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Obra de Emília Ferreiro Com todas as letras VIDA EMÍLIA FERREIRO Emilia Beatriz Maria Ferreiro Schavi nasceu em Buenos Aires, Argentina, no dia 5 de maio de 1936. No fim dos anos 60, formou-se me Psicologia pela Universidade de Buenos Aires. Em 1971, Emília voltou para a Universidade de Buenos Aires, onde constituiu um grupo de pesquisa sobre a alfabetização Fez o doutorado na Suíça, sob a orientação do mestre Jean Piaget Em 1977, após o Golpe de Estado na Argentina, Emília Ferreiro se exilou na Suíça, levando consigo os dados das pesquisas que realizou com sua equipe, sobre a psicogénese da língua escrita, campo não estudado por seu mestre. Passou a lecionar na Universidade de Genebra Em 1979 mudou-se para o México na companhia do marido, o físico e epistemologo Rolando García onde teve dois filhos. Radicada no México é Professora Titular do Centro de Investigação e Estudos Avançados do Instituto Politécnico Nacional, na Cidade do México. A obra de Emília Ferreiro, COM TODAS AS LETRAS, são três textos reunidos neste volume, e estabelecem vínculos entre pesquisa e tomada de decisões sobre políticas globais de alfabetização, e as práticas cotidianas dentro da sala de aula. A autora ainda defende explicitamente o direito à alfabetização condenando as práticas discriminatórias encobertas e as concepções que perpetuam a marginalização Este é o desafio lançado por Emília Ferreiro à instituição escolar, ao mesmo tempo que oferece os instrumentos teóricos necessários para enfrentá-lo. Esta obra também completa e atualizam outros escritos da autora, como Reflexões sobre Alfabetização e Alfabetização em processo, livros que tiveram grande receptividade entre educadores, psicólogos e psicolinguístas. A obra: Juliana A língua escrita como objeto da aprendizagem “A escrita é importante na escola porque é importante fora da escola, e não o Inverso.” Para uma alfabetização de melhor e de qualidade: Compreensão do sistema alfabético de escrita; Compreensão das funções sociais da escrita; Leitura compreensiva de textos Produção de textos respeitando os modos de organização desses diferentes registros (referência nos gêneros diferentes do discurso) Atitude de curiosidade e falta de medo diante da língua escrita As dificuldades desnecessárias e seu papel discriminador As professoras constroem uma idealização de sua própria percepção de fala que cria distorções caricaturais. Não há prova empírica que permita concluir que é necessário ter um certo tipo de pronúncia para ter acesso à língua escrita. Métodos tradicionalmente obedecendo ao princípio de graduação –simples para o complexo, do fácil ao difícil. Concepção da aprendizagem como um processo cumulativo de informações. Escrita e leitura apresentadas fora de contexto; textos escolares, artificiais Desqualificação da produção escrita inicial. Diferente do que acontece no balbucio. O preconceito linguístico é um dos mecanismos de discriminação, no interior da escola, com maiores conseqüências para as crianças. Levamos a marca Linguística do grupo social que vivemos. Produção de materiais: É preciso distinguir três tipos de materiais: 1.materiais dirigidos aos professores. É preciso evitar a “receita culinária”; 2.materiais para ler ( e não para aprender a ler) – essenciais para a alfabetização. 3.materiais para alfabetizar –não só são desnecessários como contraproducentes. Para alfabetizar é necessário ter acesso à língua escrita. O material necessário éo que circula socialmente