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Livro Eletrônico
Aula 05
Assistência Social (tópicos 7 a 18) p/ SEDEST-DF (Cargos Nível
Superior) Com Videoaulas - Pós-Edital
Rubens Mauricio Corrêa
92794203134 - Hellen Cristiane Pereira de Abreu Digigov
 
 
 
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Aula 5 (Aula EXTRA) 
 
Revisão Geral do Curso 
 
Simulado Final com 
questões dos assuntos estudados 
Questões de Provas Anteriores 
 
 
SUMÁRIO 
1. Introdução ..................................................................................................................... 2 
2. Revisão Geral do Curso .................................................................................................. 2 
3. Questões de Provas Anteriores (por assunto).............................................................. 43 
4. Considerações Finais da Aula ....................................................................................... 70 
 
 
 
Rubens Mauricio Corrêa
Aula 05
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1. INTRODUÇÃO 
Olá, pessoal! Estamos chegando ao final de uma importante etapa no nosso 
processo de preparação. 
Nesta nossa aula iremos fazer uma revisão geral do curso, seguido de uma 
bateria de questões de provas anteiores, comentadas ao final de cada tópico. 
Que Deus os abençoe e consolide o aprendizado de hoje. 
 
 
 
2. REVISÃO GERAL DO CURSO 
x A assistência social tem por objetivos: 
o a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da 
incidência de riscos, especialmente: 
ƒ a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; 
ƒ o amparo às crianças e aos adolescentes carentes; 
ƒ a promoção da integração ao mercado de trabalho; 
ƒ a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua 
integração à vida comunitária; e 
ƒ a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com 
deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria 
manutenção ou de tê-la provida por sua família. 
 
o a vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade 
protetiva das famílias e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de 
vitimizações e danos; 
o a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das 
provisões socioassistenciais. 
 
 
Rubens Mauricio Corrêa
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x Consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos que, 
isolada ou cumulativamente, prestam atendimento e assessoramento aos beneficiários 
abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam na defesa e garantia de direitos. 
 
o Atendimento: aquelas entidades que, de forma continuada, permanente e planejada, 
prestam serviços, executam programas ou projetos e concedem benefícios de 
prestação social básica ou especial, dirigidos às famílias e indivíduos em situações de 
vulnerabilidade ou risco social e pessoal, nos termos desta Lei, e respeitadas as 
deliberações do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). 
o Assessoramento: aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, 
prestam serviços e executam programas ou projetos voltados prioritariamente para o 
fortalecimento dos movimentos sociais e das organizações de usuários, formação e 
capacitação de lideranças, dirigidos ao público da política de assistência social, nos 
termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do CNAS. 
o Defesa e garantia de direitos: aquelas que, de forma continuada, permanente e 
planejada, prestam serviços e executam programas e projetos voltados 
prioritariamente para a defesa e efetivação dos direitos socioassistenciais, construção 
de novos direitos, promoção da cidadania, enfrentamento das desigualdades sociais, 
articulação com órgãos públicos de defesa de direitos, dirigidos ao público da política 
de assistência social, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do CNAS. 
 
 
x A assistência social rege-se pelos seguintes princípios: 
o supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de 
rentabilidade econômica; 
o universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial 
alcançável pelas demais políticas públicas; 
o respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e 
serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se 
qualquer comprovação vexatória de necessidade; 
o igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer 
natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais; 
o divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem 
como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão. 
 
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x A organização da assistência social tem como base as seguintes diretrizes: 
o descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo; 
o participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação 
das políticas e no controle das ações em todos os níveis; 
o primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social 
em cada esfera de governo 
 
x A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema 
descentralizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (Suas). 
 
x Objetivos do Sistema Único de Assistência Social (Suas): 
o consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a cooperação técnica entre os 
entes federativos que, de modo articulado, operam a proteção social não contributiva; 
o integrar a rede pública e privada de serviços, programas, projetos e benefícios de 
assistência social; 
o estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na organização, regulação, 
manutenção e expansão das ações de assistência social; 
o definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades regionais e municipais; 
o implementar a gestão do trabalho e a educação permanente na assistência social; 
o estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios; e 
o afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de direitos. 
 
x As ações ofertadas no âmbito do Suas têm por objetivo: 
o a proteção à família; 
o à maternidade; 
o à infância; 
o à adolescência; e 
o à velhice. 
 
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x O Suas é integrado: 
o pelos entes federativos; 
o pelos respectivos conselhos de assistência social; e 
o pelas entidades e organizações de assistência social. 
 
x A assistência social organiza-se pelos seguintes tipos de proteção: 
o proteção social básica: conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios da 
assistência social que visa a prevenir situações de vulnerabilidade e risco socialpor 
meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do fortalecimento de 
vínculos familiares e comunitários; 
o proteção social especial: conjunto de serviços, programas e projetos que tem por 
objetivo contribuir para a reconstrução de vínculos familiares e comunitários, a defesa 
de direito, o fortalecimento das potencialidades e aquisições e a proteção de famílias 
e indivíduos para o enfrentamento das situações de violação de direitos. 
 
x As proteções sociais, básica e especial, serão ofertadas precipuamente no Centro de 
Referência de Assistência Social (Cras) e no Centro de Referência Especializado de 
Assistência Social (Creas), respectivamente, e pelas entidades sem fins lucrativos de 
assistência social. 
 
x O Cras é a unidade pública municipal, de base territorial, localizada em áreas com maiores 
índices de vulnerabilidade e risco social, destinada à articulação dos serviços 
socioassistenciais no seu território de abrangência e à prestação de serviços, programas e 
projetos socioassistenciais de proteção social básica às famílias. 
 
x O Creas é a unidade pública de abrangência e gestão municipal, estadual ou regional, 
destinada à prestação de serviços a indivíduos e famílias que se encontram em situação de 
risco pessoal ou social, por violação de direitos ou contingência, que demandam intervenções 
especializadas da proteção social especial. 
 
x Os Cras e os Creas são unidades públicas estatais instituídas no âmbito do Suas, que possuem 
interface com as demais políticas públicas e articulam, coordenam e ofertam os serviços, 
programas, projetos e benefícios da assistência social. 
 
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As instâncias deliberativas do Suas, de caráter permanente e composição paritária entre governo 
e sociedade civil, são: 
x o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS); 
x os Conselhos Estaduais de Assistência Social; 
x o Conselho de Assistência Social do Distrito Federal; 
x os Conselhos Municipais de Assistência Social. 
Por ter composição paritária, metade dos membros do CNAS são representantes governamentais e 
a outra metade é composta por representantes da sociedade civil. 
Os Conselhos de Assistência Social estão vinculados ao órgão gestor de assistência social, que deve 
prover a infraestrutura necessária ao seu funcionamento, garantindo recursos materiais, humanos 
e financeiros, inclusive com despesas referentes a passagens e diárias de conselheiros 
representantes do governo ou da sociedade civil, quando estiverem no exercício de suas atribuições. 
 
O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) é órgão superior de deliberação colegiada, 
vinculado à estrutura do órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da 
Política Nacional de Assistência Social, cujos membros: 
x são nomeados pelo Presidente da República; 
x têm mandato de 2 (dois) anos, permitida uma única recondução por igual período. 
O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) é composto por 18 (dezoito) membros e 
respectivos suplentes, cujos nomes são indicados ao órgão da Administração Pública Federal 
responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social, de acordo com os critérios 
seguintes: 
x 9 (nove) representantes governamentais, incluindo 1 (um) representante dos Estados e 1 
(um) dos Municípios; 
x 9 (nove) representantes da sociedade civil, dentre representantes dos usuários ou de 
organizações de usuários, das entidades e organizações de assistência social e dos 
trabalhadores do setor, escolhidos em foro próprio sob fiscalização do Ministério Público 
Federal. 
O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) é presidido por um de seus integrantes, eleito 
dentre seus membros, para mandato de 1 (um) ano, permitida uma única recondução por igual 
período. 
O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) contará com uma Secretaria Executiva, a qual 
terá sua estrutura disciplinada em ato do Poder Executivo. 
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Compete ao Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS: 
x aprovar a Política Nacional de Assistência Social (PNAS); 
x normatizar as ações e regular a prestação de serviços de natureza pública e privada no campo 
da assistência social; 
x acompanhar e fiscalizar o processo de certificação das entidades e organizações de 
assistência social no Ministério do Desenvolvimento Social; 
x apreciar relatório anual que conterá a relação de entidades e organizações de assistência 
social certificadas como beneficentes e encaminhá-lo para conhecimento dos Conselhos de 
Assistência Social dos Estados, Municípios e do Distrito Federal; 
x zelar pela efetivação do sistema descentralizado e participativo de assistência social; 
x a partir da realização da II Conferência Nacional de Assistência Social em 1997, convocar 
ordinariamente a cada quatro anos a Conferência Nacional de Assistência Social, que terá a 
atribuição de avaliar a situação da assistência social e propor diretrizes para o 
aperfeiçoamento do sistema; 
x apreciar e aprovar a proposta orçamentária da Assistência Social a ser encaminhada pelo 
órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional 
de Assistência Social; 
x aprovar critérios de transferência de recursos para os Estados, Municípios e Distrito Federal, 
considerando, para tanto, indicadores que informem sua regionalização mais equitativa, tais 
como: população, renda per capita, mortalidade infantil e concentração de renda, além de 
disciplinar os procedimentos de repasse de recursos para as entidades e organizações de 
assistência social, sem prejuízo das disposições da Lei de Diretrizes Orçamentárias; 
x acompanhar e avaliar a gestão dos recursos, bem como os ganhos sociais e o desempenho 
dos programas e projetos aprovados; 
x estabelecer diretrizes, apreciar e aprovar os programas anuais e plurianuais do Fundo 
Nacional de Assistência Social (FNAS); 
x indicar o representante do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) junto ao Conselho 
Nacional da Seguridade Social; 
x elaborar e aprovar seu regimento interno; 
x divulgar, no Diário Oficial da União, todas as suas decisões, bem como as contas do Fundo 
Nacional de Assistência Social (FNAS) e os respectivos pareceres emitidos. 
 
 
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A assistência social organiza-se pelos seguintes tipos de proteção: 
 
Proteção Social Básica: conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios da 
assistência social que visa a prevenir situações de vulnerabilidade e risco social por meio 
do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos 
familiares e comunitários; 
 
Proteção Social Especial: conjunto de serviços, programas e projetos que tem por 
objetivo contribuir para a reconstrução de vínculos familiares e comunitários, a defesa de 
direito, o fortalecimento das potencialidades e aquisições e a proteção de famílias e 
indivíduos para o enfrentamento das situações de violação de direitos. 
 
A vigilância socioassistencial é um dos instrumentos das proteções da assistência social queidentifica e previne as situações de risco e vulnerabilidade social e seus agravos no território. 
As proteções sociais básica e especial serão ofertadas pela rede socioassistencial, de forma 
integrada, diretamente pelos entes públicos e/ou pelas entidades e organizações de assistência 
social vinculadas ao Suas, respeitadas as especificidades de cada ação. 
A vinculação ao Suas é o reconhecimento pelo Ministério do Desenvolvimento Social de que a 
entidade de assistência social integra a rede socioassistencial. 
 
Para ser reconhecida como entidade integrante da rede socioassistencial, a entidade deverá cumprir 
os seguintes requisitos: 
x seja sem fins lucrativos; 
x preste, isolada ou cumulativamente, atendimento e assessoramento aos beneficiários; 
x atue na defesa e garantia de direitos; 
x inscrever-se em Conselho Municipal ou do Distrito Federal, conforme o caso; 
x integrar o sistema de cadastro de entidades. 
 
As entidades e organizações de assistência social vinculadas ao Suas celebrarão convênios, 
contratos, acordos ou ajustes com o poder público para a execução, garantido financiamento 
integral, pelo Estado, de serviços, programas, projetos e ações de assistência social, nos limites da 
capacidade instalada, aos beneficiários abrangidos por esta Lei, observando-se as disponibilidades 
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orçamentárias. O cumprimento destas determinações será informado ao Ministério do 
Desenvolvimento Social pelo órgão gestor local da assistência social. 
 
As proteções sociais, básica e especial, serão ofertadas precipuamente no Centro de Referência de 
Assistência Social (Cras) e no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), 
respectivamente, e pelas entidades sem fins lucrativos de assistência social. 
 
O Cras é a unidade pública municipal, de base territorial, localizada em áreas com maiores 
índices de vulnerabilidade e risco social, destinada à articulação dos serviços 
socioassistenciais no seu território de abrangência e à prestação de serviços, programas 
e projetos socioassistenciais de proteção social básica às famílias. 
 
O Creas é a unidade pública de abrangência e gestão municipal, estadual ou regional, 
destinada à prestação de serviços a indivíduos e famílias que se encontram em situação 
de risco pessoal ou social, por violação de direitos ou contingência, que demandam 
intervenções especializadas da proteção social especial. 
 
Os Cras e os Creas são unidades públicas estatais instituídas no âmbito do Suas, que possuem 
interface com as demais políticas públicas e articulam, coordenam e ofertam os serviços, programas, 
projetos e benefícios da assistência social. 
 
As instalações dos Cras e dos Creas devem ser compatíveis com os serviços neles ofertados, com 
espaços para trabalhos em grupo e ambientes específicos para recepção e atendimento reservado 
das famílias e indivíduos, assegurada a acessibilidade às pessoas idosas e com deficiência. 
 
Entendem-se por serviços socioassistenciais as atividades continuadas que visem à melhoria de vida 
da população e cujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, princípios 
e diretrizes estabelecidos na Lei. Tais serviços socioassistenciais serão instituídos por regulamento. 
Na organização dos serviços da assistência social serão criados programas de amparo, entre outros: 
x às crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social, em cumprimento ao disposto 
no art. 227 da Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente; 
x às pessoas que vivem em situação de rua. 
 
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Os programas de assistência social compreendem ações integradas e complementares com 
objetivos, tempo e área de abrangência definidos para qualificar, incentivar e melhorar os benefícios 
e os serviços assistenciais. 
Tais programas serão definidos pelos respectivos Conselhos de Assistência Social, com prioridade 
para a inserção profissional e social. 
Os programas voltados para o idoso e a integração da pessoa com deficiência serão devidamente 
articulados com o benefício de prestação continuada. 
 
O Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif) integra a proteção social básica e 
consiste na oferta de ações e serviços socioassistenciais de prestação continuada, nos Cras, por meio 
do trabalho social com famílias em situação de vulnerabilidade social, com o objetivo de prevenir o 
rompimento dos vínculos familiares e a violência no âmbito de suas relações, garantindo o direito 
à convivência familiar e comunitária. 
 
O Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Paefi) integra a 
proteção social especial e consiste no apoio, orientação e acompanhamento a famílias e indivíduos 
em situação de ameaça ou violação de direitos, articulando os serviços socioassistenciais com as 
diversas políticas públicas e com órgãos do sistema de garantia de direitos. 
 
O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), de caráter intersetorial, é integrante da 
Política Nacional de Assistência Social, que, no âmbito do Suas, compreende transferências de 
renda, trabalho social com famílias e oferta de serviços socioeducativos para crianças e 
adolescentes que se encontrem em situação de trabalho. 
O Peti tem abrangência nacional e será desenvolvido de forma articulada pelos entes federados, 
com a participação da sociedade civil. 
O Peti tem como objetivo contribuir para a retirada de crianças e adolescentes com idade inferior 
a 16 (dezesseis) anos em situação de trabalho, ressalvada a condição de aprendiz, a partir de 14 
(quatorze) anos. 
As crianças e os adolescentes em situação de trabalho deverão ser identificados e ter os seus dados 
inseridos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com a devida 
identificação das situações de trabalho infantil. 
 
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Os projetos de enfrentamento da pobreza compreendem a instituição de investimento econômico-
social nos grupos populares, buscando subsidiar, financeira e tecnicamente, iniciativas que lhes 
garantam: 
à? meios, capacidade produtiva e de gestão para melhoria das condições gerais de subsistência; 
à? elevação do padrão da qualidade de vida; 
à? preservação do meio-ambiente e sua organização social. 
O incentivo a projetos de enfrentamento da pobreza assentar-se-á em mecanismos de articulação e 
de participação de diferentes áreas governamentais e em sistema de cooperação entre organismos 
governamentais, não governamentais e da sociedade civil. 
 
NOBSUAS 
São objetivos do SUAS: 
x consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e a cooperação técnica entre a União, 
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que, de modo articulado, operam a proteção 
social não contributiva e garantem os direitos dos usuários; 
x estabelecer as responsabilidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
na organização, regulação, manutenção e expansão das ações de assistência social; 
x definir os níveis de gestão, de acordo com estágios de organizaçãoda gestão e ofertas de 
serviços pactuados nacionalmente; 
x orientar-se pelo princípio da unidade e regular, em todo o território nacional, a hierarquia, os 
vínculos e as responsabilidades quanto à oferta dos serviços, benefícios, programas e projetos 
de assistência social; 
x respeitar as diversidades culturais, étnicas, religiosas, socioeconômicas, políticas e 
territoriais; 
x reconhecer as especificidades, iniquidades e desigualdades regionais e municipais no 
planejamento e execução das ações; 
x assegurar a oferta dos serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social; 
x integrar a rede pública e privada, com vínculo ao SUAS, de serviços, programas, projetos e 
benefícios de assistência social; 
x implementar a gestão do trabalho e a educação permanente na assistência social; 
x estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios; Xafiançar a vigilância socioassistencial 
e a garantia de direitos como funções da política de assistência social. 
 
São princípios organizativos do SUAS: 
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x universalidade: todos têm direito à proteção socioassistencial, prestada a quem dela 
necessitar, com respeito à dignidade e à autonomia do cidadão, sem discriminação de 
qualquer espécie ou comprovação vexatória da sua condição; 
x gratuidade: a assistência social deve ser prestada sem exigência de contribuição ou 
contrapartida, observado o que dispõe o art. 35, da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 
- Estatuto do Idoso; 
x integralidade da proteção social: oferta das provisões em sua completude, por meio de 
conjunto articulado de serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais; 
x intersetorialidade: integração e articulação da rede socioassistencial com as demais políticas 
e órgãos setoriais; 
x equidade: respeito às diversidades regionais, culturais, socioeconômicas, políticas e 
territoriais, priorizando aqueles que estiverem em situação de vulnerabilidade e risco pessoal 
e social. 
 
São seguranças afiançadas pelo SUAS: 
x acolhida: provida por meio da oferta pública de espaços e serviços para a realização da 
proteção social básica e especial, devendo as instalações físicas e a ação profissional conter: 
o condições de recepção; 
o escuta profissional qualificada; 
o informação; 
o referência; 
o concessão de benefícios; 
o aquisições materiais e sociais; 
o abordagem em territórios de incidência de situações de risco; 
o oferta de uma rede de serviços e de locais de permanência de indivíduos e famílias sob 
curta, média e longa permanência. 
 
x renda: operada por meio da concessão de auxílios financeiros e da concessão de benefícios 
continuados, nos termos da lei, para cidadãos não incluídos no sistema contributivo de 
proteção social, que apresentem vulnerabilidades decorrentes do ciclo de vida e/ou 
incapacidade para a vida independente e para o trabalho; 
 
x convívio ou vivência familiar, comunitária e social: exige a oferta pública de rede continuada 
de serviços que garantam oportunidades e ação profissional para: 
o a construção, restauração e o fortalecimento de laços de pertencimento, de natureza 
geracional, intergeracional, familiar, de vizinhança e interesses comuns e societários; 
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o o exercício capacitador e qualificador de vínculos sociais e de projetos pessoais e 
sociais de vida em sociedade. 
 
x IV - desenvolvimento de autonomia: exige ações profissionais e sociais para: 
o o desenvolvimento de capacidades e habilidades para o exercício do protagonismo, da 
cidadania; 
o a conquista de melhores graus de liberdade, respeito à dignidade humana, 
protagonismo e certeza de proteção social para o cidadão e a cidadã, a família e a 
sociedade; 
o conquista de maior grau de independência pessoal e qualidade, nos laços sociais, para 
os cidadãos e as cidadãs sob contingências e vicissitudes. 
 
x V - apoio e auxílio: quando sob riscos circunstanciais, exige a oferta de auxílios em bens 
materiais e em pecúnia, em caráter transitório, denominados de benefícios eventuais para as 
famílias, seus membros e indivíduos. 
 
São diretrizes estruturantes da gestão do SUAS: 
x primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social; 
x descentralização político-administrativa e comando único das ações em cada esfera de 
governo; 
x financiamento partilhado entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
x matricialidade sociofamiliar; 
x territorialização; 
x fortalecimento da relação democrática entre Estado e sociedade civil; 
x controle social e participação popular. 
 
São princípios éticos para a oferta da proteção socioassistencial no SUAS: 
x defesa incondicional da liberdade, da dignidade da pessoa humana, da privacidade, da 
cidadania, da integridade física, moral e psicológica e dos direitos socioassistenciais; 
x defesa do protagonismo e da autonomia dos usuários e a recusa de práticas de caráter 
clientelista, vexatório ou com intuito de benesse ou ajuda; 
x oferta de serviços, programas, projetos e benefícios públicos gratuitos com qualidade e 
continuidade, que garantam a oportunidade de convívio para o fortalecimento de laços 
familiares e sociais; 
x garantia da laicidade na relação entre o cidadão e o Estado na prestação e divulgação das 
ações do SUAS; 
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x respeito à pluralidade e diversidade cultural, socioeconômica, política e religiosa; 
x combate às discriminações etárias, étnicas, de classe social, de gênero, por orientação sexual 
ou por deficiência, dentre outras; 
x garantia do direito a receber dos órgãos públicos e prestadores de serviços o acesso às 
informações e documentos da assistência social, de interesse particular, ou coletivo, ou geral 
- que serão prestadas dentro do prazo da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 - Lei de 
Acesso à Informação - LAI, e a identificação daqueles que o atender; 
x proteção à privacidade dos usuários, observando o sigilo profissional, preservando sua 
intimidade e opção e resgatando sua história de vida; 
x garantia de atenção profissional direcionada para a construção de projetos pessoais e sociais 
para autonomia e sustentabilidade do usuário; 
x reconhecimento do direito dos usuários de ter acesso a benefícios e à renda; 
x garantia incondicional do exercício do direito à participação democrática dos usuários, com 
incentivo e apoio à organização de fóruns, conselhos, movimentos sociais e cooperativas 
populares, potencializando práticas participativas; 
x acesso à assistência social a quem dela necessitar, sem discriminação social de qualquer 
natureza, resguardando os critérios de elegibilidade dos diferentes benefícios e as 
especificidades dos serviços, programas e projetos; 
x garantia aos profissionais das condições necessárias para a oferta de serviços em local 
adequado e acessível aos usuários, com a preservação do sigilo sobre as informações 
prestadas no atendimento socioassistencial, de forma a assegurar o compromisso ético e 
profissional estabelecidos na Norma Operacional Básica de RecursoHumanos do SUAS - NOB-
RH/SUAS; 
x disseminação do conhecimento produzido no âmbito do SUAS, por meio da publicização e 
divulgação das informações colhidas nos estudos e pesquisas aos usuários e trabalhadores, 
no sentido de que estes possam usá-las na defesa da assistência social, de seus direitos e na 
melhoria da qualidade dos serviços, programas, projetos e benefícios; 
x simplificação dos processos e procedimentos na relação com os usuários no acesso aos 
serviços, programas, projetos e benefícios, agilizando e melhorando sua oferta; 
x garantia de acolhida digna, atenciosa, equitativa, com qualidade, agilidade e continuidade; 
x prevalência, no âmbito do SUAS, de ações articuladas e integradas, para garantir a 
integralidade da proteção socioassistencial aos usuários dos serviços, programas, projetos e 
benefícios; 
x garantia aos usuários do direito às informações do respectivo histórico de atendimentos, 
devidamente registrados nos prontuários do SUAS. 
 
A garantia de proteção socioassistencial compreende: 
x precedência da proteção social básica, com o objetivo de prevenir situações de risco social e 
pessoal; 
x não submissão do usuário a situações de subalternização; 
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x desenvolvimento de ofertas de serviços e benefícios que favoreçam aos usuários do SUAS a 
autonomia, resiliência, sustentabilidade, protagonismo, acesso a oportunidades, condições 
de convívio e socialização, de acordo com sua capacidade, dignidade e projeto pessoal e 
social; 
x dimensão proativa que compreende a intervenção planejada e sistemática para o alcance dos 
objetivos do SUAS com absoluta primazia da responsabilidade estatal na condução da política 
de assistência social em cada esfera de governo; 
x reafirmação da assistência social como política de seguridade social e a importância da 
intersetorialidade com as demais políticas públicas para a efetivação da proteção social. 
 
 
O SUAS comporta quatro tipos de Gestão: 
x da União 
x dos Estados; 
x do Distrito Federal; 
x dos Municípios. 
A criação e o funcionamento do conselho de assistência social deverão ser demonstrados por: 
x cópia da lei de sua criação; 
x cópia das atas das suas 3 (três) últimas reuniões ordinárias; 
x cópia da publicação da sua atual composição; e 
x cópia da ata que aprova o envio destes documentos à CIB. 
A criação e existência do fundo de assistência social, assim como a alocação de recursos próprios, 
deverão ser demonstradas por: 
x cópia da lei de criação do fundo e de sua regulamentação; 
x cópia da Lei Orçamentária Anual - LOA; 
x balancete do último trimestre do fundo; e 
x cópia da resolução do conselho de assistência social de aprovação da prestação de contas do 
ano anterior. 
 
A estrutura do plano de Assistência Social é composta por, dentre outros: 
x diagnóstico socioterritorial; 
x objetivos gerais e específicos; 
x diretrizes e prioridades deliberadas; 
x ações e estratégias correspondentes para sua implementação; 
x metas estabelecidas; 
x resultados e impactos esperados; 
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x recursos materiais, humanos e financeiros disponíveis e necessários; 
x mecanismos e fontes de financiamento; 
x cobertura da rede prestadora de serviços; 
x indicadores de monitoramento e avaliação; 
x espaço temporal de execução 
 
 
A realização de diagnóstico socioterritorial requer: 
x processo contínuo de investigação das situações de risco e vulnerabilidade social presentes 
nos territórios, acompanhado da interpretação e análise da realidade socioterritorial e das 
demandas sociais que estão em constante mutação, estabelecendo relações e avaliações de 
resultados e de impacto das ações planejadas; 
x identificação da rede socioassistencial disponível no território, bem como de outras políticas 
públicas, com a finalidade de planejar a articulação das ações em resposta às demandas 
identificadas e a implantação de serviços e equipamentos necessários; 
x reconhecimento da oferta e da demanda por serviços socioassistenciais e definição de 
territórios prioritários para a atuação da política de assistência social. 
x utilização de dados territorializados disponíveis nos sistemas oficiais de informações. 
 
Os Planos de Assistência Social, além da estrutura já estudada, devem observar: 
x deliberações das conferências de assistência social para a União, os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios; 
x metas nacionais pactuadas, que expressam o compromisso para o aprimoramento do SUAS 
para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
x metas estaduais pactuadas que expressam o compromisso para o aprimoramento do SUAS 
para Estados e Municípios; 
x ações articuladas e intersetoriais; 
x ações de apoio técnico e financeiro à gestão descentralizada do SUAS. 
 
O apoio técnico e financeiro compreende, entre outras ações: 
x capacitação; 
x elaboração de normas e instrumentos; 
x publicação de materiais informativos e de orientações técnicas; 
x assessoramento e acompanhamento; 
x incentivos financeiros. 
 
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O Pacto de Aprimoramento do SUAS compreende: 
x definição de indicadores; 
x definição de níveis de gestão; 
x fixação de prioridades e metas de aprimoramento da gestão, dos serviços, programas, 
projetos e benefícios socioassistenciais do SUAS; 
x planejamento para o alcance de metas de aprimoramento da gestão, dos serviços, 
programas, projetos e benefícios socioassistenciais do SUAS; 
x apoio entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, para o alcance das metas 
pactuadas; e 
x adoção de mecanismos de acompanhamento e avaliação. 
 
O processo de acompanhamento acima se dará por meio do: 
x monitoramento do SUAS; 
x visitas técnicas; 
x análise de dados do Censo SUAS, da Rede SUAS e de outros sistemas do MDS ou dos Estados; 
x apuração de denúncias; 
x fiscalizações e auditorias; 
x outros que vierem a ser instituídos. 
 
Os processos de acompanhamento desencadearão ações que objetivam a resolução de 
dificuldades encontradas, o aprimoramento e a qualificação da gestão, dos serviços, programas, 
projetos e benefícios socioassistenciais do SUAS, quais sejam: 
x proativas e preventivas; 
x de superação das dificuldades encontradas; 
x de avaliação da execução do plano de providências e medidas adotadas. 
 
Os procedimentos adotados no acompanhamento proativo e preventivo poderão desencadear: 
x o contato periódico, presencial ou não, da União com o Distrito Federal e os Estados e destes 
com os respectivos Municípios; 
x o monitoramento presencial sistemático da rede socioassistencial dos Municípios e do 
Distrito Federal; 
x a verificação anual do alcance de metas e de indicadores do SUAS e da observância das 
normativas vigentes; 
x outros procedimentos. 
 
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70A elaboração da peça orçamentária requer: 
x a definição de diretrizes, objetivos e metas; 
x a previsão da organização das ações; 
x a provisão de recursos; 
x a definição da forma de acompanhamento das ações; e 
x a revisão crítica das propostas, dos processos e dos resultados. 
 
Constituem princípios do orçamento público: 
x anualidade: o orçamento público deve ser elaborado pelo período de um ano, coincidente 
com o ano civil; 
x clareza: o orçamento público deve ser apresentado em linguagem clara e compreensível a 
todos; 
x especialidade: as receitas e as despesas devem constar de maneira discriminada, 
pormenorizando a origem dos recursos e a sua aplicação; 
x exclusividade: o orçamento público não deve conter matéria estranha à previsão da receita 
e à fixação da despesa, ressalvadas as exceções legais; 
x legalidade: a arrecadação de receitas e a execução de despesas pelo setor público devem ser 
precedidas de expressa autorização legislativa; 
x publicidade: deve ser permitido o amplo acesso da sociedade a todas as informações relativas 
ao orçamento público; 
x unidade: o orçamento público deve ser elaborado com base numa mesma política 
orçamentária, estruturado de modo uniforme, sendo vedada toda forma de orçamentos 
paralelos; 
x universalidade: todas as receitas e despesas devem ser incluídas na lei orçamentária; 
x equilíbrio: o orçamento público deve possuir equilíbrio financeiro entre receita e despesa; 
x exatidão: as estimativas orçamentárias devem ser tão exatas quanto possível, a fim de se 
dotar o orçamento da consistência necessária, para que possa ser empregado como 
instrumento de gerência, programação e controle; 
x flexibilidade: possibilidade de ajuste na execução do orçamento público às contingências 
operacionais e à disponibilidade efetiva de recursos; 
x programação: o orçamento público deve expressar o programa de trabalho detalhado 
concernente à atuação do setor público durante a execução orçamentária; 
x regionalização: o orçamento público deve ser elaborado sobre a base territorial com o maior 
nível de especificação possível, de forma a reduzir as desigualdades inter-regionais, segundo 
critério populacional. 
 
 
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A capacidade de referenciamento de um CRAS está relacionada: 
x ao número de famílias do território; 
x à estrutura física da unidade; e 
x à quantitade de profissionais que atuam na unidade, conforme referência da NOB RH. 
 
Serão aplicadas medidas administrativas e o processo de acompanhamento previstos na NOB-
SUAS quando: 
x não forem alcançadas as metas de pactuação nacional e os indicadores de gestão, serviços, 
programas, projetos e benefícios socioassistenciais; 
x não forem observadas as normativas do SUAS. 
 
Cabem as seguintes medidas administrativas para as transferências relativas ao cofinanciamento 
federal dos serviços, incentivos, programas e projetos socioassistenciais: 
x bloqueio temporário, que permitirá o pagamento retroativo após regularização dos motivos 
que deram causa; ou 
x suspensão. 
 
Incumbe aos Conselhos de Assistência Social exercer o controle e a fiscalização dos Fundos de 
Assistência Social, mediante: 
x aprovação da proposta orçamentária; 
x acompanhamento da execução orçamentária e financeira, de acordo com a periodicidade 
prevista na Lei de instituição do Fundo ou em seu Decreto de regulamentação, observando o 
calendário elaborado pelos respectivos conselhos; 
x análise e deliberação acerca da respectiva prestação de contas. 
 
A Vigilância Socioassistencial é caracterizada como uma das funções da política de assistência 
social e deve ser realizada por intermédio da produção, sistematização, análise e disseminação de 
informações territorializadas, e trata: 
x das situações de vulnerabilidade e risco que incidem sobre famílias e indivíduos e dos eventos 
de violação de direitos em determinados territórios; 
x do tipo, volume e padrões de qualidade dos serviços ofertados pela rede socioassistencial. 
 
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A Vigilância Socioassistencial deverá cumprir seus objetivos, fornecendo informações 
estruturadas que: 
x contribuam para que as equipes dos serviços socioassistenciais avaliem sua própria atuação; 
x ampliem o conhecimento das equipes dos serviços socioassistenciais sobre as características 
da população e do território de forma a melhor atender às necessidades e demandas 
existentes; 
x proporcionem o planejamento e a execução das ações de busca ativa que assegurem a oferta 
de serviços e benefícios às famílias e indivíduos mais vulneráveis, superando a atuação 
pautada exclusivamente pela demanda espontânea. 
 
A Vigilância Socioassistencial deve analisar as informações relativas às demandas quanto às: 
x incidências de riscos e vulnerabilidades e às necessidades de proteção da população, no que 
concerne à assistência social; e 
x características e distribuição da oferta da rede socioassistencial instalada vistas na 
perspectiva do território, considerando a integração entre a demanda e a oferta. 
 
A Vigilância Socioassistencial constitui como uma área essencialmente dedicada à gestão da 
informação, comprometida com: 
x o apoio efetivo às atividades de planejamento, gestão, monitoramento, avaliação e execução 
dos serviços socioassistenciais, imprimindo caráter técnico à tomada de decisão; e 
x a produção e disseminação de informações, possibilitando conhecimentos que contribuam 
para a efetivação do caráter preventivo e proativo da política de assistência social, assim 
como para a redução dos agravos, fortalecendo a função de proteção social do SUAS. 
 
São consideradas ferramentas de gestão, que orientam o processo de organização do SUAS, além 
dos aplicativos da Rede SUAS: 
x o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal; 
x os sistemas e base de dados relacionados à operacionalização do Programa Bolsa Família e 
do Benefício de Prestação Continuada, observadas as normas sobre sigilo de dados dos 
respectivos Cadastros; 
x os sistemas de monitoramento; 
x o Censo SUAS; 
x outras que vierem a ser instituídas. 
 
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==119ebb==
 
 
 
 
 
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Para o monitoramento do SUAS em âmbito nacional, as principais fontes de informação são: 
x censo SUAS; 
x sistemas de registro de atendimentos; 
x cadastros e sistemas gerenciais que integram o SUAS; 
x outros que vierem a ser instituídos e pactuados nacionalmente. 
 
Caberá à União as seguintes ações de avaliação da política, sem prejuízo de outras que venham a 
ser desenvolvidas: 
x promover continuamente avaliações externas de âmbito nacional, abordando a gestão, os 
serviços, os programas, os projetos e os benefícios socioassistenciais; 
x estabelecer parcerias com órgãos e instituições federais de pesquisa visando à produção de 
conhecimentos sobre a política e o Sistema Único de Assistência Social; 
x realizar, em intervalos bianuais, pesquisa amostral de abrangência nacional com usuários do 
SUAS para avaliar aspectos objetivos e subjetivos referentes à qualidade dos serviços 
prestados.Compreende-se por ações relativas à valorização do trabalhador, na perspectiva da 
desprecarização da relação e das condições de trabalho, dentre outras: 
x a realização de concurso público; 
x a instituição de avaliação de desempenho; 
x a instituição e implementação de Plano de Capacitação e Educação Permanente com 
certificação; 
x a adequação dos perfis profissionais às necessidades do SUAS; 
x a instituição das Mesas de Negociação; 
x a instituição de planos de cargos, carreira e salários (PCCS); 
x a garantia de ambiente de trabalho saudável e seguro, em consonância às normativas de 
segurança e saúde dos trabalhadores; 
x a instituição de observatórios de práticas profissionais. 
 
Compreende-se por ações relativas à estruturação do processo de trabalho institucional a 
instituição de, dentre outras: 
x desenhos organizacionais; 
x processos de negociação do trabalho; sistemas de informação; IV - supervisão técnica. 
 
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São instâncias de deliberação do SUAS: 
x o Conselho Nacional de Assistência Social; 
x os Conselhos Estaduais de Assistência Social; 
x o Conselho de Assistência Social do Distrito Federal; 
x os Conselhos Municipais de Assistência Social. 
 
Constituem-se estratégias para o estímulo à participação dos usuários no SUAS: 
x a previsão no planejamento do conselho ou do órgão gestor da política de assistência social; 
x a ampla divulgação do cronograma e pautas de reuniões dos conselhos, das audiências 
públicas, das conferências e demais atividades, nas unidades prestadoras de serviços e nos 
meios de comunicação local; 
x a garantia de maior representatividade dos usuários no processo de eleição dos conselheiros 
não governamentais, de escolha da delegação para as conferências, e de realização das 
capacitações; 
x a constituição de espaços de diálogos entre gestores, trabalhadores e usuários, garantindo o 
seu empoderamento. 
 
A CIT é integrada pelos seguintes entes federativos: 
x União, representada pelo Órgão Gestor Federal da política de assistência social; 
x Estados e Distrito Federal, representados pelo Fórum Nacional de Secretários(as) de Estado 
de Assistência Social - FONSEAS; 
x Municípios, representados pelo Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência 
Social - CONGEMAS. 
 
Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (Cadastro Único) 
O Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (Cadastro Único) é um instrumento 
que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda, permitindo que o governo conheça melhor a 
realidade socioeconômica dessa população. Nele são registradas informações como: características 
da residência, identificação de cada pessoa, escolaridade, situação de trabalho e renda, entre 
outras. 
A execução do Cadastro Único é de responsabilidade compartilhada entre o governo federal, os 
estados, os municípios e o Distrito Federal. Em nível federal, o Ministério do Desenvolvimento Social-
MDS (atual Ministério da Cidadania) é o gestor responsável, e a Caixa Econômica Federal é o agente 
operador que mantém o Sistema de Cadastro Único. 
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O Cadastro Único está regulamentado pelo Decreto nº 6.135, de 26 de junho de 2007, e outras 
normas 
Podem se inscrever no Cadastro Único: 
x Famílias com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa; 
x Famílias com renda mensal total de até três salários mínimos; ou 
x Famílias com renda maior que três salários mínimos, desde que o cadastramento esteja 
vinculado à inclusão em programas sociais nas três esferas do governo. 
Obs.1: Pessoas que moram sozinhas podem ser cadastradas. Elas constituem as chamadas famílias 
unipessoais. 
Obs. 2: Pessoas que vivem em situação de rua à? sozinhas ou com a família à? também podem ser 
cadastradas. O caminho, nesse caso, é procurar algum posto de atendimento da assistência social. 
Para se inscrever no Cadastro Único, é preciso que uma pessoa da família se responsabilize por 
prestar as informações de todos os membros da família para o entrevistador. Essa pessoa à? 
chamada de Responsável pela Unidade Familiar (RF) à? deve ter pelo menos 16 anos e, 
preferencialmente, ser mulher. 
As pessoas inscritas no Cadastro Único assumem o compromisso de prestar informações verdadeiras 
e atuais sobre sua família. Manter o cadastro atualizado é importante porque o governo utiliza esses 
dados para conhecer melhor as necessidades das famílias e oferecer benefícios e serviços sociais 
que contribuam para a melhoria de vida de todos. Além disso, a maioria dos programas sociais que 
usam o Cadastro Único só concede benefícios para as pessoas que estão com o cadastro atualizado, 
como é o caso do Programa Bolsa Família e da Tarifa Social de Energia Elétrica. 
A partir do momento em que a família estiver cadastrada, sempre que houver alguma mudança 
em sua situação, é necessário atualizar as informações. 
A família deve procurar o Setor Responsável pelo Cadastro Único ou pelo Bolsa Família em sua cidade 
e fazer uma nova entrevista. Alguns municípios oferecem os serviços de cadastramento e atualização 
cadastral nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras). 
Mesmo sem mudança na família, o cadastro deve ser atualizado a cada dois anos, 
obrigatoriamente. A atualização é importante para que as informações declaradas reflitam a 
situação socioeconômica em que a família vive à? é o que se chama cadastro qualificado. 
 
Principais programas federais usuários do Cadastro Único: 
à? Programa Bolsa Família 
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à? Benefício de Prestação Continuada 
à? Tarifa Social de Energia Elétrica 
à? Programa Minha Casa Minha Vida 
à? Carteira do Idoso 
à? Aposentadoria para Pessoas de Baixa Renda 
à? Telefone Popular 
à? Isenção de Pagamento de Taxa de Inscrição em Concursos Públicos 
à? Programas Cisternas 
à? Água para Todos 
à? Bolsa Verde (Programa de Apoio à Conservação Ambiental) 
à? Bolsa Estiagem 
à? Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais/ Assistência Técnica e Extensão Rural 
à? Programa Nacional de Reforma Agrária 
à? Programa Nacional de Crédito Fundiário 
à? Crédito Instalação 
à? Carta Social 
à? Serviços Assistenciais 
à? Programa Brasil Alfabetizado 
à? Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) 
à? Identidade Jovem (ID Jovem) 
à? ENEM 
 
O Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (Cadastro Único) é uma ação federal, 
com gestão compartilhada e descentralizada entre a União, os estados, o Distrito Federal e os 
municípios. Ou seja, ao aderirem ao Programa Bolsa Família (PBF) e ao Cadastro Único, todos os 
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entes federados assumiram compromissos e atribuições específicos, que devem ser executados de 
forma articulada. 
Periodicamente, o Ministério do Desenvolvimento Social-MDS (atual Ministérioda Cidadania) mede 
a qualidade da gestão nos estados e nos municípios, a partir do Índice de Gestão Descentralizada 
(IGD). Com base nesse índice, repassa recursos para apoiar as atividades em cada local. 
 
Atribuições do governo federal: 
O governo federal coordena a gestão, a implantação e a execução do Cadastro Único. Além disso, 
articula os processos de capacitação de gestores e operadores, avalia a qualidade dos dados 
registrados na base e adota medidas de controle e monitoramento. 
Cabe ainda ao Ministério Ministério da Cidadania: 
x normatizar a gestão do Cadastro Único; 
x incentivar seu uso por outros órgãos governamentais; 
x oferecer canais de comunicação a gestores(as) e a pessoas cadastradas, 
x entre outras atividades. 
O ministério também responde pela gestão do contrato de prestação de serviços com a Caixa 
Econômica Federal (CAIXA), que opera o Sistema do Cadastro Único. 
 
Atribuições do governo estadual: 
x coordenar e executar a capacitação dos gestores e dos entrevistadores dos municípios; 
x prestar orientação técnica aos municípios sobre temas relacionados à gestão do Cadastro 
Único; 
x estimular o cadastramento pelos municípios; e 
x apoiar o acesso aos Grupos Populacionais Tradicionais e Específicos (GPTEs) e às ações de 
documentação civil. 
 
Atribuições do governo municipal: 
x Identificar e localizar as famílias a serem cadastradas, entrevistá-las e registrar os dados no 
Sistema do Cadastro Único: 
x Atualizar os dados das famílias, verificando todas as informações registradas no cadastro. 
x Excluir pessoas ou famílias da base do Cadastro Único, conforme a legislação; 
x Garantir a integridade e a veracidade dos dados cadastrados; 
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x Adotar providências para averiguar se os dados cadastrados condizem com a realidade da 
família, nos casos em que há indícios de omissão de informações ou prestação de 
informações inverídicas. 
 
É direito das pessoas de baixa renda se inscreverem no Cadastro Único ou atualizarem os dados 
cadastrais, sempre que acharem necessário. Por isso, os municípios e o Distrito Federal devem ter 
uma estrutura capaz de atender à demanda da população, em um tempo razoável. 
A inclusão da família no Cadastro Único e a atualização cadastral só são efetivadas após a digitação 
e o processamento dos dados no Sistema do Cadastro Único. Nesse sistema, de responsabilidade da 
Caixa Econômica Federal (CAIXA), são realizadas todas as atividades de inclusão e de atualização 
cadastral de forma online. 
O Sistema do Cadastro Único possibilita a visualização de dados de famílias em outros municípios, a 
troca de Responsável pela Unidade Familiar e a transferência de famílias de outras cidades, entre 
outras ações. No caso de mudança da família do município, o sistema permite que o município de 
destino recupere automaticamente as informações cadastrais registradas no município de origem, 
de modo a facilitar e agilizar o cadastro da família. 
De maneira geral, as principais atividades de gestão municipal do Cadastro Único estão 
organizadas nas seguintes etapas: 
x Identificação e localização das famílias a serem cadastradas; 
x Entrevista e coleta de dados das famílias identificadas; 
x Inclusão dos dados no Sistema de Cadastro Único; 
x Manutenção das informações existentes na base do Cadastro Único: atualização e 
ĐŽŶĮƌŵĂĕĆŽ�ĚŽƐ�ƌĞŐŝƐƚƌŽƐ�ĐĂĚĂƐƚƌĂŝƐà? 
A Busca Ativa é uma ação presente em todo o Plano Brasil Sem Miséria, que pretende levar o Estado 
aonde o cidadão está, sem esperar que as pessoas mais pobres procurem o poder público. Para 
tanto, o primeiro passo está na Busca Ativa de famílias para sua inscrição no Cadastro Único. Isso 
requer que os municípios se organizem territorialmente, com o apoio dos estados, de forma a incluir 
novas famílias e a identificá-las corretamente. 
A atualização cadastral é fundamental para assegurar a qualidade dos dados e garantir que as 
informações registradas na base do Cadastro Único estejam sempre de acordo com a realidade das 
famílias. Esse é um processo contínuo, uma vez que os dados da população se 
alteram com rapidez. A atualização cadastral deve ser feita: 
x Sempre que houver alteração na composição familiar, no endereço ou nas condições 
socioeconômicas; 
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x Não havendo mudanças, no prazo máximo de 24 meses, contados da data da última 
entrevista. 
Deve-se realizar nova entrevista com a família em cada atualização, a fim de investigar quais 
informações sofreram alteração, assegurando a qualidade dos dados cadastrais. 
O Cadastro Único possibilita a identificação de parte da diversidade social brasileira, dando suporte 
ao reconhecimento de grupos populacionais cuja forma de vida e organização sociopolítica refletem 
saberes e modos de vida ancorados em processos conjunturais, históricos e culturais diversos. 
As famílias pertencentes a Grupos Populacionais Tracionais e Específicos (GPTEs) devem receber 
atenção na formulação de estratégias para Busca Ativa, pois normalmente vivem em locais distantes 
da sede do município e com pouco atendimento de políticas públicas. 
 
Motivos de exclusão de cadastros de famílias: 
x Falecimento de toda a família 
x Não localização da família por período igual ou superior a 48 meses anos, contados da 
inclusão ou da última atualização, desde que a gestão tenha registros de procurou a família 
pelo menos duas vezes nesse período; 
x Recusa, por parte da família, em prestar informações; 
x Comprovada a omissão de informação ou a prestação de informação inverídica pela 
família; 
x Solicitação da família; e 
x Decisão judicial 
 
Motivos de exclusão de cadastro de pessoas: 
x Falecimento da pessoa; 
x Desligamento da pessoa da família em que está cadastrada, desde que não esteja prevista 
transferência para outra família; 
x Solicitação da própria pessoa; e 
x Decisão judicial. 
 
 
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Protocolo de Gestão Integrada de Serviços, Benefícios e Transferências de 
Renda no âmbito do Sistema Único de Assistência Social ʹ SUAS 
Trata-se de procedimentos acordados para a gestão integrada dos serviços, benefícios 
socioassistenciais e transferências de renda para o atendimento de indivíduos e de famílias 
beneficiárias do PBF, PETI, BPC e benefícios eventuais, no âmbito do SUAS. 
A gestão integrada consiste na articulação entre serviços, benefícios e transferências de renda no 
âmbito do SUAS e tem como diretrizes: 
x a co-responsabilidade entre os entes federados; 
x aos seguranças afiançadas pela Política Nacional de Assistência Social; 
x a centralidade da família no atendimento socioassistencial de forma integral, visando a 
interrupção de ciclos intergeracionais de pobreza e de violação de direitos. 
São co-responsáveis pela gestão integrada de serviços, benefícios e transferências de renda no 
âmbito do SUAS: 
x A União; 
x os Estados; 
x o Distrito Federal; e 
x os Municípios 
A gestão integrada de serviços, benefícios e transferências de renda no âmbito do SUAS têm como 
objetivos: 
I - Gerais: 
a. Pactuar, entreos entes federados, os procedimentos que garantam a oferta prioritária de 
serviços socioassistenciais para os indivíduos e as famílias beneficiárias do PBF, do PETI e BPC; 
b. Construir possibilidades de atendimento intersetorial, qualificar o atendimento a indivíduos 
e famílias e potencializar estratégias para a inclusão social, o fortalecimento de vínculos 
familiares e comunitários, o acesso à renda e a garantia de direitos socioassistenciais; 
c. Favorecer a superação de situações de vulnerabilidade e risco vividas pelos indivíduos e pelas 
famílias beneficiárias do PBF e do BPC, bem como pelas famílias beneficiárias do PETI, por 
meio da oferta de serviços socioassistenciais e encaminhamentos para a rede 
socioassistencial e das demais políticas públicas e, quando necessário, para órgãos do Sistema 
de Garantia de Direitos (SGD). 
II - Específicos: 
a. Adotar o Cadastro Único para Programas Sociais e o Cadastro do BPC como base de dados para 
a realização de diagnóstico de vulnerabilidade e risco no território; 
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b. Padronizar procedimentos de gestão para o atendimento das famílias mencionadas no Art. 
1º; 
c. Estabelecer fluxo de informações entre os entes federados no que diz respeito ao atendimento 
das famílias; 
d. Padronizar procedimentos de gestão, instrumentos para a coleta de dados e geração de 
informações, indicadores para o monitoramento e a avaliação do atendimento das famílias; 
e. Propor mecanismos que fortaleçam sistematicamente a articulação da rede socioassistencial, 
de educação e saúde para monitorar e avaliar o atendimento das famílias beneficiárias de 
programas de transferência de renda, bem como a inclusão, o acesso e a permanência na 
escola dos beneficiários do PBF, PETI e BPC. 
 
Dos Procedimentos Referentes ao Atendimento das Famílias do Programa Bolsa Família, do 
Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e Famílias com beneficiários do Benefício de 
Prestação Continuada da Assistência Social - BPC e Benefícios Eventuais 
O atendimento das famílias será realizado por meio dos serviços ofertados pelo CRAS e pelo CREAS 
(local ou regional), nos territórios que possuem estas unidades. 
O atendimento das famílias residentes em territórios sem cobertura de CRAS e CREAS, até sua 
implementação, será realizado por meio do estabelecimento de equipes técnicas da PSB e da PSE, 
respectivamente, que elaborarão estratégias condizentes com as previstas nesta Resolução para a 
implementação da Gestão Integrada, sob a coordenação do órgão gestor da política de assistência 
social. 
O atendimento das famílias com beneficiários que estão em serviços de acolhimento da rede 
socioassistencial terá como foco a reconstrução e o fortalecimento dos vínculos familiares e 
comunitários, a reintegração familiar e a garantia dos direitos socioassistenciais. 
Nos casos em que for identificada a necessidade de acompanhamento pelo PAIF no CRAS ou pela 
equipe técnica da PSB, o atendimento terá como objetivo enfrentar as situações de vulnerabilidade 
social, prevenir riscos e identificar e estimular as potencialidades das famílias e dos territórios, 
fortalecendo seus vínculos familiares e comunitários. 
Nos casos em que for identificada a necessidade de acompanhamento pelos serviços do CREAS ou 
equipe técnica da PSE, o atendimento terá como objetivo o fortalecimento de vínculos familiares e 
comunitários, a superação de padrões de relacionamento violadores de direitos, a potencialização 
da função protetiva da família e sua inserção em uma rede de proteção que favoreça a superação 
da situação vivenciada e a construção de novos projetos de vida. 
Ao longo do atendimento, o CREAS ou equipe técnica da PSE deverá manter articulação permanente 
com os demais serviços da rede socioassistencial, das demais políticas públicas e do Sistema de 
Garantia de Direitos (SGD). 
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Sempre que a criança ou o adolescente estiver sob acompanhamento do Conselho Tutelar, da Justiça 
da Infância e da Juventude e do Ministério Público, o CREAS ou a equipe da PSE responsável deverá 
encaminhar relatórios periódicos, informando-lhes as intervenções realizadas para o 
acompanhamento da família. 
Nos territórios onde houve incidência de situações de negligência, violência e/ou violação de 
direitos, o CRAS ou equipe técnica da PSB deverá promover ações preventivas e de enfrentamento, 
com a participação ativa da comunidade, tais como: campanhas, palestras, oficinas, entre outras. 
 
Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e 
Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária (PNCFC) 
As estratégias, objetivos e diretrizes deste Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito 
de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária estão fundamentados 
primordialmente na prevenção ao rompimento dos vínculos familiares, na qualificação do 
atendimento dos serviços de acolhimento e no investimento para o retorno ao convívio com a 
família de origem. Somente se forem esgotadas todas as possibilidades para essas ações, deve-se 
utilizar o recurso de encaminhamento para família substituta, mediante procedimentos legais que 
garantam a defesa do superior interesse da criança e do adolescente. 
���ŽŶƐƚŝƚƵŝĕĆŽ�&ĞĚĞƌĂů�ĞƐƚĂďĞůĞĐĞ�ƋƵĞ�Ă�à“ĨĂŵşůŝĂ�Ġ�Ă�ďĂƐĞ�ĚĂ�ƐŽĐŝĞĚĂĚĞà?�à?�ƌƚà?�à?à?à?à?�Ğ que, portanto, 
ĐŽŵƉĞƚĞ�Ă�ĞůĂà?� ũƵŶƚĂŵĞŶƚĞ�ĐŽŵ�Ž��ƐƚĂĚŽà?�Ă� ƐŽĐŝĞĚĂĚĞ�Ğŵ�ŐĞƌĂů�Ğ�ĂƐ�ĐŽŵƵŶŝĚĂĚĞƐà?� à“ĂƐƐĞŐƵƌĂƌ�ă�
ĐƌŝĂŶĕĂ�Ğ�ĂŽ�ĂĚŽůĞƐĐĞŶƚĞ�Ž�ĞdžĞƌĐşĐŝŽ�ĚĞ�ƐĞƵƐ�ĚŝƌĞŝƚŽƐ�ĨƵŶĚĂŵĞŶƚĂŝƐà?�à?�ƌƚà?�à?à?à?à?à?�EĞƐƚĞ�ƷůƚŝŵŽ�ĂƌƚŝŐŽà?�
também especifica os direitos fundamentais especiais da criança e do adolescente, ampliando e 
aprofundando aqueles reconhecidos e garantidos para os cidadãos adultos no seu artigo 5º. Dentre 
estes direitos fundamentais da cidadania está o direito à convivência familiar e comunitária. 
Em face desse papel de mecanismo de promoção e proteção dos direitos humanos, no tocante às 
relações familiares, a Constituição Federal rompe com o anterior tratamento diferenciado e 
discriminatório dado aos filhos em razão da origem do nascimento ou das condições de convivência 
dos pais, determinando a equiparação de filhos havidos ou não da relação do casamento ou por 
adoção (Art. 227 §6º). A mesma Carta Constitucional, em seu artigo 226 §8º, estabelece que ao 
Estado compete assegurar a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando 
mecanismos para coibir violências no âmbito de suas relações. Adiante, no Artigo 229, determina 
que os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores e que os filhos maiores têm o 
dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. Consequentemente, todo 
reordenamento normativo e político-institucional que se pretenda fazer há de partir das normas 
constitucionais, marco legal basilar para o presente Plano em estudo. 
Para efetivação da Convenção sobre os Direitos da Criança, no País, é importante que sejam 
observados os seguintes princípios: 
à? Não discriminação; 
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à? Interesse superior da criança; 
à? Direitos à sobrevivênciae ao desenvolvimento; 
à? Respeito à opinião da criança. 
 
A Constituição Brasileira de 1988 define, no �ƌƚà?� à?à?à?à?� ƉĂƌĄŐƌĂĨŽ� à?à?� à“ĞŶƚĞŶĚĞ-se como entidade 
ĨĂŵŝůŝĂƌ�Ă�ĐŽŵƵŶŝĚĂĚĞ�ĨŽƌŵĂĚĂ�ƉŽƌ�ƋƵĂůƋƵĞƌ�Ƶŵ�ĚŽƐ�ƉĂŝƐ�Ğ�ƐĞƵƐ�ĚĞƐĐĞŶĚĞŶƚĞƐà?à?�dĂŵďĠŵ�Ž��ƐƚĂƚƵƚŽ�
da CrianĕĂ�Ğ�ĚŽ��ĚŽůĞƐĐĞŶƚĞ� à?���à?à?� Ğŵ� ƐĞƵ��ƌƚà?� à?à?à?�ĚĞĨŝŶĞ� ĐŽŵŽ� ĨĂŵşůŝĂ� ŶĂƚƵƌĂů� à“Ă� ĐŽŵƵŶŝĚĂĚĞ�
formada pelos pais ŽƵ�ƋƵĂůƋƵĞƌ�ĚĞůĞƐ�Ğ�ƐĞƵƐ�ĚĞƐĐĞŶĚĞŶƚĞƐà?à? 
As referências da Constituição Federal e do Estatuto da Criança e do Adolescente são fundamentais 
para a definição de deveres da família, do Estado e da sociedade em relação à criança e ao 
adolescente. São fundamentais, ainda, para definir responsabilidades em casos de inserção em 
programas de apoio à família e de defesa dos direitos de crianças e adolescentes. 
O reconhecimento da criança e do adolescente como sujeitos de direitos é resultado de um processo 
historicamente construído, marcado por transformações ocorridas no Estado, na sociedade e na 
família. 
A ĐƌŝĂŶĕĂ� Ğ� Ž� ĂĚŽůĞƐĐĞŶƚĞ� ƐĆŽ� ĐŽŶƐŝĚĞƌĂĚŽƐ� à“ƐƵũĞŝƚŽƐ� ĚĞ�ĚŝƌĞŝƚŽƐà?à?� �� ƉĂůĂǀƌĂ� à“ƐƵũĞŝƚŽà?� ƚƌĂĚƵnj� Ă�
concepção da criança e do adolescente como indivíduos autônomos e íntegros, dotados de 
personalidade e vontade próprias que, na sua relação com o adulto, não podem ser tratados como 
ƐĞƌĞƐ�ƉĂƐƐŝǀŽƐà?�ƐƵďĂůƚĞƌŶŽƐ�ŽƵ�ŵĞƌŽƐ� à“ŽďũĞƚŽƐà?à?�ĚĞǀĞŶĚŽ�ƉĂƌƚŝĐŝƉĂƌ�ĚĂƐ�ĚĞĐŝƐƁĞƐ�ƋƵĞ� ůŚĞƐ�ĚŝnjĞŵ�
respeito, sendo ouvidos e considerados em conformidade com suas capacidades e grau de 
desenvolvimento. 
O fato de terem direitos significa que são beneficiários de obrigações por parte de terceiros: a 
família, a sociedade e o Estado. 
A importância da convivência familiar e comunitária para a criança e o adolescente está reconhecida 
na Constituição Federal e no ECA, bem como em outras legislações e normativas nacionais e 
internacionais. Subjacente a este reconhecimento está a ideia de que a convivência familiar e 
comunitária é fundamental para o desenvolvimento da criança e do adolescente, os quais não 
podem ser concebidos de modo dissociado de sua família, do contexto sócio-cultural e de todo o 
seu contexto de vida. 
A família está em constante transformação e evolução a partir da relação recíproca de influências e 
trocas que estabelece com o contexto. As mudanças nas configurações familiares estão diretamente 
relacionadas ao avanço científico e tecnológico bem como às alterações vividas no contexto político, 
jurídico, econômico, cultural e social no qual a família está inserida. 
 
 
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A partir da sua entrada na educação infantil ou no ensino fundamental, a criança expande seu núcleo 
de relacionamentos para além da família. Durante a infância e a adolescência o desenvolvimento é 
continuamente influenciado pelo contexto no qual a criança e o adolescente estão inseridos. A partir 
da relação com colegas, professores, vizinhos e outras famílias, bem como da utilização das ruas, 
quadras, praças, escolas, igrejas, postos de saúde e outros, crianças e adolescentes interagem e 
formam seus próprios grupos de relacionamento. Na relação com a comunidade, as instituições e os 
espaços sociais, eles se deparam com o coletivo à? papéis sociais, regras, leis, valores, cultura, crenças 
e tradições, transmitidos de geração a geração à? expressam sua individualidade e encontram 
importantes recursos para seu desenvolvimento (Nasciuti, 1996). 
Os espaços e as instituições sociais são, portanto, mediadores das relações que as crianças e os 
adolescentes estabelecem, contribuindo para a construção de relações afetivas e de suas 
identidades individual e coletiva. Nessa direção, se o afastamento do convívio familiar for 
necessário, as crianças e adolescentes devem, na medida do possível, permanecer no contexto social 
que lhes é familiar. Além de muito importante para o desenvolvimento pessoal, a convivência 
comunitária favorável contribui para o fortalecimento dos vínculos familiares e a inserção social da 
família. 
O �ƐƚĂƚƵƚŽ� ĚĂ� �ƌŝĂŶĕĂ� Ğ� ĚŽ� �ĚŽůĞƐĐĞŶƚĞ� ĚŝƐƉƁĞà?� Ğŵ� ƐĞƵ� ĂƌƚŝŐŽ� à?à?à?� ƋƵĞ� à“ŶĞŶŚƵŵĂ� ĐƌŝĂŶĕĂ� ŽƵ�
adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, crueldade e 
ŽƉƌĞƐƐĆŽ�à?à?à?à?à?à?à?�ƐĞŶĚŽ�ĚĞǀĞƌ�ĐŽŶƐƚŝƚƵĐŝŽŶĂů�ĚĂ�ĨĂŵşůŝĂà?�da sociedade e do Estado colocá-los a salvo de 
tais ĐŽŶĚŝĕƁĞƐà?�EŽ�ƐĞƵ�ĂƌƚŝŐŽ�à?à?à?�Ž�����ĞƐƚĂďĞůĞĐĞ�ƋƵĞ�à“Ġ�ĚĞǀĞƌ�ĚĞ�ƚŽĚŽƐ�ǀĞůĂƌ�ƉĞůĂ�ĚŝŐŶŝĚĂĚĞ�ĚĂ�
criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, 
aterrorizante, vexatório oƵ� ĐŽŶƐƚƌĂŶŐĞĚŽƌà?à?� EŽ� ĞŶƚĂŶƚŽà?� ƉŽƌ�ŵŽƚŝǀŽƐ� ĚŝǀĞƌƐŽƐà?�ƚĂŝƐ� ǀŝŽůĂĕƁĞƐ� ĚĞ�
direitos podem vir a ocorrer no seio da própria família, na relação que os pais, responsáveis ou 
outros membros do grupo familiar estabelecem com a criança e o adolescente. 
Assim, a violação de direitos que tem lugar no seio da família pode refletir, ainda que não 
necessariamente, também uma situação de vulnerabilidade da família diante dos seus próprios 
direitos de cidadania, do acesso e da inclusão social. Depreende-se que o apoio sócio-familiar é, 
muitas vezes, o caminho para o resgate dos direitos e fortalecimento dos vínculos familiares. 
De forma geral, quando as medidas protetivas já estão em pauta, os programas de apoio sócio-
familiar devem perseguir o objetivo do fortalecimento da família, a partir da sua singularidade, 
estabelecendo, de maneira participativa, um plano de trabalho ou plano promocional da família que 
valorize sua capacidade de encontrar soluções para os problemas enfrentados, com apoio técnico-
institucional. Os Programas devem abarcar as seguintes dimensões: 
à? superação de vulnerabilidades sociais decorrentes da pobreza e privação à? incluindo 
condições de habitabilidade, segurança alimentar, trabalho e geração de renda; 
à? fortalecimento de vínculos familiares e de pertencimento social fragilizados; 
à? acesso à informação com relação às demandas individuais e coletivas; 
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à? orientação da família e, especialmente, dos pais, quanto ao adequado exercício das funções 
parentais, em termos de proteção e cuidados a serem dispensados às crianças e adolescentes 
em cada etapa do desenvolvimento, mantendo uma abordagem dialógica e reflexiva; 
à? superação de conflitos relacionais e/ou transgeracionais, rompendo o ciclo de violência nas 
relações intrafamiliares; 
à? integração sócio-comunitária da família, a partir da mobilização das redes sociais e da 
identificação de bases comunitárias de apoio; 
à? orientação jurídica, quando necessário. 
 
A existência e a eficácia dos Programas de Apoio Sócio-Familiar são essenciais à promoção do direito 
à convivência familiar e comunitária e constituem um dos pilares deste Plano Nacional, que objetiva 
a ampliação do seu raio de cobertura e o incremento de sua qualidade. Isso deverá ocorrer com a 
consolidação de políticas públicas universais e de qualidade e pela integracão entre o Sistema Único 
de Assistência Social (SUAS), o Sistema Único de Saúde (SUS), o Sistema de Garantia de Direitos (SGD) 
e o Sistema Educacional. 
Uma vez constatada a necessidade do afastamento, ainda que temporário, da criança ou do 
adolescente de sua família de origem, o caso deve ser levado imediatamente ao Ministério Público 
e à autoridade judiciária. Ainda que condicionado a uma decisão judicial, o afastamento da criança 
ou do adolescente da sua família

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