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Universidade Federal de Sergipe Departamento de Química – DQI Química Orgânica I - QUI 0072 Docente: Profª Mestra Tarciane Greyci Apostila Resumo Geral Haletos de Alquila Reações SN1, SN2, E1 e E2 1. SN2 contra E2 Sabendo que as eliminações favorecem a via E2 quando ocorrem numa concentração elevada de base forte (e portanto numa concentração elevada de nucleófilo forte), as reações de substituição pela via SN2 competem, muitas vezes, com as reações de eliminação. Quando o nucleófilo (base) ataca um átomo de hidrogênio β, há eliminação. Quando o nucleófilo ataca o carbono que suporta o grupo retirante, há substituição. Quando o substrato é um haleto primário e a base é o íon etóxido, a substituição é muito favorecida. Com haletos secundários, no entanto, a eliminação é favorecida. Com os haletos terciários não pode haver a reação SN2 então a reação de eliminação é muito favorecida, especialmente se a temperatura for elevada. Qualquer substituição que ocorra segue, provavelmente, o mecanismo SN1. A elevação da temperatura reacional é uma forma de influenciar favoravelmente as reações de eliminação dos haletos de alquila. Outra forma é a de adotar uma base com forte bloqueio estérico, como o íon ter-butóxido. Os grupos metila volumosos do íon ter-butóxido, parecem inibir a reação por substituição e então as reações por eliminação prevalecem. Podemos ver vários exemplos desde efeito nas duas reações seguintes. O íon metóxido, relativamente livre de bloqueio, reage com o brometo de octadecila principalmente por substituição; o íon ter-butóxido, por sua vez, favorece principalmente a eliminação. Outro fator que afeta as velocidades relativas das reações E2 ou SN2 é a basicidade relativa da base (nucleófilo). O uso de uma base forte como íon amida (NH2) ou o íon alcóxido (especialmente com bloqueio estérico tende a aumentar a probabilidade da eliminação (E2). O uso de um íon fracamente básico, como o íon cloreto (Cl-) ou íon acetato (CH3CO2 -) ou de outro fracamente básico e muito eletronegativo, como Br-, I-, ou RS-, eleva a viabilidade da SN2. 2. Haletos Terciários: SN1 contra E1 Em consequência de a reação E1 e da reação SN1 avançarem com a formação de um intermediário comum as duas, ambos os tipos respondem de maneiras semelhantes aos fatores que afetam as reatividades. As reações E1 são favorecidas pelos substratos que possam formar carbocátions estáveis e também pelo uso de nucleófilos fracos, e em geral privolegiadas pelo uso de solventes polares. É dificl em geral, influenciar a partição relativa entre os produtos das reações E1 e SN1 pois a energia de ativação em qualquer uma das vias reacionais é muito pequena. Na maioria das reações unimoleculares a reação SN1 é privilegiada diante da reação E1. Especialmente em temperaturas mais baixas. Porém, as reações de substituição em haletos terciários não possuem muita aplicabilidade como métodos de síntese. Estes haletos sofrem eliminações com maior facilidade. A elevação da temperatura reacional favorece o mecanismo E1 às custas do mecanismo SN1. Porém, quando se quer um produto de eliminação, é mais conveniente trabalhar com uma base forte e induzir a ocorrência de uma reação E2. Referências SOLOMONS, T. W. G.; FRYHLE, C. B. Quimica Organica. 8.ed. Editora:LTC, 2005.
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