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Aluna: Carolline Terra de Andrade 
Fisiopatologia da termorregulação 
 
Introdução: 
A temperatura corporal diz respeito à produção de calor e os mecanismos de 
regulação e manutenção da temperatura interna do organismo, conhecida como 
termorregulação, que são cruciais para manter a homeostase sistêmica do organismo 
(estabilidade fisiológica). 
Animais ectodérmicos, como répteis, anfíbios, invertebrados e peixes são 
incapazes de regular sua própria temperatura sem que haja fontes externas que os 
aqueçam. Já animais endotérmicos, como aves e mamíferos, são capazes de gerar 
calor metabólico e conseguem controlar sua temperatura em torno de valores 
constantes independente da temperatura do meio (homeotermia), possibilitando que 
estes explorem os mais variados ambientes. 
A manutenção da temperatura normal nos animais homeotermos, como o 
homem, é uma função muito importante do sistema nervoso autônomo. Pois, com 
pequenas alterações da temperatura central, podem ocorrer alterações metabólicas e 
enzimáticas, como sua própria velocidade, condicionando diversos processos 
biológicos: atividade enzimática, permeabilidade das membranas celulares, taxa das 
trocas respiratórias, produção de energia a nível celular, produção de 
espermatozóides entre muito outros processos. 
No entanto, há variáveis que podem merecer uma adaptação dos valores 
considerados normais numa medição de temperatura corporal. Estas variáveis podem 
ter menos influência, como o gênero e a temperatura ambiente, ou ter uma maior 
influência, como a idade, o ritmo circadiano, estado pós-prandial, o exercício físico, a 
gravidez, alterações endócrinas, bem como o local do corpo e os métodos utilizados 
para a medição da temperatura. 
A termorregulação é a capacidade de manutenção da temperatura corporal 
dentro dos limites fisiológicos da espécie. Nela a temperatura corporal é dividida em: 
1. Cutânea: aumenta e diminui com a temperatura do ambiente, ou seja, 
capacidade da pele de perder calor para o ambiente. 
2. Temperatura Central: tecidos profundos do corpo têm temperatura diferente, e 
permanecem constantes, exceto em casos de febre ou em certas condições 
ambientais transitórias (ex: elevada situação de exercício físico ou ambiente). 
O equilíbrio térmico varia de acordo com o aumento do metabolismo 
(termogênese) ou aumento de gasto energético, denominado termólise. 
1. Fatores da Termogênese (produção de calor causando aumento da 
temperatura corporal): 
-Calafrios, vasoconstrição e ereção dos pêlos (termogênese mecânica); 
-Transformação de energia proveniente do alimento e ação de hormônios como 
a tiroxina, epinefrina, noraepinefrina (termogênese química). 
 
2. Fatores da Termólise (perda de calor que diminui a temperatura do corpo): 
-Evaporação: perda de calor pela vaporização do suor; 
 -Irradiação: troca de calor sob forma de raios térmicos infravermelhos; 
 -Condução: toca de calor por contato direto. Pele com superfícies ou ar. 
-Convecção: troca de calor pelo movimento de moléculas de gases (ar frio que 
venta) ou líquidos (correntes de convecção). 
 
 
 Processos fisiológicos da termorregulação: 
 
 O homem necessita que a temperatura interna seja constante e o seu sistema 
termorregulador mantém a temperatura central próxima de 37ºC, para conservação 
das funções metabólicas. Existe uma faixa interlimiar de temperatura, definida 
geralmente entre 36,7º a 37,1ºC, na qual não há resposta efetora. Temperaturas 
abaixo ou acima desses limiares desencadeiam respostas efetoras, como valores 
abaixo de 35 ºC geram hipotermia, ou acima de 38 ºC geram hipertermia, podendo 
trazer problemas de saúde e devem ser acompanhados e evitados. Normalmente, a 
temperatura corporal é menor pela manhã, aumenta ao longo do dia e é máxima pelo 
início da noite. 
A termorregulação é realizada por um sistema de controle fisiológico, que 
consiste em termorreceptores centrais e periféricos, um sistema de condução aferente, 
o controle central de integração dos impulsos térmicos e um sistema de respostas 
eferentes levando a respostas compensatórias. 
No hipotálamo situa-se o sistema de controle central, que regula a temperatura 
do corpo ao integrar os impulsos térmicos provenientes de quase todos os tecidos do 
organismo, e não apenas em relação à temperatura central do organismo, como 
também o periférico. Quando o impulso integrado excede ou fica abaixo da faixa limiar 
de temperatura, ocorrem respostas termorreguladoras autonômicas, que mantêm a 
temperatura do corpo em valor adequado. 
 Os impulsos termais aferentes provêm de receptores anatomicamente distintos 
ao frio e ao calor, os quais podem ser periféricos ou centrais. Também existem 
receptores termossensíveis localizados na pele e nas membranas mucosas, que 
medeiam a sensação térmica e contribuem para a ocorrência dos reflexos 
termorregulatórios. Esses receptores também respondem à sensação mecânica. 
 Os receptores para frio têm descargas de impulsos a temperaturas entre 25º-
30ºC e são inervados por fibras Aδ. Já os receptores para calor têm descargas de 
impulsos a temperaturas entre 45º-50ºC e são inervados por fibras desmielinizadas C. 
 No hipotálamo anterior é feita a integração das informações aferentes térmicas, 
enquanto no hipotálamo posterior iniciam-se as respostas efetoras. Na área pré-óptica 
do hipotálamo existem neurônios sensíveis e não sensíveis à temperatura, sendo que 
os primeiros podem ser classificados em neurônios sensíveis ao calor e neurônios 
sensíveis ao frio, estes últimos predominantes. Ressalte-se ainda a presença de 
neurônios sensíveis à estimulação térmica local no hipotálamo posterior, na formação 
reticular e na região medular. 
 Resumindo, sinais enviados pelos termorreceptores localizados por toda a pele 
e a temperatura do sangue passam pelo hipotálamo, descrevem a condição de 
aquecimento ou esfriamento corpóreo, em que resultará em ações para regular essa 
temperatura. 
A resposta comportamental é a resposta termorregulatória quantitativamente 
mais eficaz, porém há vários outros mecanismos, também eficazes, como a resposta 
vasomotora (calor/frio), piloereção (frio), tremor (frio) e sudorese (calor). 
 
 
 
 
 
 Distúbios na termorregulação 
 
Hipertermia: 
 
A hipertermia pode ocorrer de forma normal (fisiológica), como por exemplo, 
após refeições, exercício físico ou mesmo exposição excessiva à fonte de calor ou 
como uma deficiência nos mecanismos de termorregulação, resultando na produção 
excessiva ou na diminuição da dissipação de calor. 
Isso ocorre devido a um aumento da temperatura corpórea acima de 38°C, no 
entanto, o ponto de ajuste da termorregulação permanece inalterado, ou seja, o 
hipotálamo não é "enganado”. 
No calor, o aumento de temperatura central e periférica, que tem detecção feita 
pelos receptores térmicos, enviam sinais para o hipotálamo e ativam o centro de perda 
de calor. Esta região inibe o centro de produção de calor, há a inibição da atividade 
simpática e depressão da medula suprarrenal com diminuição de epinefrina. 
A primeira defesa autonômica é a vasodilatação cutânea, aumentando o fluxo 
sanguíneo, o que por muitas vezes pode ser o suficiente para regular a temperatura. 
Caso o corpo continue quente, glândulas sudoríparas aumentam a sudorese via 
colinérgica, sendo considerado o mecanismo mais importante. 
 A sudorese é um processo muito efetivo de perda de calor por causa do 
elevado calor latente de evaporação da água. Cada grama de suor que se evapora 
absorve 584 calorias, portanto, sua evaporação causa o resfriamento do organismo. 
Consequentemente, a sudorese pode dissipar facilmente ocalor especialmente se o 
ambiente estiver seco. A eficiência da sudorese é aumentada pela própria 
vasodilatação, que é regulada por fatores como a bradicinina e o óxido nítrico. Ela 
aumenta, em muito, o fluxo sanguíneo cutâneo para facilitar a transferência do calor 
central para a pele. 
 Em outros mamíferos, como cães, existe ainda o estímulo 
de respiração arfante, que amplia a superfície de perda de calor pela língua e 
cavidade bucal. 
A hipertermia pode apresentar-se sob a forma de cãibras, esgotamento por 
calor e golpe de calor. As cãibras são contrações involuntárias resultantes da perda de 
sódio pela sudorese intensa, ocorrendo em músculos de maior atividade. 
Já o esgotamento por calor é uma síndrome resultante de um conjunto de 
fatores como idade avançada, exercício intenso, temperatura elevada, ambiente com 
alta humidade e ventos escassos, consistindo em sede intensa, cansaço, hipotensão 
arterial, taquicardia e síncope, devido à hipovolemia. 
 Nos golpes de calor, a temperatura sobe acima de 40°C, resultante de uma 
resposta inflamatória de fase aguda com aumento da temperatura nuclear e com 
termólise ineficaz relacionada a uma predisposição genética e a par de um de 
temperatura elevada. Seus principais sintomas resultam de uma resposta inflamatória 
generalizada risco de hipoperfusão de órgãos e necrose isquêmica, desidratação, 
citotoxicidade por temperaturas elevadas, lesão de glândulas sudoríparas, diminuição 
proteicas de choque térmico e libertação de citocinas pró-inflamatórias e radicais livres 
de oxigênio. 
 
Hipertemia maligna: 
 
 A hipertermia maligna é uma doença de herança autossômica dominante em 
que a exposição a anestésicos e à succinilcolina (relaxante muscular) dispara a 
liberação intensa de cálcio no retículo sarcoplasmático das fibras esqueléticas, 
causando tremores incontroláveis e excessiva produção de calor, de lactato e de CO2, 
além de elevar os níveis séricos de potássio e de creatinofosfocinase. 
 O defeito genético é resultado de uma mutação no gene que codifica uma 
proteína que interfere no controle do transporte de cálcio no retículo sarcoplasmático. 
 
Febre: 
A febre ou pirexia é um sintoma descrito como um aumento na temperatura 
corporal para níveis acima de 37°C, sendo composta por vários sinais, como dor 
muscular, apatia, falta de apetite, inapetência e aumento da temperatura corpórea. As 
causas de febre são amplas, como infeções, neoplasias, hemorragias, doenças 
metabólicas agudas, traumatismos, distúrbios autoimunes, fármacos, drogas, 
obstrução vascular, distúrbios endócrinos e estresse psicológico. 
O "estado de febre" ocorre como uma resposta do organismo a algum processo 
anormal, ou seja, patológico, como doenças bacterianas, alergias, tumores, fatores 
psicológicos, reação a medicamento até o contato com alguma toxina, e outras 
condições ambientais diversas. 
Na febre há uma alteração da atividade pré-optica do cérebro, que recebe sinais 
como se a temperatura estivesse mais baixa do que deveria ser, há então uma 
mudança do ponto homeostático de temperatura (ao invés de 37 °C ser o normal se 
torna 38°C) ocasionando um aumento nos mecanismos de geração de calor para 
aumentar a temperatura no organismo. O indivíduo, falsamente, começa a sentir frio e 
os mecanismos para atingir o novo equilíbrio são, principalmente, tremores, 
vasoconstrição e aumento do metabolismo celular. 
As substâncias capazes de induzirem a febre são denominadas de pirogênios, 
podendo ser endógenos ou exógenos.Os pirogênios endógenos são substâncias 
produzidas pelo hospedeiro, conhecidas como citocinas (as mais importantes são as 
interleucinas 1α e 1β, fator de necrose tumoral α, interferon α e interleucina 6). Trata-
se de polipeptídios produzidos por uma grande variedade de células do hospedeiro, 
sendo os monócitos e os macrófagos os mais importantes. Além de induzirem febre, 
apresentam outros tipos de efeitos como hematopoiéticos, inflamatórios e de 
regulação do metabolismo celular. Pode originar-se de células neoplásicas, o que 
explica a existência de febre em associação a doenças malignas. 
Já os pirogênios exógenos são substâncias externas ao hospedeiro, podendo se 
tratar de microorganismo e seus produtos, toxinas liberadas por bactérias, e agentes 
químicos. Ressaltando que, os pirogênios exógenos são responsáveis por induzirem a 
liberação de pirogênios endógenos pelas células do hospedeiro. 
Em muitas circunstâncias a elevação da temperatura corporal aumenta as 
possibilidades de sobrevida numa situação de infecção. Este efeito é conseguido 
devido à diminuição do crescimento e da virulência de várias espécies bacterianas e 
ao aumento da capacidade fagocítica e bactericida dos neutrófilos e dos efeitos 
citotóxicos dos linfócitos, promovidos pela febre. Contudo, o aumento da temperatura 
corporal tem os seus malefícios, pois o aumento da temperatura de 1ºC, leva ao 
acréscimo de 13% no consumo de oxigênio e a maiores necessidades hídricas e 
calóricas, o que pode ser trágico para pessoas com função vascular cerebral e 
cardíaca marginal. 
Após a alteração no hipotálamo pelos pirogênios e a atuação dos mecanismos 
para manter a temperatura do corpo alta, pode ocorrer resolução da febre, gerando a 
crise (volta do ponto fixo ao normal, gerando suor e vasodilatação, diminuindo a 
temperatura corporal). 
 
 
 Hipotermia: 
 
Define-se hipotermia quando a temperatura corporal é menor de 36°C, na qual 
o corpo é incapaz de gerar calor suficiente para a realização de suas funções. A causa 
principal da hipotermia é a exposição intensa ao frio sem vestimentas corretas ou a 
imersão completa ou parcial em água congelada. Porém, há outras causas para a 
hipotermia, como crianças e idosos (predispostos); doentes mentais; tumores; uso de 
álcool e drogas; uso de medicamentos antidepressivos e sedativos; diabetes; lesões 
em medula espinhal; hipotireoidismo; desnutrição e doença de Parkinson, sendo estas 
as causas não intencionais. A hipotermia intencional ou terapêutica é aplicada pela 
equipe médica em casos de hipertensão intracraniana refratária, proteção neurológica 
pós-ressuscitação cardiopulmonar, durante cirurgias neurológicas ou cardíacas de 
maior complexidade etc. 
No frio há a diminuição da temperatura da pele, e consequentemente da 
temperatura central, que ativa os termorreceptores periféricos e centrais que enviam 
sinais para o hipotálamo na área pré-óptica, o centro de produção de calor do 
hipotálamo é ativado, enviando estímulos elétricos através dos nervos simpáticos 
(estímulo simpático=aumento de epinefrina) que aumenta a termogênese. 
Na hipotermia, a resposta vasoconstritora é a primeira a ser deflagrada e é 
considerada a mais importante, sendo que os capilares da pele reduz o fluxo de 
sangue superficial e mantém o calor do corpo nos órgãos localizados mais 
profundamente. 
 O fluxo sanguíneo das extremidades epidérmicas pode ser dividido em dois 
compartimentos: o nutricional, representado pelos capilares e o termorregulador, e os 
curtos-circuitos arteriovenosos situados, principalmente, nos dedos das mãos e dos 
pés, nas orelhas e no nariz. Assim, nesse caso, o fluxo sanguíneo pode ser diminuído 
em até 100 vezes por meio desse curto-circuitos. Esse fluxo é mediado primariamente 
pela noradrenalina liberada nas terminações adrenérgicas pré-sinápticas que, ao ligar-
se aos receptores α1-adrenérgicos, determina vasoconstrição. Embora ocorra 
diminuição da perfusão cutânea pela vasoconstrição termorreguladora, a redução da 
perda de calor pelo organismo é pequena, ao redor de 25%. As perdas pelas mãos e 
pelos pés diminuem ao redor de 50%, mas somente 17% pelo tronco.Há a contração dos músculos eretores dos pelos para criar uma camada de ar 
que gera isolamento térmico, sendo esta ação mais eficiente em mamíferos que 
possuem o corpo coberto de pelagem (piloereção). Além disso, há também a 
diminuição da sudorese para reduzir a perda de calor e ocorrem estímulos nervosos 
para a contração da musculatura, os chamados tremores, que auxiliam a gerar calor 
no corpo. 
No caso de uma exposição prolongada ao frio, pode-se levar a uma regulação 
hormonal controlada pelo hipotálamo, que induz a hipófise a secretar o hormônio 
tireoestimulante (TSH) fazendo com que a taxa metabólica aumente e mais calor seja 
produzido pelo corpo. 
A hipotermia com uma diminuição de temperatura muito abaixo do normal 
proporciona grandes riscos. Nesses casos, a capacidade de regulação da temperatura 
é perdida pelo hipotálamo. O corpo abaixo de 34ºC faz com que haja a perda da 
capacidade de regulação térmica, diminuindo a intensidade de produção de calor 
pelas células. 
Numa fase inicial da hipotermia, verifica-se uma resposta no sentido de contrapor 
a perca de calor, como os mecanismos fisiológicos já mencionados, levando a um 
aumento da frequência cardíaca, do débito cardíaco e da pressão arterial média. No 
entanto, com a permanência da temperatura abaixo do normal, esta resposta é 
suplantada pelos efeitos inotrópicos e cronotrópicos negativos da hipotermia, o que 
resulta na diminuição do débito cardíaco e da perfusão tecidual. 
 A hipotermia pode ocorrer de maneira tópica ou sistêmica e é classificada 
quanto à temperatura como: 
 
- Hipotermia aguda: A temperatura corporal fica entre 35ºC e 33ºC e é caracterizada 
pela perda brusca de temperatura corporal e se deve a alta exposição ao frio. A 
hipotermia aguda ocorre porque o corpo perde muito mais calor do que é capaz de 
gerar. Os sintomas são: sensação de frio, tremores, letargia motora, espasmos 
musculares, confusão mental, extremidades corporais em tom acidentado, pele fria. 
 
- Hipotermia subaguda: A temperatura corporal fica entre 33ºC e 30ºC e tem como 
característica a perda gradual e em períodos mais longos da temperatura corporal. Os 
sintomas são: sonolência, rigidez muscular, alterações na memória e fala. 
 
- Hipotermia crônica: Temperatura corporal fica inferior à 30ºC e ocorre devido à 
agravação de doenças em estações frias do ano. Os sintomas são: imobilidade e 
inconsciência, pupilas dilatadas e frequência cardíaca baixa. 
 
A sonolência e o coma são características da hipotermia, devido a uma 
diminuição dos mecanismos de controle térmico pelo Sistema Nervoso Central.Pode 
haver fibrilação e morte por parada cardíaca quando há exposição ao frio intenso por 
períodos prolongados. 
A hipotermia causa diminuição da atividade enzimática, vasoconstrição 
periférica e ineficiência das vias metabólicas dependentes de oxigênio. A 
vasoconstrição pode originar queimaduras pelo frio, principalmente, em regiões de 
extremidade corporal o que pode finalizar em gangrena nessas áreas. Além de que, a 
diminuição da perfusão tecidual e do aporte de oxigênio leva ao sofrimento celular e 
pode progredir para uma falência multiorgânica. 
 
 
 
 
 
Bibliografia: 
 
 DEXTRO, R. B. Temperatura corporal, 2019. Disponível em: 
<https://www.infoescola.com/fisiologia/temperatura-corporal/> Acesso em: 20 
junho de 2019. 
 
 MARTINS, R. C. Febre e hipertermia, 2018. Disponível em: < 
Imagem ilustrativa de alguns mecanismos de regulação da temperatura 
corporal. 
http://www.jornaldosudoeste.com.br/noticia.php?codigo=2956> Acesso em: 20 
junho de 2019. 
 
 MAGALHÃES, S.; ALBUQUERQUE, R. R.; PINTO, J. G.; MOREIRA, A. L. 
Termorregulação, 2001. Disponível em: < 
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-23082012-
141615/publico/01.pdf> > Acesso em: 20 junho de 2019.

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