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Artigo - Cura do concreto

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CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE CAMPINAS 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
Anderson Ramalho de Santana - RA: 1510017147 
Caio Montaldi Ferraz Silva – RA: 171150784 
Caique Cruz – RA: 171151113 
Renan Bernardo – RA 171151231 
Rodolfo Pina – RA: 171150787 
Rodrigo de Faria Ferreira – RA: 1510008343 
Rodrigo Monfre – RA: 1510025219 
 
 
 
 
Materiais de construção civil II 
Artigo – Análise da resistência a compressão axial em diversos ambientes 
de cura 
 
 Prof. Jonatha Pereira 
 
 
CAMPINAS 
2018 
 
 
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SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3 
2. OBJETIVO ............................................................................................................... 3 
3. MATERIAIS E MÉTODOS UTILIZADOS................................................................. 3 
3.1 MATERIAIS ........................................................................................................... 3 
3.2 MÉTODOS UTILIZADOS ...................................................................................... 4 
3.3 MÉTODO ABCP .................................................................................................... 7 
3.4 PARÂMETROS UTILIZADOS ............................................................................... 9 
4 RESULTADOS FINAIS E DISCUSSÕES ............................................................... 10 
4.1 DOSAGEM .......................................................................................................... 10 
5. RESULTADOS FINAIS.......................................................................................... 11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
Segundo Dr. Luís Fernando Kaefe o concreto é um Material plástico, que é 
moldado de maneira a adquirir a forma desejada antes que desenvolva um 
processo de endurecimento, adquirindo resistência suficiente para resistir 
sozinho aos esforços que o solicitam. 
O concreto é um dos materiais mais antigos da construção civil, ele foi criado 
em 1836 por Gorge Godwin, e desde então o concreto continuou sendo uma 
mistura de água, cimento e agregados sem alterações significativas. 
Porém nas ultimas décadas começaram a surgir muitos estudos para que a 
tecnologia desse concreto avançasse, podemos dizer que isso ocorreu devido 
ao avanço das técnicas e equipamentos para estudo do concreto e uso de 
novos materiais. 
Junto a todo esse conhecimento, o aspecto de resistência em diferentes 
ambientes também começou a ser discutido. 
2. OBJETIVO 
O concreto tem suas características especificas e elas podem ser alteradas de 
acordo com a sua composição ou cura. 
Dessa maneira, esse artigo tem como objetivo mostrar quatro tipos diferentes 
de cura para o mesmo traço de concreto e após os 28 dias apresentar os 
resultados de acordo com a sua resistência obtida, quais as mudanças do 
concreto referente ao peso, aspecto suas vantagens e desvantagens. 
3. MATERIAIS E MÉTODOS UTILIZADOS 
3.1 MATERIAIS 
• Materiais utilizados nos traços de concreto 
 
o Cimento; 
o Areia; 
 
 
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o Brita 01; 
o Água; 
 
Os traços foram calculados através do método ABCP. 
Segue fotos dos materiais utilizados para a produção do traço de concreto 
convencional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem 01: Materiais já pesados e separados. 
 
 3.2 MÉTODOS UTILIZADOS 
o SLUMP TEST 
Orientada pela ABNT NM 67 – 1998 – Determinação da consistência 
pelo abatimento do tronco de cone: O método SLUMP TEST é feito para medir 
a consciência do concreto para ver a trabalhabilidade de uma determinada 
peça a ser concretada. 
Ferramentas utilizadas no método SLUMP TEST: 
 
 
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• Molde tronco cônico: Parte maior com 200mm de diâmetro, parte 
menor com 100mm de diâmetro e uma altura com 300mm; 
• Haste de compactação: com 600mm de comprimento e 16mm de 
diâmetro com pontas arredondadas; 
• Placa metálica: Para colocar o concreto fazendo com que não 
altere as dimensões do concreto; 
• Funil: Para facilitar a colocação do concreto dentro do Molde 
tronco cônico evitando cair fora do local definido; 
• Colher concha: Utilizada para preenchimento do concreto. 
 
 
Imagem 02: Equipamentos utilizados para fazer o “Slump test”. 
 
 
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Imagem 03: Slump utilizado no dia da moldagem - Fonte, acervo pessoal 
 
 Imagem 04: Medida do abatimento – Fonte, acervo pessoal 
 
 
 
 
 
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3.3 MÉTODO ABCP 
Esta metodologia de dosagem publicada pela Associação Brasileira de 
Cimento Portland (ABCP) inicialmente em 1984 por meio do Estudo Técnico 
(ET-67), sob o título “Parâmetros de Dosagem de Concreto” da autoria do Eng. 
Públio Penna Firme Rodrigues (revisado em 1995) apresenta característica 
eminentemente experimental. 
Para a dosagem do traço, devemos seguir as seguintes etapas: 
a) Fixação da relação água/cimento (a/c) 
Tabela 01: Relação água / cimento. 
b) Estimativa do Consumo de Água do Concreto 
Determinação aproximada do consumo de água 
Abatimento (mm) 
Diâmetro máximo agregado graúdo 
(mm) 
9,5 19 25 32 38 
40 a 60 220 195 190 185 180 
60 a 80 225 200 195 190 185 
80 a 100 230 205 200 195 190 
Tabela 02: Determinação do consumo de água. 
 
 
 
 
 
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b) Estimativa do Consumo de Agregados 
MF Diâmetro máximo do agregado graúdo 
9,5 19 25 32 38 
1,8 0,645 0,77 0,795 0,82 0,845 
2 0,625 0,75 0,775 0,8 0,825 
2,2 0,605 0,73 0,755 0,78 0,805 
2,4 0,585 0,71 0,735 0,76 0,785 
2,6 0,565 0,69 0,715 0,74 0,765 
2,8 0,545 0,67 0,695 0,72 0,745 
3 0,525 0,65 0,675 0,7 0,725 
3,2 0,505 0,63 0,655 0,68 0,705 
3,4 0,485 0,61 0,635 0,66 0,685 
3,6 0,465 0,59 0,615 0,64 0,665 
Tabela 03: Diâmetro máximo do agregado graúdo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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d) Determinação do consumo de cimento 
 
e) Apresentação do traço 
 
3.4 PARÂMETROS UTILIZADOS 
Para calcular o traço através do método ABCP, é necessário que seja sabido 
algumas informações dos materiais utilizados, segue abaixo tabela com os 
parâmetros necessários para a dosagem. 
 
Tabela 04: Parâmetros dos materiais 
RESISTENCIA DO CIMENTO 28 DIAS (MPa) 44
RESISTENCIA PROJETO - FCK (MPa) 50
DESVIO PADRÃO 4
RESISTENCIA - FCJ (MPa) 56,6
MASSA UNITARIA GRAUDO (kg/m3) 1600
MASSA ESPECIFICA GRAUDO (kg/m3) 2700
MASSA ESPECIFICA AREIA (kg/m3) 2650
MASSA ESPECIFICA CIMENTO (kg/m3) 2889
MASSA ESPECÍFICA VERMICULITA EXPANDIDA (kg/m3) 1100
ABATIMENTO (MM) 60
DIÂMETRO GRAUDO 9,5
MODULO DE FINURA 1,8
RELAÇÃO AGUA/CIMENTO 0,4
VOLUME BRITA 0,645
PARAMÊTROS MATERIAIS CONCRETO
 
 
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4 RESULTADOS FINAIS E DISCUSSÕES 
4.1 DOSAGEM 
Definido os parâmetros para a dosagem, calculamos o traço e executamos a 
mistura dos materiais na betoneira. Em seguida, moldamos os corpos de 
provas para obter posteriormente a cura a resistência do concreto e seu peso e 
cada corpo de prova com os diferentes tipos de cura. 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 05: Traço base para concreto convencional. 
 
 
Tabela 06: Traço base ABCP 
Na próxima etapa, é determinada a proporção de materiais para a 
moldagem dos corpos de prova. O calculo foi efetuado para 12 corpos de 
prova, sendo 3 para cada traço. 
DETERMINAÇÃO TRAÇO BASE PARA 
“CONCRETO CONVENCIONAL” 
VOLUME (M3) 1 0,00157 
CONSUMO CIMENTO (KG) 562,50 0,883 
CONSUMO GRAÚDO (KG) 1032 1,620 
CONSUMO MIÚDO (KG) 870,00 1,366 
CONSUMO ÁGUA 225 0,353 
CONSUMOADITIVO 2,25 0,0035 
RELAÇÃO ÁGUA/CIMENTO 0,4 
TRAÇO BASE ABCP 
1 1,55 1,83 0,4 
 
 
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Tabela 07: Traço de concreto convencional para corpo de prova. 
5. RESULTADOS FINAIS 
Depois de feito os diferentes tipos de cura em 28 dias, pesamos cada CP e foi 
feito o ensaio para determinar a resistência a compressão. Segue abaixo 
tabelas com os resultados dos dois traços. 
 
Tabela 08: Características dos corpos de prova, p/ cura natural e térmica 
CARACTERÍSTICAS CORPOS DE PROVA 
Corpo de prova 
CURA CONGELADOR CURA ÁGUA 
Massa 
(kg) 
Altura 
(mm) 
Resistencia 
a 
compressão 
à 28 dias 
(MPa) 
Massa 
(kg) 
Altura 
(mm) 
Resistencia 
a 
compressão 
à 28 dias 
(Mpa) 
CP 1 3,64783 200 6,275 3,8194 200 12,275 
CP 2 3,71773 200 3,200 3,69414 200 14,337 
CP 3 3,74454 200 3,637 3,7655 200 13,550 
Média 3,7033 200 4,370 3,75968 200 13,387 
Tabela 09: Características dos corpos de prova p/ cura em congelador e água. 
CARACTERÍSTICAS CORPOS DE PROVA 
Corpo de prova 
CURA NATURAL CURA TÉRMICA 
Massa 
(kg) 
Altura 
(mm) 
Resistencia 
a 
compressão 
à 28 dias 
(MPa) 
Massa 
(kg) 
Altura 
(mm) 
Resistencia 
a 
compressão 
à 28 dias 
(Mpa) 
CP 1 3,56362 200 11,80 3,5141 200 7,225 
CP 2 3,55104 200 12,94 3,47755 200 7,837 
CP 3 3,55092 200 12,45 3,5027 200 8,925 
Média 3,5552 200 12,396 3,498 200 7,995 
MATERIAL QUANTIDADE (g) 
CIMENTO 6,75
BRITA 25,75 
AREIA 21,00
ÁGUA 6,00
 
TRAÇO CONCRETO CONVENCIONAL 
PARA CORPOS DE PROVA
 
 
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Analisado os resultados, percebemos que houve uma diminuição significativa 
de 306,33% na resistência do concreto que foi feito a cura no congelador que 
apresentou a menor media das resistências e o concreto que foi feito a cura em 
água, que apresentou a maior media referente a resistência. 
 Enquanto a media da cura em água foi 13,387 Mpa, a média da resistência da 
cura no congelador foi de apenas 4,370 Mpa. 
 
 
 
 
 
Tabela 10: Relação entre cura úmida e cura gelada. 
Fazendo uma relação referente as duas resistências encontradas, 
determinamos que a resistência do congelador é 306,33% menor que a da 
água. 
RELAÇÕES 
Cura úmida (Água) 13,387 Mpa 
Cura gelada (congelador) 4,370 Mpa

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