ALTERAÇÕES NO CORPO DA MULHER

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ALTERAÇÕES NO CORPO DA MULHER
UNIBAVE
Profª Greice Lessa
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 Durante a gravidez ocorrem inúmeras alterações fisiológicas em todos os sistemas, sendo que algumas delas provocam alguns distúrbios e desconfortos.
ALTERAÇÕES NO CORPO DA MULHER
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ALTERAÇÕES DO SISTEMA ENDÓCRINO
As secreções das glândulas estão alteradas e freqüentemente há alteração na produção hormonal, que são necessárias para a manutenção da gravidez. A maioria dos hormônios é produzido pelo corpo lúteo gravídico e posteriormente pela placenta.
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Hormônio Gonadotrofina Coriônica Humana (HCG)
É o hormônio imprescindível para a manutenção do corpo lúteo e para a secreção de estrógeno e progesterona. 
É produzido pelas células trofoblásticas, e é detectado no sangue em torno de 10 dias da concepção.
Estimula a produção de testosterona no início da gravidez, sendo importante para a diferenciação sexual fetal.
ALTERAÇÕES DO SISTEMA ENDÓCRINO
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Hormônio Lactogênio Placentário ou Somatomatropina Coriônica
Estimula o crescimento das mamas para a lactação;
Estimula o metabolismo de carboidratos e de gordura de modo a assegurar um bom suprimento de nutrientes para o feto, tem efeito diabetogênico. 
ALTERAÇÕES DO SISTEMA ENDÓCRINO
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Hormônio Melanócito Estimulante
É produzido pela hipófise e estimula o escurecimento de certas áreas da pele.
ALTERAÇÕES DO SISTEMA ENDÓCRINO
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Aldosterona
É produzido pela supra-renal, estimula a reabsorção da água e de sódio pelos glomérulos renais, influenciando no aumento de peso da gestante, pela retenção hídrica.
ALTERAÇÕES DO SISTEMA ENDÓCRINO
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Estrogenio
São sintetizados pelo corpo lúteo e pela placenta a partir de precursores provenientes da supra-renal materna e fetal. Provoca o aumento do útero, alterações das mamas, dos genitais, estimula a formação da placenta.
Seus níveis elevados provocam o aumento da função supra-renal, conseqüentemente dos esteróides que enfraquecem as fibras elásticas da pele, provocando a formação de estrias gravídicas. Ocasiona modificações vasculares, aumentando o fluxo sanguíneo para o feto.
ALTERAÇÕES DO SISTEMA ENDÓCRINO
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Progesterona
É o principal hormônio da gravidez. A produção deste hormônio pelo corpo lúteo nas primeiras oito a nove semanas de gravidez é indispensável para a manutenção do endométrio gravídico e da gravidez, a partir daí, a produção de progesterona placentária é adequada e crescente. 
Tem efeito calmante sobre as contrações uterinas, mantendo o ovo fixado no útero. Estimula o crescimento das mamas e a lactação. Auxilia o metabolismo, a excreção de sódio, inibe o funcionamento gastrointestinal, torna os vasos sanguíneos relaxados, e ajuda a mulher a eliminar os produtos do metabolismo fetal.
ALTERAÇÕES DO SISTEMA ENDÓCRINO
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Ocorre relaxamento das articulações e alterações posturais, causadas pelo crescimento uterino e pela ação dos hormônios, especialmente a relaxina, secretada pelo ovário. 
Com a evolução da gravidez ocorre lordose, o que provoca a mudança do centro de gravidade do corpo da gestante.
ALTERAÇÕES DO SISTEMA MÚSCULO ESQUELÉTICO
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Ocorre amolecimento das cartilagens pélvicas, aumento da mobilidade das articulações socro-coccígea e da sínfise púbica, dor nos ligamentos redondos, diástase dos músculos retos do abdome, síndrome do túnel carpeano (sensibilidade, fraqueza ou amolecimento do pulso e do polegar).
ALTERAÇÕES DO SISTEMA MÚSCULO ESQUELÉTICO
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A capacidade cardíaca aumenta entre 30% a 50% para suprir as necessidades maternas e fetais, como conseqüência há um maior fluxo sanguíneo renal, aumentando a eliminação urinária. Ainda aumenta o fluxo sanguíneo para a pele em torno de 70% ( pele úmida, calor, congestão nasal).
ALTERAÇÕES DO SISTEMA CÁRDIO-VASCULAR
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A freqüência do pulso aumenta em torno de 10 batimentos por minuto;
O volume sanguíneo aumenta a partir da 10ª semana de gravidez, tendo o seu pico próximo a 34ª semana. Este aumento de volume sanguíneo envolve mais o conteúdo líquido do que celular, proporcionando maior quantidade de líquido para os tecidos materno e fetal.
ALTERAÇÕES DO SISTEMA CÁRDIO-VASCULAR
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O volume de plasma, de glóbulos vermelhos e de hemoglobina: o volume de plasma da gestação é superior ao dos glóbulos vermelhos. Há uma hemodiluição ou “anemia fisiológica”.
VALOR DO HEMATÓCRITO: mulher não grávida : 36 a 48%
 mulher grávida: 35 a 42%
VALOR DA HEMOGLOBINA: mulher não grávida: 12 a 16g/%
 Mulher grávida: 11 a 14g%.
Então a grávida tem anemia quando o hematócrito está abaixo de 35% e a hemoglobina menor do que 11g/%.
ALTERAÇÕES DO SISTEMA CÁRDIO-VASCULAR
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Glóbulos Brancos : os Leucócitos aumentam dando proteção contra as infecções.
LEUCÓCITOS: mulher não grávida de 5 a 10.000/mm3
 mulher grávida em média 15.000/mm3
ALTERAÇÕES DO SISTEMA CÁRDIO-VASCULAR
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Fatores de Coagulação: aumentam na gestação, há um estado de “ hipercoagulação”, com um aumento de fibrinogênio e de outros fatores de coagulação. É uma proteção contra sangramentos, facilitando a hemostasia durante a dequitação da placenta.
ALTERAÇÕES DO SISTEMA CÁRDIO-VASCULAR
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Síndrome de Hipotensão Supina: ocorre uma queda brusca da pressão arterial com sinais de choque, quando a gestante permanece por longo tempo deitada em decúbito dorsal. Assim há uma compressão do útero grávido sobre a veia cava inferior, prejudicando o retorno venoso dos vasos pélvicos e dos membros inferiores, ocasionando a redução da capacidade cardíaca, levando a tontura , diminuição da pressão arterial, náusea e outros sinais. A posição em decúbito lateral esquerdo facilita o retorno venoso.
ALTERAÇÕES DO SISTEMA CÁRDIO-VASCULAR
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Hipotensão Ortostática: há um declínio da capacidade cardíaca quando a gestante muda da posição reclinada para a vertical. A diminuição do retorno venoso causa hipotensão.
Veias Varicosas: podem surgir nos membros inferiores, regiões vulvares e anais, como conseqüência da dificuldade do retorno venoso produzido pela pressão do útero grávido sobre os vasos, como também pelo relaxamento dos músculos lisos, e pela ação da progesterona.
ALTERAÇÕES DO SISTEMA CÁRDIO-VASCULAR
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Pressão Sanguínea: a pressão sanguínea na gravidez deverá permanecer dentro dos limites normais, com tendência a leve hipotensão.
ALTERAÇÕES DO SISTEMA CÁRDIO-VASCULAR
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A circunferência torácica aumenta durante a gestação, devido ao relaxamento dos ligamentos ( relaxina, progesterona). A capacidade de inspiração aumenta durante a gestação, permitindo maior fluxo de oxigênio. A expiração aumentada facilita a eliminação de dióxido de carbono.
Dispnéia: pode ocorrer devido a maior sensibilidade do sistema respiratório, causada pela progesterona, e pela pressão do útero sobre o diafragma no final da gravidez.
ALTERAÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
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Sangramento nas gengivas: ocorre durante a escovação dentária, devido a ação do estrógeno sobre os vasos sanguíneos;
Produção de saliva: encontra-se aumentada, porém é de causa desconhecida;
Náusea com ou sem vômito: são comuns no primeiro trimestre e podem estar relacionadas ao níveis crescentes de estrógeno no sangue.
ALTERAÇÕES DO SISTEMA GASTROINTESTINAL
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Movimentos Peristálticos: encontram-se diminuídos, devido ao aumento da progesterona. Com o relaxamento da cárdia, o conteúdo gástrico pode atingir o esôfago causando azia.
Constipação: ocorre devido à diminuição do tônus muscular o que provoca um retardo no esvaziamento intestinal.
Alterações do metabolismo dos carboidratos maternos: essa alteração permite que o feto tenha uma alta fonte de energia na forma de glicogênio. O metabolismo das gorduras também se altera, facilitando o crescimento fetal e propiciando reservas maternas para a lactação.
ALTERAÇÕESDO SISTEMA GASTROINTESTINAL
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O aumento da freqüência urinária no início da gestação é devido a pressão do útero sobre a bexiga, e no final ocorre pela pressão causada pelo crescimento fetal. Devido ao aumento do volume sanguíneo aumentado, a filtração renal é acelerada. Com a diminuição do tônus da musculatura lisa, a excreção de urina diminui, levando a mulher ao risco de infecção urinária.
ALTERAÇÕES DO SISTEMA URINÁRIO
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As mulheres morenas apresentam uma tendência maior de pigmentação acentuada na pele, caracterizando alguns sinais da gestação.
Na face: Cloasma Gravídico
Nas mamas: aréola primária e secundária – Sinal de Hunter;
No abdome: hiperpigmentação da linha Alva – Linha Negra;
Presença de estrias no abdome e seios: estrias gravídicas;
Lanugem na testa: Sinal de Halban
ALTERAÇÕES NA PELE
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Alterações no Útero
Ocorre alterações no volume, na consistência, na forma e na sua localização
ALTERAÇÕES NO SISTEMA REPRODUTOR
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Aumento do volume: o aumento do volume é causado por hipertrofia e hiperplasia das fibras uterinas, aumento do tecido conjuntivo e do líquido intersticial, aumento da inervação e vascularização, além do aumento do feto e da placenta. O crescimento é progressivo e deve ser comparado a idade gestacional. O aumento é significativo a partir da 4ª semana de gravidez. Fora da gravidez o peso do útero é de 60g e o volume é de 7ml. No final da gravidez o útero pesa 1kg e o volume é de 4 a 5 litros.
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Alterações na consistência: ocorre um amolecimento do útero a partir da 8ª semana é o “ Sinal de Godell”. O colo uterino torna-se mais curto e amolecido durante a gestação para permitir a passagem do feto durante o parto. Fora da gravidez o colo uterino tem a consistência semelhante a da cartilagem nasal, na gravidez assemelha-se a consistência labial. A partir da 12ª semana ocorrem contrações uterinas de baixa intensidade, são as contrações de “Braxton-Hicks”. Estas contrações ocorrem até o final da gravidez, se transformando nas contrações do parto.
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As glândulas cervicais secretam um tampão mucoso no canal cervical que serve de proteção contra invasão microbiana “ TAMPÃO MUCOSO”.
Alteração na forma: o útero deixa de ser periforme e passa a ser globoso.
Alteração na localização: acentua-se a anteflexão uterina.
Aos três meses (12 semanas) na sínfise púbica;
Aos cinco meses (20 semanas) na cicatriz umbilical;
Aos 9 meses (40 semanas) no apêndice xifóide.
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Alterações nos ovários: não há amadurecimento dos folículos ovarianos, portanto não há ovulação.
 O corpo lúteo produz hormônios até próximo da 10ª semana de gravidez, mantendo esta produção até que a placenta assuma esta função. A placenta está totalmente formada próximo do 4ª mês de gravidez.
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Alterações na Vagina: ocorre alteração na coloração vaginal e vulvar, tornando-se arroxeada, é o “Sinal de Chadwick”. Esta alteração se dá devido ao aumento da congestão pélvica, causada pelo estrógeno e progesterona. Ainda se evidencia o acréscimo de volume e distensibilidade das paredes vaginais, que se tornam rugosas, flexíveis e dilatadas.
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ALTERAÇÕES NAS MAMAS
Diversos hormônios incluindo o estrógeno, a progesterona, a prolactina e o hormônio lactogênio placentário, interagem durante a gestação para preparar as mamas para a lactação.
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Aumenta o volume das mamas entre a 6ª e 8ª semana de gravidez;
Hiperpigmentação das aréolas, forma a aréola dupla que é chamado “ Sinal de Hunter”;
As Glândulas de Montgomery tornam-se proeminentes;
A vascularização mamária aumenta formando a “ Rede de Haller”;
A presença do colostro a partir de 10ª semana, e após o parto ocorre um aumento na produção de prolactina.
ALTERAÇÕES NAS MAMAS
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ALTERAÇÕES EMOCIONAIS NA GRAVIDEZ
Primeiro Trimestre
Percepção precoce da presença de gravidez;
Ambivalência afetiva (quer e não quer);
Negação da gravidez;
Fantasias;
Dúvidas da existência do feto;
Oscilações de humor, aumento da sensibilidade e do apetite.
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Segundo Trimestre
É o trimestre mais estável, a gravidez é real, há presença dos movimentos fetais;
Alterações do desejo e desempenho sexual;
Medo e insegurança pelas alterações corporais;
Necessidade de afeto e atenção;
Introversão, hiperatividade, bem-estar;
Ambivalência afetiva diante dos movimentos fetais.
ALTERAÇÕES EMOCIONAIS NA GRAVIDEZ
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Terceiro Trimestre
Parto? Cesariana?
Temores quanto a saúde do bebê;
Medo quanto aos seus futuros papéis;
Cuidar do bebê;
Ser mãe e esposa;
Presença de sonhos com o parto e nascimento.
OBS: A primigesta sente os primeiros movimentos fetais em média no 5ª mês e a multigesta no 4ª mês.
ALTERAÇÕES EMOCIONAIS NA GRAVIDEZ