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Liquido-penetrante_Apostila_v006

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Líquido penetrante - básico
VALER - EDUCAÇÃO VALE
Trilha técnica: Pelotização | Manutenção | Mecânica - Execução
Fonte: Banco de imagens Vale
COLABORADORES
VALER - EDUCAÇÃO VALE
Líquido penetrante - básico
Trilha técnica: Pelotização | Manutenção | Mecânica - Execução
Gabriela Vidal
Heberson Bello
Jackson Oliveira
M
en
sagem
 V
aler
Caro colaborador, 
Você está participando da ação de desenvolvimento de sua Trilha 
Técnica denominada: “Líquido penetrante - básico”.
 A Valer Educação construiu esta Trilha em conjunto com 
profissionais técnicos da sua área com o objetivo de desenvolver as 
competências essenciais para o melhor desempenho de sua função 
e o aperfeiçoamento da condução de suas atividades diárias. 
Todos os treinamentos contidos na Trilha Técnica contribuem 
para o seu desenvolvimento profissional e reforçam os valores 
saúde e segurança, que são indispensáveis para sua atuação em 
conformidade com os padrões de excelência exigidos pela Vale. 
Agora é com você. Siga o seu caminho e cresça com a Vale. 
Vamos Trilhar!
Su
m
ário
Introdução 5
1. Ensaio por líquidos penetrantes 6
1.1 O método 7
1.2 Vantagens em comparação com outros métodos 13
1.3 Limitações 13
2. Propriedades dos produtos e princípios físicos 15
2.1 Propriedades do penetrante 16
2.2 Propriedades do revelador 20
2.3 Exemplo de produtos 21
3. Procedimento para ensaio 23
3.1 Preparação da superfície 24
3.2 Aplicação do penetrante 25
3.3 Revelação 27
3.4 Identificação e correção de deficiências do ensaio 28
4. Avaliação e aparência das indicações 30
4.1 Fatores que afetam as indicações 31
5. Critérios de aceitação 34
5.1 Avaliação técnica 35
6. Segurança e Proteção 39
6.1 Limpeza 40
6.2 Toxidade, aspiração exagerada, ventilação, manuseio 40
7. Referências 42
In
trodu
ção 
Em conjunto com a Valer Educação esta Trilha foi construída com o 
objetivo de desenvolver as competências essenciais para o melhor 
desempenho da função e o aperfeiçoamento da condução das 
atividades diárias de cada colaborador.
É imprescindível que cada profissional esteja corretamente 
capacitado para realização de atividades com a precisão requerida.
Nesse material veremos sobre o líquido penetrante básico que é 
considerado um dos melhores métodos de teste para a detecção de 
descontinuidades superficiais de materiais não porosos. 
No primeiro capítulo conheceremos o que são os líquidos 
penetrantes e quais suas principais etapas. 
Em seguida, no segundo capitulo, veremos as propriedades do 
líquido penetrante e do revelador. 
Já no capítulo três abordaremos as etapas básicas do ensaio e como 
deve ser feito o registro dos resultados.
No capítulo quatro apresentaremos os fatores que afetam as 
indicações e no capítulo cinco quais os critérios de aceitação.
Por último, no capítulo seis veremos as questões de segurança e 
proteção envolvendo o uso dos líquidos penetrantes.
En
saio p
or líqu
idos 
p
en
etran
tes
1
Neste capítulo apresentaremos o ensaio por líquido penetrante. 
Espera-se que ao final seja possível:
•• Entender o método e qual suas etapas;
•• Conhecer as vantagens e limitações de uso do método.
7
1.1 O método
Este método teve início antes da primeira 
guerra mundial, utilizado principalmente 
pela indústria ferroviária na inspeção de 
eixos. Porém, tomou impulso quando em 
1942, nos EUA, foi desenvolvido o método 
de penetrantes fluorescentes. Nesta época, 
o ensaio foi adotado pelas indústrias 
aeronáuticas, que trabalhando com ligas 
não ferrosas, necessitavam um método de 
detecção de defeitos superficiais diferentes 
do ensaio por partículas magnéticas (não 
aplicável a materiais não magnéticos). 
Ensaio por líquidos pEnEtrantEs
Foi desenvolvido para a detecção de descontinuidades essencialmente superficiais, e que 
estejam acessíveis na superfície do material.
 
É muito usado em materiais não magnéticos como alumínio, magnésio e aços inoxidáveis, 
além dos materiais magnéticos. Também é aplicado em cerâmica vitrificada, vidro e plásticos. 
Borrachas não são normalmente testadas com líquido penetrante, pois sua superfície porosa 
torna difícil a detecção de descontinuidades.
A partir da segunda guerra mundial, o 
método ganhou impulso, por meio da 
pesquisa e o aprimoramento de novos 
produtos utilizados no ensaio, até seu 
estágio atual.
O ensaio por líquidos penetrantes detecta 
descontinuidades que sejam abertas na 
superfície, tais como trincas, poros, dobras, 
entre outros, podendo ser aplicado em 
todos os materiais sólidos e que não sejam 
porosos ou com superfície muito grosseira.
Líquido penetrante - básico
8
As etapas principais no ensaio são:
1. Preparação da superfície - Limpeza inicial 
Antes do início do ensaio, a superfície deve ser limpa e seca. Não deve existir água, óleo 
ou outro contaminante. Contaminantes ou excesso de rugosidade, ferrugem, entre outros, 
tornam o ensaio não confiável.
Figura 1.1 – Superfície a ser preparada.
Figura 1.2 – Solda em carcaça de redutor a ser testada com líquido penetrante.
Líquido penetrante - básico
9
2. Aplicação do Penetrante 
É aplicado um líquido chamado penetrante, geralmente de cor vermelha, de tal maneira 
que forme um filme sobre a superfície a ser testada, e que por ação do fenômeno chamado 
capilaridade penetre na descontinuidade. Deve ser dado tempo suficiente para que a 
penetração se complete. A maioria dos penetrantes requer um tempo de 5 minutos para 
preencher as descontinuidades.
Figura 1.3 – Penetração do líquido na descontinuidade.
Figura 1.4 – Aplicação do penetrante.
Figura 1.5 – Penetrante aplicado.
Líquido penetrante - básico
10
3. Remoção do excesso de penetrante 
É removido o excesso do penetrante da superfície, por meio de produtos adequados, de 
acordo com o tipo de líquido penetrante aplicado, devendo a superfície ficar isenta de 
qualquer resíduo.
Figura 1.6 – Excesso de líquido da superfície removido.
Figura 1.7 – Remoção do excesso de penetrante.
Figura 1.8 – Aplicação do removedor para retirada do 
excesso de penetrante.
Figura 1.9 – Limpeza após aplicação do removedor.
Líquido penetrante - básico
11
4. Revelação 
É aplicado um filme uniforme de revelador sobre a superfície. O revelador é usualmente 
um pó fino (talco) branco. Pode ser aplicado seco ou em suspensão, em algum líquido. O 
revelador age absorvendo o penetrante das descontinuidades e revelando-as. Deve-se 
aguardar um determinado tempo de revelação para um ensaio correto. 
Figura 1.10 – Aplicação do revelador e observação da 
indicação.
Figura 1.11 – Aplicação do revelador.
Figura 1.12 – Revelador aplicado.
Líquido penetrante - básico
12
5. Avaliação e Inspeção
Após a aplicação do revelador, as indicações 
começam a ser observadas, por meio 
da mancha causada pela absorção do 
penetrante contido nas aberturas, e que 
serão avaliadas.
A inspeção deve ser feita em boas 
condições de luminosidade, se o penetrante 
é do tipo visível (cor contrastante com 
o revelador) ou com luz negra, em área 
escurecida, caso o penetrante seja 
fluorescente.
A interpretação dos resultados deve ser 
baseada no código de fabricação da 
peça ou norma aplicável ou ainda na 
especificação técnica do cliente.
Nesta etapa deve ser preparado um 
relatório escrito que mostre as condições 
do ensaio, tipo e identificação da peça 
ensaiada, resultado da inspeção e condição 
de aprovação ou rejeição da peça.
Em geral a etapa de registro das indicações 
é bastante demorada e complexa, 
quando a peça mostra muitos defeitos. 
Portanto, o reparo imediato das indicações 
rejeitadas com novo teste posterior é mais 
recomendável.
6. Limpeza pós ensaio
A última etapa é a limpeza de todos os resíduos deprodutos, que podem prejudicar uma 
etapa posterior de trabalho da peça (soldagem, usinagem, etc.).
Figura 1.13 – Líquido absorvido de dentro da abertura 
pelo revelador.
Figura 1.14 – Resultado do teste - Manchas indicativas de porosidade.
Líquido penetrante - básico
13
1.2 Vantagens em comparação com outros métodos
1.3 Limitações
Poderíamos dizer que a principal vantagem 
do método é a sua simplicidade. É fácil 
de fazer e de interpretar os resultados. O 
aprendizado é simples, requer pouco tempo 
de treinamento do inspetor.
Como a indicação assemelha-se a uma 
fotografia do defeito, é muito fácil de 
avaliar os resultados. Em contrapartida o 
inspetor deve estar ciente dos cuidados 
básicos a serem tomados (limpeza, tempo 
de penetração, entre outros), pois a 
simplicidade pode se tornar um problema 
se não forem tomados os cuidados 
indicados.
Não há limitação para o tamanho e forma 
das peças a ensaiar, nem tipo de material. 
Por outro lado, as peças devem ser 
susceptíveis à limpeza e sua superfície não 
pode ser muito rugosa e nem porosa.
Além disso, a superfície do material não 
pode ser porosa ou absorvente já que 
não haveria possibilidade de remover 
totalmente o excesso de penetrante, 
causando mascaramento dos resultados.
Algumas aplicações das peças em inspeção 
fazem com que a limpeza seja efetuada 
da maneira mais completa possível 
após o ensaio (caso de maquinaria para 
indústria alimentícia, material a ser soldado 
posteriormente, entre outros). Este fato 
pode tornar-se limitativo ao exame, 
especialmente quando esta limpeza for 
difícil de fazer.
 
O método pode revelar descontinuidades (trincas) extremamente finas (da ordem de 0,001 
mm de abertura).
 
A limitação desse método é a de só detectar descontinuidades abertas para a superfície, já 
que o penetrante tem que entrar na descontinuidade para ser posteriormente revelado. Por 
esta razão, a descontinuidade não deve estar preenchida com material contaminante (óleo, 
graxa, areia, minério de ferro etc.).
Importante
A aplicação do penetrante deve ser feita 
em uma determinada faixa de temperatura. 
Superfícies muito frias (abaixo de 10 ºC ) 
ou muito quentes (acima de 52 ºC) não são 
recomendáveis ao ensaio.
Atenção! 
Importante! 
Saiba Mais! 
Recordando! 
0-126-122
Figura 1.15 – Junta soldada contendo trinca visual.
Líquido penetrante - básico
14
Relembrando
Neste capítulo vimos o que é o método de ensaio por líquido penetrante. Vimos quais as 
etapas que devemos seguir para aplicá-lo. Por último nos foi apresentado quais as vantagens 
de utilizar esse método em comparação com outros e quais as limitações dele. 
Pergunta Rápida
1. O ensaio por líquidos penetrantes detecta descontinuidades que sejam abertas na 
superfície, tais como trincas, poros, dobras, entre outros. 
Sobre esse método assinale a(s) alternativa(s) correta(s):
1 ( ) É aplicado em vidro e plásticos além dos materiais magnéticos.
2 ( ) É um método muito utilizado em materiais de borrachas.
3 ( ) Só é necessário fazer a limpeza no inicio do ensaio, ao final não é preciso limpar a peça.
4 ( ) É necessário aguardar um tempo antes de avaliar o ensaio.
 
Está(ão) correta(s) a(s) alternativa(s):
a) 1, 2, 3, 4 
b) 1, 3, 4 
c) 2 
d) 1, 4 
e) 3
 2. Como qualquer método, o ensaio por líquido penetrante possui vantagens e limitações. A 
principal vantagem é a sua simplicidade de fazer e interpretar os resultados. 
 
Sobre as limitações assinale a alternativa que apresenta as palavras na sequência correta.
A superfície do material não pode ser porosa ou ______ já que não haveria possibilidade de 
_____ totalmente o excesso de penetrante, causando _______ dos resultados.
 
a) lisa; remover; erro. 
b) aderente; observar; dúvida. 
c) absorvente; remover; mascaramento. 
d) rugosa; observar; mascaramento. 
e) absorvente; observar; perda.
Atenção! 
Importante! 
Saiba Mais! 
Recordando! 
0-126-122
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Líquido penetrante - básico
Prop
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rodu
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p
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cíp
ios físicos
2
Neste capítulo veremos as propriedades dos penetrantes e dos 
reveladores. Espera-se que ao final seja possível:
•• Conhecer os penetrantes e suas propriedades;
•• Conhecer os reveladores e como são classificados.
16
2.1 Propriedades do penetrante
Um produto penetrante com boas características deve: 
 
•• Ter habilidade para rapidamente 
penetrar em aberturas finas;
•• Ter habilidade de permanecer em 
aberturas relativamente grandes;
•• Não evaporar ou secar rapidamente;
•• Ser facilmente limpo da superfície onde 
for aplicado;
•• Em pouco tempo, quando aplicado o 
revelador, sair das descontinuidades 
onde tinha penetrado;
•• Ter habilidade em espalhar-se nas 
superfícies, formando camadas finas;
•• Ter um forte brilho (cor ou 
fluorescente);
•• A cor ou a fluorescência deve 
permanecer quando exposto ao calor, 
luz ou luz negra;
•• Não reagir com sua embalagem nem 
com o material a ser testado;
•• Não ser facilmente inflamável;
•• Ser estável quando estocado ou em 
uso;
•• Não ser demasiadamente tóxico;
•• Ter baixo custo.
Para que o penetrante tenha as qualidades acima, é necessário que certas propriedades 
estejam presentes. Dentre elas destacam-se:
Viscosidade
Esta propriedade por si só não define um bom ou mau penetrante (quanto à habilidade 
em penetrar nas descontinuidades). O senso comum nos diz que um líquido menos viscoso 
seria melhor penetrante que um mais viscoso. Isto nem sempre é verdadeiro, pois a água 
que tem baixa viscosidade não é um bom penetrante. Porém, a viscosidade tem efeito em 
alguns aspectos práticos do uso do penetrante. Ele é importante na velocidade com que 
o penetrante entra em um defeito. Penetrantes mais viscosos demoram mais a penetrar 
nas descontinuidades. Penetrantes pouco viscosos têm a tendência de não permanecerem 
muito tempo sobre a superfície da peça, o que pode ocasionar tempo insuficiente para 
penetração.
 
O nome “penetrante” vem da propriedade essencial que este produto deve ter, ou seja, 
sua habilidade de penetrar em aberturas finas. 
Importante
Líquidos de alta viscosidade têm a tendência de serem retirados dos defeitos quando se 
executa a limpeza do excesso.
Atenção! 
Importante! 
Saiba Mais! 
Recordando! 
0-126-122
Líquido penetrante - básico
17
Tensão superficial
É o resultado das forças de coesão entre as moléculas que formam a superfície do líquido. 
Observem a figura a seguir, o líquido 1 possui menor tensão superficial que os outros dois, e 
o líquido 3 é o que possui a mais alta tensão superficial, parecida com a que encontramos no 
mercúrio.
Molhabilidade
É a propriedade que um líquido tem 
em se espalhar por toda a superfície, 
não se juntando em porções ou gotas. 
Quanto melhor a molhabilidade, melhor o 
penetrante.
Volatilidade
Como regra geral, um penetrante não deve 
ser volátil. Porém, devemos considerar que 
para derivados de petróleo, quanto maior 
a volatilidade, maior a viscosidade. Como 
é desejável uma viscosidade média, os 
penetrantes são mediamente voláteis. A 
desvantagem é que quanto mais volátil o 
penetrante, menos tempo de penetração 
pode ser dado. Por outro lado, ele tende a 
se volatilizar quando no interior do defeito.
Ponto de fulgor
É a temperatura na qual há uma quantidade 
tal de vapor na superfície do líquido que a 
presença de uma chama pode inflamá-lo.
Um penetrante bom deve ter um alto 
ponto de fulgor (acima de 200°C). A 
tabela 2.2 mostra os pontos de fulgor 
de alguns líquidos, para comparação. 
Esta propriedade é importante quando 
considerações sobre a segurança estão 
relacionadas à utilização do produto.
Um líquido com baixa tensão 
superficial é melhor penetrante, pois 
ele tem a habilidadede penetrar nas 
descontinuidades.
Líquido 1 Líquido 2 Líquido 3
Figura 2.1 - Comparação entre 3 líquidos com propriedades de tensão superficial diferentes.
Líquido
Viscosidade 
(centistoke)
Tensão 
Superficial 
(Dina/cm)
água 1,0 72,8
éter 0,3 17,0
nafta 0,6 21,8
querosene 1,6 23,0
óleo lubrificante 112,3 31,0
álcool etílico 1,5 23,0
Tabela 2.1 - Características de alguns líquidos à 20 °C.
Líquido Ponto de Fulgor
Acetona -18ºC
Nafta -1º C
Álcool metílico 12º C
Álcool etílico 14º C
Glicerina 160º C
Tabela 2.2 – Pontos de fulgor de alguns líquidos.
Líquido penetrante - básico
18
Penetrabilidade
Está intimamente ligada às forças de atração capilar - capilaridade. Estas forças são aquelas 
que fazem um líquido penetrar espontaneamente em um tubo de pequeno diâmetro. 
Observem a figura a seguir, o líquido 1 consegue penetrar até uma altura h1 no tubo capilar, 
enquanto que o líquido 2 consegue penetrar a uma altura h2, menor que h1 , no mesmo 
tubo capilar. Assim, o líquido 1 possuirá melhor características de penetrabilidade nas 
descontinuidades, que o líquido 2 , uma vez que as finas aberturas se comportam como o 
tubo capilar.
Sensibilidade do penetrante
É sua capacidade de detectar descontinuidades. Podemos dizer que um penetrante é mais 
sensível que outro quando, para aquelas descontinuidades em particular, o primeiro detecta 
melhor os defeitos que o segundo. Os fatores que afetam a sensibilidade são:
Algumas normas técnicas classificam os líquidos penetrantes quanto à visibilidade e tipo de 
remoção, conforme Tabela 2.3, a seguir:
 A capilaridade é função da tensão 
superficial do líquido e de sua 
molhabilidade. A abertura da 
descontinuidade afetará a força capilar - 
menor a abertura (mais fina uma trinca) 
maior a força.
Comparação entre dois líquidos com propriedade
de capilaridade diferentes.
Líquido 1
h1
Líquido 2
Tubo capilar
h2
Figura 2.2 – Exemplo de líquidos com capilaridades 
diferentes.
 
• Capacidade de penetrar na 
descontinuidade; 
• Capacidade de ser removido da 
superfície, mas não da descontinuidade; 
• Capacidade de ser absorvido pelo 
revelador; 
• Capacidade de ser visualizado quando 
absorvido pelo revelador, mesmo em 
pequenas quantidades.
TIPOS 
quanto à 
visibilidade
Métodos
Água Pós-Emulsificável Solvente
"TIPO I" 
(Fluorescente) A
B (hidrofílico) 
D (lipofílico) C
"TIPO II" 
(Luz normal) A - C
OBS.: Classificação conforme Código ASME Sec.V - SE-165 
ou ASTM E-165
Tabela 2.3 - Classificação do penetrante quanto à 
visibilidade.
Líquido penetrante - básico
19
Remoção do penetrante 
Quanto ao tipo de remoção do excesso, os penetrantes podem ser:
•• Laváveis em água
Os líquidos penetrantes deste tipo são elaborados de tal maneira que permitem a 
remoção do excesso com água. Esta operação deve ser cuidadosa, pois se for demorada 
ou se for empregado jato de água, o líquido pode ser removido do interior das 
descontinuidades.
•• Laváveis em água após emulsão
Neste caso, os líquidos penetrantes são fabricados de maneira a serem insolúveis em 
água. A remoção do excesso é facilitada pela adição de um emulsificador, aplicado em 
separado, depois do tempo de penetração ter terminado. Este se combina com o excesso 
de penetrante, formando uma mistura lavável com água.
•• Removíveis por solventes
Estes tipos de líquido penetrante são fabricados de forma a permitir que o excesso seja 
removido com um pano seco, papel-toalha, ou qualquer outro material absorvente que 
não solte fiapo, até que reste uma pequena quantidade de líquido na superfície de ensaio. 
Esta então deve ser removida com um solvente removedor apropriado.
Saiba Mais
Emulsificador é um composto químico complexo que, uma vez misturado ao líquido 
penetrante à base de óleo, faz com que o penetrante seja lavável pela água. Ele é utilizado na 
fase de remoção do excesso.
Atenção! 
Importante! 
Saiba Mais! 
Recordando! 
0-126-122
Líquido penetrante - básico
20
2.2 Propriedades do revelador
Um revelador com boas características deve:
•• Ter ação de absorver o penetrante da descontinuidade;
•• Servir com uma base por onde o penetrante se espalhe - granulação fina;
•• Servir para cobrir a superfície evitando confusão com a imagem do defeito formando 
uma camada fina e uniforme;
•• Deve ser facilmente removível;
•• Não deve conter elementos prejudiciais ao operador e ao material que esteja sendo 
inspecionado.
ManchaMEnto
O termo usado para descrever a ação do revelador na absorção do penetrante de 
dentro da descontinuidade e que causa maior afloramento do penetrante para 
alimentar o contraste.
Os reveladores se classificam em pós secos, suspensão aquosa de pós, solução aquosa e 
suspensão pós solvente. Veremos a seguir cada uma delas.
Pós secos
Foram os primeiros e continuam a ser usados com penetrantes fluorescentes. Os primeiros 
usados compunham-se de talco ou giz. Os melhores reveladores consistem de uma 
combinação cuidadosamente selecionada de pós.
Os pós devem ser leves e fofos. Devem aderir em superfícies metálicas em uma camada fina, 
mas, não devem aderir em excesso, já que seriam de difícil remoção. Por outro lado, não 
podem flutuar no ar, formando uma poeira. Devem ser tomados cuidados para proteger o 
operador. Quando é utilizado esse tipo de revelador, deve-se utilizar proteção respiratória. A 
falta de confiabilidade deste tipo de revelador torna o seu uso muito restrito.
Suspensão aquosa de pós
Geralmente usado em inspeção pelo método fluorescente. A suspensão aumenta a 
velocidade de aplicação quando pelo tamanho da peça pode-se mergulha-la na suspensão. 
Após aplicação a peça é seca em estufa, o que diminui o tempo de secagem. A suspensão 
deve conter agentes dispersantes, inibidores de corrosão, agentes que facilitam a remoção 
posterior.
Solução aquosa
A solução elimina os problemas que eventualmente possam existir com a suspensão 
(dispersão, entre outros). Porém, materiais solúveis em água geralmente não são bons 
reveladores. Deve ser adicionado à solução inibidor de corrosão e a concentração deve ser 
controlada, pois há evaporação. Sua aplicação deve ser feita através de pulverização.
Líquido penetrante - básico
21
Suspensão do pó revelador em solvente
É um método muito efetivo para se 
conseguir uma camada adequada (fina e 
uniforme) sobre a superfície.
Como os solventes volatilizam 
rapidamente, existe pouca possibilidade 
de escorrimento do revelador até em 
superfícies em posição vertical. Sua 
aplicação deve ser feita por meio de 
pulverização.
Os solventes devem evaporar rapidamente 
e ajudar a retirar o penetrante das 
descontinuidades dando mais mobilidade 
a ele. Exemplos de solventes são: álcool e 
solventes clorados (não inflamáveis). O pó tem normalmente as mesmas características do 
método de pó seco.
Os reveladores devem ser analisados quanto aos teores de contaminantes, tais como: 
enxofre, flúor e cloro, quando sua aplicação for efetuada em materiais inoxidáveis, titânio e 
ligas a base de níquel. O procedimento e os limites aceitáveis para estas análises devem ser 
de acordo com a norma aplicável de inspeção do material ensaiado (Código ASME Sec. V 
Artigo 6 ).
Figura 2.3 - Resultado do ensaio por líquidos penetrantes 
de uma peça fundida.
Figura 2.4 - Líquido penetrante, removedor e revelador. Figura 2.5 - Líquido penetrante.
Figura 2.6 - Líquido penetrante, removedor e revelador. Figura 2.6 - Líquido penetrante, removedor e revelador.
2.3 Exemplo de produtos
Abaixo temos exemplos de produtos utilizados em um teste com líquido penetrante na 
Oficina Mecânica da Pelotização. Todos os aerossóis são biodegradáveis e não afetam a 
camada de ozônio.
Líquido penetrante - básico
22
Relembrando
Neste capítulovimos às propriedades dos penetrantes e reveladores. Conhecemos as suas 
propriedades e classificações para que sejam considerados de boa qualidade para o uso nos 
ensaios.
Pergunta rápida
1. Os líquidos penetrantes para ser considerado bom têm algumas características 
importantes como não ser facilmente inflamáveis. 
Para que sejam de qualidade algumas propriedades devem estar presentes. Assinale 
verdadeiro (V) ou falso (F).
( ) O resultado das forças de coesão entre as moléculas que formam a superfície do líquido 
se chama volatilidade. 
( ) Os líquidos penetrantes removíveis por solventes são fabricados de forma a permitir que 
o excesso seja removido com água emulsificada. 
( ) Líquidos de alta viscosidade têm a tendência de serem retirados dos defeitos quando se 
executa a limpeza do excesso. 
( ) A propriedade que um líquido tem em se espalhar por toda a superfície se chama 
penetrabilidade.
Assinale a alternativa que possui a sequência correta: 
a) V, F, F, V. 
b) F, V, V, V. 
c) V, V, V, F. 
d) F, F, F, V. 
e) F, F, V, F.
2. Manchamento é o nome dado para descrever a ação do revelador na absorção do 
penetrante de dentro da descontinuidade e que causa maior afloramento do penetrante para 
alimentar o contraste. Sobre as propriedades dos reveladores assinale a alternativa correta:
a) Materiais solúveis em água são excelentes reveladores. 
b) Uma boa característica é não ser facilmente removível, para facilitar a ensaio. 
c) Os pós secos foram os primeiros a ser usados com penetrantes fluorescentes. 
d) A suspensão do pó revelador em solvente não é o melhor método para conseguir uma 
camada fina sobre a superfície. 
e) A suspensão aquosa de pós não pode ser utilizada na inspeção automática.
Atenção! 
Importante! 
Saiba Mais! 
Recordando! 
0-126-122
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Líquido penetrante - básico
Proced
im
en
to para en
saio
3
Neste capítulo veremos as etapas básicas do ensaio, a influência 
da temperatura, as correções de deficiências de execução e 
a maneira de registrar os dados. Espera-se que ao final seja 
possível:
•• Conhecer o método de preparação da superfície;
•• Entender como funciona a aplicação do penetrante;
•• Saber como deve funcionar a revelação.
24
3.1 Preparação da superfície
3.1.1 Métodos de limpeza da superfície
A primeira etapa a ser seguida na realização do ensaio é verificação das condições 
superficiais da peça. Deverá estar isenta de resíduos, sujeiras, óleo, graxa e qualquer outro 
contaminante que possa obstruir as aberturas a serem detectadas. 
Caso a superfície seja lisa, a preparação prévia será facilitada. É o caso de peças usinadas, 
lixadas, entre outras. Este fator é inerente ao processo de fabricação. Superfícies 
excessivamente rugosas requerem uma preparação prévia mais eficaz, pois as 
irregularidades superficiais certamente prejudicarão a perfeita aplicação do penetrante, a 
remoção do excesso e, portanto, o resultado final.
As irregularidades irão dificultar a remoção, principalmente no método manual. Além do 
mascaramento dos resultados, há a possibilidade de que partes dos produtos de limpeza 
fiquem aderidas à peça (fiapos de pano). 
Em uma operação de esmerilhamento, um 
cuidado adicional deve estar presente. Deve-
se evitar causar, por exemplo, sulcos na peça, 
um erro muito comum na preparação de 
soldas.
O sucesso do método depende dos defeitos 
estarem abertos à superfície. A limpeza, 
portanto, é de fundamental importância. 
Todo produto de corrosão, escória, pinturas, 
óleo, graxa, entre outros, deve estar 
removido da superfície.
Pode-se utilizar o solvente que faz parte dos 
“kits” de ensaio ou solventes disponíveis no 
mercado, tal como o thinner, ou ainda outro 
produto qualificado.
Neste caso, deve-se dar suficiente tempo 
para que o solvente utilizado evapore-se 
das descontinuidades, pois sua presença 
pode prejudicar o teste. Dependendo 
da temperatura ambiente e do método 
utilizado, este tempo pode variar.
Pode-se utilizar o desengraxamento por 
vapor, para remoção de óleo, graxa, ou 
ainda limpeza química, solução ácida ou 
alcalina, escovamento manual ou rotativo, 
removedores de pintura, ultra-som, 
detergentes.
Peças limpas com produtos a base de água, 
a secagem posterior é muito importante. 
Cuidados também são importantes para 
evitar corrosão das superfícies.
Jato de areia, lixamento e esmerilhamento, 
devem ser evitados, pois tais processos 
podem bloquear as aberturas da superfície 
e impedir a penetração do produto 
penetrante. Entretanto, tais métodos de 
limpeza podem em alguns processos de 
fabricação do material a ensaiar, serem 
inevitáveis e inerentes a estes processos.
Atenção
Devemos fazer uma criteriosa inspeção nos 
pátios ao menos 1 vez a cada turno, 
visando verificar e retirar qualquer 
contaminante que esteja dentro do pátio.
Atenção! 
Importante! 
Saiba Mais! 
Recordando! 
0-126-122
 
Esta etapa é muito importante e o 
executante deve ter consciência de que 
o material na área de interesse esteja 
aparente, sem óxidos ou qualquer sujeira 
que possa mascarar a observação da 
descontinuidade.
Líquido penetrante - básico
25
3.1.2 Temperatura da superfície e do líquido penetrante
3.2.1 Tempo de penetração
3.2 Aplicação do penetrante
A temperatura ótima de aplicação do penetrante é por volta de 20 °C e as superfícies 
não devem estar abaixo de 10 °C, pois o penetrante poderia se tornar altamente viscoso 
e isso tornaria o teste de difícil execução. Temperaturas ambientes mais altas (acima de 
52 °C) aumentam a evaporação dos constituintes voláteis do penetrante, tornando-o 
insuficiente. Acima de certo valor (> 100° C) há o risco de inflamar. A observação e controle 
da temperatura é um fator de grande importância, que deve estar claramente mencionado 
no procedimento de ensaio.
É o tempo necessário para que o penetrante entre dentro das descontinuidades. Este tempo 
varia em função do tipo do penetrante, material a ser ensaiado, temperatura, e deve estar de 
acordo com a norma aplicável de inspeção do produto a ser ensaiado. A condição superficial 
do material em teste pode afetar a velocidade e o grau de penetração do líquido penetrante. 
Além disso, diferentes tipos de descontinuidades requerem diferentes tempos de 
penetração. Em geral, trincas estreitas bastante compactas requerem tempo de penetração 
maior do que o requerido para descontinuidades largas e rasas.
O penetrante pode ser aplicado por 
pulverização, por pincelamento, 
derramando-se o penetrante sobre a peça 
ou mergulhando-se as peças em tanques. 
Este último processo é válido para peças 
pequenas. Neste caso elas são colocadas 
em cestos, e o tempo de permanência da 
peça no banho deve ser apenas o suficiente 
para que a sua superfície seja coberta com o 
penetrante.
Deve-se escolher um processo de 
aplicação do penetrante, condizente com 
as dimensões das peças e com o meio 
ambiente em que será aplicado o ensaio. 
Por exemplo: peças grandes e ambientes 
fechados, em que o inspetor escolha o 
método de aplicação do penetrante por 
pulverização, certamente isto será um 
transtorno tanto para as pessoas que 
trabalhem próximo ao local, assim como 
para o próprio inspetor. Neste caso, deve-se 
mudar as condições do ambiente (aberto) 
ou o método de aplicação (pincelamento).
Figura 3.1 - Aplicação do penetrante com pincel.
Líquido penetrante - básico
26
3.2.2 Remoção do excesso de penetrante
Os penetrantes não laváveis em água são quase 
sempre utilizados para inspeções locais e estes 
são melhor removidos com panos secos ou 
umedecidos com solvente. Papel seco ou pano 
seco é satisfatório para superfícies lisas. A superfície 
deve estar completamente livre de penetrante, 
senão haverá mascaramento dos resultados.
Geralmente uma limpeza grosseira com pano epapel levemente embebido em solvente, seguido 
de uma limpeza feita com pano ou papel seco ou 
com pouco de solvente é satisfatória.
Quando as peças são inteiramente umedecidas 
com solvente a limpeza manual é demorada 
e difícil. Neste caso pode-se mergulhar a peça 
em banho de solvente, com o inconveniente de 
que algum penetrante pode ser removido das 
descontinuidades. Este método só deve ser usado 
com muito cuidado e levando-se em conta esta 
limitação.
A remoção com água após emulsão é o tipo mais 
comum de remoção de excesso de penetrante. 
Quando se usa o tipo lavável em água, a lavagem 
com jato de água é satisfatória. O jato deve ser 
grosso para aumentar sua eficiência ou por spray. 
Após lavagem com água, a peça deve ser seca com, 
por exemplo, ar comprimido. A remoção usando 
solvente a secagem pode ser feita por evaporação 
natural.
 
Deve-se tomar o cuidado para não usar solvente 
em excesso, já que isto pode causar a retirada do 
penetrante das descontinuidades.
Figura 3.2 - Remoção do penetrante com 
pano.
Figura 3.3 - Remoção com spray de água.
Líquido penetrante - básico
27
3.3 Revelação
3.3.1 Secagem e inspeção
3.3.2 Iluminação
Deve ser dado um tempo suficiente para que a peça 
esteja seca antes de efetuar a inspeção. Logo após o 
início da secagem, deve-se acompanhar a evolução 
das indicações no sentido de definir e caracterizar o 
tipo de descontinuidade e diferenciá-las entre linear 
ou arredondadas.
O tempo de revelação é variável de acordo com o tipo da peça, tipo de defeito a ser 
detectado e temperatura ambiente. As descontinuidades finas e rasas demoram mais tempo 
para serem observadas, ao contrário daquelas maiores e que rapidamente mancham o 
revelador.
O tamanho da indicação a ser avaliada, é o tamanho da mancha observada no revelador, 
após o tempo máximo de avaliação permitida pelo procedimento. Em geral tempos de 
avaliação entre 7 a 60 minutos são recomendados.
Como todos os exames dependem da avaliação visual do operador, o grau de iluminação 
utilizada é extremamente importante. Iluminação errada pode induzir a erro na 
interpretação. Além disso, uma iluminação adequada diminui a fadiga do inspetor.
a) Iluminação com luz natural (branca):
A luz branca utilizada é a convencional. Sua fonte pode ser: luz do sol, lâmpada de filamento, 
lâmpada fluorescente ou lâmpada a vapor. Dirigindo a luz para a área de inspeção com o 
eixo da lâmpada formando aproximadamente 90° em relação a ela é a melhor alternativa. O 
fundo branco da camada de revelador faz com que a indicação se torne escurecida. 
b) Iluminação com Luz ultravioleta (“luz negra”):
Podemos definir a luz “negra” como aquela que tem comprimento de onda menor do que 
o menor comprimento de onda da luz visível. Ela tem a propriedade de causar em certas 
substâncias o fenômeno da fluorescência. O material fluorescente contido no penetrante 
tem a propriedade de em absorvendo a luz “negra” emitir energia em comprimentos de 
onda maiores, na região de luz visível. São usados filtros que eliminam os comprimentos 
de onda desfavoráveis (luz visível e luz ultravioleta) permitindo somente aqueles de 
comprimento de onda de 3500 a 4000 Å. A intensidade de luz ultravioleta que se deve ter 
para uma boa inspeção é de 1000 mW/cm2.
A camada de revelador deve ser fina e uniforme. 
Pode ser aplicada com spray, no caso de inspeção 
manual. Peças que foram totalmente revestidas com 
penetrante são mais difíceis de manter uma camada 
uniforme de revelador. O melhor método neste caso 
é o spray.
Figura 3.4 - Aplicação do revelador com 
spray.
3.3.3 Limpeza final
Depois de completado o exame, é necessário na maioria dos casos executar uma limpeza 
final na peça, já que os resíduos de teste podem prejudicar o desempenho das peças. Uma 
limpeza final com solvente geralmente é satisfatória. Para peças pequenas a imersão delas 
em banho de detergente solvente, ou agentes químicos, geralmente é satisfatório.
Líquido penetrante - básico
28
3.4 Identificação e correção de deficiências do ensaio
3.4.1 Registro de resultados
Alguns problemas de deficiência de técnicas de ensaio estão indicados a seguir:
Ensaios de peças críticas devem ter seu resultado, além dos dados do teste registrados em 
relatório, a fim de que haja uma rastreabilidade.
Este registro deve ser executado durante o ensaio ou imediatamente depois de concluí-lo.
O relatório deve conter (em geral):
a) descrição da peça, desenho, posição, etc., 
e estágio de fabricação;
b) variáveis do teste; marca dos produtos, 
número do lote, temperatura de aplicação, 
tempo de penetração e avaliação;
c) resultados do ensaio;
d) laudo / disposição;
e) assinatura do inspetor responsável e data.
O inspetor experiente deve, fase por fase, avaliar seu trabalho e detectar as deficiências cujos 
exemplos são apontados acima. Após detectá-las estas devem ser imediatamente corrigidas.
Observa-se que a deficiência mais comum consiste na remoção incompleta do excesso, 
especialmente em ensaio manual.
Esta é uma fase que deve ser executada com o devido cuidado, especialmente se a superfície 
é bruta, ou caso de soldas.
•• Preparação inicial inadequada da peça;
•• Limpeza inicial inadequada;
•• Cobertura incompleta da peça com 
penetrante;
•• Remoção de excesso inadequada, 
causando mascaramento dos 
resultados;
•• Escorrimento do revelador;
•• Camada não uniforme do revelador;
•• Revelador não devidamente agitado;
•• Cobertura incompleta de revelador.
rEsuMo da sEquência do Ensaio
•• Preparação inicial da superfície 
conforme o procedimento;
•• Tempo para secagem dos produtos de 
limpeza;
•• Aplicação do penetrante conforme 
instruções do procedimento;
•• Tempo de penetração, conforme 
requerido no procedimento;
•• Remoção do excesso de penetrante, 
conforme instruções;
•• Tempo para secagem dos produtos de 
limpeza;
•• Aplicação do revelador;
•• Tempo de avaliação das indicações;
•• Laudo final e registros;
•• Limpeza final, se requerido.
Líquido penetrante - básico
29
Relembrando
Neste capítulo abordamos os procedimentos para o ensaio. Vimos como é o método de 
preparação de superfície, como limpar e os cuidados com a temperatura. Entendemos também 
o funcionamento ao aplicar o líquido penetrante e a forma de removê-lo. Descobrimos como 
deve funcionar a revelação e os cuidados em cada etapa. Por último aprendemos como devem 
ser registrados os dados do ensaio.
Pergunta rápida
1. Dentro das etapas da preparação do ensaio está a limpeza da superfície que deverá estar 
isenta de resíduos, e qualquer outro contaminante obstrua as aberturas a serem detectadas. 
Sobre essa etapa assinale a alternativa correta:
a) Na operação de esmerilhamento não é preciso ter nenhum cuidado especial, já que essa 
operação não causa nenhum problema à peça relacionado à limpeza. 
b) Peças limpas com produtos a base de agua podem ser usadas imediatamente, sem se 
preocupar com a secagem. 
c) Processos de jateamento ou lixamento precisam de um cuidado especial para que esses 
processos não bloqueiem as aberturas da superfície e impeçam a penetração do líquido. 
d) Mesmo as peças muito rugosas não precisam de uma preparação especial uma limpeza 
simples já é o suficiente. 
e) Na limpeza não devemos usar thinner, pois pode prejudicar a posterior analise dos 
resultados.
2. Manchamento é o nome dado para descrever a ação do revelador na absorção do 
penetrante de dentro da descontinuidade e que causa maior afloramento do penetrante para 
alimentar o contraste. Sobre as propriedades dos reveladores assinale a alternativa correta:
1 ( ) Quando formos aplicar o penetrante devemos ter atenção com o tamanho da peça e o 
ambiente que faremos a aplicação. 
2 ( ) Em superfícies lisas podemos utilizar para a remoção do penetrante não lavável emágua papel ou pano seco. 
3 ( ) Quando utilizamos o penetrante que é lavável em agua é importante secar a peça. 
4 () A temperatura ambiente, o tipo de peça e o tipo de defeito influenciam no tempo de 
revelação.
Está(ão) corretas a(s) alternativa(s):
a) 1, 2, 3, 4. 
b) 1, 4. 
c) 1, 3. 
d) 2, 3. 
e) 4.
Atenção! 
Importante! 
Saiba Mais! 
Recordando! 
0-126-122
??
Líquido penetrante - básico
A
valiação e aparên
cia d
as 
in
d
icações
4
Neste capítulo veremos que fatores afetam a aparência das 
indicações. 
Espera que ao final do capítulo seja possível:
•• Entender os fatores que afetam as indicações;
•• Saber os defeitos que podem ocorrer nos principais 
processos de fabricação.
31
4.1 Fatores que afetam as indicações
Vários são os fatores que podem afetar a aparência das indicações tornar o ensaio não 
confiável. 
A fonte mais comum de indicações falsas 
é a remoção inadequada do excesso de 
penetrante, o que causa na maioria das 
vezes impossibilidade de avaliação.
No caso dos métodos laváveis com água, 
a lavagem é de fundamental importância. 
No método de lavagem com água após 
emulsão, deve-se respeitar o tempo de 
emulsão, pois se este for excessivo, pode 
mascarar as descontinuidades superficiais. 
O uso da luz ultravioleta durante o 
processo de lavagem é recomendado. 
Após lavagem, existem fontes que podem contaminar novamente a peça, tais como:
•• Penetrante nas mãos do inspetor;
•• Penetrante que sai das descontinuidades de uma peça e passa para as áreas boas de 
outra peça (caso de peças pequenas);
•• Penetrante na bancada de inspeção.
O cuidado no manuseio das peças e principalmente limpeza são necessários para que o 
ensaio dê o resultado correto.
Independente das indicações falsas, existem as indicações não relevantes, que o inspetor 
deve reconhecer. São indicações de que realmente existe algo no sentido de que elas são 
causadas por descontinuidades da superfície da peça. A maioria delas é fácil de reconhecer, 
porque provém diretamente do processo de fabricação.
Apesar de facilmente reconhecíveis, estas indicações podem interferir ou mascarar um 
defeito. É necessário o cuidado ao verificá-las antes de aprová-las.
A seguir veremos dois quadros, um 
mostrando as categorias de indicações 
verdadeiras e o outro com os tipos e 
aparências das indicações por processo de 
fabricação. 
Importante
A descontinuidade deve ser analisada à luz 
de algum padrão de aceitação, caso seja 
reprovável ela se constituirá em um 
defeito. Ao se analisar a peça o executante 
deve ter consciência de que o ensaio 
foi executado corretamente e as 
descontinuidades foram verificadas de 
acordo com o padrão de aceitação pré-
estabelecido.
Atenção! 
Importante! 
Saiba Mais! 
Recordando! 
0-126-122
ExEMplos dEstas indicaçõEs são:
•• Pequenas inclusões de areia em 
fundidos;
•• Marcas de esmerilhamento;
•• Depressões superficiais;
•• Imperfeições de matéria prima.
Líquido penetrante - básico
32
INDICAÇÕES DESCRIÇÃO
Indicações em linha contínua
Podem ser causadas por trincas, dobras, riscos, dupla 
laminação ou marcas de ferramentas. Trincas geralmente 
aparecerem como linhas sinuosas. Dobras de forjamento tem 
a aparência de linha rugosa.
Linha intermitente
Podem ser causadas pelas mesmas descontinuidades 
acima. Quando a peça é retrabalhada por esmerilhamento, 
martelamento, forjamento, usinagem etc., porções das 
descontinuidades abertas à superfície podem ficar fechadas.
Arredondadas
Causadas por porosidade ou por trinca muito profunda, 
resultante da grande quantidade de penetrante que é 
absorvida pelo revelador.
Interrompidas finas e pequenas Causadas pela natureza porosa da peça ou por grãos excessivamente grosseiros de um produto fundido.
Indefinidas
Normalmente torna-se necessário fazer novo ensaio na 
peça. Às vezes provém de porosidade superficial. Podem ser 
causadas por lavagem insuficiente (falsas).
Quadro 4.1 - Categorias de indicações verdadeiras.
TIPOS DEFEITOS
Fundidos
 » trincas de solidificação;
 » micro trincas;
 » gorosidade;
 » gota fria;
 » inclusão de areia na superfície;
 » bolhas de gás.
Forjados
 » dobras;
 » rupturas;
 » fenda;
 » delaminação.
Laminados
 » delaminações;
 » dobras de laminação;
 » fenda.
Roscados » trincas.
Materiais não metálicos (cerâmicos)
 » trincas;
 » porosidade.
Soldas
 » trincas superficiais;
 » porosidade superficial;
 » falta de penetração;
 » mordeduras.
Quadro 4.2 - Tipos e aparências das indicações por processo de fabricação.
Líquido penetrante - básico
33
Relembrando
Neste capítulo vimos os fatores que afetam as indicações, quais as categorias das indicações 
verdadeiras e saber que defeitos podem ocorrer em alguns processos de fabricação.
Pergunta Rápida
1. A fonte mais comum de indicações falsas é a remoção inadequada do excesso de penetrante, 
o que causa, às vezes, até impossibilidade de avaliação. 
 
Sobre as categorias de indicações verdadeiras assinale a alternativa correta.
a) Linha intermitente é causada pela porosidade ou por trica profunda. 
b) Causadas por trincas as indicações defeituosas ocorrem por lavagem insuficiente. 
c) Quando a peça é porosa podemos ter indicações arredondadas. 
d) Quando a peça é retrabalhada por martelamento podem ocorrer indicações de linha 
intermitente. 
e) As indicações arredondadas ocorrem por causa da grande quantidade de penetrante 
absorvida pelo revelador.
Atenção! 
Importante! 
Saiba Mais! 
Recordando! 
0-126-122
??
Líquido penetrante - básico
C
ritérios de aceitação
5
Neste capítulo veremos os critérios de aceitação de 
descontinuidade. Espera-se que ao final desse capitulo:
•• Conheça a avaliação das indicações e os critérios de 
aceitação.
35
5.1 Avaliação técnica
O critério de aceitação de descontinuidades deve seguir a norma ou especificação aplicável 
ao produto ou componente fabricado e inspecionado. A título de exemplo, o critério de 
aceitação que segue a seguir o: ASME Sec. VIII Div. 2 Art. 9-2 par. 9-230, é aplicável para 
soldas e componentes inspecionadas por líquidos penetrantes, 
 Avaliação das indicações
Uma indicação é uma evidência de uma imperfeição mecânica. Somente indicações com 
dimensões maiores que 1/16 pol. (1,6 mm) deve ser considerada como relevante.
(a) Uma indicação linear é aquela tendo um comprimento maior que três vezes a largura.
(b) Uma indicação arredondada é aquela na forma circular ou elíptica com comprimento 
igual ou menor que três vezes a largura.
(c) Qualquer indicação questionável ou duvidosa deve ser inspecionada novamente para 
determinar se indicações relevantes estão ou não presentes.
 Critério de Aceitação
Todas as superfícies devem estar livres de:
(a) indicações relevantes lineares;
(b) indicações relevantes arredondadas maiores que 3/16 pol. (4,8 mm);
(c) quatro ou mais indicações relevantes arredondadas em linha separadas por 1/16 pol. (1,6 
mm) ou menos (de borda a borda);
≤1,6
(d) uma indicação de uma imperfeição pode ser maior que a imperfeição; entretanto, o 
tamanho da indicação é a base para a avaliação da aceitação.
Especificação técnica para Líquidos Penetrantes - CCH-70 / PT 70-2
Esta norma é geralmente utilizada na inspeção de fundidos para aplicação em componentes 
hidráulicos, na condição acabado, ou ainda para inspeção de áreas abertas para reparos.
Líquido penetrante - básico
36
 Avaliação das indicações
Indicações isoladas abaixo de 1,5 mm não devem ser consideradas para efeito de
avaliação.
Indicações Lineares:
Indições com comprimento maior ou igual a três vezes a largura será considerada
como linear.
 
a
ba ≥ 3.b
 
Indicações Arredondadas
Indicações comcomprimento menor que três vezes a largura será considerada arredondada.
a
b
a < 3.b
Indicações alinhadas
São indicações agregadas em L com dimensões acima de 1,5 mm arredondadas, separadas 
entre si de 2 mm ou menos.
d
L
d ≤ 2 mm
 Critério de Aceitação
A área inspecionada será avaliada e classificada por comparação com cinco classes de 
qualidade numeradas de 1 a 5, em ordem decrescente de qualidade.
A área de referência para avaliação é de 1 dm2 (100 cm2) na forma quadrada ou retangular 
com lado não superior a 250 mm.
A seguir apresentamos um quadro com a classe e sua descrição.
Líquido penetrante - básico
37
Classe 1 de Qualidade
 » 1. Nenhuma indicação arredondada com dimensão a > 3 
mm;
 » 2. Nenhuma indicação linear;
 » 3. Nenhuma indicação alinhada;
 » 4. A superfície total de indicações menor ou igual a 10 mm2 
/ dm2.
Classe 2 de Qualidade
 » 1. Nenhuma indicação arredondada com dimensão a > 4 
mm;
 » 2. Nenhuma indicação linear;
 » 3. Nenhuma indicação alinhada;
 » 4. A superfície total de indicações menor ou igual a 20 mm2 
/ dm2.
Classe 3 de Qualidade
 » 1. Nenhuma indicação arredondada com dimensão a > 5 
mm;
 » 2. Nenhuma indicação linear;
 » 3. Nenhuma indicação alinhada;
 » 4. A superfície total de indicações menor ou igual a 50 mm2 
/ dm2.
Classe 4 de Qualidade
 » 1. Nenhuma indicação arredondada com dimensão a > 6 
mm;
 » 2. Nenhuma indicação linear;
 » 3. Nenhuma indicação alinhada com L > 10 mm;
 » 4. A superfície total de indicações menor ou igual a 125 mm2 
/ dm2.
Classe 5 de Qualidade
 » 1. Nenhuma indicação arredondada com dimensão a > 8 
mm;
 » 2. Nenhuma indicação linear com a > 7 mm;
 » 3. Nenhuma indicação alinhada com L > 10 mm;
 » 4. A superfície total de indicações menor ou igual a 250 mm2 
/ dm2.
Quadro 5.1 – Classes de qualidade.
Líquido penetrante - básico
38
Relembrando
Neste capítulo vimos quais os critérios de aceitação de descontinuidade conforme algumas 
normas utilizadas para exemplificar.
Pergunta Rápida
1. A área inspecionada é avaliada e classificada por comparação com cinco classes de 
qualidade numeradas de 1 a 5 , em ordem decrescente de qualidade. 
 
Sobre essas classes assinale qual possui a superfície total de indicações menor ou igual a 125 
mm2 / dm2.
a) Classe 1 
b) Classe 2 
c) Classe 3 
d) Classe 4 
e) Classe 5
Atenção! 
Importante! 
Saiba Mais! 
Recordando! 
0-126-122
??
Líquido penetrante - básico
Segu
ran
ça e Proteção
6
Neste capítulo veremos os cuidados com a segurança ao se 
trabalhar com os líquidos penetrantes. 
Espera que ao final do capítulo seja possível:
•• Saber as medidas de proteção pessoal.
40
6.1 Limpeza
6.2 Toxidade, aspiração exagerada, ventilação, manuseio
As medidas de proteção pessoal contra eventuais problemas de saúde causados por produtos 
utilizados no ensaio por líquido penetrante iniciam-se com:
•• conhecimento do inspetor a respeito do procedimento de ensaio;
•• organização pessoal e em decorrência da limpeza da área de trabalho.
Manter a área de trabalho limpa e organizada é fundamental não só para a proteção pessoal 
como para o sucesso do ensaio.
Toxidade é a propriedade de causar dano no corpo humano ou em um material. Praticamente 
todos os materiais para ensaio com líquidos penetrantes atualmente disponíveis não 
apresentam grandes problemas de toxidade, mas certas precauções são necessárias.
Uma aspiração exagerada dos produtos voláteis pode causar náusea e certas dermatoses 
podem ocorrer quando há contato muito prolongado dos produtos com a pele.
Uma precaução básica é manter uma boa ventilação do local de trabalho. Nestas condições 
é evitada a aspiração exagerada e elimina-se o problema de uma eventual inflamação dos 
gases gerados (ver ponto de fulgor).
Como os materiais utilizados no ensaio apresentam propriedades detergentes, eles tendem 
a dissolver óleos e gorduras. Portanto, o contato exagerado pode causar rugosidade e 
vermelhão na pele.
Isto pode causar uma infecção causando irritações mais fortes. Deve-se tomar o cuidado de 
lavar as mãos com bastante água corrente e sabão. O uso de luvas em contatos prolongados é 
recomendável.
Se houver início de irritação, deve-se usar sobre o local atingido um creme ou loção à base de 
gordura animal (lanolina).
Os seguintes EPIs são os mínimos necessários para qualquer atividade na área de 
Manutenção:
•• Capacete de segurança com cinta jugular;
•• Protetor Auricular tipo concha ou tipo plugue (permitido para soldadores);
•• Óculos de Segurança;
•• Luvas de segurança adequadas à atividade;
•• Botina de Segurança com biqueira de compósito.
A lista completa de EPIs deve ser avaliada de acordo com a particularidade de cada atividade 
a ser realizada.
Líquido penetrante - básico
41
Relembrando
Neste capítulo vimos os principais cuidados com segurança em relação à limpeza, a toxidade, 
aspiração exagerada, ventilação, manuseio, além dos EPI necessarios para executar os ensaios 
referentes aos liquidos penetrantes.
Pergunta Rápida
1. Leia a frase abaixo. 
 
Uma precaução básica é manter uma boa _________ do local de trabalho. Nestas condições é 
evitada a ______exagerada e elimina-se o problema de uma eventual inflamação dos _______ 
gerados (ver ponto de fulgor). 
 
Assinale a alternativa que apresenta as palavras na sequência correta para completar a frase:
a) Iluminação; escuridão; gases;
b) Aspirção; contaminação; gases;
c) ventilação; aspiração; gases;
d) aparência; sujeira; resultados;
e) gases; aspiração; ventilação.
Atenção! 
Importante! 
Saiba Mais! 
Recordando! 
0-126-122
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Líquido penetrante - básico
R
eferên
cias
7
•• SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. 
Soldagem. São Paulo: SENAI, 1997.
•• SAKAMOTO, A. Ensaio por Líquidos Penetrantes. São Paulo: 
ABENDE,