Buscar

MERCADO NACIONAL DE SOJA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MERCADO NACIONAL DE SOJA.	
Segundo Correa e Ramos (2010), a soja é responsável por cerca de 30% de geração de empregos e 40% das exportações nacionais, contudo de extrema importância para a economia do país. O processo de comercialização da soja se inicia com o produtor, que vende os grãos para a agroindústria, para as cooperativas ou as empresas de trading
O estado do Mato Grosso é o principal produtor deste grão. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA, 2014), o estado realizou na safra de 2014 aproximadamente 27,89 milhões de toneladas, tendo uma área de plantio de 8,6 milhões de hectares, seguido pelo estado do Paraná com 14,7 milhões de toneladas produzidas como pode ser observado pelo Gráfico 1.
 Gráfico 1 - Estados produtores de soja no Brasil 
O Brasil tem, cada vez mais, utilizado agronegócios como uma estratégia de inserção na economia mundial. As exportações de produtos agrícolas brasileiros vêm desempenhando um importante papel no fornecimento de divisas e aumento da renda doméstica, resultando por sua vez maior competitividade do país devido ao enfrentamento da concorrência internacional.	
EXPORTAÇÃO DE SOJA.
A soja (soja em grão) constitui-se numa das mais importantes commodities nacionais. A soja é o produto agrícola que mais gera volume (em toneladas) de exportação para o Brasil, exigindo bastante da estrutura logística do país. O país possui um lugar de destaque no agronegócio mundial de soja, como produtor, exportador e área cultivada. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB, 2014), o país ocupa o segundo lugar entre os maiores produtores, representando 30% da soja produzida no mundo. Atualmente, a produção é competitiva em relação à qualidade e produtividade. Entretanto o transporte não possui um serviço capaz de atender os requisitos para comercialização, sendo assim adicionando um custo elevado no preço do produto final. 
Gráfico 2 – Principais países produtores de soja
As exportações da soja em grão costumam ser realizadas pelas empresas de trading. A negociação da safra da soja é frequentemente realizada com antecipação. Esta é uma forma de evitar uma pressão excessiva nos preços nos meses de safra e, ao mesmo tempo, financiar a lavoura, pois parte da safra é entregue às empresas de trading em troca de insumos (COELI, 2004).
De acordo com Fleury (2005), o aumento explosivo das exportações entre 1999 e 2003 teve vários impactos positivos, ao mesmo tempo em que revelou uma série de fragilidades logísticas do país. Dentre os aspectos positivos destaca-se o aumento da participação do Brasil nas exportações mundiais, que saltou de 0,86% para 1,03%, o crescimento da participação das exportações no PIB nacional, que pulou de 7% para 13%, e o aumento das reservas cambiais do país. A fragilidade foi representada pela falta de infraestrutura logística no país.
No mercado mundial o Brasil apresenta vantagens comparativas na produção de soja em relação aos outros produtores mundiais, os fatores que fazem o Brasil se destacarem em relação à produção de soja é definida pela disponibilidade de terras férteis, o clima favorável, a mão de obra disponível e por dispor de área própria. Para a EMBRAPA (2011), a produção de soja é a atividade nacional que mais cresceu nos últimos anos referente ao agronegócio mundial, mas perde em custos logísticos. Assim é necessário melhorias na infraestrutura logística, visando redução de custos e de tempo. Algumas das maiores empresas exportadoras da soja brasileira indicam que suas principais restrições para aumento do volume exportado estão relacionadas aos custos e às incertezas inerentes ao processo de escoamento da produção da soja (MEREGE e ASSUMPÇÃO, 2002).
. 
LOGÍSTICA.
As condições precárias das rodovias, pela baixa eficiência e falta de capacidade das ferrovias, pela desorganização e excesso de burocracia dos portos, tiveram como resultado o aumento das filas de caminhões nos principais portos, longas esperas de navios para a atracação, o não cumprimento dos prazos de entrega ao exterior, tudo isto resultando no aumento dos custos e redução da competitividade dos produtos brasileiros no exterior (FLEURY, 2005). Cerca de 60% do transporte de carga no Brasil é feito por rodovia pelos outros modais de transporte ainda não oferecem uma confiabilidade e consistência suficiente para se tornarem opções viáveis para substituição do transporte rodoviário, além do país não ter investido na melhoria de sua malha viária, que se deteriorou sensivelmente ao longo do tempo.
Para a Associação de Exportadores de Cereais (ANEC, 2011), a soja brasileira é transportada atualmente por meio de três modais: rodoviário com 68%, ferroviário com 25% e aquaviário com 7%. No caso dos Estados Unidos, mesmo tendo distâncias médias parecidas com as do Brasil, o seu transporte é realizado, segundo Roessing et al. (2007), com 61% por hidrovias, 23% por ferrovias e, apenas 16%, por rodovias. Na Argentina, o escoamento da produção de soja é realizado principalmente pelo modal rodoviário com 82%, pois as distâncias percorridas são em média de 250 a 300 km.
	
Referências 
ANEC. Associação Nacional dos Exportadores de Cereais. Disponível em: . Acesso em 12 de junho de 2018.
COELI, C. C. M. Análise da demanda por transporte ferroviário: o caso do transporte de grãos e farelo de soja na ferronorte. Dissertação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto COPPEAD de Administração, 2004.
CONAB. Companhia Nacional de Abastecimento. Boletim de Monitoramento Agrícola 2014. Disponível em: . Acesso em 09 de junho de 2018.
CORREA, Vivian H.C.; RAMOS, Pedro. A precariedade do transporte rodoviário brasileiro para o escoamento da produção de soja do Centro- Oeste: situação e perspectivas, RESR, Piracicaba, 2010. v. 48, n. 02, Pág.: 447- 472.
EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Tecnologia de Produção de Soja – Região Central do Brasil. Disponível em: . Acesso em 02 de junho de 2018
FLEURY, P. F. A infra-estrutura e os desafios logísticos das exportações brasileiras, 2005. Disponível em: . Acesso em: 07 de junho de 2018.
IMEA. Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária. Estimativa da Safra de Soja – 2014/15. Disponível em: . Acesso em 10 de junho de 2018.
MEREGE, A. A; ASSUMPÇÃO, M. R. P. Logística para exportação da soja paranaense. XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção - ENEGEP. Curitiba: Paraná, 2002.
ROESSING, A. C. et al. Perfil da infra-estrutura de transportes para o escoamento da soja no Brasil. In: XLV Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (SOBER), 45, Londrina, Paraná: Universidade Estadual de Londrina, 22 a 25 de jul. 2007.

Outros materiais