir o pé equino era por meio de técnicas 
cirúrgicas (neurectomia, desinserção e fasciotomia do m. gastrocnêmio e cirurgia no 
tendão calcâneo), como relatam Svartman et al (1994). Entretanto, com o avanço dos 
recursos terapêuticos, outras técnicas foram aprimoradas, como uso da toxina 
16 
 
botulínica, órteses, conceito Bobath, alongamento e atualmente, as bandagens 
elásticas. (LIANZA,2001) 
No atual estudo percebeu-se que as crianças que faziam uso de órtese 
antiequino apresentavam maior arco de movimento do que aquelas que não 
utilizavam. Isso porque os indivíduos com PC espástica que fazem uso de órtese 
antiequino apresentam aumento da dorsiflexão, largura e comprimento de passo. No 
entanto, em longo prazo leva a diminuição da ADM dinâmica e força dos músculos do 
tornozelo. (CAPUCHO et al.; 2012) A órtese atua reduzindo o posicionamento de 
flexão plantar, prevenindo deformidades, alinhando o tornozelo-pé, favorecendo a 
biomecânica e funcionalidade da criança. (OLIVEIRA et al.,2010) 
O estudo de Almeida et al (2007), retrata que a bandagem funcional kinesio 
tape aplicada nos músculos dorsiflexores de crianças hemiplégicas espásticas com 
PC promoveu melhora no controle de movimento do pé, do padrão de marcha e 
estabilidade postural. Além do aumento da ADM de dorsiflexão e diminuição da 
hipertonia do m. tríceps sural, pois a bandagem estimulou a ativação do m. tibial 
anterior, aumentando sua capacidade de contração e força, inibindo parcialmente a 
atividade do m. tríceps sural. O que corrobora com o presente estudo, apesar das 
diferenças de composição do tecido, elasticidade, ação e forma de aplicação da 
bandagem DT. (LUPMED I, 2017) 
A DT é aplicada de acordo com a biomecânica da região que se quer estimular, 
pois por meio de seus princípios de elasticidade, força e recolhimento, ela é capaz de 
resistir, desacelerar e assistir o movimento, assim como, promover conforto. 
(LUPMED I, 2017). 
Sales (2016) analisou os efeitos da DT em relação à dor em atletas de judô. 
Através do seu estudo ele mostrou que a DT diminui a dor e melhora o equilíbrio semi-
dinâmico, dinâmico e flexibilidade. Isso porque ela atua reduzindo a tensão da unidade 
músculo-tendínea e sobrecarga muscular, corrigindo o padrão motor e aumentando a 
informação mecânica sobre os mecanorreceptores. No presente estudo, essas 
propriedades podem ter contribuído para diminuição da hipertonia e aumento da 
dorsiflexão. 
Torres, Cabello e Antinez (2016) referem que o efeito elástico da bandagem 
beneficia o alinhamento das estruturas que recebem sua aplicação. Fato este 
observado neste estudo, pois houve aumento da ADM de dorsiflexão dos 
participantes. Isso porque a DT quando aplicada em posição de encurtamento, 
17 
 
absorve as cargas durante o arco de movimento de alongamento, reduzindo o trabalho 
excêntrico dos músculos. Assim, toda carga absorvida é armazenada em energia 
potencial elástica, que é transformada em energia cinética. Por meio da cadeia 
biomecânica, assiste à ação excêntrica do músculo, resultando em melhora da função 
das fáscias e músculos e desenvolvimento normal dos movimentos, diminuindo 
aferências anormais (LUPMED II, 2017; SALES, 2016). 
Quando aplicada no m. tibial anterior, a bandagem funcional assiste o 
movimento de dorsiflexão, permitindo maior ADM, como observado no presente 
estudo. Além disso, aumenta a resistência dessa musculatura, por proporcionar carga 
proveniente da tensão da bandagem determinada pelo aplicador. 
Em relação ao tônus, a DT promove redução da hipertonia, pois ao posicionar 
o m. tibial anterior em máximo encurtamento, o m. tríceps sural permanece em 
máximo alongamento. Como a bandagem é de uso continuo, o posicionamento 
persiste. Segundo Oliveira e Golin (2017), o alongamento passivo diminui a hipertonia 
e aumenta a ADM do tornozelo, pois incrementa a flexibilidade muscular e reduz o 
reflexo de estiramento, causador da espasticidade. O que foi referido também no 
estudo de Sales (2016) que afirma que a DT estimula as vias sensoriais mecânicas, 
diminui o reflexo do estiramento e relaxa os tecidos moles, diminuindo a hipertonia. 
A avaliadora pôde observar que a DT teve grande adesão pelos pais, devido a 
sua aplicação ser feita ao término da terapia e seu uso ser contínuo. Não necessitando 
da colaboração deles para sua colocação ou manutenção, como no caso das órteses. 
A aceitação foi positiva pelas crianças, pois é confortável, por ser feita de viscoelástico 
e ter os desenhos de tattoo, deixando-as empolgadas com a aplicação. O estudo de 
Oliveira et al. (2010), mostra que os pais reconhecem a importância do uso das 
órteses, mas nem todos têm orientações suficientes quanto a sua colocação e 
geralmente são de uso contínuo, o que causa incomodo. Fatores esses que podem 
estimular a adesão ao tratamento com bandagens elásticas. 
Além disso, as mães participantes do presente estudo relataram melhora na 
mobilidade do tornozelo-pé e da marcha, reconhecendo os efeitos da bandagem DT. 
O estudo de Santos et al. (2015), relata que os responsáveis pelas crianças, 
costumam perceber a melhora de seus filhos com o tratamento fisioterapêutico, porém 
não sabem especificar os efeitos. 
Assim, a bandagem elástica DT pode ser um recurso a mais nas sessões de 
fisioterapia, pois mostrou-se efetiva para redução da hipertonia e aumento da ADM de 
18 
 
dorsiflexão. No entanto, este estudo teve como limitações o reduzido tamanho da 
amostra e a escassez de estudos que embasam os efeitos da aplicação da bandagem 
elástica DT. Dessa forma, são necessários mais estudos que demonstrem a eficácia 
desse recurso e que possam analisar o impacto de sua aplicação em outros aspectos, 
como na marcha, equilíbrio e qualidade de vida dos pacientes e familiares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
5 CONCLUSÃO 
A DT mostrou-se eficaz para minimizar o pé equino das crianças com paralisia 
cerebral espástica pelo aumentoda goniometria de dorsiflexão e diminuição da 
graduação da hipertonia do m. tríceps sural. Consistindo em recurso complementar a 
fisioterapia individual, devido à fácil aplicação e adesão tanto pelos pais, quanto pelas 
crianças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
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LUPMED II, E-book: “7 conceitos da Dynamic Tape para você ser mais resolutivo e 
dar alívio imediato para seu paciente”. Disponível em: 
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não especifica do joelho do atleta de judô. Universidade Fernando Pessoa. Porto, 
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SVARTMAN, C.; et al.; Pé eqüino na paralisia cerebral: análise do tratamento. Rev 
Bras Ortop — Vol. 29, Nºs 1/2, p.33-36, Jan/Fev, 1994. 
 
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Dynamic Tape® sobre la torsión tibial externa con dolor en un futbolista. Revista 
Andaluza de Medicina del Deporte, 9(1), 50-53, 2016. 
22 
 
ANEXOS 
ANEXO A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 
Convidamos o participante _____________________________________, residente 
no endereço: _______________________________, na cidade de _____________, 
CEP ______________, telefone: _________________ e email_________________, 
a participar da pesquisa “Efeitos da Dynamic Tape no pé equino de crianças com 
paralisia cerebral espástica”, com objetivo de verificar os benefícios da aplicação de 
uma faixa elástica adesiva no tornozelo. Isto porque puxará o pé para cima, podendo 
diminuir a tensão do músculo que o leva para a posição de ponta de pé. 
 
1. Procedimentos: A criança convidada continuará em tratamento fisioterapêutico 
normalmente. A primeira colocação da faixa será realizada ao final de uma sessão 
de fisioterapia e a criança permanecerá com a mesma, que será trocada a cada 
sessão. A duração total da pesquisa será de doze semanas e como o tratamento 
é realizado duas vezes por semana, o número total de aplicação será de vinte e 
quatro vezes. Não será necessário o comparecimento apenas para a pesquisa. 
 
2. Riscos e benefícios: Os riscos possíveis são reação alérgica, irritação mecânica 
e bolhas, devido à reação ao adesivo. Para que estes riscos sejam reduzidos aos 
níveis mínimos, a avaliadora ficará atenta às respostas das crianças durante toda 
aplicação e perante qualquer sinal de coceira, queimação, pontada, irritação ou dor 
os procedimentos serão interrompidos imediatamente, com a retirada da faixa. E 
como a bandagem será de uso constante, o responsável poderá retirar a faixa 
perante o aparecimento de qualquer sinal acima. Os possíveis benefícios da sua 
aplicação são a melhora da posição do pé e maior independência nas atividades 
na posição em pé. 
 
3. Informações: O responsável receberá respostas a qualquer pergunta ou 
esclarecimento de qualquer dúvida durante a realização da pesquisa, entrando em 
contato com a pesquisadora, mesmo que possa afetar a sua vontade em continuar 
participando do estudo. 
 
23 
 
4. Retirada do Consentimento: Caso o responsável não aceite participar desta 
pesquisa, não haverá prejuízo no tratamento. O responsável poderá desistir a 
qualquer momento, também sem prejudicar o tratamento, bastando informar sua 
decisão ao pesquisador. Fica esclarecido ainda que, por ser uma participação 
voluntária, não haverá nenhum tipo de pagamento. 
 
5. Garantia do Sigilo: É assegurado o sigiloda participação do voluntário. Os dados 
serão divulgados no meio científico de forma a não possibilitar sua identificação. 
 
6. Informações: Este termo será elaborado em duas vias, uma ficará com o 
responsável pela criança e outra com a pesquisadora. Qualquer dúvida entrar em 
contato com a Marina Ortega Golin, responsável pela pesquisa, que pode ser 
encontrada na Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Av. Príncipe de Gales, 
821, 2 º andar do prédio administrativo, em Santo André, SP, às terças e sextas-
feiras das 13:30 às 17:00 h, ou pelo telefone: (11) 99968-4182. Este estudo clínico 
foi analisado por um comitê de ética em pesquisa (CEP). O CEP é um órgão que 
tem por objetivo proteger o bem-estar das pessoas pesquisadas. É responsável 
pela avaliação e acompanhamento dos aspectos éticos de todas as pesquisas 
envolvendo seres humanos, visando assegurar a dignidade, os direitos, a 
segurança e o bem-estar do sujeito da pesquisa. Se você tiver dúvidas e/ou 
perguntas sobre seus direitos como participante deste estudo, ou se estiver 
insatisfeito com a maneira como o estudo está sendo realizado, você pode entrar 
em contato com o CEP da Faculdade de Medicina do ABC no endereço: Av. Lauro 
Gomes – 2000, 1º andar - Prédio: CEPES, Santo André/SP ou pelo telefone: (11) 
4993-5453. O horário de atendimento é de segunda à sexta-feira, das 07h00 às 
17h00. 
 
7. Remuneração: A participação na pesquisa é voluntária e não haverá nenhuma 
forma de remuneração. Em caso de eventuais danos relacionados direta ou 
indiretamente com a participação na pesquisa, mesmo após seu término, a 
assistência gratuita será garantida. 
 
24 
 
8. Ressarcimento: Se necessário, o ressarcimento com qualquer despesa 
relacionada com a participação na pesquisa será efetuado pessoalmente. Caso o 
responsável se sinta prejudicado, terá o direito de buscar indenização. 
 
9. Consentimento Pós-Informação: 
 Eu,________________________________________________, após leitura e 
compreensão deste termo de consentimento, entendo que a participação de 
____________________________________é voluntária. Autorizo a realização da 
pesquisa e a utilização das informações contidas em seu prontuário no meio cientifico. 
 
 
Santo André, ______ de ____________________ de 2017. 
 
Nome do responsável (por extenso): _____________________________________ 
Assinatura: _________________________________________________________ 
 
Nome do pesquisador (por extenso): ______________________________________ 
Assinatura: _________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
ANEXO B - TERMO DE ASSENTIMENTO 
Assentimento informado para a pesquisa: “Efeitos da Dynamic Tape no pé equino 
de crianças com paralisia cerebral espástica. ” 
Nome da criança ____________________________________________ 
 Este formulário de assentimento informado é para crianças e adolescentes 
entre as idades de 1 e 16 anos atendidos no ambulatório de neuropediatria, de 
Fisioterapia, do Hospital Estadual Mário Covas, que estou convidando a participar da 
pesquisa “Efeitos da Dynamic Tape no pé equino de crianças com Paralisia 
cerebral espástica. ” 
 Este estudo clínico foi analisado por um comitê de ética em pesquisa (CEP), 
que é um órgão que tem por objetivo proteger o bem-estar dos indivíduos 
pesquisados. É responsável pela avaliação e acompanhamento dos aspectos éticos 
de todas as pesquisas envolvendo seres humanos, visando assegurar a dignidade, os 
direitos, a segurança e o bem-estar do sujeito da pesquisa. Se você tiver dúvidas e/ou 
perguntas sobre seus direitos como participante deste estudo, ou se estiver insatisfeito 
com a maneira como o estudo está sendo realizado, pode entrar em contato com o 
CEP da FMABC pelo endereço: Avenida Lauro Gomes, 2000, 1º andar - prédio: 
Cepes. Santo André/SP, ou pelo telefone: (11)-4993-5453. O horário de atendimento 
é de segunda à sexta das 07h00 às 17h00. 
 
Parte I: Introdução: Meu nome é Marina Ortega Golin, o meu trabalho é pesquisar 
os efeitos da aplicação de uma faixa elástica adesiva na posição do tornozelo. A faixa 
adesiva puxará o pé para cima, podendo diminuir a tensão do músculo que o leva para 
a posição de ponta de pé. Quero, com essa pesquisa, contribuir para sua melhora. 
Você pode escolher se quer participar ou não. Discuti esta pesquisa com seus pais ou 
responsáveis e eles sabem que também estamos pedindo seu acordo. Para você 
participar da pesquisa, seus pais ou responsáveis também terão que concordar. Mas 
se você não desejar fazer parte na pesquisa, não é obrigado, até mesmo se seus pais 
concordarem. 
 Você pode discutir qualquer coisa deste formulário com seus pais, amigos ou 
qualquer um com quem você se sinta à vontade para conversar. Você pode decidir se 
quer participar ou não depois de ter conversado sobre a pesquisa e não é preciso 
decidir agora. Pode ter algumas palavras que você não entenda ou coisas que você 
26 
 
quer que eu explique mais detalhadamente porque você ficou mais interessado ou 
preocupado. Por favor, peça e a qualquer momento, eu explicarei. 
 
Escolha dos participantes: Aplicarei a faixa adesiva em crianças com idades 
semelhantes a sua e que realizam tratamento no ambulatório do Hospital Estadual 
Mário Covas. 
 
Procedimentos: Caso aceite participar dessa pesquisa, você continuará a ser tratado 
normalmente. A primeira colocação da faixa será realizada ao final de uma terapia e 
você ficará com ela, que será trocada a cada sessão. A duração total será de doze 
semanas. Também serão anotados dados sobre a doença de sua ficha. 
 
Voluntariedade de Participação: Você não precisa participar desta pesquisa se não 
quiser. É você quem decide. Se decidir não participar da pesquisa, é seu direito e 
nada mudará no seu tratamento de saúde. Mesmo assim, este serviço de saúde estará 
disponível para você. Até mesmo se disser “sim” agora, poderá mudar de ideia depois, 
sem nenhum problema. 
 
Riscos e desconfortos: Os riscos possíveis são reação alérgica, irritação mecânica 
e bolhas, devido à reação ao adesivo. Eu ficarei atenta as suas respostas durante 
toda aplicação e perante qualquer sinal de coceira, queimação, pontada, irritação ou 
dor os procedimentos serão interrompidos imediatamente, com a retirada da faixa. E 
como a faixa será de uso constante, você deverá pedir para seus pais retirarem caso 
apareça qualquer sinal acima. 
 
Eu conferi se a criança ou adolescente entendeu os riscos e desconfortos da pesquisa 
e ela referiu: ( )sim ( )não. 
 
Benefícios: A pesquisa pode contribuir para diminuir a posição em ponta de pé do 
seu tornozelo e assim facilitar suas atividades na postura em pé. 
 
Incentivos: A participação é voluntária e não há nenhuma forma de pagamento. 
Porém, caso haja algum prejuízo comprovado em decorrência de sua participação, 
será compensado. 
27 
 
Confidencialidade: Não falarei para outras pessoas que você está nesta pesquisa e 
também não compartilharei informação sobre você com alguém que não trabalhe na 
pesquisa. As informações sobre você serão coletadas na pesquisa e ninguém terá 
acesso a elas, exceto seu médico. Só os pesquisadores saberão qual é o seu número, 
que será mantido em sigilo. 
 
Compensação: Se você se sentir mal durante a pesquisa, informarei o médico 
responsável pelo ambulatório que adotará as condutas necessárias. 
 
Divulgação dos resultados: Quando terminar a pesquisa, eu sentarei com você e 
seus pais e falaremos sobre o que aprendemos com a pesquisa. Eu também lhe darei 
um papel com os resultados por escrito. Depois, falarei com mais pessoas, cientistas 
e outros, sobrea pesquisa. Farei isto escrevendo, compartilhando relatórios e indo 
para reuniões científicas, sempre sem identificar as crianças que participaram. 
 
Direito de recusa ou retirada do assentimento informado: Você não tem que 
participar dessa pesquisa. Ninguém ficará furioso ou desapontado com você se disser 
não, a escolha é sua. Você pode pensar nisto e falar depois, se você quiser. Também 
pode dizer “sim” agora e mudar de ideia depois e tudo continuará bem. 
 
Contato: Você pode me perguntar agora ou depois. Eu escrevi um número de telefone 
e endereço onde você pode me localizar ou, se estiver por perto, poderá vir me ver. 
Se quiser falar com outra pessoa, tal como o seu professor ou doutor ou tia, não tem 
problema. 
 
Parte II - Certificado do Assentimento: 
 Eu entendi que a pesquisa é sobre a aplicação da Dynamic Tape e que participarei 
dela, recebendo essa aplicação. 
 
Assinatura da criança/adolescente:______________________________________ 
Assinatura dos pais/responsáveis:_______________________________________ 
Ass. Pesquisador:____________________________________________________ 
Dia/mês/ano:________________________________________________________ 
 
28 
 
ANEXO C - Escala de Ashworth Modificada 
Graus 
 
0 Sem aumento do tônus muscular 
 
1 Leve aumento do tônus muscular, manifestando-se como um resistir e 
ceder ou por mínima resistência na extensão máxima do movimento 
passivo. 
 
1+ Leve aumento do tônus muscular, manifestando-se como uma resistência 
que persiste de maneira discreta através da extensão do movimento 
remanescente (menos da metade deste). 
 
2 Aumento do tônus mais acentuado durante a maioria da extensão do 
movimento, mas com facilidade de se mover o segmento acometido. 
 
3 Aumento considerável do tônus muscular, com dificuldade na 
movimentação passiva. 
 
4 O segmento acometido está rígido em flexão, extensão, abdução, adução 
(etc.).

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