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Ação de execução de título extrajudicial

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AO JUÍZO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________________________
EMPRESA FULANA, sociedade empresária limitada, inscrita no
CNPJ/MF sob o nº XX, com sede na Rua (endereço completo), com
endereço eletrônico (XX), vem, respeitosamente, perante Vossa
Excelência, por intermédio de sua procuradora regularmente
constituída (mandato anexo), propor
 AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL 
com base nos arts. 783 e seguintes do NCPC em face de
BELTRANA LTDA, sociedade empresária limitada, inscrita no CNPJ/
MF sob o nº XX, com sede na Rua (endereço completo), com
endereço eletrônico XX e CICLANA LTDA, sociedade empresária
limitada, inscrita no CNPJ/MF sob o nº XX, com sede na Rua
(endereço completo), com endereço eletrônico XX, pelos fatos que
seguem.
I - PRELIMINARMENTE 
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA 
O exequente não dispõe de recursos suficientes para custear as custas
pertinentes à presente ação. 
Desta forma, pugna-se pela concessão da gratuidade da justiça à parte
exequente, nos termos do art. 98 e seguintes do NCPC. Ressalta-se que a pessoa
jurídica tem direito à concessão do referido benefício, desde que comprove a
incapacidade de arcar com as custas sem prejuízo à sua operação. 
Importa salientar que, a empresa está passando por graves problemas
econômico-financeiros, conforme documentos em anexo que confirmam tal
indisponibilidade financeira. Em anexo balanço patrimonial (BP), balancetes,
demonstrativo de resultados do exercício (DRE) e extratos bancários que demonstram a
indisponibilidade financeira imediata da empresa, além de haver saldo devedor junto às
instituições financeiras. 
Deste modo, consequentemente, a exequente não reúne condições de custear as
despesas processuais sem imenso prejuízo à sua operação. 
Tal pedido está assegurado pela Lei nº 1060/50 e consoante o art. 98, caput, do
NCPC, além do entendimento da Súmula nº 481 do STJ, que dispõe: “Faz jus ao
benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos que demonstrar
sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais. Rel. Min. Cesar Asfor Rocha,
em 28/6/2012”. 
Nesse mesmo sentido, entende o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul
CONCESSÃO DE AJG À PESSOA JURÍDICA. Segundo a jurisprudência
consolidada no âmbito desta Corte e dos Tribunais Superiores, é possível a
concessão de AJG à pessoa jurídica que comprovar precária situação
financeira. Ausente demonstração nesse sentido, inviável o deferimento da
benesse pleiteada. NEGADO SEGUIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO.
(Agravo de Instrumento Nº 70059401877, Décima Segunda Câmara Cível,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Mário Crespo Brum, Julgado em 18/02/2016).
Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 24/02/2016. (grifei) 
Requer, pois, a concessão do benefício da gratuidade da justiça, nos termos da
fundamentação supra. 
II – DOS FATOS 
O exequente recebeu 03 (três) duplicatas mercantis para quitação de obrigação
da executada Ciclana Ltda., as quais foram por esta, originalmente emitidas em desfavor
da, também executada, Beltrana Ltda., conforme consta em anexo. 
Os títulos venceram, respectivamente, em 15/09/18, 15/10/18 e 15/11/18, cada
um no valor de R$ 39.000,00 (trinta e nove mil reais), equivalendo a uma importância de
R$ 117.000,00 (cento e dezessete mil reais), emitidos em razão da venda de mercadorias,
conforme notas fiscais em anexo. 
As mercadorias foram entregues à executada Beltrana Ltda., de acordo com o
comprovante da entrega das mercadorias anexado. 
As duplicatas foram endossadas em preto e devidamente protestadas por falta de
pagamento, dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados a partir dos respectivos
vencimentos (cf. anexo). 
Desta forma, diante o inadimplemento verificado, não restou alternativa ao
exequente senão a cobrança judicial do crédito. 
III – DO DIREITO 
O autor é sujeito legítimo para propor a presente ação, uma vez que o art. 778 do
NCPC traz que pode promover a execução forçada o credor a quem a lei confere título
executivo. No caso em tela, o exequente recebeu a duplicata através de endosso,
tornando-se assim, legitimado para ocupar o polo ativo da presente ação. 
Com relação a legitimidade passiva, de acordo com o art. 779, I, do NCPC, é
possível promover a referida ação contra o devedor, reconhecido como tal no título
executivo; ainda, conforme a Lei 5.474/68 (Lei de Duplicatas), em seu art. 15, §1º,
preceitua a possibilidade da execução contra o sacador, endossante e respectivos
avalistas, independente das formas e condições do protesto. 
Além disso, os protestos foram realizados em conformidade com o art. 13, §4º da
referida lei, ou seja, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados do vencimento dos
respectivos títulos, assegurado assim, o direito de regresso contra endossante, ora
representado pela executada Ciclana Ltda. Nesse sentido: 
APELAÇÃO CÍVEL. DUPLICATA. CAUTELAR. SUSTAÇÃO DE PROTESTO.
NULIDADE DE TÍTULO CAMBIAL. ENDOSSO POR DESCONTO BANCÁRIO.
AUSÊNCIA DE ACEITE E DE NEGÓCIO SUBJACENTE. Necessidade das partes
envolvidas em eventual negócio subjacente, de figurarem na relação processual
em ação que visa a nulidade de título causal. PROTESTO NECESSÁRIO PARA O
EXERCÍCIO DO DIREITO DE REGRESSO CONTRA O ENDOSSANTE. No caso
de ter sido levada a protesto, pelo banco endossatário, duplicata sem causa objeto
de desconto bancário, prevalece o interesse do terceiro de boa-fé, que não tem
relação com o título e nem com o banco que aceitou o desconto, razão pela qual
se impede a prática do ato que seria extremamente prejudicial ao sacado,
ressalvando-se, no entanto, o direito de regresso do endossatário frente o
endossante. SENTENÇA MANTIDA. Apelos desprovidos. (Apelação Cível Nº
70005927504, Décima Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Glênio José Wasserstein Hekman, Julgado em 27/06/2007) (grifei) 
Desta forma, não há que se falar em ilegitimidade das partes. 
Insta salientar, ainda, que a execução fundar-se-á sempre em título de obrigação
certa, líquida e exigível, conforme preceitua o art. 783 do NCPC. Notase, portanto, que a
presente ação está respaldada por um título que contém uma obrigação certa (de pagar
quantia), líquida (valo descrito no título) e exigível. Sendo assim, notório se faz que o
negócio jurídico preenche todos os requisitos necessários, nos moldes do art. 104 do CC
e 784 do NCPC. 
Em se tratando da tempestividade, importa dizer que, segundo o art. 18 da Lei
5.474/78, a pretensão à execução da duplicata prescreve em 03 (três) anos, a contar da
data do vencimento do título, para sacados e respectivos avalistas. Aos endossantes e
seus avalistas o prazo é de 01 (um) ano, contado da data do protesto. Evidente, portanto,
a não ocorrência de prescrição. 
Com relação ao cumprimento das obrigações, na execução, o devedor responde
com todos os seus bens presentes e futuros, excetuadas as restrições estabelecidas em
lei. 
De acordo com o art. 829 do NCPC, o devedor será citado para realizar o
pagamento da dívida no prazo de 03 (três) dias, contado da citação, onde deverá constar
também, a ordem de penhora e a avaliação a serem cumpridas pelo oficial de justiça,
assim que verificado o não pagamento, lavrando-se auto com intimação do executado. 
A penhora observará, preferencialmente, o disposto nos incisos do art. 835 do
NCPC, competindo ao credor indicar, na petição inicial, os bens suscetíveis de penhora,
sempre que possível. 
Desta forma, em respeito às disposiçõescontidas nos artigos mencionados
acima, o autor requer, desde já, em caso de não pagamento no prazo legal, que se realize
a penhora sobre ativos financeiros dos executados, via sistema BacenJud; restando
inexistosa a busca, verificar via sistema RenaJud a existência de veículos em nome dos
executados. Não sendo localizados os executados, requer seja realizada a penhora de
tantos bens quanto bastem para a quitação da obrigação. 
IV – VALOR ATUALIZADO DO DÉBITO 
Até a presente data, o valor do débito é de R$ 122.994,64 (cento e vinte e dois mil
novecentos e noventa e quatro reais e sessenta e quatro centavos), mediante a aplicação
da taxa de juros de 1% e do IGP-M à partir do mês subsequente ao da mora dos
executados, de acordo com o art. 798, parágrafo único do NCPC, conforme demonstra a
tabela abaixo: 
 
DATA
 
VALOR
 
VALOR
ATUALIZADO
JUROS
COMPENSATÓRIO
S/MORATÓRIOS
 
TOTAL
1,00% a.m.
15/09/2018 R$ 39.000,00 R$ 39.391,84 R$ 2.363,51 R$ 41.755,35
15/10/2018 R$ 39.000,00 R$ 38.920,12 R$ 1.946,01 R$ 40.866,13
15/11/2018 R$ 39.000,00 R$ 38.820,35 R$ 1.552,81 R$ 40.373,16
Subtotal
Total Geral
R$ 122.994,64
R$ 122.994,64
 V – DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer: 
a) a concessão da Assistência Judiciária Gratuita ao exequente, nos termos da
fundamentação supra; 
b) sejam citados os réus, nos termos do art. 829 do NCPC, para realizarem o
pagamento do valor devido, no prazo de 03 (três) dias; 
c) não sendo realizado o pagamento do valor inadimplente no prazo legal, requer
seja precedida a penhora sobre os ativos financeiros dos réus, via sistema BacenJud,
com fulcro no art. 854 do NCPC; inexistentes ou insuficientes tais valores, seja buscado
junto ao sistema RenaJud a existência de veículos em nome dos executados;
d) não sendo possível localizar as executadas, requer, desde já, nos termos do
art. 830 do NCPC, o arresto de tantos bens quantos bastem para garantir a presente
execução;
e) a inscrição das partes executadas em cadastro de inadimplentes, conforme art.
782, §3º, NCPC; 
f) a condenação das executadas ao pagamento de custas e despesas
processuais e honorários advocatícios em 20% sobre o valor executado. 
Dá-se a causa o valor de R$ 122.994,64. 
Nestes Termos, 
Pede e Espera Deferimento. 
LOCAL E DATA.
ADVOGADO(A) 
OAB XX

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