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Lubrificacao-equip-usinas_Apostila_v005

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Lubrificação de equipamentos 
de usinas
VALER - EDUCAÇÃO VALE
Trilha técnica: Pelotização | Manutenção | Mecânica - Execução
Jackson Oliveira
Gabriela Vidal
COLABORADORES
VALER - EDUCAÇÃO VALE
Lubrificação de equipamentos 
de usinas
Trilha técnica: Pelotização | Manutenção | Mecânica - Execução
M
en
sagem
 V
aler
Caro colaborador, 
Você está participando da ação de desenvolvimento de sua Trilha 
Técnica denominada: “Lubrificação de equipamentos de usinas”.
A Valer Educação construiu esta Trilha em conjunto com 
profissionais técnicos da sua área com o objetivo de desenvolver as 
competências essenciais para o melhor desempenho de sua função 
e o aperfeiçoamento da condução de suas atividades diárias. 
Todos os treinamentos contidos na Trilha Técnica contribuem 
para o seu desenvolvimento profissional e reforçam os valores 
saúde e segurança, que são indispensáveis para sua atuação em 
conformidade com os padrões de excelência exigidos pela Vale. 
Agora é com você. Siga o seu caminho e cresça com a Vale. 
Vamos Trilhar!
Su
m
ário
Introdução 6
1. Lubrificação 8
1.1 Componentes dos equipamentos mecânicos 9
2. Lubrificantes 14
2.1 Atuação dos lubrificantes 15
2.2 Lubrificação adequada 15
2.3 Tipos de lubrificantes 17
3. Características físico-químicas dos óleos lubrificantes 19
3.1 Viscosidade 20
3.2 Densidade 22
3.3 Ponto de mínima fluidez e congelamento 22
3.4 Ponto de fulgor e combustão 23
3.5 Outras características dos óleos lubrificantes 23
3.6 Sistemas de classificação de viscosidade 24
4. Aditivos 26
4.1 Extrema pressão (EP) 27
4.1.1 Composição e ação dos EP 27
4.2 Antioxidantes 28
4.3 Anticorrosivos 28
4.4 Inibidores de ferrugem 29
4.5 Detergentes e dispersantes 29
4.6 Antiespumantes 29
4.7 Melhoradores do I.V. 29
4.8 Agentes de adesividade 30
4.9 Abaixadores do ponto de fluidez 30
4.10 Aditivos especiais 30
5. Graxas 32
5.1 Definição e conceito 33
5.2 Estruturas das graxas 33
5.3 Componentes das graxas 34
5.4 Características das graxas 37
6. Métodos de aplicação de lubrificantes 40
6.1 Características relacionadas à aplicação do lubrificante 41
6.2 Aplicação com perda total 42
6.3 Aplicação com reaproveitamento 50
7. Lubrificação de equipamentos 56
7.1 Procedimentos de lubrificação 57
7.2 Lubrificação com óleo ou graxa 57
7.3 Lubrificação de mancais de deslizamento 58
7.4 LUBRIFICAÇÃO DE ENGRENAGENS 60
8. Contaminação dos lubrificantes 66
8.1 Tipos de contaminação 67
8.2 Monitoramento dos lubrificantes 68
8.3 Coleta de óleo para análise 69
9. Armazenagem e manuseio 72
 9.1 Contaminantes mais comuns 73
9.2 Armazenagem em locais abertos 73
9.3 Tempo de armazenamento 75
10. Saúde, segurança e meio ambiente 78
10.1 Precauções 79
10.2 Responsabilidade ambiental 80
11. Referências 83
Su
m
ário
In
trodu
ção 
Em conjunto com a Valer Educação esta Trilha foi construída com o 
objetivo de desenvolver as competências essenciais para o melhor 
desempenho da função e o aperfeiçoamento da condução das 
atividades diárias de cada colaborador.
É imprescindível que cada profissional esteja corretamente 
capacitado para realização de medidas com a precisão requerida.
Nesse material veremos sobre Lubrificação de equipamentos de 
usinas.
•• Sendo assim, no primeiro capítulo veremos sobre lubrificação, 
componentes dos equipamentos mecânicos e, definição e tipos 
de atrito. 
•• No segundo capítulo abordaremos sobre os lubrificantes. 
Vamos saber como estes atuam, como escolher um lubrificante 
adequado e, também, vamos saber os tipos de lubrificantes 
existentes. 
•• Já no terceiro capítulo trataremos sobre as características físico-
químicas dos óleos lubrificantes. Vamos ver sobre viscosidade, 
densidade entre outras características.
•• Em seguida, no quarto capítulo veremos sobre os aditivos. 
•• No quinto capítulo falaremos sobre as graxas. Vamos ver o que 
é, quais os seus componentes e estrutura, além de saber as 
suas características.
•• No sexto falaremos sobre os métodos de aplicação de 
lubrificantes. Vamos ver as características relacionadas à 
aplicação do lubrificante, como é feita a aplicação com perda 
total e com reaproveitamento.
•• No capítulo seguinte, o sétimo, vamos abordar a lubrificação 
de equipamentos. Vamos saber quais os procedimentos de 
lubrificação, lubrificação com óleo ou graxa e lubrificação de 
mancais de deslizamento.
•• Já no oitavo, falaremos sobre a contaminação dos lubrificantes. 
Vamos saber quais os tipos de contaminação podem surgir, 
como é feito este monitoramento e, também, como é feita a 
coleta de óleo para análise.
•• No capítulo nono, falaremos sobre armazenagem e manuseio. 
Vamos saber quais são os contaminantes mais comuns e, como 
podemos fazer a armazenagem em locais abertos.
•• No décimo e, último capítulo, trataremos sobre saúde, 
segurança e meio ambiente. Vamos ver quais as precauções 
que devemos tomar, a fim de evitar transtornos e problemas 
de saúde. Vamos também verificar sobre responsabilidade 
ambiental.
In
trodu
ção 
Lu
brificação
1
Neste capítulo serão apresentados os conceitos básicos 
relacionados à lubrificação.
Espera-se que ao final deste capítulo seja possível:
•• Entender sobre os componentes dos equipamentos 
mecânicos;
•• Saber sobre definição de atrito;
•• Saber sobre os tipos de atritos.
9
1.1 Componentes dos equipamentos mecânicos
1.2 Definições de atrito
Os componentes dos equipamentos mecânicos possuem um grande número de superfícies 
em movimento relativo. Nessa movimentação, está presente o atrito, que gera desgaste e 
limita a velocidade desses componentes.
Teoricamente, qualquer fluido pode funcionar como lubrificante. Entretanto, a grande 
maioria dos lubrificantes é derivada do petróleo cujas propriedades são as mais adequadas 
para a lubrificação.
A lubrificação é uma operação que consiste em introduzir uma substância apropriada entre 
superfícies sólidas, que estejam em contato entre si e que executam movimentos relativos.
Essa substância é, normalmente, um óleo ou uma graxa, que tem por objetivo impedir o 
contato direto entre as superfícies sólidas.
Atrito, ou força de atrito, é a força de resistência ao movimento de duas superfícies, e é 
proporcional a força descompressão.
Define-se o atrito externo como a resistência ao movimento de duas superfícies em contato, 
sendo que tal resistência deve-se as irregularidades microscópicas que as superfícies 
apresentam.
Quando se interpõe uma 
camada de óleo entre 
duas superfícies metálicas, 
a força de atrito diminui 
consideravelmente, pois é 
evitado o contato entre as 
mesmas.
Nesse caso, o atrito 
externo é substituído pelo 
que chamamos de atrito 
interno.
Redução dos efeitos do atrito
Para reduzir os efeitos do atrito, são usados os lubrificantes.
Uso da lubrificação correta
Ao usarmos uma lubrificação correta, pretendemos manter mínimos os atritos externo 
e interno, reduzindo o desgaste das peças sem, com isso, provocarmos demasiado 
aumento de temperatura.
F”F
F
P
Carga
Rugosidade
Figura 1.1 - Processo de Atrito.
Lubrificação de equipamentos de usinas
10
1.2.1 Tipos de atrito
•• Atrito de deslizamento: Força que resiste ao movimento relativo entre os corpos sólidos, 
cujas superfícies opostas estão limpas e secas.
•• Atrito fluido: Força que resiste ao movimento relativo entre dois corpos sólidos quando 
um (ou ambos) rola sobre a superfície do outro.
•• Atrito limite: Força que resiste ao fluxo de líquidos ou gases. Essa força se opõe à ação 
deslizante das camadas de fluido.
Carga
Deslizamento
Estacionado
Solda
(desgaste)
Figura 1.2 - Atrito de deslizamento.
Contato
de rolamento
Figura 1.3- Atrito fluido.
Corpo livre
Corpo estacionado
Velocidade
zero
Velocidade
máxima
Figura 1.4 - Atrito limite.
Lubrificação de equipamentos de usinas
11
•• Atrito de película mista: Força que resiste ao movimento relativo de dois corpos, cujas 
superfícies opostas estão molhadas por um lubrificante, porém, quase não estão 
separadas.
•• Atrito de película fina ou hidrodinâmica: Força que resiste ao movimento relativo de 
dois corpos, cujas superfícies opostas estão parcialmente separadas por uma película.
Dentre as consequências indesejadas que o atrito pode produzir, podemos listar:
•• Calor 
(aumento da 
temperatura 
dos 
componentes 
em contato);
•• Ruído;
•• Vibração;
•• Desgaste;
•• Perda de 
potência;
•• Maior gasto 
com energia.
Corpo Livre
Corpo estacionamento
Solda
(desgaste)
Contato
Limite
Figura 1.5 - Atrito de película mista.
Deformação Soldagem Cisalhamento
Irregularidades super�ciais Micro soldas
Fricção
Contato entre duas superfícies
Rugosidade
Figura 1.7 – Processo de desgaste.
Corpo Livre
Corpo estacionamento
Película
Lubri�cante
Contato
Mista
Figura 1.6 - Atrito de película fina ou hidrodinâmica.
Lubrificação de equipamentos de usinas
12
1.2.2 Coeficiente de atrito (U)
É a proporção de força (P) necessária para vencer o atrito imposto pela carga ou pela pressão 
(W). Veja a fórmula a seguir:
Atrito de fluído 0.001 - 0.005
Atrito de rolamento ( esferas ) 0.002
Atrito de rolamento ( rolos ) 0.004
Atrito de deslizamento ( seca ) 0.15 - 0.40
Atrito de deslizamento ( limite ) 0.080 - 0.10
Atrito de deslizamento ( película mista ) 0.020 - 0.08
Tabela 1.1 - Coeficiente de atrito para diferentes superfícies.
Bronze sobre bronze 0.20
Ferro fundido sobre bronze 0.21
Ferro fundido sobre latão 0.20
Aço duro sobre aço duro 0.42
Aço suave sobre aço suave 0.57
Aço duro sobre babbitt 0.34
Aço suave sobre bronze 0.57
Madeira sobre madeira 0.25 a 0.50
Metal sobre robie 0.50 a 0.60
Pele sobre ferro fundido 0.56
Tabela 1.2 - Coeficiente de atrito para diferentes materiais.
µ =
p
w
Lubrificação de equipamentos de usinas
13
Relembrando
Neste capítulo foram apresentados os conceitos básicos relacionados à lubrificação. Além 
disso, vimos conceitos de atrito e os tipos existentes.
Pergunta Rápida
1. Os componentes dos equipamentos mecânicos possuem um grande número de superfícies 
em movimento relativo. Nessa movimentação, está presente o atrito, que gera desgaste e 
limita a velocidade desses componentes. A respeito dessa informação, analise as seguintes 
sentenças:
I. Teoricamente, qualquer fluido pode funcionar como lubrificante. Entretanto, a grande 
maioria dos lubrificantes é derivada do petróleo cujas propriedades são as mais adequadas 
para a lubrificação. 
II. A lubrificação é uma operação que consiste em introduzir uma substância apropriada 
entre superfícies sólidas, que estejam em contato entre si e que executam movimentos 
relativos. 
III. Essa substância é, normalmente, um óleo ou uma graxa, que tem por objetivo impedir o 
contato direto entre as superfícies sólidas.
Estão corretas:
a) I e II. 
b) I, II e III. 
c) Apenas I. 
d) Apenas II. 
e) Apenas III.
2. Atrito, ou força de atrito, é a força de resistência ao movimento de duas superfícies, e é 
proporcional a força descompressão. Sobre os tipos de atrito, é correto afirmar que:
a) Atrito limite é a força que resiste ao movimento relativo de dois corpos, cujas superfícies 
opostas estão molhadas por um lubrificante, porém, quase não estão separadas. 
b) Atrito fluido é a força que resiste ao movimento relativo de dois corpos, cujas superfícies 
opostas estão molhadas por um lubrificante, porém, quase não estão separadas. 
c) Atrito de deslizamento é a força que resiste ao movimento relativo de dois corpos, cujas 
superfícies opostas estão molhadas por um lubrificante, porém, quase não estão separadas. 
d) Atrito de película mista é a força que resiste ao movimento relativo de dois corpos, cujas 
superfícies opostas estão molhadas por um lubrificante, porém, quase não estão separadas. 
e) Atrito de película mista é a força que resiste ao movimento relativo entre dois corpos 
sólidos quando um (ou ambos) rola sobre a superfície do outro.
Atenção! 
Importante! 
Saiba Mais! 
Recordando! 
0-126-122
??
Lubrificação de equipamentos de usinas
Lu
brifican
tes
2
Neste capítulo serão apresentados os conceitos básicos 
relacionados aos lubrificantes.
Espera-se que ao final deste capítulo seja possível:
•• Entender sobre a atuação dos lubrificantes;
•• Saber quais as funções dos lubrificantes;
•• Entender sobre a lubrificação adequada;
•• Descobrir como escolher o lubrificante adequado;
•• Saber quais os tipos de lubrificantes existentes.
15
2.1 Atuação dos lubrificantes
2.2 Lubrificação adequada
Os lubrificantes atuam entre dois pontos de atrito de superfícies sólidas. 
Uma lubrificação só poderá ser considerada correta quando o ponto de lubrificação recebe o 
lubrificante certo, no volume adequado e no momento exato.
O ponto só recebe lubrificante certo 
quando:
 » A especificação de origem (fabricante) estiver correta;
 » A qualidade do lubrificante for controlada;
 » Não houver erros de aplicação;
 » O produto em uso for adequado;
 » O sistema de manuseio, armazenagem e estocagem 
estiverem corretos.
O volume adequado só será 
alcançado se:
 » O lubrificador estiver habilitado e capacitado;
 » Os sistemas centralizados estiverem corretamente 
projetados, mantidos e regulados;
 » Os procedimentos de execução forem elaborados, 
implantados e obedecidos;
 » Houver uma inspeção regular e permanente nos 
reservatórios.
As principais funções dos lubrificantes, nas suas diversas aplicações, são as seguintes:
•• Controle do atrito;
•• Controle do desgaste;
•• Controle da temperatura;
•• Controle da corrosão;
•• Transmissão de força;
•• Amortecimento de choques;
•• Remoção de contaminantes;
•• Vedar componentes.
Nessas condições, o contato entre as 
superfícies sólidas é lubrificado pelo fluido, 
fazendo com que o desgaste entre as 
superfícies seja reduzido.
 
Quando esses pontos são recobertos por um lubrificante, o atrito sólido é substituído 
pelo atrito fluido.
Figura 2.1 - Atuação dos Lubrificantes.
Lubrificação de equipamentos de usinas
16
O momento exato será atingido 
quando:
 » Houver um programa para execução dos serviços de 
lubrificação;
 » Os períodos previstos estiverem corretos;
 » As recomendações do fabricante estiverem corretas;
 » A equipe de lubrificação estiver corretamente 
dimensionada;
 » Os sistemas centralizados estiverem corretamente 
regulados.
Com a lubrificação correta, você 
consegue:
 » Reduzir o atrito e o desgaste;
 » Retirar o calor das partes mecânicas;
 » Proteger o equipamento contra ferrugem e corrosão;
 » Vedar as partes em movimento;
 » Eliminar ruídos;
 » Prolongar a vida útil dos equipamentos;
 » Transmitir potência;
 » Formar selo (vedação);
 » Remover contaminantes;
 » Obter um meio amortecedor e isolante.
Quadro 2.1 – Lubrificação adequada.
2.2.1 Como escolher o lubrificante adequado
A correta seleção de um lubrificante se fundamenta em alguns aspectos de operação dos 
equipamentos, como, por exemplo:
a) Velocidade de trabalho
Quando a velocidade de trabalho do 
equipamento é elevada, ela tende a 
expulsar o lubrificante pela ação da força 
centrífuga. Assim, é necessário utilizar 
um óleo pouco viscoso para não frear o 
movimento.
b) Temperatura de trabalho
A temperatura de trabalho, quente ou fria, 
interfere na viscosidade do lubrificante. 
Quando a temperatura aumenta, a 
viscosidade diminui e o óleo escoa com 
mais facilidade.Quando aquecidos, os lubrificantes, mesmo 
sendo óleos sintéticos, tendem a diminuir; 
quando são esfriados, tendem a aumentar.
c) Carga de trabalho
A carga se refere às forças externas que 
agem sobre um eixo, além do seu próprio 
peso e também da potência que está sendo 
transmitida.
Quando a carga é muito pesada, é 
necessária uma película lubrificante, 
suficientemente viscosa para suportá-la.
 
Esses fatores identificam as 
propriedades que um lubrificante 
deve ter, como sua viscosidade e a 
quantidade ou o tipo de aditivos.
Lubrificação de equipamentos de usinas
17
2.3 Tipos de lubrificantes
2.3.1 Lubrificantes gasosos
2.3.2 Lubrificantes sólidos
2.3.3 Lubrificantes pastosos
Os lubrificantes são substâncias de origem mineral, vegetal ou animal, que podem ser 
derivados do petróleo ou ser fabricados em laboratórios.
Podem ser formados pela união de dois ou mais tipos de óleos e têm como função aumentar 
a vida útil das máquinas.
De acordo com seu estado de agregação, os lubrificantes são classificados em: gasosos, 
sólidos, pastosos e líquidos. Os quais serão apresentados, detalhadamente, a seguir.
São usados em casos especiais, onde não é possível o emprego dos lubrificantes 
convencionais.
Exemplo: ar, nitrogênio, etc.
Esses lubrificantes têm a finalidade de substituir a película fluida por uma película sólida. Os 
sólidos minerais mais usados são o grafite, o dissulfeto de molibdênio, a mica e o talco.
Esses sólidos apresentam excelentes propriedades de untuosidade e resistem a elevadas 
temperatura e pressão.
São as graxas e as composições betuminosas. Possuem alta viscosidade e são compostos 
de misturas de óleos lubrificantes minerais (de diversas viscosidades) e seus aditivos, 
geralmente sabões metálicos. Os aditivos atuam conferindo propriedades de antioxidação, 
resistência a ação da água e determinados solventes, capacidade de adesão, estabilidade 
da viscosidade em função da temperatura e do movimento, resistência ao desalojamento, 
resistência a extremas pressões, entre outras.
Lubrificação de equipamentos de usinas
18
2.3.4 Lubrificantes líquidos
Os líquidos são em geral preferidos como lubrificantes. Eles possuem excelente penetração 
entre as partes móveis e atuam, também, como removedores de calor.
Os lubrificantes líquidos classificam-se em:
•• Óleos minerais (derivados do petróleo): São substâncias obtidas a partir do petróleo e, 
de acordo com sua estrutura molecular, são classificadas em óleos parafínicos ou óleos 
naftênicos.
•• Óleos não minerais (vegetais, animais e sintéticos):
•• Óleos vegetais - São extraídos de sementes: soja, girassol, milho, algodão, arroz, 
mamona, oiticica, babaçu etc.
•• Óleos animais - São extraídos de animais como a baleia, o cachalote, o bacalhau, a 
capivara etc.
•• Óleos sintéticos - São produzidos em indústrias químicas que utilizam substâncias 
orgânicas e inorgânicas para fabricá-los. Estas substâncias podem ser silicones, 
ésteres, resinas, glicerinas etc.
Lubrificação de equipamentos de usinas
19
Relembrando
Neste capítulo foram apresentados os conceitos básicos relacionados aos lubrificantes. Além 
disso, vimos sobre a atuação dos lubrificantes e quais as suas funções. Vimos, também, como é 
feita a lubrificação adequada e como escolher o lubrificante para cada situação e, também, os 
tipos de lubrificantes existentes.
Pergunta Rápida
1. Os lubrificantes atuam entre dois pontos de atrito de superfícies sólidas. As principais 
funções dos lubrificantes, nas suas diversas aplicações, são as seguintes:
I. controle do atrito.
II. controle do desgaste.
III. controle da temperatura.
IV. controle da corrosão.
Estão corretas:
a) I e II.
b) I, II e III.
c) I, II, III e IV.
d) II, III e IV.
e) III e IV.
2. Os lubrificantes são substâncias de origem mineral, vegetal ou animal, que podem ser 
derivados do petróleo ou ser fabricados em laboratórios. Sobre os tipos de lubrificantes, é 
correto afirmar que:
a) Lubrificantes gasosos são usados em casos especiais, onde não é possível o emprego dos 
lubrificantes convencionais. Exemplo: ar, nitrogênio, etc.
b) Lubrificantes sólidos são usados em casos especiais, onde não é possível o emprego dos 
lubrificantes convencionais. Exemplo: ar, nitrogênio, etc.
c) Lubrificantes pastosos têm a finalidade de substituir a película fluida por uma película 
sólida. Os sólidos minerais mais usados são o grafite, o dissulfeto de molibdênio, a mica e o 
talco.
d) Lubrificantes líquidos são as graxas e as composições betuminosas.
e) Lubrificantes gasosos são as graxas e as composições betuminosas.
Atenção! 
Importante! 
Saiba Mais! 
Recordando! 
0-126-122
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Lubrificação de equipamentos de usinas
C
aracterísticas físico-qu
ím
icas 
dos óleos lu
brifican
tes
3
Neste capítulo serão apresentadas as características físico-
químicas dos lubrificantes.
Espera-se que ao final deste capítulo seja possível:
•• Entender sobre viscosidade;
•• Saber o que é densidade;
•• Entender sobre o ponto de mínima fluidez e congelamento;
•• Entender sobre o ponto de fulgor e combustão;
•• Saber quais as características dos óleos lubrificantes;
•• Entender sobre o sistema de classificação da viscosidade.
21
3.1 Viscosidade
Viscosidade é a resistência oferecida por um fluido (líquido ou gasoso) ao movimento ou ao 
escoamento.
A viscosidade é a consequência do atrito interno de um fluido, isto é, da resistência que um 
fluido oferece ao movimento.
A viscosidade é inversamente proporcional à temperatura, ou seja, quanto maior a 
temperatura do óleo, menor será sua viscosidade. Quando submetido a uma temperatura 
elevada, a sua viscosidade diminui, e ele escorre mais facilmente.
Assim, quando um motor é submetido a elevadas temperaturas, deve-se utilizar um 
lubrificante que mantenha a sua viscosidade, de modo a garantir a proteção do motor.
O índice de viscosidade (IV) é um meio convencional de se exprimir esse grau de variação. 
Quanto maior for o IV de um óleo, menor será sua variação de viscosidade entre duas 
temperaturas.
 
É a propriedade principal de um lubrificante, pois está diretamente relacionada com a 
capacidade de suportar cargas, ou seja, quanto mais viscoso for o óleo, maior poderá ser 
a carga suportada.
 
Um lubrificante mais viscoso (mais grosso) escoa com mais dificuldade, portanto tem 
maior capacidade de se manter entre duas peças móveis, fazendo a lubrificação.
Figura 3.1 - Exemplo de Índices de viscosidade.
Lubrificação de equipamentos de usinas
22
3.1.1 Escalas de viscosidade
Existem escalas físicas e escalas empíricas ou convencionais para medir a viscosidade 
cinemática; as escalas convencionais recebem os nomes de seus autores: Saybolt, Redwood 
e Engler.
Na prática, a viscosidade é medida com o viscosímetro de Ostwald, que funciona da seguinte 
maneira:
•• Coloca-se uma quantidade de óleo suficiente para encher os bulbos A e B;
•• Coloca-se o aparelho dentro de um banho de aquecimento;
•• O óleo ao atingir a temperatura de 100º F (37,8º C) é aspirado até o ponto 3;
•• Em seguida, interrompe-se a sucção e registra-se o tempo (segundos) que o nível 
superior do óleo demora para descer de 4 até 5;
•• O tempo registrado é multiplicado por uma constante do aparelho e representa a 
viscosidade.
A unidade usada é o stoke (cm2/s). Como um 
stoke é muito grande para o uso convecional, 
usa-se o centistoke que é a centésima parte do 
stoke.
tubo capilar
reparos ou marcas
de referência
70 a 75m
m
28 a 30mm
ligamento de reforço
em vidro
1 2
A
B
5
C
3
4
Figura 3.2 - Viscosímetro de Ostwald.
Lubrificação de equipamentos de usinas
23
3.2 Densidade
3.3 Ponto de mínima fluidez e congelamento
É a relação entre a massa (m) de um líquidoe seu volume unitário (v), a uma determinada 
temperatura.
Ponto de mínima fluidez é a menor temperatura em que o óleo lubrificante ainda flui. É 
verificado através dos passos descritos a seguir:
1. Resfria-se a amostra de óleo dentro de um tubo;
2. Observa-se a existência ou não de movimento da superfície do óleo dentro do tubo a cada 
decréscimo de 3°C na temperatura;
3. Se após cinco segundos não houver movimentação, pode-se concluir que se atingiu o 
ponto de congelamento;
4. Assim, para saber a temperatura do ponto de mínima fluidez, subtrai-se 3ºC da temperatura 
do ponto de congelamento.
A densidade dos lubrificantes indica o 
peso de certa quantidade de óleo, a uma 
determinada temperatura.
p = ,onde p=densidadem
v
 
Conhecer a densidade dos lubrificantes 
é importante para ajudar na verificação 
de possível contaminação ou 
deterioração.
Exemplo
Se determinado óleo apresentar um ponto de congelamento. De -10°c, seu ponto de 
mínima fluidez será de -7°c.
Lubrificação de equipamentos de usinas
24
3.4 Ponto de fulgor e combustão
3.5 Outras características dos óleos lubrificantes
3.5.1 Cor
3.5.2 Odor
3.5.3 Fluxo a baixa temperatura
3.5.4 Acidez (AN)/basicidade (BN)
3.5.5 Extrema pressão
3.5.6 Espuma
O ponto de fulgor é a temperatura em que os gases evaporados do óleo, dão origem a um 
flash, isto é, ocorre uma inflamação sem haver combustão.
Já o ponto de combustão é a temperatura em que toda a superfície do óleo entra em 
combustão completa, por pelo menos cinco segundos.
Apresentam variação de cor quando observados contra a luz.
São devidas às variações da natureza dos crus, da viscosidade e dos métodos e das formas 
de tratamento, empregados durante o refino.
Essas cores podem ser imitadas com a utilização de aditivos, o que mostrar a não influência 
da cor no desempenho do lubrificante.
Os lubrificantes apresentam odores característicos, brandos e não desagradáveis. Odores 
fortes e/ou diferentes do habitual indicam a presença de aditivos ou contaminação.
É a característica fundamental dos óleos lubrificantes presentes em equipamentos que 
trabalham em baixa temperatura operacional, também conhecida por ponto de fluidez.
Toda substância da natureza, inclusive os óleos, apresenta característica ácida ou alcalina.
Com base nessas características, pode-se monitorar o processo de oxidação do óleo, 
detectar uma eventual contaminação e verificar o grau de degradação da sua aditivação.
É a capacidade que um lubrificante tem de evitar que as superfícies em movimento entrem 
em contato, mesmo quando a película de óleo é rompida pela ação das elevadas pressões.
Os óleos lubrificantes quando agitados em presença de ar tendem a formar espuma. A 
espuma é indesejável por que:
•• causa uma lubrificação deficiente;
•• provoca cavitação;
•• gera um fluxo deficiente de óleo;
•• ocasiona menor transferência de calor;
•• acarreta em falha na transmissão de 
força.
Lubrificação de equipamentos de usinas
25
3.5.7 Demulsibilidade
3.5.8 Emulsibilidade
3.5.9 Efeito detergência-dispersância
É a capacidade do óleo lubrificante de separar-se da água.
Essa capacidade é obtida pelo tipo de básico, pelo tratamento especial do óleo básico e pela 
aditivação.
É a capacidade do óleo lubrificante de interagir com a água.
É uma característica de fundamental importância nos óleos de usinagem emulsionáveis.
A dispersância ou dispersividade designa a propriedade dos óleos lubrificantes de poderem 
manter em suspensão, finamente divididas, quaisquer impurezas formadas no interior do 
sistema (ou que nele penetrem), até o momento de serem eliminadas por ocasião da troca 
ou purificação do lubrificante.
3.6 Sistemas de classificação de viscosidade
Para escolher o óleo adequado, o usuário deve levar em consideração a viscosidade correta 
do óleo para cada aplicação.
O sistema de classificação ISO é mais simples e leva em consideração apenas a viscosidade 
do produto a 40 °C.
Grau de 
viscosidade
Ponto médio da 
Viscosidade. cSt 
a 40ºC
Limites da Viscosidade Cinemática, 
cSt a 40ºC
Unidades 
equivalentes em 
SUSMínimo Máximo
2 2,2 1,98 2,42 32
3 3,2 2,88 3,52 36
5 4,6 4,14 5,06 40
7 6,8 6,12 7,48 50
10 10 9 11 60
15 15 13,5 16,5 75
22 22 19,8 24,2 105
32 32 28,8 35,2 150
46 46 41,4 50,6 214
68 68 61,2 74,8 315
100 100 90 110 465
150 150 135 165 700
220 220 198 242 1000
320 320 288 352 1500
460 460 414 506 2150
680 680 612 748 3150
1000 1000 900 1100 4650
1500 1500 1350 1650 7000
Tabela 3.1 - Sistema de classificação de viscosidade iso para óleos industriais.
Lubrificação de equipamentos de usinas
26
Relembrando
Neste capítulo foram apresentadas as características físico-químicas dos lubrificantes. Além 
disso, entendemos sobre viscosidade. Vimos o que é densidade e entendemos sobre os pontos 
de mínima fluidez e congelamento, bem como o de fulgor e o de combustão. Vimos sobre 
as características dos óleos lubrificantes e entendemos sobre o sistema de classificação da 
viscosidade.
Pergunta Rápida
1. Viscosidade é a resistência oferecida por um fluido (líquido ou gasoso) ao movimento ou ao 
escoamento. Sobre viscosidade, analise as seguintes sentenças:
I. A viscosidade é a consequência do atrito interno de um fluido, isto é, da resistência que um 
fluido oferece ao movimento. 
II. A viscosidade é inversamente proporcional à temperatura, ou seja, quanto maior a 
temperatura do óleo, menor será sua viscosidade. Quando submetido a uma temperatura 
elevada, a sua viscosidade diminui, e ele escorre mais facilmente. 
III. Assim, quando um motor é submetido a elevadas temperaturas, deve-se utilizar um 
lubrificante que mantenha a sua viscosidade, de modo a garantir a proteção do motor. 
IV. O índice de viscosidade (IV) é um meio convencional de se exprimir esse grau de variação. 
Quanto maior for o IV de um óleo, menor será sua variação de viscosidade entre duas 
temperaturas.
Estão corretas as sentenças:
a) I e II. 
b) I, II e III. 
c) I, II, III e IV. 
d) I e IV. 
e) I, II e IV.
2. Sobre os pontos de temperatura, é correto afirmar que:
a) Ponto de mínima fluidez é a temperatura em que os gases evaporados do óleo, dão 
origem a um flash, isto é, ocorre uma inflamação sem haver combustão. 
b) Ponto de combustão é a menor temperatura em que o óleo lubrificante ainda flui. 
c) O ponto de fulgor é a temperatura em que os gases evaporados do óleo, dão origem a um 
flash, isto é, ocorre uma inflamação sem haver combustão. 
d) Ponto de combustão é a menor temperatura em que o óleo lubrificante ainda flui. 
e) Ponto de mínima fluidez é a temperatura em que toda a superfície do óleo entra em 
combustão completa, por pelo menos cinco segundos.
Atenção! 
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Saiba Mais! 
Recordando! 
0-126-122
??
Lubrificação de equipamentos de usinas
A
d
itivos
4
Neste capítulo serão apresentados os aditivos.
Espera-se que ao final deste capítulo seja possível:
•• Entender sobre os aditivos e identificar quais são;
•• Saber o que é extrema pressão;
•• Entender sobre os antioxidantes;
•• Descobrir quais são os anticorrosivos;
•• Saber quais os inibidores de ferrugem;
•• Saber quais são os detergentes dispersantes;
•• Entender sobre os antiespumantes;
•• Saber o que são os melhoradores do I.V.;
•• Saber quais são os agentes de adesividade;
•• Descobrir quais são os abaixadores dos pontos de fluidez;
•• Entender sobre os aditivos especiais.
28
4.1 Extrema pressão (EP)
4.1.1 Composição e ação dos EP
A função principal dos lubrificantes é separar as superfícies em movimento. Com isso, reduz-
se o atrito, o desgaste e a geração de calor.
Existem, porém, situações onde a pressão exercida sobre a película lubrificante é tão elevada 
que ocorre o seu rompimento. Aí, o contato metal-metal é extremamentedanoso.
O contato metal-metal provoca escoriações e arranhaduras em engrenagens e mancais que, 
por sua vez, geram a soldagem e a deformação a frio. Essas são as ocorrências combatidas 
pelos lubrificantes possuidores da propriedade extrema pressão (EP), dada pelo aditivo EP.
O comportamento dos óleos com e sem aditivos EP é semelhante até o momento da falha 
da película lubrificante. Nesse ponto o aditivo entra em ação.
Os aditivos EP são feitos de compostos de cloro, enxofre e fósforo, ou combinações desses 
elementos. Esses compostos reagem quimicamente com o metal para formar películas 
finíssimas de sulfetos, cloretos e fosfetos aderentes ao metal.
Tais compostos químicos têm baixa resistência ao cisalhamento e por isso evitam as 
escoriações, as soldagens, etc.
A ação dos elementos citados ocorre assim:
•• O enxofre é de ação lenta e residual;
•• O cloro é de pronta ação e curta duração;
•• O fósforo forma fosfatos com o metal. Esses fosfatos ao sofrerem atrito provocam o 
polimento das partes em contato.
Com o extraordinário desenvolvimento mecânico dos últimos tempos, surgiu a carência 
de óleos especiais. Tendo em vista as limitações dos óleos minerais, foram desenvolvidas 
substâncias (aditivos) para serem adicionadas a eles.
A seguir serão apresentados os principais aditivos.
Aditivos
Esses aditivos dão ao óleo novas 
propriedades, melhoram as existentes 
ou eliminam as indesejáveis.
Figura 4.1 - Estrutura microscópica de um lubrificante com 
aditivos.
Lubrificação de equipamentos de usinas
29
4.2 Antioxidantes
4.3 Anticorrosivos
Os aditivos antioxidantes são elementos que têm maior afinidade com o oxigênio do que os 
hidrocarbonetos formadores do óleo, ou seja, são receptores preferenciais de oxigênio.
Qualquer lubrificante se oxida, o que o aditivo faz é controlar a velocidade de oxidação por 
um tempo. Quando esse tempo se esgota, o óleo é considerado vencido. É o momento em 
que a formação de borras, gomas e vernizes ocorre em grande quantidade.
Os efeitos de um óleo com borras e vernizes são:
•• Eliminação de folgas;
•• Prejuízo da dissipação de calor;
•• Diminuição do rendimento;
•• Falhas e defeitos em vários pontos do equipamento.
Os aditivos antioxidantes são feitos em geral de compostos de enxofre e fósforo. Sua 
concentração nos lubrificantes é da ordem de 0,001 % a 0,1 %.
Os aditivos anticorrosivos têm a função de proteger os metais contra:
•• Substâncias corrosivas presentes no óleo, tais como borras e produtos da queima de 
combustível;
•• Agentes atmosféricos.
Para conseguir o primeiro tipo de proteção, adicionam-se ao óleo produtos que previnam 
o contato entre o metal e a substância corrosiva, e, ao mesmo tempo, neutralizem as 
substâncias ácidas presentes durante o serviço.
Para o segundo tipo de proteção, os aditivos recebem o nome de inibidores de ferrugem 
visto que se destinam à proteção dos metais ferrosos.
Em resumo
É necessário que o aditivo seja alcalino e forme uma película 
impermeável sobre os metais.
Lubrificação de equipamentos de usinas
30
4.4 Inibidores de ferrugem
4.5 Detergentes e dispersantes
4.6 Antiespumantes
4.7 Melhoradores do I.V.
Esses aditivos são produtos que têm mais afinidade com o ferro do que com a água. Assim, 
aderem ao metal e deslocam a umidade da superfície.
Esse deslocamento é conseguido por pequenos volumes de óleos graxos que envolvem 
as partículas de água numa película oleosa. Além dos óleos graxos, usam-se sulfonatos de 
petróleo.
Os inibidores de ferrugem podem ser usados em qualquer tipo de óleo. Porém, torna-se 
necessário verificar se esses aditivos corroem os não-ferrosos.
Os aditivos detergentes são compostos que auxiliam a manter limpas as superfícies 
metálicas, minimizando a formação de borras e lacas de qualquer natureza, por meio de 
realizações ou processos de solução.
O uso de aditivos detergentes não significa propriamente uma enérgica ação de limpeza, 
mas, uma redução na formação de depósitos.
O aditivo dispersante busca dar aos óleos lubrificantes a propriedade de manter em 
suspensão, finamente divididas, quaisquer impurezas formadas no interior do sistema (ou 
que nele penetrem) até o momento de serem eliminadas por ocasião da troca ou purificação 
do lubrificante.
Os principais produtos usados como aditivos detergentes dispersantes são os compostos 
organo-metálicos, cujas denominações químicas são: amina, hidroxila, éter fosforado, 
carboxila e anidrido.
Os óleos lubrificantes formam espuma quando agitados em presença de ar. Isso é 
indesejável, pois a espuma diminui a espessura da película lubrificante.
O silicone é o melhor e mais eficiente aditivo antiespuma. Ele atua de modo a desmanchar 
as bolhas de ar assim que elas atingem a superfície livre do óleo; sua ação é muito parecida 
com a de furar uma bexiga.
São polímeros adicionados aos lubrificantes sujeitos à intensa variação de temperatura. 
A função dos melhoradores do I.V. é não permitir aumento ou diminuição excessiva da 
viscosidade, durante trabalhos realizados em temperaturas baixas ou elevadas.
Lubrificação de equipamentos de usinas
31
4.8 Agentes de adesividade
4.9 Abaixadores do ponto de fluidez
4.10 Aditivos especiais
sejam: na indústria têxtil e na alimentícia, que precisam evitar o gotejamento de óleo sobre 
os produtos; ou, ainda, em componentes de máquinas com vazamentos, folgas ou sujeitos à 
centrifugação.
Os aditivos chamados agentes de adesividade são constituídos por polímeros de alto 
peso molecular e hidrocarbonetos saturados. Esses compostos são altamente resistentes à 
oxidação.
Os agentes de adesividade quando adicionados ao óleo, mesmo em pequenas quantidades, 
conferem-lhe alto poder de aderência aos metais. Essa aderência permanece inalterada nas 
condições normais de serviço, apesar de o movimento das peças forçar a expulsão do óleo.
São compostos químicos (polimetacrilatos e poliacrilamidas) que fazem o óleo suportar 
baixas temperaturas sem se congelar. Esses aditivos atuam impedindo que os cristais de cera 
se formem e se aglutinem impedindo a fluidez.
Assim, a temperatura considerada ponto de fluidez para um óleo com esse aditivo passa a 
ser inferior àquela considerada ponto de fluidez para o óleo sem este aditivo.
São basicamente de dois tipos:
1. Corantes: sua finalidade é dar uma cor definida para identificação de um produto, como por 
exemplo: gasolina, álcool e fluidos de corte;
2. Antissépticos: sua função é inibir o crescimento de fungos e bactérias e seu uso se restringe 
aos óleos de corte.
Lubrificação de equipamentos de usinas
32
Relembrando
Neste capítulo foram apresentados conceitos sobre os aditivos. Além disso, vimos sobre 
extrema pressão e entendemos sobre os antioxidantes e descobrimos quais são os 
anticorrosivos. Vimos os inibidores de ferrugem, os detergentes dispersantes e os 
antiespumantes, bem como os melhoradores do I.V. e os agentes de adesividade. Descobrimos 
quais são os abaixadores dos pontos de fluidez e entendemos sobre os aditivos especiais.
Pergunta Rápida
1. Com o extraordinário desenvolvimento mecânico dos últimos tempos, surgiu a carência de 
óleos especiais. Tendo em vista as limitações dos óleos minerais, foram desenvolvidas 
substâncias (aditivos) para serem adicionadas a eles.
A respeito dos aditivos, marque V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) A função principal dos lubrificantes é separar as superfícies em movimento. Com isso, 
reduz-se o atrito, o desgaste e a geração de calor. 
( ) Os aditivos antioxidantes são elementos que têm maior afinidade com o oxigênio do que 
os hidrocarbonetos formadores do óleo, ou seja, são receptores preferenciais de oxigênio. 
( ) Os inibidores de ferrugem podem ser usados em qualquer tipo de óleo. 
( ) Os agentes de adesividade quando adicionadosao óleo, mesmo em pequenas 
quantidades, conferem-lhe alto poder de aderência aos metais.
A sequência encontrada é:
a) V, F, V, F. 
b) V, V, V, V. 
c) F, F, F, F. 
d) V, F, F, V. 
e) V, V, F, F.
2. Leia a frase a seguir: 
Os aditivos chamados _______________são constituídos por polímeros de alto peso 
molecular e hidrocarbonetos saturados. Esses compostos são altamente resistentes à 
oxidação.
Assinale a alternativa que completa corretamente a frase anterior:
a) Agentes de adesividade. 
b) Abaixadores de fluidez. 
c) Antioxidantes. 
d) Anticorrosivos. 
e) Inibidores de ferrugem.
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??
Lubrificação de equipamentos de usinas
G
rax
as
5
Neste capítulo serão apresentadas as graxas.
Espera-se que ao final deste capítulo seja possível:
•• Entender sobre a definição e conceito de graxa;
•• Saber quais as vantagens e desvantagens;
•• Entender sobre a estrutura das graxas;
•• Saber quais são os componentes das graxas;
•• Saber quais as suas características.
34
5.1 Definição e conceito
5.2 Estruturas das graxas
Define-se graxa como sendo um produto lubrificante obtido pela dispersão de um agente 
engrossador em um fluido lubrificante. Sua consistência pode variar desde o estado 
semifluido ao sólido.
O termo original graxa era restrito a gorduras moles, encontradas nos tecidos dos animais. 
Essas gorduras, à temperatura ambiente, tornavam-se sólidas ou semifluidas. Assim, quando 
as graxas tornaram-se artigos comerciais, foram chamadas graxas duras.
As vantagens das graxas, assim como as desvantagens, devem ser entendidas em 
comparação com os óleos lubrificantes. 
Vantagens Desvantagens
Devido a sua consistência, a graxa forma uma camada 
protetora na peça lubrificada, isolando-a de corpos 
estranhos.
Menor dissipação de calor.
A adesividade da graxa é particularmente vantajosa 
para peças deslizantes ou oscilantes. Menor resistência à oxidação.
Torna possível a fabricação de mancais ou sistemas de 
engrenagens selados.
Maior atrito fluido, isto é, em altas rotações o 
aquecimento é maior.
No caso de rolamentos, permite a operação em várias 
posições.
No caso de mancais de deslizamento, permanece 
onde é necessário durante as partidas e operações 
intermitentes.
Quadro 5.1 – Vantagens e desvantagens das graxas.
Observadas, ao microscópio eletrônico, as graxas apresentam uma fina trama de fibras de 
sabão (agente engrossador) retendo o óleo lubrificante. Essa estrutura assemelha-se aos 
pelos de uma escova retendo óleo.
A trama de sabão mantém-se coesa pela ação de forças de atração fracas entre as fibras. Esta 
coesão é que dá à graxa sua consistência, ou “corpo” em repouso.
Quando, em seu trabalho, a coesão é rompida, a graxa flui. Após cessar o trabalho, a trama 
original forma-se novamente restituindo à graxa sua consistência inicial.
Esse comportamento permite que, na lubrificação com graxa, existam regiões com reserva 
de lubrificantes.
É o caso dos rolamentos blindados, nos quais a graxa retida pelo espaçador e as placas de 
blindagem sofre menor modificação do que a porção que atua entre as esferas. Desse modo, 
esta graxa dos espaçadores e placas atua como reserva e vedação.
Lubrificação de equipamentos de usinas
35
5.3 Componentes das graxas
5.3.1 Agente espessante
Graxa é a soma dos seguintes elementos:
•• Agente espessante;
•• Lubrificante líquido;
•• Aditivos.
O agente espessante, por sua natureza e concentração, é que dá às graxas suas 
características principais. O elemento mais usado como espessante é o sabão metálico.
Os sabões metálicos não diferem muito, em sua essência, dos tradicionais sabões de lavar 
roupa. De modo simplista pode-se considerar que os sabões são obtidos pela reação 
química entre um ácido graxo (geralmente sebo) e um sabão alcalino. Exemplos:
•• A cal virgem dá sabão de cálcio;
•• A soda cáustica dá sabão de sódio;
•• O hidróxido de lítio dá sabão de lítio.
A seguir estão relacionados os espessantes mais usados e suas respectivas graxas.
a) Cálcio
As graxas com sabão de cálcio são resistentes à ação da água, têm custo baixo, apresentam 
estrutura macia e amanteigada, não são indicadas para mancais de rolamento, têm aplicação 
limitada a 70o C de temperatura e são conhecidas como graxa para copo.
Essas graxas são largamente empregadas em mancais de deslizamento operando a uma 
temperatura de 60o C com cargas leves e médias.
b) Sódio
As graxas com sabão de sódio têm boa resistência ao calor seco. Podem ser usadas até 150º 
C e resistem bem à ferrugem. Essas graxas não resistem à água e têm bombeamento mais 
difícil do que as de cálcio. 
O sabão de sódio, ao microscópio, apresenta fibras longas ou curtas, conforme sua 
fabricação. O sabão com fibras longas é usado em graxas para superfícies deslizantes. 
Enquanto o sabão com fibras curtas é usado em mancais de rolamento.
c) Lítio
As graxas com sabão de lítio possuem excelentes qualidades de aderência e não são laváveis 
por água. Têm ótima bombeabilidade e trabalham a temperaturas de 70o C a 150o C.
As graxas de lítio substituem as graxas de cálcio e sódio e são chamadas graxas de 
aplicações múltiplas 
Lubrificação de equipamentos de usinas
36
O uso de uma graxa de aplicações múltiplas traz as seguintes vantagens:
•• Evita a possibilidade de enganos;
•• Simplifica os estoques;
•• Simplifica o equipamento necessário;
•• Diminui as perdas por aderência em diferentes utensílios.
d) Alumínio
As graxas feitas com estearato de alumínio são transparentes, resistentes à água e à oxidação 
e têm boa adesividade. Sua temperatura máxima de utilização é 70º C e seu bombeamento 
é regular.
É usada em chassis de veículos, mancais e excêntricos.
e) Espessante misto
Para algumas aplicações particulares foram desenvolvidas as graxas com mistura de sabões. 
Exemplo: graxa de sódio com adição de pequena quantidade de sabão de cálcio. Essa 
mistura resulta numa graxa de consistência mais macia do que a graxa de sódio sem afetar 
sua resistência ao calor.
Outras misturas de sabões usadas como espessantes para obtenção de graxas são: sódio 
com alumínio e cálcio com lítio.
As graxas com espessante misto têm uso muito restrito, pois são de obtenção delicada, 
tendem a engrossar em uso ou em contato com a água.
f) Espessante não sabão
Existem graxas nas quais o espessante não é um sabão metálico. Argilas modificadas 
(bentonita tratada) ou sílica-gel são os espessantes usados, normalmente, nesses casos.
As graxas à base de argila são chamadas bentoníticas e têm as seguintes propriedades:
•• Resistência à água;
•• Oferece ótima proteção contra o desgaste;
•• Boa resistência ao calor;
•• Boa estabilidade mecânica;
•• Mau bombeamento;
•• Alto custo;
•• Oferece má proteção anticorrosão.
As graxas de sílica-gel oferecem boa proteção contra o desgaste, resistem ao calor até 150º 
C, têm boa estabilidade mecânica, porém não resistem à água.
Lubrificação de equipamentos de usinas
37
5.3.2 Lubrificante líquido na graxa
5.3.3 Aditivos
O lubrificante líquido que faz parte de uma graxa pode ser um óleo mineral ou óleo 
sintético.
Tanto um óleo como o outro são empregados pelo fabricante tendo em vista o desempenho 
esperado da graxa. Assim, ao usuário basta tomar os cuidados com as especificidades da 
graxa sem se preocupar com o óleo que a compõe.
Como é difícil obter uma graxa com todas as qualidades desejadas pela simples seleção do 
espessante e do óleo, incluem-se os aditivos.
Os mais importantes tipos de aditivos são:
a) Inibidor de oxidação
É um produto químico da classe das aminas e dos fenóis. Sua presença é indispensável em 
graxas para rolamentos e em outras graxas onde o período de serviço é longo.
b) Inibidor de corrosão
É um composto químico denominadocromato, dicromato, sulfonato de petróleo ou sabão 
de chumbo; a água raramente remove esses compostos das superfícies metálicas.
A presença do inibidor de corrosão é indispensável em todas as graxas insolúveis em água. 
Sua presença, entretanto, é desnecessária na graxas de sódio, pois, nesse caso, o espessante 
é lavável pela água e o aditivo não cumpriria sua função.
c) Agente de untuosidade
São gorduras e óleos vegetais com a função de melhorar o poder lubrificante das graxas.
O agente de untuosidade é necessário em um pequeno número de graxas visto que a 
mistura óleo mineral e sabão, em geral, já proporciona um alto poder lubrificante às graxas.
d) Modificadores de estrutura
São compostos destinados a alterar a estrutura da fibra do sabão. Em algumas graxas, faz-se 
necessária essa mudança para evitar a tendência de separação do óleo.
e) Agente de extrema pressão
São os mesmos compostos usados para os óleos lubrificantes e com a mesma finalidade.
f) Agente de adesividade
Quando a necessidade requer uma graxa mais pegajosa são adicionados polímeros 
orgânicos viscosos ou látex em solução aquosa.
g) Lubrificantes sólidos
São alguns pós, que adicionados às graxas caracterizam qualidades especiais. O principal 
desses aditivos é o grafite, que é usado em graxas para trabalhos em temperaturas 
elevadíssimas; por exemplo: a lubrificação de moldes para fabricação de vidros. Nesse caso, 
o sabão e o óleo da graxa entram em combustão e o grafite permanece lubrificando.
Lubrificação de equipamentos de usinas
38
Outro aditivo do tipo lubrificante sólido é o bissulfeto de molibdênio. Esse aditivo oferece 
ótima resistência ao calor e pressões elevadas. Mica, asbestos, zinco e chumbo também são 
usados para evitar a grimpagem de peças, principalmente roscas.
h) Corantes e odoríferos
São produtos usados em geral com finalidades comerciais. Eles melhoram o aspecto da 
graxa e permitem sua identificação pela cor ou cheiro.
5.4 Características das graxas
As características das graxas importantes para uso industrial são determinadas por ensaios. 
Esses ensaios são empíricos e definem os padrões de uso e comercialização.
As características mais importantes são:
a) Cor
A cor da graxa indica, de modo 
vago, o tipo de óleo que a 
compõe. Assim, as graxas 
escuras podem indicar que são 
feitas com óleos escuros ou 
possuem aditivos que lhes dão a 
cor preta esverdeada.
Não existe escala para a cor 
das graxas. Portanto, esta é 
uma característica de pequena 
importância.
b) Consistência
Consistência é a propriedade 
dos materiais pastosos e sólidos 
a fluir quando submetidos a 
pressão.
A consistência da graxa é 
determinada pelo ensaio em 
que é utilizado o penetrômetro. 
O ensaio consiste em fazer 
penetrar um cone padrão, 
durante cinco segundos, à 
temperatura de 25º C, em uma 
amostra de graxa. A penetração 
é medida em décimos de 
milímetros.
1
2
4
3
5
posição do cone no
início do teste
6
Figura 5.1 - Penetrômetro.
1. A penetração é medida após cinco segundos;
2. A leitura é a medida da penetração do cone (em 
décimos de milímetros);
3. Disparo do cone;
4. Cone padronizado;
5. Espelho auxiliar no posicionamento do cone;
6. Superfície nivelada.
Lubrificação de equipamentos de usinas
39
c) Ponto de gota
Quando submetida a uma determinada temperatura, a graxa tende reduzir sua consistência 
causando um perigoso escorrimento, que poderá deixar um mancal sem lubrificação.
A expressão ponto de gota é definida como a menor temperatura em que a graxa tende a se 
liquefazer.
A regra prática para selecionar uma graxa, em função do seu ponto de gota, é:
•• Pegar a informação do ponto de gota na folha de informação de produto (IP);
•• Diminuir 60oC, obtendo como resultado uma temperatura confiável de operação – 
nessa temperatura, a graxa ainda apresenta “corpo”.
Outras características das graxas:
•• Bombeabilidade;
•• Adesividade;
•• Estabilidade mecânica;
•• Pouca separação de óleo;
•• Estabilidade à oxidação;
•• Resistência à lavagem;
•• Proteção contra a corrosão.
Exemplo
Ponto de gota 170°c - 60°c=110°c | temperatura confiável = 110°c
Lubrificação de equipamentos de usinas
40
Relembrando
Neste capítulo serão apresentadas as graxas. Além disso, vimos quais as suas vantagens e 
desvantagens. Vimos, também a estrutura das graxas, os seus componentes, bem como as 
suas características.
Pergunta Rápida
1. Define-se graxa como sendo um produto lubrificante obtido pela dispersão de um agente 
engrossador em um fluido lubrificante. Sua consistência pode variar desde o estado semifluido 
ao sólido. Sobre as graxas, é correto afirmar que:
a) Graxa é a soma dos seguintes elementos: agente espessante; lubrificante líquido e 
aditivos. 
b) Observadas, ao microscópio eletrônico, as graxas apresentam uma grossa trama de fibras 
de sabão (agente engrossador) retendo o óleo lubrificante. 
c) Não existe escala para a cor das graxas. Portanto, esta é uma característica de grande 
importância. 
d) Menor dissipação de calor é uma das vantagens das graxas. 
e) Uma desvantagem da graxa é devido a sua consistência, a graxa forma uma camada 
protetora na peça lubrificada, isolando-a de corpos estranhos.
2. As características das graxas importantes para uso industrial são determinadas por ensaios. 
Esses ensaios são empíricos e definem os padrões de uso e comercialização. Sobre as 
características das graxas, analise as sentenças a seguir:
I. Quando submetida a uma determinada temperatura, a graxa tende reduzir sua 
consistência causando um perigoso escorrimento, que poderá deixar um mancal sem 
lubrificação. 
II. A expressão ponto de gota é definida como a menor temperatura em que a graxa tende a 
se liquefazer. 
III. A consistência da graxa é determinada pelo ensaio em que é utilizado o penetrômetro. 
IV. A cor da graxa indica, de modo vago, o tipo de óleo que a compõe.
Estão corretas:
a) I, II e III. 
b) I, II, III e IV. 
c) I e II. 
d) II e III. 
e) I e IV.
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Lubrificação de equipamentos de usinas
M
étodos de aplicação de 
lu
brifican
tes
6
Neste capítulo serão apresentados os métodos de aplicação de 
lubrificantes.
Espera-se que ao final deste capítulo seja possível:
•• Entender sobre as características relacionadas à aplicação do 
lubrificante;
•• Saber o que é aplicação com perda total;
•• Saber o que é aplicação com reaproveitamento.
42
6.1 Características relacionadas à aplicação do lubrificante
Para que se tenha uma lubrificação correta é necessário que simultaneamente o lubrificante 
seja:
•• Adequado ao equipamento;
•• Aplicado no local correto;
•• Usado em quantidade exata;
•• Usado em intervalos corretos.
Cabe ao responsável pelo setor de manutenção assegurar-se de que o lubrificador aplique o 
lubrificante adequado no local correto.
A indicação do lubrificante adequado a uma máquina obtém-se por meio do manual da 
própria máquina ou em estudo feito por técnico especializado.
Entretanto, uma lubrificação eficiente não será possível se não for garantido o fornecimento 
do lubrificante em quantidade e intervalos corretos. Esse fornecimento deve ser contínuo e 
automático, evitando-se o processo manual devido a sua baixa confiabilidade.
As figuras a seguir mostram os dois tipos de fornecimento de lubrificante, automático e 
manual, relacionando quantidade de fluido com o tempo.
Figura 6.1 - Fornecimento manual de lubrificante.
Figura 6.2 - Fornecimento automático de lubrificante.
Lubrificação de equipamentos de usinas
43
Na Figura 6.1, apresenta a inconstância do fornecimento que pode ser causada por 
esquecimento do operador.
É notável, ainda, as situações de excesso de lubrificação, rápido vazamentoe falta de 
lubrificação.
Na Figura 6.2, apresenta o fornecimento constante, quantidade e intervalos corretos. Logo, 
com esse sistema, evita-se o atrito sólido, beneficiando a vida útil do equipamento.
Os métodos de aplicação dividem-se em dois grupos, os quais serão apresentados a seguir.
6.2 Aplicação com perda total
Nesse método, não existe recuperação do 
lubrificante empregado.
Os principais dispositivos usados são:
•• Almotolia: Pode ser do tipo comum 
ou do tipo bomba. Ambas devem 
ser mantidas limpas e com os bicos 
desobstruídos.
Na lubrificação por almotolia, é importante 
que os pontos de lubrificação sejam mantidos 
limpos e protegidos sempre que possível.
•• Copo graxeiro: O copo graxeiro pode ser 
manual ou automático.
Almotolia comum
Almotolia tipo bomba
Figura 6.3 –Almotolias.
1
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3
4
5
copo
graxeiro
manual
copo stau�er copo graxeiro automático
Figura 6.4 –Copos graxeiros.
1. Ajuste de 
tensão da mola;
2. Mola;
3. Êmbolo;
4. Pino graxeiro;
5. Êmbolo de 
controle de 
alimentação.
Lubrificação de equipamentos de usinas
44
O copo manual faz a graxa chegar ao ponto de aplicação por meio do rosqueamento da 
tampa ou do êmbolo.
O copo automático usa a pressão de uma mola para aplicação, evitando a atenção frequente 
do operador.
Além do reenchimento e limpeza, pouca atenção é requerida por esses copos. Porém 
problemas por falta de lubrificação podem ocorrer quando o mancal aquecer a ponto de 
provocar o escorrimento livre da graxa. Dessa maneira, ela vaza pelas extremidades do 
mancal e o copo se esvazia rapidamente.
•• Pistola graxeira: A aplicação de graxa com pistola graxeira é simples quando se 
usam pistolas com acionamento manual (figura a seguir). Quando, porém, usa-se ar 
comprimido ou bombas elétricas para forçar a graxa nos mancais a aplicação é chamada 
complexa.
Os pontos de aplicação constituídos pelos 
pinos graxeiros devem ser limpos antes de 
aplicar o conector da pistola a fim de evitar 
que impurezas sejam forçadas para dentro 
dos mancais.
pistola graxeira manual
pistola graxeira manual de alavanca
Figura 6.5 - Pistolas graxeiras.
Figura 6.6 - Pinos graxeiros.
Lubrificação de equipamentos de usinas
45
Em alguns casos, o pincel é fixo no 
corpo da máquina e o óleo goteja sobre 
ele. Desse modo, o pincel promove a 
distribuição contínua.
•• Espátula: Destina-se à aplicação de 
graxa, composições betuminosas, 
composições para estampagem e 
outros produtos muito viscosos.
•• Copo conta-gotas: É um dispositivo 
que permite a aplicação do 
lubrificante na quantidade e 
periodicidade desejadas. Porém, 
exige atenção constante do operador 
para verificação do nível de óleo, 
reenchimento e regulagem do 
número de gotas por minuto.
A construção dos pinos graxeiros inclui 
uma mola atuando sobre uma esfera, 
vedando o escape de graxa e a entrada de 
sujeira.
A graxa, entrando sob pressão, força a 
esfera para trás vencendo a força da mola. 
Ao cessar a entrada de graxa, a vedação é 
restabelecida.
•• Pistolas de óleo: São de tipo 
construtivo semelhante às pistolas 
graxeiras. Têm uso em pinos para 
óleo encontrados em máquinas-
ferramentas, roletes de esteiras, etc.
•• Pincel: O método de aplicação de 
lubrificante com pincel é empregado 
em engrenagens, cabos de aço, 
correntes, etc., quando são usados 
produtos especiais como composições 
betuminosas e compostos 
antiferrugem.
Figura 6.8 - Lubrificação a pincel.
Figura 6.7 - Pistola de óleo.
1
2
34
Figura 6.9 - Pinos graxeiros.
1. Alavanca de fechamento;
2. Parafuso para ajuste do fluxo;
3. Válvula de agulha;
4. Visor.
Lubrificação de equipamentos de usinas
46
É, também, função do operador abrir 
a passagem de óleo antes de acionar a 
máquina e fechá-la após o término do 
serviço.
O inconveniente principal do copo conta-
gotas é o fato de exigir regulagem após o 
aquecimento da máquina, uma vez que, 
com o calor, a viscosidade diminui e faz 
aumentar o fornecimento.
•• Copo com vareta: É automático quanto 
ao início e o fim do fornecimento de 
óleo. Esse dispositivo é aplicado em 
mancais com cargas leves.
O copo com vareta consiste em um 
reservatório que possui em seu interior 
uma haste cuja extremidade toca no 
eixo. Com o movimento do eixo, ocorre a 
vibração da haste que permite a passagem 
do óleo através de uma folga.
Essa folga localiza-se entre a haste e a luva 
da extremidade do reservatório.
O funcionamento é automático e o 
fornecimento do óleo é mais contínuo do 
que no conta-gotas.
Esse dispositivo requer verificações de 
tempos em tempos a fim de certificar-se 
que a haste move-se livremente.
•• Copo com mecha tipo sifão: Esse 
dispositivo consiste em uma ou mais 
pernas de fios de lã. As fibras da 
mecha levam o óleo, por capilaridade 
até o mancal.
A quantidade de óleo fornecida varia 
com o nível do óleo e a temperatura de 
trabalho.
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2 3
Figura 6.10 - Copo com vareta.
1
2
Figura 6.11 - Copo com mecha tipo sifão.
1. Reservatório de óleo;
2. Pino ou haste;
3. Luva.
1. Mecha;
2. Reservatório de óleo.
Lubrificação de equipamentos de usinas
47
A ajustagem de alimentação é feita 
variando-se o número de pernas da mecha.
O fornecimento é constante, portanto, em 
longas paradas, a mecha deve ser retirada 
do tubo.
As mechas, por atuarem como filtros, 
devem ser lavadas ou substituídas 
periodicamente.
O copo com mecha tipo sifão é usado 
em locomotivas, motores estacionários e 
mancais de máquinas de tamanho médio 
antigas.
•• Copo com mecha tipo tampão: Nesse 
dispositivo, a mecha é feita com fios 
de lã ou arame fino e se ajusta no tubo 
de descarga.
O tubo de descarga e a mecha não 
estão ligados ao reservatório de óleo. 
Em serviço, devido aos movimentos 
bruscos do mancal, o óleo do reservatório 
é arremessado para cima e alimenta 
continuamente o topo do tubo de 
descarga.
tubo de descarga
de óleo
Figura 6.12 - Copo com mecha tipo tampão.
Lubrificação de equipamentos de usinas
48
O fluxo de óleo é regulado por meio do tampão (mecha). É notável ainda que a tampa do 
dispositivo tenha um pequeno furo que permita a passagem do ar.
Esse dispositivo é usado em partes de máquinas com movimentos bruscos, tais como em 
bielas de grandes bombas e bielas de prensas.
•• Lubrificador mecânico: Esse mecanismo consiste em um reservatório de óleo e várias 
unidades individuais de bombeamento. Essas unidades fornecem o óleo em pequenas 
quantidades, sob pressão, para tubos que conduzem o óleo ao ponto de aplicação.
O funcionamento do lubrificador mecânico dá-se do seguinte modo:
•• No curso de admissão do êmbolo, o óleo é aspirado através de válvulas de sucção 
tipo esfera, para a câmara de bombeamento;
•• A pressão criada fecha automaticamente as válvulas de sucção e força o óleo da 
câmara de bombeamento para as válvulas de descarga;
•• O óleo deixando o bocal de descarga, em forma de gotas, desloca-se para cima, 
através da água contida no visor, devido à diferença de densidade entre os dois 
líquidos.
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Figura 6.13 - Lubrificador mecânico.
1. Tampa do tipo de mola;
2. Reservatório de óleo;
3. Tela;
4. Mola de retorno êmbolo;
5. Êmbolo;
6. Eixo acionador;
7. Came acionadora;
8. Válvula de esfera da descarga 
do óleo;
9. Arame-guia;
10. Visor;
11. Bocal de óleo;
12. Válvula de esfera da saída do 
óleo;
13. Regulagem de alimentação do 
óleo;
14. Câmara de bombeamento;
15. Válcula de esfera do óleo.
Lubrificação de equipamentos de usinas
49
O funcionamento do lubrificador mecânico é automático. E como é acionado pela própria 
máquina, a quantidade de fluido é diretamente proporcionalà velocidade.
Existem lubrificadores mecânicos que dispensam a água e arame no visor. Nesse caso, a 
partir do visor, o óleo é distribuído por gravidade.
Os lubrificadores mecânicos têm largo emprego em compressores alternativos, motores de 
combustão interna, cilindros de máquinas a vapor e mancais em geral.
•• Lubrificador por névoa: Esse lubrificador tem por finalidade pulverizar o óleo em uma 
fina camada e distribuí-lo através de uma tubulação.
Esse sistema foi desenvolvido principalmente para a lubrificação de mancais de rolamentos 
que giram a altíssimas velocidades. Esses mancais necessitam de quantidade de óleo 
cuidadosamente controlada, visto que se houver excesso de óleo haverá aumento anormal 
da temperatura; e, se houver falta de óleo, haverá rápido desgaste nos mancais.
O mecanismo funciona com um pulverizador para gerar a névoa.
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Figura 6.14 - Lubrificador por névoa.
1. Parafuso de regulagem da pressão do ar;
2. Filtro de ar;
3. Entrada de ar;
4. Bujão de drenagem;
5. Reservatório de óleo;
6. Tubo de sucção de óleo;
7. Parafuso de regulagem de óleo;
8. Pulverizador;
9. Válvula de redução de pressão do ar.
Lubrificação de equipamentos de usinas
50
Quando a névoa chega ao ponto de aplicação, com o auxílio de 
conexões adequadas, tem-se o consumo em três formas:
•• Névoa - usada em mancais de rolamento;
•• Atomização (esguichos) - usada em correntes e engrenagens;
•• Condensação (gotas) - usada em mancais de deslizamento e 
barramentos.
Esse lubrificador pode ser ligado a linhas de ar comprimido com 
pressão de 7 bar. Seu consumo é de 300 a 600 litros de ar por hora e 
de 0,25 a 1 cm3 de óleo por hora.
O lubrificador por névoa é bastante eficiente, pois a névoa, sendo 
similar a um gás, atinge todas as superfícies. É, também, bastante 
econômico, porém por outro lado, é poluente. Isso se deve à parcela 
de névoa que escapa do lubrificador e atinge o ambiente em sua 
volta.
Figura 6.15 - Conexões 
para lubrificador por 
névoa.
Lubrificação de equipamentos de usinas
51
6.3 Aplicação com reaproveitamento
Nesse método, uma determinada quantidade de fluído circula constantemente entre as 
partes móveis e o tanque.
Por não haver perdas, após certo tempo é necessário trocar o óleo, visto que os aditivos 
perdem sua eficiência.
Os principais sistemas da aplicação com reaproveitamento são:
•• Lubrificação por banho: Nesse sistema, o lubrificante está num recipiente que, em geral, 
é a própria carcaça da máquina.
As partes a lubrificar mergulham total ou parcialmente no óleo. A seguir, distribuem o 
excesso de óleo colhido no banho, a outras partes. Para isso, existem ranhuras e coletores 
que formam uma rede de distribuição.
A lubrificação por banho é muito usada em caixas de engrenagens.
A figura a seguir mostra um exemplo de aplicação de lubrificação por banho para mancal de 
rolamento.
Óleo
Lubri�cação por banho
Figura 6.16 - Lubrificação por banho.
É importante que se mantenha o nível de óleo constante, pois nível baixo causa falta de 
lubrificação. Por outro lado, o nível muito alto causa excesso de agitação, provocando a 
formação de espuma e o aumento da temperatura.
Lubrificação de equipamentos de usinas
52
•• Banho com anel
É um sistema onde o óleo fica num reservatório abaixo do mancal. Ao redor do eixo 
do mancal repousa um anel, com diâmetro maior que o do eixo, e com a parte inferior 
mergulhada no óleo.
Devido ao movimento do eixo, o anel também gira e transporta o óleo até um canal de 
distribuição. Pode também ser usada uma corrente no lugar do anel.
O banho com anel é muito usado em motores elétricos, bombas e compressores.
Óleos muito viscosos são inadequados a esse sistema, pois prendem o anel.
•• Banho com colar
É um sistema que substitui o anel do sistema anterior por um colar fixo ao eixo do mancal.
É adequado a lubrificantes viscosos 
e altas velocidades.
Figura 6.17 - Banho com anel.
Figura 6.18 - Banho com colar.
Lubrificação de equipamentos de usinas
53
•• Lubrificador de nível constante
É um auxiliar para os sistemas citados anteriormente.
O dispositivo consiste de dois reservatórios e interligação entre eles. O primeiro reservatório 
é o alimentador que, em geral, é transparente. O segundo é o reservatório de nível constante 
onde funciona a lubrificação por anel, colar, etc.
O funcionamento do lubrificador de nível constante ocorre do 
seguinte modo: quando o nível do segundo reservatório baixa, 
acontece a passagem de ar pelo tubo de interligação. Isso faz 
com que o óleo do primeiro reservatório flua para o segundo, 
restabelecendo o nível.
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Figura 6.19 - Lubrificador de nível constante.
1. Reservatório 
de óleo;
2. Parafuso de 
ajustagem;
3. Contraporca;
4. Tubo de 
alimentação de 
óleo;
5. Corpo;
6. Bujão de 
drenagem;
7. Nível de óleo 
constante.
Lubrificação de equipamentos de usinas
54
•• Lubrificação por salpico
É uma derivação do banho de óleo. Nele, uma peça mergulha no óleo e, com o movimento, 
salpica lubrificante às várias partes do conjunto mecânico.
É um sistema muito usado em motores de combustão interna e compressores de ar.
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Figura 6.20 - Lubrificação por salpico.
1. Espuma;
2. Ar livre;
3. Ar dissolvido;
4. Entrada de ar.
Lubrificação de equipamentos de usinas
55
•• Sistema circulatório
São sistemas que usam bombas para distribuir o lubrificante.
Os sistemas circulatórios podem atuar com alimentação por gravidade ou com alimentação 
por pressão.
No sistema por gravidade, o fluido é bombeado do cárter para um reservatório superior. 
Deste, é distribuído por gravidade aos pontos de lubrificação.
No sistema com alimentação por pressão, o bombeamento leva o fluido diretamente ao 
ponto de lubrificação. Nesse caso, não há segundo reservatório.
A figura a seguir mostra um sistema com alimentação por gravidade.
Os sistemas circulatórios são empregados 
em grandes mancais, engrenagens de 
laminadores, caixas de engrenagens de 
máquinas-ferramentas etc.
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Figura 6.21 - Sistema circulatório por gravidade.
1. Filtro;
2. Esfriador de 
óleo;
3. Tubulação do 
abastacimento;
4. Primeira 
caixa de 
engrenagens;
5. Tubulação de 
retorno;
6. Dreno;
7. Peneira;
8. Medidor de 
nivel.
Lubrificação de equipamentos de usinas
56
Relembrando
Neste capítulo foram apresentados os métodos de aplicação de lubrificantes. Além disso, 
entendemos sobre as características relacionadas à aplicação do lubrificante e vimos como é 
feita a aplicação com perda total e com reaproveitamento.
Pergunta Rápida
1. No método lubrificação com perda total não existe recuperação do lubrificante empregado. 
A respeito dessa informação, observe a figura a seguir:
 Sobre qual tipo de lubrificação com perda total esta figura está relacionada. Assinale a 
alternativa correta:
a) Pinos graxeiros. 
b) Pistolas graxeiras. 
c) Copos graxeiros. 
d) Almotolias. 
e) Lubrificação a pincel.
2. No método Aplicação com reaproveitamento, uma determinada quantidade de fluído 
circula constantemente entre as partes móveis e o tanque. Por não haver perdas, após certo 
tempo é necessário trocar o óleo, visto que os aditivos perdem sua eficiência. A respeito do 
método citado, é correto afirmar que:
a) Na lubrificação por banho com anel, o lubrificante está num recipiente que, em geral, é a 
própria carcaça da máquina. 
b) Na lubrificação por banho, o lubrificante está num recipiente que, em geral, é a própria 
carcaça da máquina. 
c) Na lubrificação por banho com colar, o lubrificante está num recipiente que, em geral, é a 
própria carcaça da máquina. 
d) Na lubrificação de nível constante,o lubrificante está num recipiente que, em geral, é a 
própria carcaça da máquina. 
e) Na lubrificação por salpico, o lubrificante está num recipiente que, em geral, é a própria 
carcaça da máquina.
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Lubrificação de equipamentos de usinas
Lu
brificação de equ
ipam
en
tos
7
Neste capítulo será apresentada a lubrificação de equipamentos.
Espera-se que ao final deste capítulo seja possível:
•• Entender sobre os procedimentos da lubrificação;
•• Entender sobre a lubrificação com óleo ou graxa;
•• Saber o que é lubrificação de mancais de deslizamento;
•• Saber como é feita a lubrificação de engrenagens.
58
7.1 Procedimentos de lubrificação
7.2 Lubrificação com óleo ou graxa
Os equipamentos são formados por um número variável de elementos de máquinas, por 
isso lubrificar equipamentos é lubrificar os elementos que constituem esses equipamentos.
Assim, serão estudados os procedimentos de lubrificação para os elementos comuns na 
maioria das máquinas e equipamentos.
Quando se trata de lubrificar elementos, a primeira questão é: lubrificar com óleo ou com 
graxa? Esta escolha depende das particularidades de cada elemento, porém é preciso ter em 
mente algumas características gerais.
O uso da graxa comum está limitado 
a trabalhos onde as temperaturas são 
relativamente baixas.
Existe mais facilidade em lubrificar um 
mancal com óleo do que com graxa. A 
queda de pressão ao longo das tubulações 
quando se usa óleo é bem menor do que 
quando se usa graxa.
A lubrificação com óleo pode ser 
insuficiente no início do funcionamento dos 
equipamentos de uso esporádico. Nessa 
situação, a graxa é mais adequada.
A graxa, também, é indicada em ambientes 
onde há muita poeira, porque ela age como 
vedante nas extremidades do mancal.
Os retentores para graxa são mais robustos 
e duram mais do que os retentores para 
óleo.
Mobilidade
O óleo é um produto de alta mobilidade, por isso pode transferir calor eficientemente. A 
graxa, por sua vez, não possui essa propriedade.
Lubrificação de equipamentos de usinas
59
7.3 Lubrificação de mancais de deslizamento
7.3.1 Principais funções do lubrificante nos mancais
Mancais de deslizamento são suportes ou guias de partes móveis presentes em todas as 
máquinas. Os mancais de rolamentos são aqueles cuja principal forma de movimento é o 
rolamento.
A lubrificação satisfatória dos mancais de 
deslizamento depende da manutenção, 
entre as superfícies, da película espessa. 
Para isso, são fundamentais os seguintes 
fatores:
•• Rotação do eixo;
•• Viscosidade;
•• Temperatura de serviço;
•• Carga de trabalho;
•• Distribuição do lubrificante.
As principais funções do lubrificante nos mancais são:
•• Evitar o atrito de deslizamento entre os separadores e roletes e as pistas em qualquer 
ponto em que não exista um verdadeiro movimento rotativo;
•• Resistir ao possível contato entre os elementos volantes e as pistas;
•• Proteger as superfícies de trabalho altamente polidas do mancal contra a ferrugem e 
corrosão;
•• Dissipar o calor gerado no mancal;
•• Ajudar na vedação do conjunto, a fim de 
evitar a penetração de qualquer impureza;
•• Prevenir as falhas prematuras nos 
rolamentos.
Figura 7.1 - Mancal de deslizamento.
7.3.2 Distribuição dos lubrificantes 
nos mancais
A distribuição dos lubrificantes nos 
mancais é feita através de ranhuras e 
chanfros nos mancais de deslizamento.
As ranhuras devem ser longitudinais, 
cortadas em toda a extensão do mancal, 
sem, entretanto, atingir suas extremidades.
Ranhura
Figura 7.2 - Ranhura de distribuição num mancal.
Lubrificação de equipamentos de usinas
60
7.3.3 Lubrificação de mancais de rolamentos
7.3.4 Intervalos de relubrificação dos mancais
Os mancais de rolamentos podem ser 
lubrificados com óleo ou graxa, os quais 
devem ter como principais funções:
•• Evitar o atrito de deslizamento 
entre o separador e os elementos 
rolantes;
•• Evitar o atrito de deslizamento em 
pontos onde eventualmente não 
aconteça o movimento rotativo;
•• Resistir ao contato, caso aconteça, 
entre o separador e as pistas;
•• Proteger o mancal contra a 
ferrugem;
•• Dissipar o calor gerado no mancal;
•• Vedar o mancal para evitar a 
entrada de sujeira.
O nível de óleo dentro da caixa de rolamentos deve ser mantido abaixo do centro do 
corpo rolante que, em relação aos outros corpos rolantes, está na posição mais baixa. Esse 
procedimento evita o turbilhonamento do fluido.
O período de troca de óleo depende da temperatura de funcionamento do equipamento e 
da possibilidade de contaminação que existe no ambiente. Por isso, o melhor procedimento 
é seguir as recomendações do manual do equipamento.
Em regra geral, se a temperatura de trabalho é no máximo 50o C, o óleo pode ser trocado 
uma vez por ano.
Para temperaturas de trabalho em torno de 100oC, o intervalo para troca de óleo cai para 60 
ou 90 dias.
Figura 7.3 - Nível de óleo num mancal de rolamento.
Lubrificação de equipamentos de usinas
61
7.3.5 Lubrificação dos mancais com graxa
7.4 LUBRIFICAÇÃO DE ENGRENAGENS
As funções do óleo e da graxa são idênticas. Geralmente, empregam-se graxas como 
lubrificantes quando os elementos de vedação não permitem uma lubrificação satisfatória 
com óleo. Ou, ainda, quando as temperaturas não são excessivas.
Os métodos de aplicação de graxa dependem do desenho dos mancais e das condições 
de trabalho. Assim, a aplicação manual é usada em equipamentos onde as condições de 
trabalho são pouco severas e não há necessidade de relubrificação constante.
Sob condições severas de trabalho ou consumo frequente, empregam-se sistemas de 
lubrificação com graxa automáticos, geralmente esses sistemas são centralizados.
Observações gerais sobre o uso das graxas em rolamentos:
•• As graxas de cálcio só podem ser usadas em equipamentos com temperaturas de 
trabalho até 60º C e com até 3.000 rpm;
•• As graxas de sódio só podem ser usadas em condições de trabalho isentas de umidade;
•• Com qualquer graxa, os mancais de rolamento devem ter apenas 1/4 ou 1/3 do seu 
espaço livre preenchido;
•• O excesso de graxa é altamente prejudicial pois produz superaquecimento e pode 
provocar a separação do óleo;
•• Apenas no caso de baixíssima velocidade e em ambiente onde a vedação contra 
abrasivos for crítica é que se deve preencher todo o espaço livre do mancal.
As engrenagens são elementos de 
máquinas de contato direto e movimento 
misto: rolamento e deslizamento.
Quando se inicia o contato, o deslizamento 
é máximo e o rolamento é zero.
À medida que o engrenamento continua, 
o deslizamento diminui e o rolamento 
aumenta.
Figura 7.4 -Movimento entre engrenagens: deslizamento 
máximo e rolamento zero.
Figura 7.5 - Movimento entre engrenagens: aumento do 
rolamento e diminuição do deslizamento.
Lubrificação de equipamentos de usinas
62
A função das engrenagens é transmitir o movimento de rotação de um eixo para outro, 
modificando a velocidade e permitindo a transmissão de potências elevadas. Por isso, a 
escolha do lubrificante correto é de grande importância.
A lubrificação de engrenagens é dividida em: Lubrificação de engrenagens fechadas e 
Lubrificação de engrenagens abertas, as quais serão apresentadas a seguir.
Com o ponto de contato próximo à linha 
primitiva, o deslizamento é mínimo e o 
rolamento é próximo ao máximo.
Na linha primitiva o deslizamento cai a zero 
e o rolamento atinge o máximo.
Continuando o movimento, o deslizamento 
volta a aumentar e o rolamento volta a cair.
Figura 7.6 - Movimento entre engrenagens: deslizamento 
mínimo e rolamento próximo do máximo.
Figura 7.6 – Movimento entre engrenagens: aumento do 
deslizamento e diminuição do rolamento.

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