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DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS - CONCEITO - POSSE - PROPRIEDADE - USUCAPIÃO- ACESSÕES NATURAIS E CIVIS

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RESUMO DIREITO CIVIL IV – DIREITO DAS COISAS
LARA ALVES VIEIRA
- CONCEITO
Somente interessam ao direito coisas suscetíveis de apropriação exclusiva pelo homem, sobre as quais possa existir um vínculo jurídico, que é o domínio. Trata-se o direito das coisas de relações jurídicas concernentes aos bens corpóreos suscetíveis a apropriação pelo homem.
Logo, trata das relações entre as pessoas e os seus patrimônios, em especial a forma de aquisição desses e as suas possibilidades de uso e limitações. Os bens devem ser economicamente apreciáveis. Defendendo sempre a dignidade da pessoa humana e a função social.
-CARACTERÍSTICAS
	1) ERGA OMNES
É a característica que faz os direitos reais serem oponíveis a toda sociedade (lembrando que os D.R. são públicos), possuem validade contra toda e qualquer pessoa. Ser Erga Omnes significa que toda a sociedade deve respeitar a ligação do Direito que a pessoa tem sobre o seu bem.
	2) SEQUELA =Elasticidade
Atribui ao detentor do D.R. a possibilidade de buscar o seu bem na mão, do controle de quem quer que o detenha. 
	3) EXCLUSIVIDADE
O D.R. não admite que sobre o mesmo bem recaia mais de um D.R. de igual conteúdo.
	4) PREFERÊNCIA
Confere a seu detentor a prioridade no exercício de suas faculdades sejam elas de usar, fruir ou gozar, bem como garante a prioridade no recebimento de eventuais dívidas por ele garantido.
- CLASSIFICAÇÃO
	Quanto a propriedade:
➯ Próprio (ex: propriedade)
➯ Alheia (ex: penhora e usufruto)
	Quanto ao poder:
➯Ilimitado (ex: propriedade)
➯Limitado (ex: todos os outros, não posso fazer tudo com o bem)
-FIGURAS HÍBRIDAS
A) OBRIGAÇÃO PROPTER REM 
É a que recai sobre uma pessoa, por força de determinado direito real. É uma mistura, nasce em razão de uma coisa e desenvolve-se como uma relação pessoal.
Exemplos: 1. Obrigação de indenizar benfeitorias, 2. Pagamento de cotas condominiais. 
É híbrido entre direitos reais e os direitos pessoais. Tem características de direito obrigacional, por recair sobre uma pessoa que fica adstrita a satisfazer uma prestação, e de Direito Real, pois vincula sempre o titular da coisa. 
B) ÔNUS REAIS 
São obrigações que limitam o uso e gozo da propriedade, constituindo gravame ou direitos oponíveis erga omnes, por exemplo, a renda constituída sobre o imóvel. Aderem e acompanham a coisa.
POSSE
CONCEITO: é um fato tutelado pelo ordenamento jurídico que o torna um Direito Real em razão dos efeitos que esse produz no meio social. Logo, a posse é uma forma clássica de exteriorização da propriedade.
Obs.: NÃO HÁ PROPRIEDADE SEM POSSE 
Mas também, a posse é protegida pelo ordenamento como figura autônoma e independente da existência de um título. 
➯A posse é protegida para evitar a violência e assegurar a paz social.
OBJETO DA POSSE: Qualquer coisa corpórea ou incorpórea, móvel ou imóvel desde que economicamente apreciável pode ser alvo do D.R. 
LEMBRAR: PRECISA TER VALOR ECONÔMICO
SUJEITO: Pode deter D.R. qualquer pessoa física ou jurídica.
- TEORIAS DA POSSE
TEORIA SUBJETIVA DE SAVIGNY
Para essa teoria a posse caracteriza-se pela conjunção de dois elementos:
-	 Corpus: elemento objetivo que consiste na detenção física da coisa
-	Animus: elemento subjetivo, que se encontra na intenção de exercer sobre a coisa um poder de interesse próprio e de defendê-la contra a intervenção de outrem Todavia, não é propriamente a convicção de ser dono, mas a vontade de tê-la como sua, de exercer o direito de propriedade como se titular fosse.
TEORIA OBJETIVA DE IHERINGTER A COISA + VONTADE DE TÊ-LA = CORPUS + ANIMUS
ATENÇÃO: ESSA É A TEORIA ADOTADA PELO NOSSO CÓDIGO. VEJA-SE:
“Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.”
É denominada objetiva porque não empresta à intenção, ao animus, a importância que lhe confere a teoria subjetiva. Portanto, basta o corpus para a caracterização de posse, tal expressão não significa contato físico com a coisa, mas, sim conduta do dono.
➯ Não preciso provar a intenção.
POSSE ≠ PROPRIEDADE
≠ DETENÇÃO
Posse: Nasce do mundo dos fatos para depois ser protegido pelo Direito.
Propriedade: Nasce no mundo jurídico para depois ir para o mundo dos fatos.
*Detenção: é o caseiro, a baba, ou qualquer outra pessoa que em razão de alguma relação hierárquica pode utilizar o bem sem ter a posse e propriedade deste (outro exemplo é o pai que empresta carro para o filho) 
	- Quem tem a detenção é o FÂMULO DA POSSE (detentor). Como vimos, na detenção há falta de independência da vontade do detentor, que age como lhe determina o possuidor. Embora não tenham direito de invocar, em seu nome, a proteção possessória, não se lhes recusa, contudo, o direito de exercer a autoproteção do possuído, quanto às coisas confiadas a seu cuidado, consequência natural do seu dever de vigilância.
	- A grande diferença entre detenção e posse é que somente a última gera efeitos jurídicos, conferindo direitos e pretensões possessórias em nome próprio.
CLASSIFICAÇÃO DA POSSE*
DESDOBRAMENTO DA POSSE
➯INDIRETA (mediata) = Toda vez que adquiro uma propriedade com ela vem a posse indireta. O titular do D.R. fica com essa, é o exemplo do locador. 
➯DIRETA (imediata) = Quem tem o bem, a posse de fato, do “toque” quem segura o bem. É o terceiro que fica com a posse direta, é o caso do locatário.
Obs. 1 – o ato de locar, de dar a coisa em comodato ou em usufruto, constitui conduta própria do dono, não implicando a perda de posse, que apenas se transmuda. 
Obs. 2 – Uma posse não anula a outra, ambas coexistem no tempo e no espaço e são posses jurídicas (jus possidendi). 
A vantagem dessa divisão é que o possuidor direto e o indireto podem invocar a proteção possessória contra terceiros, mas somente o possuidor indireto poderá adquirir a propriedade em virtude da usucapião. O possuidor direto jamais poderá adquiri-la por esse meio, por faltar-lhe o ânimo de dono.
Dispõe o seguinte artigo do código civil:
“Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto”
Há possibilidade de cada possuidor, direto ou indireto, recorrer aos interditos possessórios contra o outro, para defender a sua posse, quando esta se encontrar ameaçada.
- Quando tem a soma da posse direta com a posse indireta tenho a POSSE PLENA.
OBJETIVA
➯JUSTA = Segundo art. 1200 do código Civil “é justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária”.
É aquela isenta de vícios, aquela que não repugna o Direito, por ter sido adquirida por algum dos modos previstos em leis.
➯INJUSTA = É aquela praticada com violência, clandestinidade ou precariedade. Vejamos:
- Vício da violência: a posse de que toma o objeto de alguém, despojando-o à força, ou expulsa de um imóvel, por meios violentos, o anterior possuidor. Pode ser física ou moral. Por exemplo, as ameaças, que tenham como consequência o abandono do imóvel por quem as sofreu, devem ser equiparadas a violência material.
- Vício da clandestinidade: é clandestina a posse do que ocupa um imóvel de outro às escondidas. 
- Vício da precariedade: é precária a posse quando o agente se nega a devolver a coisa. 
SUBJETIVA
➯BOA-FÉ = o seu conceito funda-se em critérios subjetivos, em dados psicológicos. É de suma importância para caracterizar a boa-fé, a crença do possuidor de se encontrar em uma situação legítima. Se ignora a existência de vício na aquisição da posse ela é de boa-fé. 
➯MÁ-FÉ = Porém, se o vício é de seu conhecimento, a posse é de má-fé. 
-Deve-se observar como um homem médio poderia identificar se há, ou não, dono.
ADQUIRIR
➯ORIGINÁRIA = (ex: usucapião, achado)
➯DERIVADA = Se dá com a transferência de uma pessoa para outra (ex: contrato de compra e venda)
PROTEÇÃO
➯AD INTERDICTA = Todaposse que for derivada será ad interdicta, será protegida pelas ações possessórias (interditos possessórios). 
➯AD USUCAPION = Toda posse que for originária será defendida pelo ad usucapion.
COMPOSSE
É o compartilhamento da posse. Há, nesses casos, apenas um objeto para mais de um possuidor. Dessa forma, as pessoas exercem simultaneamente poderes possessórios sobre a mesma coisa.
Possui as mesmas regras da posse, com adento do compossuidor ter privilégio na compra do bem. Dividem-se em: 
➯Pro Diviso = Posso dividir e manter o bem. É uma divisão de fato para utilização pacífica do direito de cada um, exercem poderes apenas sobre uma parte definida da coisa.
Poderá cada qual recorrer aos interditos contra aquele que atentar contra o exercício. Em relação a terceiros, como se fossem um único sujeito, qualquer deles poderá usar os remédios possessórios que se fizerem necessários.
➯Pro Indiviso = todos exercem simultaneamente e sobre a totalidade da coisa, os poderes de fato (utilização ou exploração comum do bem)
EFEITOS DA POSSE
- FRUTOS (naturais)
São os que se desenvolvem e se renovam periodicamente, em virtude da força orgânica da própria natureza, como os cereais, as frutas das árvores, as crias dos animais etc.
	
	BOA-FÉ
	MÁ-FÉ
	COLHIDO
Fruto que já foi retirado do principal.
	- Os frutos colhidos antes da devolução do bem serão do posseiro.
	- O legítimo proprietário recebe toda terra de volta, mais ou frutos, descontando os gastos que serão devidos ao posseiro.
	PENDENTE
É aquele que ainda está na árvore.
	- Após a entrega do bem o posseiro irá receber uma indenização do proprietário
	- é a mesma coisa, pois o proprietário deverá pagar os gastos.
	PERCIPIENDO
Deveria ter sido colhido, mas não foi (preguiça).
	-Não tem como ser de boa-fé.
	- O proprietário fica com a terra e só.
- Lembrar que se veda o enriquecimento ilícito. E que na colheita antecipada ocorre a má-fé, posseiro vê que vai perder a terre e realiza a colheita antes da hora.
- O fruto civil ocorre igual o natural, se reputa vencido dia a dia.
São as rendas produzidas pela coisa, em virtude de sua utilização por outrem que não o proprietário, como os juros e os aluguéis. 
- BENFEITORIAS*
Qualquer obra, alteração física, em um bem. Quando houve melhoramento feito pelo possuidor no tempo que ficou com o bem. 
	
	BOA-FÉ
	MÁ-FÉ
	NECESSÁRIA
Garante a duração do bem, não embeleza.
	-Proprietário paga, possuidor (inquilino) retém bem até o pagamento.
	-Pessoa invade a casa, mas concerta o telhado, dono paga, mas não tem direito a retenção.
	ÚTIL
Obra que aumenta o valor do bem
	-Tem que pagar o gasto e tem direito de reter. Pode haver no contrato exigência de autorização do proprietário para realiza-las
	-Não paga
	VOLUPTUÁRIA
É exagero, não é normal (banheira com wi-fi)
	-Legítimo dono paga se quiser ficar com o bem. Se não, não precisa pagar. Pode levar o bem e voltar ao estado original.
	- Não paga e não possui o direito de levantar.
INTERDICTOS POSSESSÓRIOS*
São as ações das defesas ad interdicta. Maneiras de proteger e defender a posse.
AMEAÇA ➯ INTERDICTO PROIBITIVO
Mais branda, busca cessar as ameaças. Caráter preventivo, visa impedir que se concretize uma ameaça à posse.
TURBAÇÃO ➯ MANUTENÇÃO DA POSSE
É o perturbar, não pode usar o bem livremente e desembaraçado. Essa ação, manutenção de posse, tem como objetivo poder usar a posse.
ESBULHO ➯ REINTEGRAÇÃO DA POSSE
“Perdeu Playboy”, é quando ocorre a perda total da posse. Essa ação busca que seja devolvida a posse. 
PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE
Uma ação pode ser trocada por outra no decorrer do processo, até a audiência de AIJ ou nela mesmo, tal precedente é usado pela velocidade em que se alteram.
CUMULAÇÃO DE PEDIDOS
É o somar um pedido a outro.
-Teoria do Sunday 
Cada ação tem um pedido principal e vários acessórios, desde que tenham relação entre sim. 
Essa teoria é como constrói a ação. O interdicto Possessório é o sorvete, necessário, pedidos base e obrigatório. Colocar um bife de fígado não tem a ver com o sorvete, tem que ter relação com o pedido. 
OBS: EXCEPTIO DOMINI: não pode mais uma exceção de domínio, ou seja, uma ação possessória se opor ao domínio (propriedade). 
LIMINAR INAUDITA ALTERA PARTE
É a liminar sem a oitiva da outra parte. Não pode ser contra entes públicos. E são especiais dos interdictos possessórios.
Pode ter tutela de urgência?
R: Sim, nos processos em que já está privado da residência.
Requisitos para pedir liminar Inaudita Altera Parte:
-O MP será intimado
- Posse prévia (tem que comprovar que tinha a posse antes)
- Agressão
-Menos de um ano e um dia (perdido a posse no tempo da posse nova) 
-Nessa liminar não cabe ampla defesa
Tem que ser muito bem relatado e o Ministério Público sempre tem que ser chamado.
DESFORÇO MEDIATO 
➯ No ESBULHO
Visa impedir o esbulho com as próprias mãos, usar a força na mesma medida.
LEGÍTIMA DEFESA 
➯ Na TURBAÇÃO
Defender imediatamente a Posse (tem que ser na hora, não pode ficar tramando). E tenho que usar na mesma proporção. 
AQUISIÇÃO DE POSSE
- Derivada: onde há ligação do possuidor anterior e eu. Possuidor anterior entrega o bem pela tradição.
- Originária: adquirir por esforço próprio (ex: achar coisa/ usucapião) 
TIPOS DE IRRADIAÇÃO
- Simbólica: na realização do contrato você leva um bem que não é o que deseja, somente o representa. (ex: comprar um carro, você recebe a chave mas não leva o carro na hora)
- Real: Na realização do contrato já é recebido o bem de forma imediata (ex: comprar um bolo).
- Ficta: Dada por ficção jurídica. Não há troca de bens de mão, somente há a consideração jurídica. São dois tipos:
CONSTITUTO POSSESSÓRIO
É a tradição ficta onde há a separação da posse plena em posse direta e indireta. A posse direta é mantida com o sujeito que detinha a posse plena, enquanto a posse indireta é transferida para um novo proprietário. 
TRADICTO BREVE MOM (oposto)
É quando você possui a posse direta e recebe a indireta, passando a ter a plena. É a tradição ficta que resume em uma única pessoa a posse direta e indireta que anteriormente pertencia a duas pessoas diferentes. 
ACESSÃO
Por sucessão (soma posses)
Podem ser:
	-universal: se sucede uma porcentagem do bem (ex: herança)
	-singular: é tomar um bem individualizado.
EXTINÇÃO DA POSSE
Extinção do bem (perecimento do bem)
Perda da Coisa (quando o bem é perdido)
Abandono (Derrelição – Quando alguém voluntariamente deixa o bem, não o quer mais)
Transmissão (Pode ser onerosa ou gratuita, de uma pessoa para outra)
Esbulho
Classificação da coisa como bem fora do comércio (sem valor econômico).
PROPRIEDADE
É o poder jurídico atribuído a uma pessoa de usar, gozar e dispor de um bem, corpóreo ou incorpóreo, em sua plenitude e dentro dos limites estabelecidos na lei, bem como de reivindica-lo de quem injustamente o detenha.
Ou seja, um direito que é reconhecido pelo Estado que confere ao proprietário esses poderes e da forma como desejar. Tendo como requisito o bem ter a possibilidade de apreciação econômica, o que exclui os bens fora do comércio ou de valor afetivo (e os bens ilícitos). 
➯ A AÇÃO PARA A PROTEÇÃO DA PROPRIEDADE É A AÇÃO REINVINDICATÓRIA.
	- é uma ação imprescritível, decorrente do direito de sequela, pois busca a propriedade na mão de quem legitimidade a detenha.
	- a propriedade é Erga Omnis em regra, ilimitada e imprescritível, reconhecida pelo Estado.
Mas, podem existir limitações públicas como:
Tombamento
Desapropriação
Leis de zoneamento urbano
Limitações em geral, propostas pelo poder público.
Ou limitações particulares, como:
Direito de vizinhança
Direitos reais restritivos da propriedade
Direitos de águas
Eventuais contratos
OBS: toda propriedade tem que atender a função social e tem que ser útil. 
➯ NÃO EXISTE PROPRIEDADE SEM POSSE
➯ FUNÇÃO SOCIAL: Foi trazida pelo ao D.R. pelo códigocivil de 202, que tem como objetivo, no caso da propriedade, de dar efetividade direito constitucional de moradia. No artigo 1228, código civil, temos a previsão de que os proprietários devem dar uso ao seu patrimônio, sendo vedada a exploração, especulação imobiliária. Função Social não é fazer caridade, é dar uso ao bem, mesmo que este gere lucro, pois o lucro não é excluído da observância da função social. 
➯ FUNÇÃO SOCIAL RURAL: De acordo com o artigo 186, CF e 2º do Estatuto de Terras, a propriedade rural para ter a sua função social não deve garantir apenas a moradia, como também a produção de bens agrícolas. As terras consideradas improdutivas podem sofrer a sanção de desapropriação. É importante ressaltar que é essencial que haja a preservação ambiental. 
CARACTERISTICAS DA PROPRIEDADE
“Art. 1.231. A propriedade presume-se plena e exclusiva, até prova em contrário.”
A propriedade é PLENA, em regra, ela não pode possui nenhuma limitação.
É EXCLUSIVA, a cada objeto só corresponde a uma propriedade.
É ELÁSTICA, pode ser reivindicada da mão de quem quer que a injustamente a detenha, assim como pode ter seu uso e demais atributos transferidos a outra pessoa.
PERPÉTUA, não acaba.
É ERGA OMNES, deve ser respeitada pela coletividade.
REGISTRO
Características: 
público
presunção de veracidade relativa – admite que se prove o contrário
confere legalidade
obrigatoriedade
continuidade (cadeia de proprietário) – implica na irregularidade do registro
força probante - meio de prova. o que prova a propriedade é o REGISTRO PÚBLICO.
Registro pode ser todo como o local ainda é dada publicidade de um bem e também, o assunto, o documento onde está fincada as características do bem.
O objetivo do Registro Público é garantir a publicidade do estado dos imóveis para que haja validade perante terceiros e eficácia Erga Omnes.
-Publicidade= o registro é de amplo acesso.
-Presunção relativa de veracidade= presume se que tudo que está escrito no registro é verdade.
- Legalidade= o registro define que aquela propriedade está de acordo com os princípios legais.
-Obrigatoriedade= é uma determinação legal não é uma escolha
-Força probante= é o documento hábil a comprovar a propriedade.
ATOS
cMatrícula – é o ato inaugural do registro do imóveis, deve contar todas as especificações físicas e jurídicas do imóvel, só podendo ser cancelada por determinação judicial.
➯Registro – são registrados todos os atos que influenciem no uso, no gozo e na disposição de um imóvel. A data de validade de um registro começa com a prenotação.
➯Averbação – são as alterações em registro já feito.
ACESSÕES NATURAIS
São situações onde há o aumento do patrimônio, de maneira natural.
Sempre se lembrar que só posso adquirir patrimônio de forma lícita e que não pode receber nada que aumente o património sem justa causa.
FORMAÇÃO DE ILHAS
Em regra são sempre derivada do fluxo de água “água de la custre” ➯Água de rios e lagos ➯ água doce
Obs: Ilha de mar não, pois mar é terreno de marinha. Logo são todas da União, e não existe ilha particular no Brasil, todavia pode-se arrendar algumas, por exempla a Ilha Caras. Essas, podem ter negócios desde que autorizadas.
O que é uma ilha? É um pedaço de terra cercado de água por todos os lados.
ILHAS LA CUSTRE:
Rios Públicos – são todos os rios navegáveis, que seja possível passar um barco, e também os rios que passam por vias públicas. Toda ilha que nasce nesses rios é pública. 
Rios Privados – importante ressaltar que se tiver interesse público o rio será público mesmo que em propriedade particular. No caso de ser privado e não haver interesse público deverá analisar quem é o proprietário da ilha. Vejamos: 
-Caso a ilha nasça entre um rio que é dividido por duas propriedades privadas, o rio será dividido ao meio para saber quanto da ilha cada um possui, a divisão não precisa ser exata, pode ser desigual. 
 Casa B
 ilha
 Casa A
-No caso de ter mais de dois proprietários ribeirinhos, a parte da frente do terreno da cada um, a testada, será a divisão. Você pega a testada do terreno e desce/sobe até o meio, esse será o tamanho correspondente ao qual pertence a fatia da ilha de cada um. 
 CASA A I CASA B 
 CASA C I CASA D 
- O chefe do poder executivo, por meio de documento escrito, pode abrir mão de uma ilha la custre em qualquer caso.
ALUVIÃO
São detritos trazidos pelo rio que vão se acumulando e com o tempo aumentam o terreno, todavia sua formação é lenta e gradual. E consigo descobrir que é o proprietário da mesma forma da ilha. 
Se o rio for público é todo da União, mas ela costuma abrir mão. 
AVULSÃO
Quando há uma chuva muito forte, ex: vale do Cuiabá, capaz de arrancar um pedaço do terreno. Nesse caso, aquele que obteve um pedaço do terreno (mesmo sem querer ou perceber) terá que pagar uma indenização aquele que teve a perda do terreno.
Se ele não quiser pagar a indenização, aquele que perdeu o pedaço do terreno pode pedir judicialmente que o pedaço seja devolvido.
ÁLVEO ABANDONADO
ÁLVEO = nome técnico para o leito do rio, se ele seca vira terra se é público a terra continua sendo pública.
Obs: Rio perene não pode ser alvo de álveo abandonado (ex: nordeste que em determinado período do ano o rio seca)
Obs 2: O particular não pode fazer obras que prejudiquem os proprietários ribeirinha vazantes (que vem “ a baixo”)
ACESSÕES CIVIS
Aumentam o valor do bem (acréscimo patrimonial), mas precisam ser justas.
Necessário que haja comprovação. 
- QUANDO O SOLO É PRÓPRIO, MAS A MATÉRIA PRIMA É ALHEIA:
Boa-fé: Casa fica com o dono do solo, mas paga o valor da matéria prima.
Má-fé: Casa fica com o dono do solo, paga valor da matéria prima e indenização.
-QUANDO O SOLO É ALHEIO, MAS A MATÉRIA PRIMA É PRÓPRIA: 
Boa-fé: casa fica com o dono do terreno, paga matéria prima mais indenização. 
Má-fé: casa fica com o dono do terreno, paga só a matéria prima.
-QUANDO O SOLO E A MATÉRIA PRIMA SÃO ALHEIOS:
Boa-fé: casa fica com o dono do terreno, paga matéria prima.
Má-fé: casa fica com dono do terreno, paga indenização + matéria prima.
A USUCAPIÃO
É a prescrição aquisitiva de domínio, ganha o bem pelo decurso do tempo.
-Bens públicos e dominicais não podem ser usucapidos.
Terras devolutas: bens sem registro, STJ diz que são bens públicos, mas há uma corrente minoritária que defende dizendo que não é da união se nunca foi registrado (súmula 15/ tjrj)
-Quem pode usucapir?
Pessoa física, em qualquer modalidade da usucapião.
- Menor pode, não perde o bem pela prescrição do tempo, mas ganha pela prescrição.
- Pessoa Jurídica só pode na modalidade extraordinária.
- Mulher/ Marido não, pois a prescrição é suspendida quando há o casamento. (lembrando que a CF equipara casamento à União Estável)
MODALIDADES DE USUCAPIÃO
EXTRAORDINÁRIO
POSSE + TEMPO = 15 ANOS
Dessa forma você adquire qualquer propriedade, (art. 1248, código civil). Isso porque, não exige nem a boa-fé, ou seja, até posses injustas podem.
Podem ainda ser exercidas pelo próprio posseiro, ou por terceiros (ex: aluguel). 
Todavia, se o posseiro morar no bem em questão, soma-se mais um elemento À conta, o que diminui o tempo com a moradia. 
POSSE + TEMPO + MORADIA = 10 ANOS
ORDINÁRIA 
POSSE + TEMPO + BOA-FÉ = 10 ANOS
No caso da usucapião ordinária, não se desconfia que o bem é de outra pessoa. Pode haver a boa-fé sem morar.
- Se comprou de forma onerosa, mas o registro foi cancelado (art. 1248, § único, código civil): 
POSSE + TEMPO + BOA-FÉ + REGISTRO CANCELADO = 05 ANOS
ESPECIAL URBANO
Protejo a moradia (Pro-moradia), é importante observar o princípio da dignidade da pessoa humana (art, 1º, III, C.F)
Não necessita ter boa-fé. E só se aplica na área urbana, que posso descobrir pelo plano de zoneamento urbano.
POSSE + TEMPO + MÁX. 250 M² + ÚNICO + MORAR = 05 ANOS
- Pode ter usucapião em apartamento?
R: Sim, mas nesse caso é mais difícil, poisé diferente a parte individual (dentro do apartamento) da fração ideal que cada apartamento tem sobre a parte do terreno.
ESPECIAL RURAL
É pro-labore, ou seja, protejo tanto a moradia quanto o trabalho. 
- A terra deve ser produtiva de acordo com índice de produtividade INCRA, e também não deve ser obtida mediante violência, a fim de se evitar agrilhoamento de terras.
POSSE + TEMPO + MORAR + TRABALHAR + MÁX. 50 HECTARES + PAZ = 05 ANOS
COLETIVO
É pro-mísero, uma forma de regular as comunidades, faço a usucapião da comunidade inteira, é feito um cálculo aproximado e dado a parcela ideal para cada um.
POSSE+ TEMPO + MÍN. 250 M² + NÃO SER POSSÍVEL INDIVIDUALIZAR + BAIXA RENDA = 05 ANOS
A respeito da baixa renda a lei é omissa, todavia a jurisprudência define como baixa renda o grupo familiar composto por no mínimo 4 pessoas que vivam com um salário mínimo, todavia é uma média a ser feito no local usucapido. 
- Quem tem legitimidade ativa para propor ação de usucapião coletiva são: a associação de moradores devidamente registrada, a defensoria pública e o Ministério Público. 
FAMILIAR
“Do corno”, interessante observar que o abandono do lar é diferente da separação e do divórcio. 
POSSE + TEMPO + ÚNICO MÓVEL + ABANDONO DE LAR = 02 ANOS

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