Buscar

MASTOCITOMA EM CÃES

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Mastocitoma cutâneo canino - Revisão
Canine mast cells tumor – Review
Heloisa Einloft Palma – Graduanda do Curso de Medicina Veterinária (CMV), Departamento de Clínica de Pequenos Animais (DCPA), Centro de Ciências 
Rurais (CCR), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil
Danieli Brolo Martins – Pós-graduanda do Programa de Pós-graduação em Medicina Veterinária (PPGMV), DCPA, CCR, UFSM, Santa Maria, RS. E-mail: 
paula.basso@bol.com.br
Paula Cristina Basso – Pós-graduanda do Programa de Pós-graduação em Medicina Veterinária (PPGMV), DCPA, CCR, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil.
Anne Santos do Amaral – Professora do CMV, DCPA, CCR, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil
Luciele Varaschini Teixeira – Residente do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Santa Maria (HVUFSM), DCPA, CCR, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil
Sônia Terezinha dos Anjos Lopes – Professora do CMV, DCPA, CCR, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil
Palma HE, Martins DB, Basso PC, Amaral AS, Teixeira LV, Lopes STA. Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de 
Estimação 2009; 7(23); 523-528.
Resumo
O mastocitoma é um dos tumores cutâneos mais corriqueiros na clínica de pequenos animais. Caracte-
riza-se por transformações neoplásicas e proliferação anormal de mastócitos. Ainda que possa atingir 
cães de qualquer raça e idade, as raças braquiocefálicas e os de meia idade a idosos parecem estar 
mais predispostos. Acomete frequentemente o tronco e as regiões perineal, genital e inguinal, também 
podem atingir extremidade de membros, cabeça e pescoço. O diagnóstico baseia-se nos achados de 
citologia aspirativa, no entanto o exame histopatológico torna-se necessário para classificar o grau de 
malignidade. O tratamento constitui-se de abordagem cirúrgica acompanhada, ou não de quimiotera-
pia e radioterapia. Este artigo destaca os aspectos clínicos, diagnóstico e terapêuticos do mastocitoma 
canino.
Palavras-chave: Mastócito, síndrome paraneoplásica, citologia aspirativa, dermatopatia, neoplasia, cão
Abstract
Mast cell tumor is one of the most common skin tumors in small animal clinics. It is characterized by 
neoplastic transformation and abnormal mast cell proliferation. Although it may affect dogs of any 
breed or age, brachiocephalic breeds and middle-age to older dogs appear to be at high risk for the 
development of mast cell tumor. It is usually located in the trunk, perineum, genital and inguinal 
regions, but it also can occur in the lower limbs, head and neck. Diagnosis is based in fine-needle aspi-
ration cytology; however, histopathology is necessary to evaluate the malignancy grade of the tumor. 
The treatment can be done by either surgery or radiotherapy or chemotherapy. This article reviews 
the clinical, diagnostic and aspects of canine mast cell tumor.
Keywords: Mast cell, paraneoplastic syndrome, fine-needle aspiration cytology, dermatopathy, neoplasy, dog
Revisão de literatura
523
Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2009;7(23);523-528.
Mastocitoma cutâneo canino - Revisão
Introdução
Atualmente a dermatologia e oncologia destacam-se den-
tre as especialidades veterinárias (1). A variedade de doenças 
de pele descrita em cães é bastante ampla, no entanto, dentre 
tais desordens, as neoplasias atingem grande significância, 
haja vista que um estudo realizado em 17 hospitais veteriná-
rios estadunidenses, os tumores cutâneos foram à segunda 
condição dermatológica mais diagnosticada (2).
O mastocitoma caracteriza-se por transformações neoplá-
sicas e proliferação anormal de mastócitos, podendo ser de 
origem cutânea ou visceral (3). Pertence a um grupo de neo-
plasias conhecido como tumores de células redondas (4), jun-
tamente com linfoma, histiocitomas e tumor venéreo trans-
missível (5). Essa neoplasia foi relatada em seres humanos 
e em muitas espécies domésticas (6), dentre as quais é mais 
prevalente em caninos e felinos (7). Representa entre 7 a 21% 
dos tumores de pele dos caninos e de 11 a 27% de todas as 
neoplasias malignas cutâneas dos cães (8,9,10).
A quantidade de tumores de pele diagnosticados, espe-
cialmente de mastocitomas, aumentou de forma gradativa 
nos últimos anos, o que parece ser fruto de mudanças na 
mentalidade de proprietários e clínicos veterinários (11). Des-
sa forma, considera-se oportuno, revisar os aspectos clínicos, 
o diagnóstico e tratamento do mastocitoma canino, auxilian-
do a conduta do médico veterinário frente a essa doença tão 
rotineira.
Mastócitos
Os mastócitos são células de núcleo central arredondado 
e numerosos grânulos. Essas células são encontradas na pele, 
trato respiratório, trato gastrintestinal, baço, linfonodos e fí-
gado (12). No animal hígido, essas células são residentes do 
tecido conjuntivo, de origem hematopoética, que mantêm a 
capacidade de proliferar após a maturação (13), relacionan-
do-se aos processos inflamatórios e respostas imunes, bem 
como, aos mecanismos de regulação homeostáticos teciduais 
em geral (14). 
O achado característico de mastócitos maduros é a presen-
ça de grânulos citoplasmáticos que contêm substâncias bio-
logicamente ativas, como histamina, heparina (15), fator qui-
miotático para eosinófilos, fator quimiotático para neutrófilos 
e enzimas proteolíticas (triptases, quimases, carboxipeptida-
ses, β-glicuronidase, quimiogenases, peroxidases e superóxi-
do dismutase), os quais desempenham importantes papeis na 
fisiopatogenia do mastocitoma (16). A quantidade de hista-
mina nos mastócitos neoplásicos também é elevada, podendo 
conter de 25 a 50 vezes mais que mastócitos normais (17).
Predisposição e etiologia
Raças braquiocefálicas, como Boxer, Boston terrier, Bull-
mastiff e Bulldog inglês (18), e a faixa etária por volta dos 
oito anos, são os fatores que mais predispõem essa neoplasia 
(19,20,21), apesar do mastocitoma cutâneo já ter sido relatado 
em todas as raças de cães (22) e em idades que variam de um 
mês a 17 anos (23). Além disso, não há variação na incidência 
quanto ao sexo, nessa espécie (9). Cães da raça Boxer apre-
sentam elevada incidência de mastocitomas que tendem a ser 
bem diferenciados, apresentando, portanto, melhor prognós-
tico (24). Embora possam ser benignos, esses tumores sempre 
devem ser considerados potencialmente malignos, indepen-
dentemente da raça (25).
Na rotina clínica do hospital veterinário dos autores, de 
cada 20 animais atendidos com essa neoplasia cerca de 75% 
não possuem raça definida (SRD), provavelmente isso se deva 
ao número expressivo de exemplares SRD na população cani-
na da região. O Fila Brasileiro e o Boxer são algumas das raças 
com maior número de exames citológicos compatíveis com 
mastócitos neoplásicos nos laudos do Laboratório de Análi-
ses Clínicas do Hospital Veterinário da UFSM (HV-UFSM), 
entre março de 2005 a março de 2006. A maior parte desses 
cães apresentava idade de seis anos ou mais, e verificava-se 
equivalente proporção entre machos e fêmeas.
A etiopatogenia do mastocitoma canino e a razão para sua 
elevada incidência são desconhecidas (21,26), mas possivel-
mente seja multifatorial (7). Entretanto, a maior incidência 
do mastocitoma em certas raças caninas sugere uma possível 
causa de base genética (26). 
Em 1999, foram identificadas cinco mutações diferentes 
no gene c-kit em casos de mastocitoma canino, mostrando 
inclusive que essas mutações estavam presentes nas células 
primárias do tumor. Durante algum tempo, investigou-se a 
participação de um agente viral no desenvolvimento desse 
tumor, todavia, não encontraram evidência da presença de 
vírus. A transmissão dessa neoplasia em animais através de 
ultrafiltrado livre de células também se mostrou ineficiente. 
Outro possível fator desencadeante seria exposições repe-
tidas a agentes carcinogênicos, o que poderia explicarpor-
que o mastocitoma algumas vezes se desenvolve em áreas 
de dermatite crônica, bem como elucidar o comportamento 
maligno de alguns mastocitomas que, inicialmente, são mais 
diferenciados (grau I) (27, 28).
Fisiopatologia e sinais clínicos
Em termos clínicos, o mastocitoma se apresenta, na forma 
cutânea, como nodulações avermelhadas na derme, não en-
capsulados e com tamanho variando de 1 a 30 cm de diâme-
tro. Esses nódulos podem ser múltiplos (10 a 15% dos casos) 
ou solitários, de consistência firme ou flutuante, elevados, pe-
dunculares ou vegetantes, bem ou mal circunscritos, eritema-
tosos ou ulcerados e muitas vezes infiltrados no subcutâneo 
e na musculatura (1,16). Alguns casos confirmados de masto-
citoma na rotina clínica dos autores, inicialmente dividiram 
a suspeita clínica com lipomas, tumores mamários, osteos-
sarcomas ou abscesso, tornando-se imprescindível, o auxílio 
laboratorial para a identificação do processo, como a citologia 
aspirativa por agulha fina (CAAF) que é capaz de demonstrar 
a presença dos mastócitos neoplásicos na área suspeita, além 
de outros exames que auxiliam na aferição do estado geral do 
animal como o hemograma e o perfil bioquímico sérico renal 
e hepático. 
Os aumentos de volume aparecem com mais frequência 
nos membros pélvicos, abdômen, tórax e membros toráci-
cos (16). Aproximadamente 50% dos mastocitomas cutâneos 
localizam-se no tronco e nas regiões perineal, genital e ingui-
nal, 40% nos membros e 10% na cabeça e no pescoço (9,29,30). 
Dentre os pacientes atendidos no hospital veterinário da ins-
524 Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2009;7(23); 524-528.
Mastocitoma cutâneo canino - Revisão
tituição dos autores, 35% apresentavam nódulos solitários de 
tamanho variável nos membros, tanto torácicos quanto pél-
vicos. Nos arquivos do Laboratório de Patologia Veterinária 
(LPV) dessa mesma instituição, a neoplasia dos mastócitos 
foi encontrada comumente em áreas como cabeça, pescoço, 
tórax, abdômen, membros, dorso e escroto (11).
Foram relatadas ocorrências infrequentes de mastocito-
ma em outros locais, incluindo conjuntiva, glândula salivar, 
nasofaringe, laringe, cavidade oral (31), cavidade nasal (32), 
traqueia, mediastino e linfonodos hepatopancreáticos (33). 
Mastócitos normais são encontrados em abundância nos pul-
mões e trato gastrintestinal, embora esses locais apresentem 
baixas taxas de prevalência de desenvolvimento de mastoci-
toma (31).
Muitos pacientes com tumor de mastócitos da pele são 
trazidos após certo tempo, quando começam a apresentar si-
nais clínicos, como náuseas, vômitos, apatia ou mesmo hema-
toquezia. Essas alterações são decorrentes da degranulação 
das células neoplásicas nas quais ocorre liberação maciça das 
substâncias ativas presentes nos grânulos citoplasmáticos 
causando graves efeitos sistêmicos, que caracteriza a síndro-
me paraneoplásica do mastocitoma (29,34).
Os mastócitos presentes na mucosa liberam fisiologica-
mente histamina, ativando as células parietais do estômago 
a produzir ácido clorídrico (35) assim, o mastocitoma está re-
lacionado com liberação excessiva de histamina que estimula 
receptores H2 gástricos, levando a abundante secreção ácida 
gástrica (36). Essa situação poderá resultar em ulceração gas-
trintestinal manifestada clinicamente por anorexia, vômito e 
fezes pastosas e escuras (37). As úlceras gastrintestinais são 
observadas em 80% dos cães acometidos por mastocitoma, 
usualmente são múltiplas e com maior ocorrência no estôma-
go e menos frequentemente no duodeno (38,39). 
A histamina também causa danos ao endotélio vascular 
de arteríolas e vênulas, levando a liberação de fibrolisina. 
Supõe-se que tal evento possa danificar os vasos sanguíneos 
da submucosa gástrica pela dilatação de vênulas e capilares, 
aumento da permeabilidade endotelial e, consequentemente, 
trombose intravascular e necrose isquêmica da mucosa. Des-
sa maneira, a patogênese da ulceração gastrintestinal asso-
ciada ao mastocitoma canino parece decorrer da combinação 
de dano vascular, aumento da produção de ácido gástrico e 
hipermotilidade (8,16,27). 
A liberação de grande quantidade de histamina pelos 
mastócitos neoplásicos pode levar, ainda, a um quadro de 
arritmia cardíaca e, mais raramente, choque hipotensivo 
(28,30,40,41). Entretanto, os níveis sanguíneos de histamina 
em cães com mastocitoma não se correlacionam com o esta-
diamento clínico, a classificação histológica ou o tamanho do 
tumor (37).
A cicatrização retardada, após a excisão de um mastoci-
toma, não é incomum e tem sido atribuída aos efeitos locais 
de enzimas proteolíticas e aminas vasoativas liberadas pelos 
mastócitos (16). Dessa forma, sabendo que se trata desse tipo 
de tumoração, a equipe cirúrgica deverá realizar o mínimo 
manuseio possível da massa a ser excisada, e remover o tu-
mor com margem de segurança adequada, a fim de assegurar 
ausência de complicações pós-operatórias. A agressiva palpa-
ção da neoplasia pode causar uma degranulação mastocitária 
e liberar alta quantidade de histamina e outros mediadores 
inflamatórios, podendo provocar edema, eritema e prurido 
local, processo denominado de sinal de Darier (28,30). Con-
tudo, há autores que citam que o eritema difuso, imediato e 
simétrico de grandes áreas cutâneas é raramente observado 
em cães com mastocitoma (1).
A tendência à hemorragia local é frequentemente observa-
da durante a excisão cirúrgica ou após biópsia, manipulação 
excessiva da neoplasia e aspiração com agulha fina (16,27). 
As anormalidades de coagulação podem estar associadas à 
liberação de heparina pelos mastócitos neoplásicos (8,9,29).
Diagnóstico
É necessário realizar o diagnóstico pré-operatório do 
mastocitoma, pois protocolos cirúrgicos e quimioterápicos 
podem ser alterados com base nessas informações (9,29). A 
palpação abdominal e os exames radiográficos e ultrassono-
gráficos devem ser realizados para detectar linfadenomega-
lia, hepatomegalia e esplenomegalia (30). Os exames labora-
toriais devem ser incluídos, rotineiramente, na avaliação de 
qualquer animal com suspeita de neoplasia, previamente à 
seleção de terapia específica (8,25). O diagnóstico do masto-
citoma é baseado na CAAF e/ou exame histopatológico das 
lesões (8). 
A citologia por aspirado de agulha fina (CAAF) é prova-
velmente o método mais simples para o diagnóstico do mas-
tocitoma canino (25,42), constituindo um acurado método 
auxiliar, sendo que alguns mastocitomas são mais facilmente 
reconhecidos por citologia que por exame histopatológico 
(43). A citologia é eficiente para se estabelecer o diagnóstico e 
a histopatologia é mais indicada para se classificar o grau de 
malignidade e estudar a morfologia dessas células (44).
Com base na citologia, os mastocitomas são agrupados na 
categoria de neoplasias de células redondas juntamente com 
o linfoma, o plasmocitoma, o histiocitoma, o melanoma ame-
lanótico e o tumor venéreo transmissível, os quais devem ser 
considerados no diagnóstico diferencial (25).
Os mastócitos normais apresentam-se como células de 
identidade morfológica nítida, são redondas, seu núcleo vai 
de redondo a oval, localizado centralmente e dificilmente 
identificado face à presença dos grânulos citoplasmáticos 
(25). Tais células apresentam tamanho variado e, geralmente, 
excêntrico, que também pode ser ocultado por grânulos cito-
plasmáticos. Grânulos livres podem ser observados devido 
à ruptura de células (8). Pode-se verificar ainda eosinófilos 
juntamente com as células neoplásicas (20). 
A citologia e a histopatologia são métodos importantes a 
serem usados no diagnóstico do mastocitoma canino (8). Em 
um estudo retrospectivo, de 64 casos de tumores de células 
redondas, 60 apresentaram o mesmo diagnóstico tanto na ci-
tologia quanto na histologia,confirmando confiabilidade da 
CAAF como método diagnóstico para esse grupo de tumo-
res. Em alguns casos, as características citológicas foram mais 
conclusivas comparadas ao padrão histológico (45). Embora 
o diagnóstico de mastocitoma por meio de CAAF seja factí-
vel, faz-se necessário o exame histopatológico da massa após 
525Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2009;7(23); 525-528.
Mastocitoma cutâneo canino - Revisão
a exérese, a fim de graduar a neoplasia e avaliar a margem 
cirúrgica, definindo a quantidade e o tipo dos grânulos cito-
plasmáticos, avaliando o grau de infiltração do tumor abaixo 
da derme, o grau de pleomorfismo celular e o índice mitó-
tico (25,29,34). Para os autores deste trabalho, desde que a 
CAAF foi implantada na rotina, tal exame tem auxiliado de 
sobremaneira o clínico de pequenos animais na elucidação do 
caso, excluindo, muitas vezes, outras suspeitas clínicas, prin-
cipalmente por se tratar de um método diagnóstico prático e 
rápido. Esses acreditam que tal procedimento é fundamental 
nessa enfermidade, haja vista que o mastocitoma é uma das 
doenças de melhor caracterização citológica, com exceção da-
queles tipos pobremente diferenciados.
A imuno-histoquímica é outro recurso que pode ser usa-
do no diagnóstico dos tumores de mastócitos. Os recentes 
avanços na área de patologia veterinária permitem o uso 
frequente de anticorpos que apresentem reatividade cruzada 
entre antígenos humanos e animais Os anticorpos CD117 e 
c-kit têm demonstrado valiosa utilidade nos casos de difícil 
diagnóstico (46).
Os mastocitomas podem ser infiltrados por eosinófilos 
face à liberação de substância quimiotáxica eosinofílica. Por-
tanto, quando a presença de grande número de eosinófilos 
associada a mastócitos encontrarem-se de permeio a uma 
grande quantidade de células inflamatórias (neutrófilos, lin-
fócitos e macrófagos), é bem possível que não se trate de mas-
tocitoma, já que a presença de tais células pode decorrer de 
uma resposta inflamatória qualquer (8,9,45). Nas amostras de 
CAAF, quando bem puncionadas, geralmente há ausência ou 
um número pequeno de leucócitos nessa neoplasia. Entretan-
to, o patologista deve estar atento ao estado da massa analisa-
da, já que algumas vezes pode haver ulcerações ou lacerações 
do nódulo predispondo-o a contaminação.
As anormalidades hematológicas que podem ser obser-
vadas são leucocitose com eosinofilia periférica, basofilia e 
mastocitemia (8,9). Na prática do Laboratório de Análises 
Clínicas do HV/UFSM, entre agosto de 2006 a agosto de 
2008, de 20 cães com mastocitoma cutâneo analisados, não se 
observou nenhuma amostra sanguínea apresentando basofi-
lia ou mesmo mastocitemia, e o número de eosinófilos nem 
sempre se encontrou acima do normal. A anemia microcítica 
hipocrômica pode ocorrer por perda crônica de sangue pelas 
úlceras gastrintestinais (3,9,28). 
O esfregaço de papa de leucócitos é realizado e examina-
do quanto à presença de mastócitos (8,47). Para Stockham et 
al (48), o achado de mais de dois ou três mastócitos evidencia 
o processo de disseminação sistêmica da doença. Todavia, 
McManus (47) discorda, destacando que a detecção de mas-
tócitos em esfregaços leucocitários não é diagnóstico definiti-
vo de mastocitoma, já que diversas afecções podem suscitar 
a presença de mastócitos. O esfregaço da papa de leucócitos 
é um método mais satisfatório comparado ao simples exame 
de esfregaço do sangue periférico, porque concentra as célu-
las nucleadas do sangue, elevando as chances de se detecta-
rem mastócitos (8). O achado de mastócitos circulantes em 
um paciente com essa tumoração justifica uma investigação 
mais detalhada (25). Em cães com mastocitoma, a punção 
aspirativa da medula óssea permite avaliar o envolvimento 
sistêmico (8).
Todo cão com células aberrantes deve ser cuidadosamen-
te examinado a fim de identificar linfoadenopatia em áreas 
de drenagem da neoplasia primária. A realização do exame 
citológico de linfonodos aumentados caracteriza o padrão re-
ativo ou metastático. (8). Uma vez que esses locais com me-
tástases podem apresentar tamanhos normais, há quem re-
comende a CAAF dos gânglios linfáticos regionais acessíveis 
(25). Os linfonodos devem ser examinados quanto a presença 
de mastócitos que, quando observados, evidenciam a expan-
são do processo tumoral. A grande quantidade dessas, asso-
ciadas ou não aos eosinófilos, indica que a terapia deve ser 
mais agressiva do que a excisão cirúrgica como único método 
terapêutico (8).
Tratamento 
O tratamento dos mastocitomas caninos inclui excisão ci-
rúrgica ampla, radioterapia e quimioterapia, individualmen-
te ou em várias combinações (16,20), além da criocirurgia (8). 
Em geral, o tempo médio para a recorrência do mastocitoma 
canino é de quatro meses, variando de acordo com o trata-
mento instituído e a resposta individual à terapia (30). 
A excisão cirúrgica é indicada se o tumor é solitário e con-
siste no tratamento de escolha para mastocitomas de grau I e 
II (49). Mastocitomas de grau III apresentam maiores riscos 
de sofrerem excisão incompleta durante o processo de remo-
ção cirúrgica se comparado aos graus I e II (4). Considera-
ções cirúrgicas incluem margens amplas e profundas com 
remoção se possível, de pelo menos três centímetros de área 
aparentemente normal ao redor do tumor. Essa orientação 
pode ser inviável quando o tumor está localizado na face, ex-
tremidade dos membros ou região inguinal (5), nesses casos 
é imprescindível a realização de quimioterapia prévia como 
tentativa de reduzir as dimensões da massa tumoral (50).
Quimioterapia com glicocorticoide resulta frequente-
mente em remissões parcial ou completa de mastocitomas 
caninos (5), presumivelmente como resultado dos efeitos 
anti-inflamatórios em conjunto com a inibição de células neo-
plásicas (4). O efeito dos glicocorticoides é reduzir marcada-
mente o número de mastócitos na massa tumoral. Receptores 
de glicocorticoides foram encontrados recentemente no cito-
plasma de mastocitomas caninos (5). A resistência do tumor 
à quimioterapia pode ser causada pelo surgimento de mastó-
citos com menos ou inefetivos receptores de glicocorticoides. 
O glicocorticoide mais utilizado é a prednisona na dose de 
0,5mg/kg via oral administrada uma vez ao dia (5). O tipo de 
glicocorticoide administrado parece não ter importância, mas 
foi sugerido que corticosteroide intralesional possa ser mais 
efetivo que a terapia sistêmica para doença local (5).
De acordo com o protocolo de tratamento recomendado 
por Couto (18), um cão com mastocitoma avançado deve ser 
tratado inicialmente com prednisona (50mg/m2, VO, SID, na 
primeira semana, passando para a dose de 20-25mg/m2, VO, 
SID, nas outras semanas). Se não for observada resposta den-
tro de uma ou duas semanas, deve ser iniciada quimioterapia 
com lomustina (80-90mg/m2, via oral, a cada 3 semanas). 
Se esse tratamento falhar, pode-se utilizar ciclofosfamida 
526 Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2009;7(23); 526-528.
Mastocitoma cutâneo canino - Revisão
(50mg/m2, VO, SID), prednisona e vimblastina (2-3mg/m2, 
IV, uma vez por semana) (18).
Davies et al (51) relataram o uso da vimblastina e pred-
nisolona como agentes quimioterápicos nos casos em que a 
excisão cirúrgica do mastocitoma não for completa. Vinte 
cães foram reavaliados um ano após o tratamento terapêu-
tico, sendo que um paciente apresentou recorrência local do 
tumor, quatro cães tiveram novos tumores cutâneos, um teve 
ambos os eventos e quatorze caninos restantes não apresen-
taram evidências de recidivas até o momento. 
O uso de soluções hipotônicas é controverso (4). Grier et al 
(52) relataram que o uso de injeções de água destilada na ferida 
cirúrgica comoum agente de oncólise hipo-osmótico para pre-
venção da recorrência de mastocitoma pode ser considerado um 
adjuvante à cirurgia de mastocitoma canino, enquanto que ou-
tro estudo feito por Jaffe et al (53) demonstrou que a água deio-
nizada aparentemente não apresenta benefícios em prolongar o 
período de sobrevida ou tempo de recorrência desse tumor.
A terapia com radiação tem papel importante no tratamen-
to de mastocitomas (4). O uso da radioterapia é um tanto cara 
e confinada a centros de referência. Mastocitomas em linfo-
nodos regionais e medula óssea parecem ser mais resistentes 
aos efeitos da radioterapia do que aqueles limitados à pele (5).
Terapias sintomáticas, tais como bloqueadores H2, sucral-
fato e reidratação podem auxiliar no combate às síndromes pa-
raneoplásicas associadas à úlcera gastroduodenal (36). A cime-
tidina reduz o ácido gástrico por inibição competitiva da ação 
da histamina nos receptores H2 das células parietais gástricas. 
Entretanto, cães com evidência de ulceração gastrintestinal e 
sangramento devem ser tratados também com sucralfato (5).
Prognóstico
Em cães, o prognóstico do tumor das células mastocitá-
rias é variável (20). Mastocitomas caninos podem apresen-
tar vários comportamentos biológicos, desde o benigno até 
o extremamente agressivo, levando a metástases e, eventu-
almente, ao óbito (25). O fator prognóstico mais importante 
é o grau histológico da neoplasia. Extirpação cirúrgica total 
de tumor grau I (bem diferenciado) normalmente promove 
a cura, enquanto cães com tumor grau III (pouco diferencia-
do) frequentemente se complicam em virtude das recidivas 
ou metástase em poucos meses. A localização da neoplasia 
também é importante na previsão do prognóstico: tumores 
na região inguinal e perineal (20), no focinho (52) e nas cavi-
dades oral e nasal geralmente ocasionam metástase (20). No 
entanto a profundidade do tumor não apresentou significado 
prognóstico para cães com mastocitoma cutâneo em estudos 
realizados por Kiupel et al. (54).
Conclusões
O mastocitoma é até o momento, uma das desordens 
oncodermatológicas de maior relevância clínica. Além das 
manifestações cutâneas, esse tumor está associado com nu-
merosas complicações relativas à síndrome paraneoplásicas. 
Esforços devem ser medidos para a obtenção do diagnóstico 
precoce, baseando-se nos sinais clínicos e achados de citolo-
gia aspirativa. O sucesso no tratamento pode ser alcançado 
com excisão cirúrgica, quimioterapia e radioterapia, ou ainda 
a associação de todas essas medidas, dependendo do grau 
das lesões histopatológicas.
Referências
1. Scott, DW; Miller, W.H.; Griffin, CE. Dermatologia de Pequenos Animais. 5ed. 
Rio de Janeiro: Interlivros, 1996, 1130p.
2. Sischo, WM; Ihrke, PJ; Franti, CE. Regional distribution of 10 common skin 
diseases in dogs. J Am Vet Med Assoc 1989; 195:752-756.
3. Kraegel, A.S.; Madewell, B.R. Tumors of the skin. In: Ettinger, JS; Feldman, CE. 
Textbook of Veterinary Internal Medicine: diseases of the dog and cat. Philadel-
phia: WB Saunders, 2000. p. 523-528.
4. Baker-Gabb, M; Hunt, GB; France, MP. Soft tissue sarcomas and mast cell 
tumours in dogs; clinical behaviour and response to surgery. Aust Vet J 2003; 
81(12):732-738.
5. Ogilvie, GK. Recent advances in mast cell tumors. In: World Congresso Wsava, 
2006. p.193-195. Acessado em 10 mar. 2008. Online. Disponível em: http://
www.ivis.org/proceedings/wsava/2006/lecture20/Ogilvie3.pdf?LA=1
6. Wilcock, BP; Yager, JA; Zink, MC. The morphology and behavior of feline cuta-
neous mastocytomas. Vet Pathol 1986; 23:320-324.
7. Rocha, TM; Farias, MR; Wouk, AFPF; Círio, SM; Miara, LC. Mastocitoma em cães 
– revisão. Clínica Veterinária 2004; ano IX(52):42-54.
8. Macy, DW. Canine mast cell tumors. Vet Clin North Am Small Anim Pract 1985; 
15(4):783-803.
9. O’Keefe, DA. Canine mast cell tumors. Vet Clin North Am Small Anim Pract 
1990; 20(4):1105-1115.
10. Miller, MA; Nelson, SL; Turk, J.R.; Pace, L.W.; Shaw, D.P.; Fischer, J.R. et al. 
Cutaneous neoplasia in 340 cats. Vet Pathol 1991; 28:389-395.
11. Souza, TM; Fighera, RA; Irigoyen, LF; Barros, CSL. Estudo retrospectivo de 761 
tumores cutâneos em cães. Ciência Rural 2006; 36(2):555-560.
12. Young, KM. Basic cytology: inflammation and neoplásica – 2nd part. In: 56º 
Congresso Internazionale Multisala Scivac, 2007, Rimini, Italy. Prague: SCI-
VAC, 2007. p.490-491. Acessado em 10 mar. 2008. Online. Disponível em: 
http://www.ivis.org/proceedings/scivac/2007/young2_en.pdf?LA=3
13. Zappulla, JP; Arock, M; Marks, LT; Liblau, RS. Mast cells: new targets for mul-
tiple sclerosis therapy? J Neuroimmunol 2002; 131:5-20.
14. Noli, C; Miolo, A. The mast cell in wound healing – review. Vet Dermatol 2001; 
12: 303-313.
15. Metcalfe, DD; Baram, D; Mekori, YA. Mast cells. Physiol Rev 1997; 77:1033-
1079.
16. Tams, TR; Macy, DW. Canine mast cell tumors. Compend Contin Educ Vet 1981; 
3(10):869-877. 
17. Rogers, KS. Common questions about diagnosing and treating canine mast cell 
tumors. Veterinary Medicine; 88:246-250.
18. Couto, GC. Mast cell tumour destruction in dogs. In: 56º Congresso Internazio-
nale Multisala Scivac, 2007, Rimini, Italy. Prague: SCIVAC, 2007. p.193-195. 
Acessado em 16 mar. 2008. Online. Disponível em: http://www.ivis.org/proce-
edings/scivac/2007/couto7
19. De Nardi, AB; Rodaski, S; Sousa, RS; Costa, TA; Macedo, TR;Rodigheri, SM et 
al. Prevalências de neoplasias e modalidades de tratamentos em cães, aten-
didos no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Paraná. Archieves of 
Veterinary Science 2002; 7(2):15-26.
20. Medleau, L. Dermatologia de pequenos animais: atlas colorido e guia terapêu-
tico. São Paulo: Roca, 2003. 353p.
21. Furlani, J.M. Estudo retrospectivo dos casos de mastocitoma canino atendidos 
junto ao serviço de oncologia do Hospital Veterinário “Governador Laudo Natel” 
da FCAV/UNESP/Campus de Jaboticabal, no período de janeiro de 2001 a junho 
de 2004. 2004. 103p. Dissertação de Mestrado - Curso de Pós-graduação da 
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual de São 
Paulo (UNESP) - Jaboticabal.
22. Meleo, K.A. Tumors of the skin and associated structures. Vet Clin North Am 
Small Anim Pract 1997; 27(1):73-94.
23. Simoes, J.P.; Schoning, P.; Butine, M. Prognosis of canine mast cell tumors: a 
comparison of three methods. Vet Pathol 1994; 31(6):637-647.
24. Bostock, D.E. Neoplasms of the skin and subcutaneous tissues in dogs and 
cats. Br Vet J 1986; 142(1):1-19.
25. London, C.A.; Seguin, B. Mast cell tumors in the dog. Vet Clin North Am Small 
Anim Pract 2003; 33(3): 473-489.
26. Sueiro, FAR. Estudo histopatológico, ultra estrutural e imunohistoquímico do 
mastocitoma canino. 2000. 70f. Dissertação de Mestrado - Curso de pós-gradu-
ação da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual 
de São Paulo (UNESP) - Jaboticabal.
27. Calvert, CA. Canine viral and transmissible neoplasm. In: Green, C.E. Clinical 
microbiology and infectious disease of the dog and cat. Philadelphia: WB Saun-
ders, 1984. p. 469-475.
28. Lemarié, RJ; Lemarié, SL; Hedlund, CS. Mast cell tumors: clinical management. 
The Compedium on Continuing Education for the Practicing Veterinarian 1995; 
17(9):1085-1101.
29. Rogers, KS. Mast cell tumors dilemmas of diagnosis and treatment. Vet Clin 
527Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2009;7(23); 527-528.
Mastocitoma cutâneo canino - Revisão
North Am Small Anim Pract 1996; 26(1): 87-102.
30. Fox, EL. Mast cell tumors. In: Morrison, BW. Cancer in dogs and cats me-
dical and surgical management. Philadelphia: Williams & Wilkins, 1998. p. 
479-488.
31. Thamm, DH; Mauldin, EA; Vail, DM. Prednisone and vinblastine chemotherapy 
for canine mast cell tumor – 41 cases (1992-1997). J Am Vet Med Assoc 1999;13(5):491-197.
32. 32 Naganobu, K.; Ogawa, H.; Uchida, K.; Yamaguchi, R.; Ohashi, F.; Kubo, 
K. et al. Mast cell tumor in the nasal cavity of a dog. J Vet Med Sci 2000; 
62:1009-1011.
33. 33 McEntee, M.C. Current management recommendations for canine mast cell 
tumors. In: Atantic Coast Veterinary Conference, 2001. Acessado em 18 mar. 
2008. Online. Disponível em: http://www.vin.com/VINDBPub/SearchPB/Proce-
edings/PR05000/PR00390.htm 
34. 34 Thamm, D.H., Vail, D.M. Mast cell tumors. In: Withrow, S.J.; Macewen, E.G. 
Small animal clinical oncology. 3 ed. Philadelphia: WB Saunders, 2001. Cap. 
16, p. 261-282.
35. 35 Gartner, L.P; Hiatt, J.L. Tratado de histologia: em cores. 2. ed. Rio de Janei-
ro: Ed. Guanabara Koogan, 2003. p. 94-96.
36. 36 Bergman, P.J. Paraneoplastic syndromes. In: Withrow, S.J., Macewen, E.G. 
Small animal clinical oncology. 3.ed. Philadelphia: W.B. Saunders, 2001. Cap. 
4, p. 35-53.
37. 37 Fox, EL; Rosenthal, RC; Twedt, DC; Dubielziq, RR; Macewen, EG; Grauer, 
GF. Plasma histamine and gastrine concentrations in 17 dogs with mast cell 
tumors. J Vet Intern Méd 1990; 4(5):242-246.
38. 38 Van Pelt, DR; Fowler, JD; Leighton, FA. Multiple cutaneous mast cell tumors 
in a dog: a case report and brief review., Can Vet J 1986; 27:259-263.
39. 39 Pulley, LT; Stannard, A.A. Tumors of the skin and soft tissues. In: Moulton, 
JE. Tumors in domestic animals. 3 ed. Berkeley: University of California Press, 
1990. p. 38-87.
40. 40 Silver, TA. Use of radiotherapy for the treatment of malignant neoplasms. J 
Small Anim Pract 1972; 13:351-362.
41. 41 Dimlich, R; Townsend, SF; Reilly, FD. Mast cell degranulation, hepatic glyco-
gen depletion and hyperglycemia in compound 48/80 or pilocarpine-treated 
rats. Hepatology 1982; 2:372
42. 42 Lavalle, GE; Araújo, RB; Carneiro, RA; Pereira, LC. Punção aspirativa por 
agulha fina para diagnóstico de mastocitoma em cães. Arq Bras Vet Zootec 
2003; 55(4):500-502.
43. 43 Wellman, ML. The cytologic diagnosis of neoplasia. Vet Clin North Am Small 
Anim Pract 1990; 20(4):919-938.
44. 44 Macy, DW. Canine and feline mast cell tumours: biologic behavior, diagnosis 
and therapy. Semin Vet Med Sur (Small Anim) 1986;1:72-83.
45. 45 Duncan, JR; Prasse, KW. Cytology of cutaneous round cell tumors. Veterina-
ry Pathology, v.16, p.673-679, 1979. 
46. 46 Ruiz, FS; Alessi, AC; Chagas, CA; Pinto, GA; Vassallo, J.. Immunohistoche-
mistry in diagnostic veterinary pathology: a critical review. J Bras Patol Med 
Lab 2005; 41(4):263-270.
47. 47 McManus, PM. Frequency and severity of mastocytemia in dogs with and 
without mast cell tumors: 120 cases (1995-1997). J Am Vet Med Assoc 1999; 
215(3):355-357.
48. 48 Stockham, SL et al. Idiopathic mastocythemia in dogs. Vet Clin Pathol 1983; 
13(1):33.
49. 49 Moore, AS. Cutaneous mast cell tumors in dog. 30th World Small Animal 
Veterinary Association, 2005, P.11-14, México City, Mexico. Prague: WSAVA 
Congress, 2005. Acessado em 16 mar. 2008. Online. Disponível em: http://
www.ivis.org/proceedings/scivac/2007/couto7
50. 50 Stanclift, RM; Gilson, SD. Evaluation of neoadjuvant prednisone administra-
tion and surgical excision in treatment of cutaneous mast cell tumors in dogs. 
, J Am Vet Med Assoc 2008; 232(1):53-62. 
51. 51 Davies, DR; Wyatt, KM; Jardine, JE; Robertson, ID; Irwin, PJ. Vinblastine 
and prednisolone as adjunctive therapy for canine cutaneous mast cell tumors. 
J Am Vet Med Assoc 2004; 40(2):124-130.
52. 52 Grier, TL; Di Guardo, G; Myers, R; Merkley, DF. Mast cell tumour destruction 
in dogs by hypotonic solution. J Small Anim Pract 1995; 36(9):385-388.
53. 53 Jaffe, MH; Hoagood, G; Kerwin, SC; Hedlund, CS; Taylor, HW. Deionised 
water as an adjunct to surgery for the treatment of canine cutaneous mast cell 
tumors. J Small Anim Pract 2000; 41(1):7-11.
54. 54 Kiupel, M; Webster, JD; Miller, RA; Kaneene, JB. Impact of tumour depth, 
tumour location and multiple synchronous masses on the prognosis of cani-
ne cutaneous mast cell tumours. J Vet Med A Physiol Pathol Clin Med 2005; 
52(6):280-286.
Recebido para publicação em: 08/07/2009.
Enviado para análise em: 08/07/2009.
Aceito para publicação em: 27/01/2010.
528 Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2009;7(23); 528-528.

Outros materiais